2 comentários:
De '' semi-panteísta '' a 20 de Outubro de 2009 às 15:41
interessante o post e a abordagem agnóstica / ateísta de Saramago ...

porém, entre 'gente com muitas debilidades' e cautelosa (...) também são justificáveis princípios como :

«Yo no creio en las bruxas, pero que las hai, hai !»...

ou como fazem alguns orientais:
«se essa (imagem de) deusa / NªSrª (ou santo...) é assim tão importante e milagrosa, vamos lá acrescentá-la ao nosso altar caseiro de deuses e santos...» - o que importa é estar de bem com todos, para ver se obtemos o que precisamos/ pretendemos.



De Liberdade de expressão sem violência a 23 de Outubro de 2009 às 09:58

Com Voltaire
por mais que se discorde de uma ideia livremente expressa, um cidadão de bem estará disposto a dar a vida para defender a liberdade, para que essa opinião se exprima,

mas nunca uma ameaça proto-fascista/estalinista, do tipo desta que este deputado profere, que começa a fazer alguma carreira em Portugal, contra quem tem a coragem de dizer o que pensa, sem nunca produzir um incitamento à violência.

Será que o Sr. Deputado não quer renunciar à cidadania portuguesa?
João Pedro Bernardo, 2009-10-23

Creio que a tomada de posição do Sr. Deputado do PE Mário David é muito mais grave para imagem de Portugal do que a opinião de José Saramago sobre a Bíblia.

Afinal de contas, o Sr. Deputado faz parte de uma instituição fundamental da democracia e a democracia implica liberdade de opinião e da sua expressão, mesmo que essa opinião possa para alguns tocar a blasfémia, ou atacar a sua fé religiosa.

Não se pode condenar os ataques feitos aos autores das caricaturas de Maomé e o mesmo tempo, defender que um cidadão deve deixar de ser português porque tem uma opinião muito negativa sobre a Bíblia.

Creio que este Sr. Deputado talvez gostasse de suspender a democracia por uns 6 meses para tratar de pôr na ordem os desviados portugueses que não partilham das aparentes convicções religiosas dominantes.


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