Carlos Santos de O valor das ideias agraciou-nos com o selo "Seu blog é viciante".
Agradecemos a simpatia que é recíproca.
Cumprindo com as regras do jogo, além de exibir o respectivo selo, (1) teremos de dizer três coisas que pretendemos fazer no futuro e (2) nomear outros dez blogues viciantes (e avisar os respectivos proprietários).
1. Procurar cumprir na íntegra o que está subjacente ao Editorial deste blog.
2. A barbearia do senhor Luís, Absorto, Bem estar no trabalho, Boa Sociedade, Carlos Alberto, Defender o Quadrado, Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos, Ladrões de bicicletas, O Grande Zoo, O Jumento.
Que diabo, a mulher anda mesmo virada, com os pés para a cova.
Com frases destas só não fogem os coveiros e cangalheiros que vivem da morte. Quem queira cuidar dos vivos não irá por tais caminhos.
"Cerca de metade dos estabelecimentos realizaram auditorias ou inspecções e realizaram algum programa de prevenção, sendo que a maior aderência se deu no programa de vigilância da saúde (66,5 %) e a menor sucedeu com o programa de promoção da saúde (47,9 %)." informa um documento publicado agora do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho sobre as actividades do Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
O documento revela ainda que "Os factores de risco para a segurança e saúde no trabalho referidos por um maior número de estabelecimentos foram: o factor de risco relacionado com a actividade, capaz de originar alterações do sistema músculo-esquelético e o factor de risco físico.
Dos agentes que podem provocar alterações músculo-esqueléticas, a movimentação manual de cargas e as posições incorrectas foram referidos por 32,7 % e 28,3 % dos estabelecimentos que identificaram este factor de risco, respectivamente. A movimentação manual de cargas afecta cerca de 1 500 000 trabalhadores, isto é, cerca de 65,9 % do total de trabalhadores estão expostos a este agente.
O ruído e a iluminação são os agentes físicos mais referidos pelos estabelecimentos. Ao primeiro estão expostos 707 065 trabalhadores (31 % do total de trabalhadores) e ao segundo estão expostos 473 296 trabalhadores, isto é, 20,8 % do total de trabalhadores. [Bem estar no trabalho, Brandão Guedes]
O apoio de Pina Moura ao programa do PSD não deve surpreender ninguém.
Pina Moura veio assumir o que já de há muito se percebera estar presente nas escolhas subjacentes ao seu percurso profissional.
Seduzido pelo fascínio dos grandes negócios e do mundo do dinheiro que ignora e minimiza, nas suas prioridades, o domínio social em que se move o mundo real dos cidadãos dolorosamente marcado pelo desemprego e o empobrecimento da qualidade da vida, o testemunho de Pina Moura vem subscrever afinal, um programa político que mais não é do que o Manifesto dissimulado do neo-liberalismo reeditado à maneira portuguesa, no contexto de um mundo que assumiu, com a crise, a dúvida sistemática sobre a utilidade e adequação do mercado sem regulação.
O programa do PSD é, para além da ambiguidade vaga de uma demagogia populista e insidiosa, um apelo ao ressuscitar de receitas gastas e prejudiciais ao recuperar de uma economia que só com um planeamento tranquilo e coordenado pode consolidar a tímida convalescença que se anuncia. [A Nossa Candeia, Ana Paula Fitas]
O PSD apresentou finalmente o seu programa de governo. Como Manuela Ferreira Leite vinha prevenindo, o programa, de facto, não apresenta nenhuma novidade e não causou qualquer surpresa. Uma série de lugares comuns, um conjunto de medidas que já foram adoptadas pelo actual governo, um pacote de propostas desgarradas que não deixam perceber sequer as políticas a adoptar. Por exemplo, no domínio de economia o programa estabelece o relançamento da actividade económica através de uma aposta na protecção e apoio às PME.
Quando é público e notório que José Sócrates desencadeou a maior acção de estímulo e apoio financeiro às PME, que ainda decorre, e que constitui a operação mais vasta feita até hoje em Portugal a favor desse sector é quase ridículo vir propor o que já está em curso. Para Ferreira Leite a reposição de certificados de aforro e a anulação ou suspensão do TGV e da auto-estrada para Trás-os-Montes são o travejamento da sua política económica. Desgraçado País se Ferreira Leite ganha as eleições. Retrocede uma década e perde a possibilidade de se modernizar.
O programa do PSD é mesmo uma verdadeira desilusão, qualquer que seja a área observada. Na educação o PSD propõe-se alterar o estatuto do aluno, da carreira docente e o alívio de carga burocrática. Ou seja, é destruir o que foi feito pelo actual governo para garantir um ensino mais exigente e uma escola mais moderna. Será o regresso das corporações em grande força com todas as consequências deletérias que isso acarreta. Ferreira Leite não traz assim nada de novo. Há um ano, incapaz de produzir um discurso articulado e coerente sobre o País, dizia que o programa só devia ser anunciado em vésperas de eleições para não ser "copiado".
O programa foi apresentado a um mês das eleições, ou seja o mais tarde possível, mas na hora de analisar o seu conteúdo constata-se que a ‘montanha pariu um rato’. Não há nada para ser copiado e pouco ou nada para ser adoptado. Os portugueses têm de ser perspicazes para não caírem no conto-do-vigário. Têm de ponderar bem os reais interesses do País para depois apoiarem ou rejeitarem as soluções que aparecem.
Em boa verdade, era importante apurarem o valor das propostas que estão em cima da mesa e a sua exequibilidade. Não se pode entregar tarefas de governação a quem não se mostra capacitado para as fazer, oscilando/hesitando entre uma solução e a contrária. Seria um erro trágico votar de ânimo leve, descurando estes aspectos. Quando se sobe uma montanha é preciso pisar sempre terreno seguro. Qualquer facilidade é a morte do artista. [Correio da Manhã, Emídio Rangel]
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Mas Obama tem boas razões para preferir o sistema europeu, público, de provisão de cuidados de saúde. Este é, sem dúvida, o mais eficiente – um conceito tão caro a Martim – dos sistemas. Os Estados Unidos gastam mais, em percentagem do PNB, em saúde que qualquer outro país do mundo e, no entanto, deixam 20% da população sem qualquer cobertura. Como assinala Krugman, também no i, no Reino Unido gasta-se 40% per capita, num excelente serviço público, do que se gasta nos EUA. É fácil explicar porquê. Num sistema onde o estado se limita a pagar a factura, todo tipo de abuso será promovido. Quanto mais se gastar por paciente, mais lucros terão os prestadores privados de saúde. É certo que tudo isto pode ser regulado e é-o. Contudo, numa relação onde a informação é radicalmente assimétrica como é a relação entre paciente e médico, não é fácil controlar a necessidade ou não de certos tratamentos. Não é por acaso que, por exemplo, no nosso país são feitas muitas mais cesarianas (mais caras) no sector privado do que no sector público. A ruinosa gestão do Amadora-Sintra é outro bom exemplo. A única forma de garantir cuidados de saúde de qualidade realmente universais tem de passar pelo modelo público de provisão onde o lucro não seja uma motivação na relação entre paciente e médico.
Aliás, por mais bem intencionado que seja o plano de Obama não lhe prevejo grande futuro. A cobertura universal será certamente um progresso civilizacional notável, mas a factura a médio e longo prazo tornar-se-á incomportável. Os actuais custos dos sistemas públicos de financiamento Medicaid (para os mais pobres) e Medicare (para os idosos) estão aí para o provar. Todavia, quando um novo debate sobre a sustentabilidade surgir, o enquadramento social da questão será diferente, já que a saúde será entendida como aquilo que é, um direito universal. Este direito tem sido melhor assegurado pelos sistemas de provisão pública. Isto tem sido defendido pela insuspeita OMS. No relatório sobre determinantes sociais de saúde, aqui sintetizado pelo João Rodrigues, baseado em extensa evidência empírica, conclui-se que «a comercialização de bens sociais vitais, como a educação e a saúde, produz iniquidade na área da saúde». É por isso que «a provisão destes bens sociais vitais deve ser da responsabilidade do sector público, em vez de ser deixada aos mercados». Funciona. [Ladrões de bicicletas, Nuno Teles]
Porque será que quem está na oposição é sempre contra e quer sempre renegociações das grandes obras publicas quando chegar ao governo.
Afinal não são contra os projectos, são é contra o negócio das adjudicações não ser feito por eles.
Fazer a obra só custa dinheiro e dá problemas a um governo, mas negociá-la dá poder, fazem-se amigos importantes e até há quem enriqueça.
Claro que quem queria fazer a obra, quando volta a ser oposição só encontra problemas na sua realização e passa a ser contra gastar dinheiro, que não há, em projectos megalómanos.
Surpreendente, como o poder e o dinheiro mudam a opinião das pessoas.
Pelo PS, também, há rabos-de-palha que convém corrigir a bem da transparência.
«A trapalhada continua: PS/Cartaxo muda de cabeça de lista.
Depois de ter sido anunciado como recandidato à Assembleia Municipal do Cartaxo pelo PS, António Góis, actual presidente deste órgão, já não será o cabeça de lista nas próximas autárquicas.
Maria Manuel Simão, que era a número três, é agora a candidata do PS à Assembleia Municipal, porque Fernando Ramos, que estava na segunda posição, também não quis assumir a responsabilidade.
O “volte face” ocorreu em mais uma reunião escaldante da comissão política concelhia, que terminou na madrugada de quinta-feira, e onde as intervenções críticas de vários militantes voltaram a indicar o grande mal-estar que se vive no seio do PS Cartaxo.
O facto mais notado, e que gerou muito descontentamento, foi a ausência de Paulo Caldas, presidente recandidato à Câmara.
Recorde-se que as listas para os órgãos autárquicos já tinham sido aprovadas a 5 de Agosto, numa reunião onde aconteceu algo inédito: a primeira versão da lista para a Câmara Municipal apresentada por Caldas foi chumbada; passou à segunda votação, e depois Paulo Varandas, que era segundo, ter passado para terceiro, por troca com a actual vereadora Rute Ouro.
Invocando “razões pessoais” e afirmando que já não se “revê neste PS do Cartaxo”, Paulo Caldas pediu demissão da presidente da comissão política, tendo sido substituído por Câncio Ribeiro.
Segundo conseguimos apurar junto de várias fontes do partido, António Góis não teve conhecimento prévio da lista aprovada para a Assembleia Municipal e ficou muito descontente quando teve acesso à versão final, aprovada a 5 de Agosto.
Em causa, estavam dois nomes que o próprio exigiu que fossem colocados em lugar elegível, João Sardinha e Vasco Casimiro - respectivamente, irmão e genro da actual assessora jurídica da Câmara, Lurdes Sardinha.
Tinham sido colocados nos 18º e 15º lugares, e, feitas as contas, dificilmente seriam eleitos, porque neste mandato o PS tem 12 eleitos neste órgão.
António Góis fez chegar a sua indignação a Paulo Caldas, que convocou de emergência a reunião desta quinta-feira.
Vários membros da comissão política do PS Cartaxo garantiram ao nosso jornal que, ao invés de terem sido convocados por alguém do secretariado da comissão política, foram contactados via telefone por uma das secretárias de Paulo Caldas na Câmara Municipal, em pleno horário de expediente.
Na reunião, ainda se tentou que a lista fosse reformulada com João Sardinha e Vasco Casimiro em lugares elegíveis, o que acabou por ser chumbado com 15 votos contra, 13 a favor, um branco e um nulo.
Em consequência da votação, António Góis manifestou a sua indisponibilidade para ser manter como cabeça de lista, sendo substituído por Maria Manuel Simão.
Um militante notou ainda que, na quinta-feira, o nome de António Góis já tinha sido retirado do site oficial da candidatura do PS Cartaxo, mesmo antes da decisão final da reunião da comissão política.» [O Ribatejo]
Sabe-se que mais tarde o Tribunal viria a chumbar as listas apresentadas, sobretudo por duas razões, além de outras anomalias: A lista à Assembleia Municipal estava incompleta, quer nos efectivos como nos suplentes. A lista proposta à Câmara apresentava, como numero dois, um oficial do exército no activo.
O presidente da Câmara de Lisboa vai propor que a autarquia dê um parecer favorável ao plano de expansão do Metro, reivindicando, contudo, a extensão da linha vermelha até à futura estação de Alcântara da CP.
António Costa (PS) e o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), reclamam a "extensão da linha vermelha até à futura estação de Alcântara da CP, com a construção de um Y nos Prazeres, para futura ligação por metro ligeiro à Estação da CP do Alvito".
A proposta de Costa e Salgado, que será discutida na quarta-feira em reunião do executivo municipal, passa também pelo "estudo de uma linha de Metro Ligeiro, que faça uma circular pela Alta de Lisboa, Ameixoeira, S. Francisco de Assis e Quinta das Mouras".
De resto, os autarcas manifestam "concordância de princípio com o plano de expansão da rede de Metropolitano no que respeita a área do concelho de Lisboa".
Realçam a "grande importância para a qualidade futura do serviço de transportes públicos na cidade de Lisboa que decorre da construção da linha circular, através da reformulação das linhas verde e amarela, com a extensão da linha verde a partir do Largo do Rato até ao Cais do Sodré, com estações na Estrela, em São Bento e Santos".
De resto, os autarcas concordam com a "extensão da linha vermelha, de Telheiras à estação da Pontinha, com estações em São Francisco e Bairro Padre Cruz, e com o prolongamento da linha azul do Colégio Militar - Uruguai - Benfica, através de um Y a criar".
Concordam igualmente com o "prolongamento da linha vermelha até Carnaxide, no concelho de Oeiras, servindo a Ajuda e o Alto do Restelo (novas estações em Tapada, Casalinho da Ajuda, Alto da Ajuda/Universidade, Sant´Ana e Alto do Restelo) e com a previsão das novas estações de Alfama/Alfândega (linha azul), Avenida de Madrid (linha verde) e Calvanas (linha verde)". [Diário de Notícias]
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