Ao PS não há luminária que valha para alumiar este partido dito de socialistas se a “refundação” como apropriada mas desoportunadamente, por tardia, muito bem sugeriu o “pai fundador” Mário Soares não for iniciada pelos alicerces e contando com novas gentes.
Quando falamos de novas gentes cremos significar por gente nova de idade e de pensamentos o que pressupõem pessoas que não querem, apenas, ocupar lugares nem procuram satisfazer interesses próprios e clubisticos. Gente que transporte consigo: ideias, propostas e projectos sociais e socializadores.
Agora até a própria Marta, depois de ter estado ao lado do ex-líder da bancada parlamentar do partido, deixou de estar ao lado de Francisco Assis na corrida à liderança do Partido Socialista.
Marta Rebelo afirmou no passado sábado à noite, na TVI24 que «Não sou propriamente apoiante de Francisco Assis. (...) Não avançando António Costa, que era o meu candidato e de muitos socialistas, que se sentem órfãos, eu identificando-me nos antípodas de António José Seguro, não me identifico suficientemente com aquela que acabou por ser a candidatura de Francisco Assis».
Na verdade, elegessem Seguro (e tudo indica que sim) dado que há muito anda no terreno a preparar a máquina, controlará (segundo parece) todo o aparelho do partido ou o escolhido fosse Assis (e as sondagens apontam para que não), que foi o escolhido pelo poder sediados em Lisboa na busca de uma continuidade socrática, o futuro do partido e da máquina socialista irá ser mais do mesmo, pelo menos até que os verdadeiros militantes (se é que ainda resta numero suficiente para tal) sejam capazes de fazer um levantamento interno, ideológica e estruturalmente concordante com os pressupostos socialistas.
Também, muitos de nos que nos expressamos na blogosfera, nos sentimos órfãos de liderança e espoliados de espaços de reflexão, séria, plural, universal e profícua, na construção sempre retomada, de um verdadeiro partido socialista. Até quando? Não sabemos!
De Pelas Primárias e pelo Debate/responsabi a 4 de Julho de 2011 às 11:33
O NÓ DO PROBLEMA DO PS
As duas narrativas implícitas nas moções de Assis e de Seguro podem ser semelhantes.
Mas quando se trata de tentar surpreender diferenças, quanto à vontade efectiva de uma mudança profunda no partido, temos que procurar para além dos textos.
Pelo menos nalguns distritos, é tal o peso dos pequenos poderes locais instalados,
entre os apoiantes de Seguro, que só uma fé inexplicável nos pode fazer acreditar que por essa via se chegue a qualquer mudança de fundo no PS.
Mas este é, ainda assim, um aspecto secundário, se o compararmos com o que está a ocorrer quanto às ELEIÇÔES PRIMÀRIAS como método de escolha dos candidatos do PS.
De facto, elas implicam um conjunto de metamorfoses tão profundas que, por si sós, deixam muito para trás o conjunto dos sinais de renovação, dados pelas duas candidaturas em todos os outros campos.
E, no caso das PRIMÀRIAS, enquanto Assis as trouxe decididamente para o centro do debate, COMPROMETENDO-se irreversivelmente com esse caminho,
Seguro limitou-se a algumas fugidias promessas de que no futuro se preocuparia com isso.
Podem ser muitas as razões que levem cada militante a optar por um por outro candidato, mas quem der centralidade ao imperativo de refundação do partido ( como preconizou Mário Soares) não pode deixar de escolher Assis.
Postado por Rui Namorado
De Refinada hipocrisia a 4 de Julho de 2011 às 11:59
“Pelo menos nalguns distritos, é tal o peso dos pequenos poderes locais instalados,
entre os apoiantes de Seguro, que só uma fé inexplicável nos pode fazer acreditar que por essa via se chegue a qualquer mudança de fundo no PS.”
Lisboa, tudo indicia, não lhe foge à regra eu próprio conheço um certo camarada que passa a vida a criticar terceiros, sempre, verbalmente, defendeu as primárias para tudo e mais alguma coisa, foi crítico, fortemente critico, a que o partido se abrisse a independentes e à dita sociedade, contudo por razões que só ele saberá (se é que sabe) propõe-se a organizar uma lista de candidatos ao congresso vinculando-se à moção de José seguro. Será coerência com a pretensão mal escondida de “assalto” a um qualquer lugar cuja forma tanto crítica a outros ou será contradição, consigo próprio o que na resultante vai dar ao mesmo?
Creio que, embora sendo novo, já não vai a tempo de arrepiar caminho. O vício já é grande e infelizmente universalizado, cristalizou-se.
Tem razão, tem toda a razão DC. O mal deriva dos próprios militantes, corromperam-se ideologicamente que é a corrupção mais profunda e perigosa.
De Zé T. a 5 de Julho de 2011 às 10:14
O comentador não está a ver bem... Vamos esclarecer, outra vez:
1- Assis e Seguro vão para eleições (seguindo o 'manual' existente) sem existir um Congresso prévio de reflexão geral ... e mesmo o debate entre candidatos só agora é que parece vir a ter lugar...
2- Assis compromete-se pelas Primárias (abertas a não militantes, ...) e Seguro referiu qualquer coisita pouco explícita sobre Primárias.
3- Aqui, no Luminária e em outros locais(OGrandeZoo, ...), muitos militantes expressaram ser a favor de Primárias (para todas as candidaturas), mas ... creio que a maioria não aceita/não gosta nada (de fazer o papel de 'palhaços' ou moços de recado...):
3.a-. que não-militantes/ não-filiados (''simpatizantes'' a registar...) tenham os mesmos direitos (de voto...) que os militantes.
3.b-. que se vá para eleições sem se fazer o prévio debate, reflexão e responsabilização pela situação em que estamos
. (as coisas não acontecem por acaso, ... e não reflectir não responsabilizar é o mesmo que esconder a cabeça na areia , por o lixo debaixo do tapete e voltar a cometer os mesmos erros ... com os mesmos agentes/personagens ...).
3.c-. que as práticas (e regulamentos...e ...) não sejam alteradas, depois de auscultados/referendados pelos militantes.
4.a- A existência de candidaturas /apoios para eleições internas é uma opção legítima e pró-activa, em nada contrária (mas antes a par) às críticas e propostas feitas ao que vai sucedendo no Partido.
4.b- A outra posição também existente no partido é a de auto-afastamento e abstenção de concorrer/apoiar/ participar... deixar de pagar quotas, deixar de estar filiado... e, ao mesmo tempo, continuar as críticas (pertinentes muitas vezes ... com propostas, menos vezes)
e esperar que as coisas mudem ... por via do trabalho/militância de outros ou por obra e graça do espírito santo...
5.a- Quem quiser continuar a ser socialista/social-democrata e cidadão de pleno direito creio que tem o dever de participar (tentar mudar) tanto no Partido (este ou outro) como na Polis.
5.b- Quem quiser ser apenas ''cidadão-mandado'' fique sentado, queixe-se enquanto lhe deixarem ... e espere que lhe tragam as sopas... se ...
De .. a 5 de Julho de 2011 às 10:34
Todos querem eleger o líder do PS
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A convite e por simpatia de Filipe Caetano participei no passado Sábado no programa "Combate de Blogs" da TVI24. Na mesa estavam questões referentes ao imposto especial criado sobre o joelho pelo governo Passos/Portas e a disputa interna da liderança do Partido Socialista.
Tive como interlocutores a Marta Rebelo do Blog de Esquerda que aproveitou o directo para informar que
não é "propriamente apoiante de Francisco Assis" e que
se situa "nos antípodas de António José Seguro"
o que me deixou ficar na situação de lhe apresentar condolências pelo orfanato revelado.
Fiquei sem saber em quem irá votar a ex-deputada do PS e como o voto é secreto morrerei com essa curiosidade por esclarecer. Não se faz ao barbeiro.
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ABarbearia, 4.7.2011
De ... a 5 de Julho de 2011 às 12:53
Assis e Seguro fazem três debates antes das eleições para liderança do PS
, dois para militantes e um numa televisão, antes da eleição para secretário-geral do PS.
Segundo António Galamba, director de campanha de António José Seguro, o primeiro frente-a-frente deverá ocorrer no próximo dia 12 na SIC-Notícias, seguindo-se debates em Lisboa (dia 13) e no Porto (dia 19), antes das eleições directas neste partido, que se realizarão nos dias 22 e 23 neste mês.
Em declarações à Agência Lusa, a deputada socialista Ana Catarina Mendes, directora da candidatura de Francisco Assis, lamentou o resultado alcançado.
«Dada a total indisponibilidade da candidatura de António José Seguro para a realização de um debate alargado no partido, entendemos que mal por mal mais vale haver poucos debates do que nenhum. Lamentamos que não haja a possibilidade de haver debates com os militantes nas federações de Braga e de Coimbra», afirmou Ana Catarina Mendes.
Já da parte da candidatura de António José Seguro, António Galamba considerou à Agência Lusa que o modelo de debate alcançado «está em sintonia com a tradição do partido e com o objectivo de fazer o debate» com os militantes.
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Assis admite que propõe «rupturas» que mexem com o PS
26 JUN 11 às 09:38Francisco Assis considerou «natural» o apoio da maioria dos presidentes de câmaras do PS a Seguro, reconhecendo que a sua candidatura «envolve rupturas» que mexem com o partido.
A candidatura de António José Seguro a secretário-geral do PS é apoiada pelos autarcas de 83 das 132 câmaras socialistas existentes no país, disse à agência Lusa um porta-voz oficial.
«Esta é uma candidatura de projecto que envolve algumas rupturas. É por isso natural que alguns dirigentes intermédios e autarcas, alguns deles há muito tempo no desempenho das suas funções, não se reconheçam inteiramente numa candidatura que visa modificar e alterar», afirmou.
Francisco Assis falava aos jornalistas à margem da apresentação da sua candidatura a secretário-geral do PS, que decorreu numa sala da Arena d'Évora, com a presença de cerca de 60 militantes do partido.
Para o candidato à liderança dos socialistas, a revisão programática que preconiza, nomeadamente, as alterações no processo de escolha dos candidatos às próximas eleições autárquicas, «mexe com alguns sectores do PS que queriam que tudo continuasse na mesma».
«É uma candidatura de mudança. Não pode ter como referências fundamentais elementos que apostam muito na continuidade», acrescentou.
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Moção de Assis propõe racionalizar serviços do Estado
«Há muita racionalização que é possível fazer, há muita eficiência que se pode ganhar em todos os domínios do Estado Social» com a concentração de recursos, defendeu o sociólogo Rui Pena Pires, coordenador da moção, em conferência de imprensa.
Francisco Assis concorda com a extinção dos governadores civis. «É preciso fazer uma reforma, que estava aliás a ser feita e que tem de continuar, e o PS tem de ter disponibilidade para entendimentos com a actual maioria governativa para prosseguir esse esforço», defendeu.
Na moção, o candidato à liderança socialista assume que reconquistar a confiança das classes médias é um desafio que se apresenta ao agora maior partido da oposição.
«Algumas classes médias têm vindo a empobrecer nos últimos anos e de certa forma se afastaram eleitoralmente do PS», reconheceu.
Ao nível do funcionamento do partido, Assis propõe a realização de primárias com a participação de não militantes para a escolha dos candidatos do PS.
«Há uma certa relação de desconfiança dos cidadãos nos partidos e os partidos vivem um pouco afastados da sociedade», diagnosticou o ex-líder parlamentar socialista.
A proposta seria para aplicar já nas próximas autárquicas, daqui a dois anos.
António José Seguro, o outro candidato à sucessão de José Sócrates, também entregou esta quarta-feira a moção que vai levar ao próximo congresso do PS, mas não falou com os jornalistas.
De Falar, prometer e ... fazer ?! Como?Quan a 5 de Julho de 2011 às 14:21
Militantes não podem ser exército silencioso a que se recorre apenas nas eleições, diz Assis
- Sol, 5 de Julho, 2011
O candidato à liderança do PS defendeu que os partidos devem abrir-se a uma maior participação independente e os próprios militantes socialistas não podem ser encarados como um exército silencioso a que se recorre apenas nas eleições.
Na sua primeira intervenção pública de sempre em Santa Maria da Feira, na segunda-feira, Francisco Assis afirmou que «estão enganados os que pensam que tudo mudará se se mudar apenas o secretário-geral do partido».
Referindo que nos últimos dois anos contactou de perto com as estruturas socialistas da generalidade do país, o candidato a líder do PS defende que «há uma mudança completa a fazer em quase todo o lado, porque há federações fechadas ao debate dos militantes e concelhias que só funcionam nas eleições».
Francisco Assis afirmou que os partidos devem funcionar como «grandes centros de debate político» e garantiu:
«Os militantes não podem ser vistos como um exército silencioso a que se recorre apenas em momentos de campanha eleitoral».
«Só seremos de novo respeitados se as pessoas virem o PS a discutir soluções concretas para os seus problemas», continuou o candidato.
«Só assim se pode contrariar a progressiva desconfiança dos cidadãos em relação à política em geral e aos partidos em particular».
Para Francisco Assis, as próximas eleições internas serão também uma oportunidade para escolher o «futuro eleitoral» dos socialistas.
«Vamos ter que renovar a maioria dos candidatos às autárquicas, fazer uma ampla revisão das nossas listas e é bom que o PS se prepare para essas eleições», explicou.
Um dos primeiros passos a tomar nesse sentido é defender o crescimento económico com base na investigação científica, recuperando as «décadas de atraso estrutural» que o país revela na sequência do desinteresse demonstrado para com as principais revoluções industriais;
a medida seguinte é «retomar a liderança do debate parlamentar» agora que «vem aí uma onda de ataque ao estado social» e que se impõe uma mudança para «evitar o seu desmantelamento».
Nesse contexto, Francisco Assis considera que a sanidade financeira nacional não obriga à extinção de municípios – o que «geraria uma reacção popular muito forte» tendo em conta que «o país não tem um número excessivo de concelhos» – e passará antes por valorizar a administração intermunicipal, «sobretudo no caso de autarquias com apenas 3.000 a 6.000 habitantes».
«Temos de facto que fazer um trabalho profundo a esse nível, mas assegurando que esse não se faz sem a intervenção dos autarcas», realçou o candidato.
«A agregação de freguesias é uma boa solução, mas devemos também resistir no apelo à intermunicipalidade».
Admitindo possuir «uma perspectiva muito negativa sobre a forma como as áreas metropolitanas se têm regido no plano nacional, dado que não há uma lógica verdadeiramente metropolitana subjacente à sua gestão»,
Francisco Assis reconhece, contudo, que «não estão criadas condições para realizar um referendo sobre o tema».
«Mas até isso é absurdo», acrescenta, a propósito da actual inviabilidade constitucional dessa consulta popular.
«No limite, podíamos restaurar a pena de morte sem referendo, mas instaurar a regionalização não podemos», concluiu.
Lusa/SOL
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