Quinta-feira, 10 de Novembro de 2011

Acabou o tempo de Citizen Kane

por Daniel Oliveira

   Nascido da implosão do sistema partidário corrupto de Itália, Silvio Berlusconi parecia  ser o político de uma nova era. Eu próprio julguei que assim fosse. Uma era em que os homens do dinheiro metessem a mão na massa e tomassem, eles próprios, as rédeas do poder. O primeiro-ministro italiano criou um partido à imagem e semelhança das suas empresas. Sem qualquer democracia interna, os candidatos, fossem eles gestores intermédios ou bombásticas apresentadoras de televisão, eram escolhidos com a mesma lógica que um departamento de recursos humanos escolhe os seus quadros e os promove. Sempre garantido a obediência ao chefe.
    Berlusconi tinha máquina de propaganda com a qual qualquer político populista sonha. O quase monopólio das televisões e um enorme poder na imprensa e na indústria editorial e de entretenimento garantiu anos de alheamento e estupidificação da política italiana. E nesse mundo virtual que ele criou a sua aberrante figura passava a parecer aceitável. Ele vivia para o show que ele próprio produzia para o País. E, com o poder político nas mãos, adaptava o Estado às suas próprias necessidades empresariais e pessoais, mudando leis para fugir a processos por corrupção ou para impedir qualquer ação contra o seu monopólio. 
    Escapou a tudo. E até os escândalos sexuais, numa Itália católica e conservadora, não lhe custaram a carreira política.
    Mas Berlusconi pode cair. Não será a oposição de esquerda a derrubá-lo. Nem a contestação e os sindicatos. Nem a comunicação social. Nem ele próprio. Tudo isso são forças do passado. De um tempo em que o poder político esperava ter o apoio do povo. De um tempo em que o poder económico tinha rosto. Afinal, Berlusconi representa o fim de uma era. E a sua queda é o virar de página. Foram os mercados que o fizeram cair. Que fazem cair, um a um, os governantes da Europa. Para os substituir por tecnocratas que "façam o que ter de ser feito". Não precisam de carisma, porque não precisam da simpatia povo. Têm as suas dívidas. O devedor, resignado, acata ordens. Os mercados têm os juros e o crédito e as agências de notação. Chega-lhes. Dispensam a democracia. Mesmo aquela que escolhe magnatas da comunicação social para primeiros-ministros. 
    O tempo em que Citizen Ken tinha o mundo a seus pés acabou. A manipulação da democracia já não é necessária. Porque a democracia está suspensa. O populismo já não tem qualquer utilidade. Porque o povo não tem voto na matéria. Os mercados ditam a lei. Isso chega.


Publicado por Xa2 às 13:27 | link do post | comentar

5 comentários:
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 10 de Novembro de 2011 às 15:59
Como entendo o Otelo...
Ele, tal como muitos de nós, não sentimos que vivamos numa democracia... Como diriam os extintos e saudosos gatos Fedorento, isto que é uma espécie de democracia...
Vivemos numa ditadura democrática de doutos burocratas engravatadinhos que tomaram o poder usando aquilo que no antigamente se chamaria de regras da democracia, ou seja, usanda (manipulativamente; as regras do regime verdadeiramente democrático.
Nada é mais enganador do que a «verdade».
Também eu tenho esse amargo sabor de estar a ser diariamente enganado por esta espécie de democratas que governam não só o nosso cantinho mas , e infelizmente, as ditas democracias ocidentais... Era muito «mais fácil» a revolta parecessem como uns autênticos malandros e ditadores... mas não, infelizmente usam falinhas mansas, fato e gravata e dizem educadamente «dá-me lincença» e «muito agradecido» antes e depois de nos «irem ao c´_»!


De . RTP a "bem da nação" fascizada . a 17 de Novembro de 2011 às 10:09

Nacional cosmopolitismo

«O relatório ''da metade sobrante'' do Grupo de Trabalho para a Comunicação Social nomeado pelo Governo para "definir" essa misteriosa coisa que é o serviço público de televisão propõe que, erguendo-se gloriosamente no meio dos destroços que ficarem da demolição da RTP, a RTP Internacional (RTPI) passe para a tutela do... MNE.
Além disso, para o líder do tal Grupo, o economista João Duque - cujo currículo conhecido na matéria se resume a umas idas às TV para "debater" - a informação do canal deve ser "filtrada" e "trabalhada" visando a promoção de Portugal.

Coisa que, tomem nota os que têm o mau hábito de pôr questões, "não deve ser questionada". Tudo "a bem da Nação!", a filtragem e o não questionamento, como nos bons tempos da outra senhora.

Simultaneamente, o meio Grupo quer "cosmopolitismo" na "mentalidade e moldes" da programação da RTPI.

Segundo Borges, o termo "cosmopolita" é criação dos estóicos e opõe a ideia de "cidadão do Cosmos" e "cidadão do Universo" à de mero cidadão da sua cidade ou do seu país. Cosmopolitismo é, pois, cidadania universal.

Teremos, assim, indo avante a proposta de Duque & Cª,
uma RTPI "cidadã do Universo" às segundas , quartas e sextas e
a "filtrar" e "trabalhar" a informação para "despertar e consolidar o interesse por Portugal" às terças, quintas e sábados.
Sobram os domingos, mas Duque há-de também arranjar-lhe qualquer coisa que fazer nesse dia "a bem da Nação".» [JN] Manuel António Pina.


De Golpe d' Estado-UE ditatorial engravatad a 10 de Novembro de 2011 às 17:17
MEE, o novo ditador europeu
por Rudo de Ruijter , vídeo por Jozeph Muntenbergh

O tratado do MEE (mecanismo europeu de estabilidade) será tornado definitivo quando os Parlamentos dos 17 países da zona euro o tiverem ratificado. Espera-se que o façam entre esta data e 31 de Dezembro de 2011.


O que é esta aberração?
Esta foi a minha primeira reacção quando vi este vídeo. Isso não é possível. Uma organização que pode esvaziar os cofres dos Estados quando lhe aprouver? Vivemos nós num país democrático?
Para me certificar examinei os textos oficiais, ou seja, o tratado que estabelece o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE ou, na sigla em inglês, ESM).

TREATY ESTABLISHING THE EUROPEAN STABILITYMECHANISM (ESM)
http://consilium.europa.eu/media/1216793/esm%20treaty%20en.pdf

Podem-se aí encontrar facilmente os artigos mencionados no vídeo (a partir da página 19).
Quanto ao resto do tratado, não consegui encontrar nada que limitasse este poder ditatorial.
Ainda estou trémulo!

Mas como é que isso é possível no quadro dos tratados da União Europeia?
Trata-se de uma extensão ilegal das competências da União!
Investigando mais descobri que certas decisões foram tomadas discretamente e rapidamente a fim tornar "possível" este MEE.

Estou certo de que se políticos no nosso país quisessem criar um clube que tivesse a possibilidade de esvaziar os cofres do Estado quando quisessem e tão frequentemente quanto quisessem, eles não conseguiriam efectuar as alterações legais necessárias, nem mesmo em vinte anos!

Mas a burocracia de Bruxelas conseguiu preparar os tratados a toda velocidade a fim de cometer este golpe de estado em 17 países simultaneamente!!!

A CORRIDA DE FUNDO BRUXELENSE

Em 17 de Dezembro de 2010 o Conselho Europeu decidiu ser necessário um mecanismo de estabilidade permanente, para retomar as tarefas do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSM, na sigla em inglês) e da Facilidade de Estabilização Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).
Estas duas organizações foram montadas rapidamente, respectivamente em Maio e Junho de 2010, a fim de proporcionar empréstimos a países com demasiadas dívidas.
Contudo, falta uma base legal a ambas as organizações.

Note-se desde já que estas duas organizações foram concebidas explicitamente para intervenções financeiras, mas que a emenda no Tratado sobre o funcionamento da União Europeia, para montar o MEE, permite igualmente o estabelecimento de outras organizações em campos de acção muito diferentes.

Esta emenda acontece em 25 de Março de 2011.
Para evitar ter de organizar novamente referendos na Europa, eles utilizaram o artigo 48.6 do Tratado da União Europeia, o qual permite ao Conselho Europeu decidir modificações aos artigos do tratado – desde que elas não impliquem uma extensão das competências da União.
(Tais decisões devem, contudo, ser ratificadas pelos Parlamentos nacionais, mas geralmente isso é apenas uma formalidade).
A emenda consistiu num acréscimo de aparência inocente a um parágrafo do artigo 136.
Em suma, este acréscimo estipula que "os países da UE que utilizam o euro são autorizados a estabelecer um mecanismo de estabilidade para salvaguardar a estabilidade da zona euro no seu conjunto".
Aqui, já não se trata mais explicitamente da estabilidade financeira.

Através desta emenda, também a repressão de tumultos, a vigilância de cidadãos vigilantes ou o combate contra qualquer outro elemento desestabilizador na zona euro poderão igualmente ser conferidos a novas organizações sob a bandeira da UE.

Por outras palavras, esta emenda constitui com certeza uma extensão das competências da UE.
Contraria portanto o artigo 48.6 do Tratado da União Europeia.
Contudo, nem um ministro, nem um Parlamento nacional manifestou descontentamento em relação a isso e em Bruxelas eles continuaram alegremente e rapidamente a montar o tratado do MEE.

Em 20 de Junho de 2011 os Parlamentos nacionais autorizaram que as tarefas do tratado do MEE fossem efectuadas pela UE e o Banco Central Europeu.

Em 11 de Julho de 2011 o tratado foi assinado. Embora ...


De . Resistir á nova DITADURA . a 10 de Novembro de 2011 às 17:28
MEE, o novo ditador europeu
...
Em 11 de Julho de 2011 o tratado foi assinado. Embora a assinatura tenha sido anunciada posteriormente, na abertura de uma conferência de imprensa à qual assistiam dezenas de jornalistas, no dia seguinte não houve uma única manchete nos jornais
(nem ao nível nacional, nem ao internacional) acerca da assinatura deste novo Tratado Europeu.

Será pelo facto de Juncker o ter anunciado em francês... antes de prosseguir a conferência de imprensa em inglês? [NR]

Neste momento o tratado está à espera de ratificação pelos Parlamentos nacionais. Estas ratificações são aguardadas entre a presente data e 31 de Dezembro de 2011.

O tratado ainda não está em vigor e eles já falam na necessidade de elevar o capital de 700 mil milhões de euros (ou seja, 2.100 euros por cidadão da eurozona) para 1500 ou 2000 mil milhões, portanto duas a três vezes mais.

De acordo com o texto do tratado, este deveria entrar em vigor em Junho de 2013. Agora querem fazê-lo já em 2012.

Logicamente, pedirão aos Parlamentos que se apressem a ratificar o tratado. Na Alemanha o assunto já está em debate nestes dias. Aparentemente será preciso que se apressem:
há cada vez mais alemães que acordam!

Se quisermos utilizar os últimos fiapos de democracia para impedir esta ditadura, devemos, a toda pressa, despertar o maior número de cidadãos possível e enviar tantas mensagens e cartas de protesto quanto possível a parlamentares, políticos e partidos políticos.
Sentar e esperar que outros o façam é catastrófico no actual estado de coisas.

Se dispuser de contactos no estrangeiro, envie-lhes informações também.
Na maior parte dos países euro nada ou quase nada se sabe sobre este assunto.
Naturalmente, não ajuda nada que o texto do tratado que Bruxelas disponibilizou na Internet esteja apenas em inglês.
Exactamente 98,7% dos cidadãos da eurozona falam outras línguas!
Não, não me diga que fizeram isso de propósito!

Quando um ditador se senta no seu trono, não se consegue removê-lo antes de 30 anos!
Será que queremos deixar isso aos nossos filhos?


Nota do Autor:
Enviem-me por favor links de artigos sobre o tratado do MEE, assim como informações a divulgar sobre acções em curso ou em perspectiva, para que eu possa publicá-las em
http://www. courtool.info . Email: CourtFool@orange.nl . RR

A utilização do vídeo e da cópia do texto acima em outros sítios web é calorosamente recomendada!

Além do vídeo com legenda em português também há versões com legendas em inglês, holandês, francês, castelhano e búlgaro.

Elabore a vossa própria mensagem para protestar contra este tratado do Mecanismo Europeu de Estabilidade e os poderes ditatoriais previstos para esta organização. Exija que os parlamentos nacionais recusem a ratificação.

[NR] .No dia 13 de Outubro de 2011 o Conselho de Ministro português aprovou resolução para permitir a criação de bases na lei que vai instituir o MEE, que irá substituir a partir de 2013 o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
O comunicado emitido diz que

"Esta decisão tem por objectivo alterar o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia de forma a criar uma base jurídica para instituir o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)
destinado a permitir alcançar a estabilidade financeira da zona euro".

Ver também MES, coup d'état dans 17 pays , do mesmo autor.

A versão em francês encontra-se em http://www.courtfool.info/fr_MES_le_nouveau_dictateur_Europeen.htm

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

CIDADÃOS é hora de UNIR, RESISTIR e LUTAR com todas as armas.


De .Elite corrupta, mercados/finança Rouba. a 11 de Novembro de 2011 às 11:13
"Os Mercados" essa coisa transcendente e misteriosa

A partir dos anos 70 do séc.xx, muitos Governos decidiram entregar aos bancos "a gestão do dinheiro" do seu país.
Os banqueiros explicaram aos governantes que o assunto era demasiado sério para estar entregue a gentinha eleita - os governos -
que tem tendência, em períodos eleitorais, a colocar o seu banco central a fabricar moeda sem a ponderação dos banqueiros, e a fazer obras ou, pior ainda, a aumentar o salário mínimo, ou gastar mais dinheiro com o serviço de saúde, com a educação e outros dislates do género.

Os Governos, em geral, acharam (ou tiveram de achar) sábias tais palavras e desde então o banco central, o banco emissor de moeda de cada país submetido aos "mercados" passou a fabricar moeda de acordo com o novo critério dos banqueiros.

O banco central fabrica moeda (moeda central) que empresta aos bancos a um jurozinho baixo e depois os bancos emprestam esse dinheiro a um juro mais alto ao Governo, às empresas e aos particulares.

Isto é, o Governo se necessitar, como sempre necessita, de investir em melhor saúde, melhor educação, melhor segurança, melhores comunicações, etc. em tudo aquilo que é obrigação do estado fazer para bem administrar um país, incluindo (se não pertencer à seita talibã ou à corrente neo-liberal) redistribuir a riqueza criada,
tem de pagar um jurozinho razoável, aos bancos privados, que devido a uma criteriosa "governança", aumentaram fabulosamente os seus lucros, os dos seus grandes accionistas e dos excelentes administradores.

É o que sucede com o Banco Central Europeu, como ficou estabelecido no artigo 123 do Tratado de Lisboa, para os países do euro.
O BCE empresta à banca privada a um juro de 1 ou 2 % e depois esta muito criteriosamente empresta a Portugal, à Grécia, ou à Itália a 5 a 7 ou 10%.

Num vídeo que procura revelar, simplificadamente, como é que, hoje em dia, o sistemas financeiro internacional, governa os governos de quase todo o mundo, diz-se que
desde 1973, em França, quando o poder político entregou o "governo " do dinheiro dos franceses aos banqueiros, a dívida acumulada pelo estado francês desde então e até 2011 corresponde "curiosamente", mais ou menos, à soma dos juros pagos pelo estado à banca privada, desde então.
Os contribuintes (da função pública, pensionistas e assalariados em geral) pagarão.

# posted by Raimundo Narciso, PuxaPalavra


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS