De .é preciso novo 25 Abril Popular. a 18 de Setembro de 2012 às 18:00
O General Pires Veloso,
O general PV, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".
"Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse hoje, em entrevista à Lusa.
Para o general, que enquanto governador militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".
PV, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo".
"Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja" a liderar o processo.
Inversão de valores
E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".
Como solução para evitar que as coisas se compliquem, PV defendeu uma cultura de valores e de ética. "Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas", defendeu.
PV lamentou a existência de "um GANGUE que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.
E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".
O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da EDP para sublinhar que "este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm".
"Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza", disse.
Para PV, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".
Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril: "Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".
Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles".
"Quando se deu o 25Abril74, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia", considerou PV, para quem "o PM tem de arrepiar caminho rapidamente".
PM "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as PARCERIAS público-privadas.
"Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual está prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu.
De .Roubo 'Legal' pelos poderosos. a 18 de Setembro de 2012 às 18:03
É assim que atua a maior Fortuna deste País.
E se a MULTICARE dá lucro!!!
A LADROAGEM continua à solta!!!
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS.
TUDO FOI CALCULADO AO PORMENOR.
Vejam esta sequência de acontecimentos:
1) A TROIKA sugere no "memorandum" a VENDA do negócio da SAÚDE da CGD-Caixa Geral de Depósitos;
2) O Governo nomeia ANTÓNIO BORGES como CONSULTOR para orientar a VENDA dos negócios PÚBLICOS (privatizações);
3) O Grupo SOARES DOS SANTOS (Jerónimo Martins) CONTRATA o mesmo ANTÓNIO BORGES como ADMINISTRADOR (mantendo este, as suas funções de VENDEDOR dos negócios PÚBLICOS;
4) O Grupo SOARES DOS SANTOS (Jerónimo Martins) anuncia a criação de um NOVO NEGÓCIO na área da SAÚDE (noticiado no início desta semana pela imprensa);
5) A TROIKA exige a VENDA URGENTE do negócio da SAÚDE, da CGD, já este MÊS (notícia de hoje na imprensa)
... e NINGUÉM repara?
... e NINGUÉM diz nada?
Claro que dirão que é o "mercado" a funcionar "se" o Grupo SOARES DOS SANTOS adquirir por uma bagatela a área de negócio da SAÚDE da CGD, por ajuste directo (sem concurso).
NINGUÉM exige explicações?
NINGUÉM fala em tráfico de influências?
NINGUÉM aponta indícios de corrupção?
E o cipaio Barreto, agora fica calado?
De 'New Deal' para resolver a crise. a 18 de Setembro de 2012 às 22:27
Santiago Carrillo sugeriu estratégia keynesiana para resolver crise
Santiago Carrillo, histórico do Partido Comunista espanhol falecido esta terça-feira, criticou as medidas e políticas adotadas atualmente a nível europeu e considerou que a Europa devia avançar com estratégias "keynesianas", para aumentar a procura e fortalecer o mercado laboral.
Segundo assinala a edição online do semanário Expresso, que cita uma entrevista que o político concedeu à Lusa no ano passado, Carrillo disse sentir pena da situação em que se encontram vários países europeus, confrontados com a falta de solidariedade dos mais poderosos da UE e com a ausência de políticas para resolver a crise.
"O que me dá mais pena não é que esses países (Itália ou Grécia) sejam governados neste momento por tecnocratas, mas o conjunto de problemas que se acumularam sobre esses países e que proveem, a meu entender, da falta de solidariedade das potências europeias. E da política que se está a fazer, que não é uma política que resolva a crise", afirmou.
"Estamos num momento em que a prioridade é a recapitalização da banca, quando a prioridade devia ser tomar medidas que aumentassem a procura, facilitando passos para solucionar a crise", disse.
Afirmou, na altura, que "faltam líderes na Europa", mas "sobretudo, falta uma ideia sobre como se luta contra uma crise". Citou, como exemplo, o "New Deal" de Roosevelt e defendeu, como então, medidas "keysenianas" para "tirar a Europa da crise".
"O que faz falta hoje é uma reforma do capitalismo que converta o sistema financeiro de crédito num serviço público gerido pelo Estado, com o setor produtivo do capitalismo a continuar com o mercado livre, com mais valias. Mas deixando o crédito nas mãos dos governos", disse.
"Enquanto isso não se fizer, não se conseguirá controlar ou regular a situação", disse.
De . 1 % roubam 99 % . USA & Portugal a 19 de Setembro de 2012 às 10:17
Candid camera
(-por Sérgio Lavos, 18/9/2012, Arrastão)
Entretanto, na América... Mitt Romney, o candidato preferido da nossa direita liberal randiana, foi apanhado a dizer o que realmente pensa.
Coisa rara, num político, e como é evidente o que ele pensa não é nada agradável, sobretudo para os americanos mais pobres, mas também para a sua nomeação, que terá ido pelo cano com esta revelação.
Perante apoiantes milionários, Romney afirma que os 47% de americanos que votam em Obama não interessam porque não pagam impostos.
Isto dito por um multimilionário que, aproveitando-se das reduções fiscais sobre os super-ricos implementadas por Bush, pagou muito menos impostos do que a classe média norte-americana.
Mais pornográfico do que aquela célebre filmagem do arquitecto. Lições da América para o mundo
- perto disto, os friedmanianos Coelho & Gaspar não passam de aprendizes de feiticeiro.
Mas eles estão a esforçar-se.
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