Domingo, 17.04.11

O estranho caso do candidato Nobre não é tão estranho como isso. Ele é afinal a ilustração do velho ditado popular de que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.

Quem se limite a colher as aparências, verá na entrada de Fernando Nobre numa lista do PSD uma traição. E se fizer uma recolha atenta de declarações anteriores do azougado clínico encontrará amplo material para ilustrar a grande distância que existe entre o que repetidamente disse e o que agora fez. Mas quem conseguir desembaraçar-se da cortina de ilusionismo político de que o candidato se envolve, poderá ver com nitidez que tudo o que rodeia este caso é afinal bem mais simples.

De facto, hoje é evidente qual é o lugar ideológico-político do escudeiro do candidato miguelista ao inexistente trono de Portugal. É o que corresponde à sua opção monárquica e ao seu apoio a Durão Barroso e a António Capucho. Os apoios a Mário Soares, ao Bloco de Esquerda e a António Costa não passaram de manobras destinadas a dar uma maior aparência de realidade ao embuste que Fernando Nobre viria a urdir, lançando uma candidatura presidencial que fingiu ser uma componente discreta, moderada e aberta da esquerda, quando afinal era uma auxiliar disfarçada da direita, dirigida, no essencial, a facilitar a vida a Cavaco e a confundir as coisas no seio das esquerdas.

E terá sido o relativo êxito dessa operação de ilusionismo presidencial que terá levado o PSD a tentar explorar o mesmo equívoco. E para dar verosimilhança à ocultação da matriz direitista de Nobre, achou que podia instrumentalizar um alto cargo do Estado democrático para ficcionar a importância de Nobre, ao mesmo tempo que dava a aparência de realidade ao seu alegado suprapartidarismo. Mas como acontece com os ilusionistas que repetem o mesmo truque, as aparências apagaram-se perante a realidade, nesta segunda tentativa, ou nesta tentação de insistir na realidade de uma ficção vinda de trás.

E Nobre foi afinal reduzido à quilo que realmente é : uma personalidade política e ideologicamente de direita que concebeu o embuste de se fazer passar por um candidato presidencial contidamente de esquerda. Embora fosse um verdadeiro seguro político de Cavaco, era sempre apresentado como um dos potenciais causadores de uma ida de Cavaco à segunda volta.

A força das coisas mostra agora que tinham razão todos aqueles que chamaram a atenção para a presença, nas camadas menos aparentes do discurso político de Nobre, de muitas marcas identificadores do conservadorismo ideológico e do reaccionarismo político. De facto, Nobre é um político bem impregnado pelos dogmas e tiques da direita clássica, com uma maquilhagem oportunista de esquerda, propositadamente feita para enganar os eleitores. Por isso, ele não representa nenhuma abertura à esquerda praticada pelo PSD, mas apenas uma tentativa patética de insistir num embuste que deu eleitoralmente algum resultado nas eleições presidenciais.

Tal como aconteceu antes, há quem tente branquear a ostensiva rasteirice desta manobra política que envolve Nobre e Passos Coelho, invocando o currículo humanista do médico sem fronteiras. O mérito e o valor social do seu envolvimento em causas solidárias não está em causa, como o não está o de milhões de pessoas que em todo o mundo se ocupam desse tipo de tarefas. Mas o mundo não está dividido em anjos que seriam esses e demónios que seriam os outros; no mundo, mais prosaicamente, vivem pessoas com virtudes e defeitos, sendo certo que fica longe da excelência ética qualquer tentativa, subtil ou não, para fazer render em termos de prestígio que se usará (por exemplo, na política) o trabalho solidário realizado. Ora Nobre só não é um verdadeiro perito nessa utilização, porque vai longe demais na sofreguidão de tornar visível o seu envolvimento em missões solidárias. Não é um hábito decente.

O envolvimento da Presidência da Assembleia da República na tentativa de o PSD prolongar o embuste de Nobre, mostra a completa a ausência de sentido de Estado das personagens que urdiram essa farsa e a fraca qualidade do seu civismo. É aliás irónico e revelador que o seráfico Nobre se tenha envolvido num enredo tão sórdido. A imensa maioria dos políticos inscritos nos partidos, que ele tanto abomina, não teriam estômago para ir tão longe.

Rui Namorado [O Grande Zoo]



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Publicado por JL às 00:01 | link do post | comentar

Sexta-feira, 15.04.11


Publicado por JL às 12:38 | link do post | comentar | comentários (2)

Uma sugestão ao Senhor Presidente da República e aos que reclamam um seu maior protagonismo.

Acho espantoso como tanta gente ainda reclama do Presidente da República uma maior intervenção para um necessário entendimento partidário que permita negociar a "ajuda externa" a uma só voz.

Eu, que sou parlamentarista convicto e defendo um governo de coligação desde o momento em que o PS não conseguiu maioria absoluta nas últimas eleições legislativas, parece-me bem melhor que Cavaco Silva se abstenha de qualquer intervenção e o necessário entendimento seja conseguido com recurso exclusivo ao diálogo interpartidário.

É que se formos bem a ver, sempre que o actual Presidente da República decide deixar episodicamente o seu "anonimato" e assumir algum protagonismo, é certo e sabido que nada de muito positivo se pode esperar. Querem provas?

Pois foi o que aconteceu com o Estatuto dos Açores (onde até conseguiu desbaratar alguma razão que lhe assistia), o triste caso das "escutas", a audiência aos representantes da oposição madeirense numa sala de hotel, as críticas a Mª de Lurdes Rodrigues e Correia de Campos, os discursos de vitória e de posse, as "fantasias" (ou serão rapsódias?) húngaras e assim sucessivamente. Difícil, difícil mesmo é descobrir quando a sua intervenção se terá saldado por um qualquer sucesso e não por um fracasso rotundo.

Por isso mesmo, e bem vistas as coisas, é melhor que o senhor Presidente se deixe ficar lá quietinho, no "rimanço" do lar, e não se arrisque ainda a contribuir mais para a asneira que já por aí vai que chegue. Olhe, tire férias e apareça lá para Julho para dar posse ao novo governo! Mas em silêncio! Entretanto nós, os cidadãos, iremos passando lá pela sua página do Facebook ou pelo "site" da Presidência para sabermos se continua a gozar de boa saúde. Vale?

JC [O Gato Maltês]



Publicado por JL às 00:08 | link do post | comentar

Quarta-feira, 13.04.11

Uma testemunha revelou em tribunal que o ex-presidente do BPN vendeu, em 2001, a Cavaco Silva e à sua filha 250 mil acções da Sociedade Lusa de Negócios, a um euro cada, quando antes as adquiriu a 2,10 euros cada à offshore Merfield.


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Publicado por JL às 22:16 | link do post | comentar | comentários (1)

Sábado, 09.04.11

A ser verdade o que se lê aqui, restam três conclusões:

1. O silêncio do Sr. Silva, presidente de uma facção de portugueses, mostra ou falta de capacidade para "ler" a evolução económica do país ou tacticismo em desfavor (mais uma vez) do Governo. Entre ser-se incompetente e traidor dos interesses do país, venha o diabo e escolha;

2. Passos Coelho, ao contrário do que passou na comunicação social e do que o próprio afirmou, foi afinal contactado antes da apresentação do PEC IV, mas recusou qualquer diálogo. Ou seja, a acusação de que este governo não fez os possíveis para negociar o PEC cai por terra. E confirma-se o desejo de PPC e do actual PSD em derrubar, o quanto antes, com ou sem rasteiras, o governo para ir ao pote; e

3. Há muita gente que insiste, mesmo à beira da falência, em colocar os interesses próprios à frente dos interesses nacionais e colectivos. E esta gente sempre ficou na História pela negativa. Mas, graças às suas limitações, não compreendem este facto histórico.

Ricardo Sardo [Legalices]



Publicado por JL às 14:56 | link do post | comentar

Quarta-feira, 06.04.11

A crise política começou e Cavaco não disse nada.

O Sócrates ameaçou demitir-se e Cavaco nada disse.

O Sócrates demitiu-se mesmo e Cavaco continua sem nada dizer.

O governo fez um pedido de ajuda financeira à União Europeia e Cavaco não diz nada.

Pergunto, não será melhor alguém passar lá em casa a ver se está tudo bem?

Nos dias de hoje todo o cuidado é pouco com idosos sozinhos em casa.


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Publicado por JL às 23:11 | link do post | comentar | comentários (1)

Terça-feira, 05.04.11

Afastem-se! Com as tremuras não acerta no alvo!


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Publicado por JL às 12:06 | link do post | comentar | comentários (6)

Para quem tinha como um dado adquirido, que o homem era um mentiroso compulsivo, ficou com a criança nos braços.

Sócrates, é certo, nem sempre falou a verdade (como todo e qualquer cidadão que se preze) e muitas vezes se enganou (ao contrário de certa pessoa que um dia afirmou que “eu nunca me engano e raramente tenho duvidas”) enganando, também com isso, o povo, em nome de quem governava. Por isso, quase, ninguém o levou a sério quando afirmou que o chumbo do PEC IV, (o apresentado ou outro qualquer, como afirmou estar disposto a negociar) significaria a sua demissão de 1º Ministro.

O PS poderá sofrer com ele e muito, mas o país sofre com todos inclusive com a incoerência (atentas as suas próprias palavras) da posição de Aníbal Cavaco Silva que não conseguiu colocar acima de todas as quezílias e querelas partidárias e pessoais os “soberanos interesses de Portugal”. Damos uma imagem interna e internacionalmente que o país não necessitava nem merecia.

Agora aí está o resultado, tanto mais que o Presidente da Republica, também, não esteve à altura de ter sido capaz de ultrapassar as suas próprias “comezinhas” questiúnculas pessoais e ter exigido que, no âmbito da Assembleia da Republica, se tivesse encontrado uma saída para a crise, sabendo-se que tal inépcia nos atiraria para o lixo do mercado financeiro internacional e, até como sociedade.

O Presidente deveria ter sido capaz (não fora ter tido uma atitude em causa própria, pelo menos da fama, disso, não se livra por mais justificações que venha a argumentar) de, no próprio dia em que viu recusada a proposta do, famigerado, PEC IV, declarado publicamente que a sua exigência e que o país teria acolhido de bom grado era a de que os partidos no âmbito da Assembleia se entendessem na constituição de um governo alagado e capaz de responder aos desafios do momento.

 

P.S. (1)

A Islândia, que depois da crise da banca rota a que teve de fazer face (que tal como por cá teve contornos criminosos), levou o respectivo governo local a anunciar aumentos de impostos, cortes sociais, cortes salariais, forte agravamento da inflação, enfim a receita do costume imposta pelo FMI.

Só que o povo não gostou e não se limitou a lamuriar mas concentrou-se, ininterruptamente, em frente ao seu parlamento até obrigarem à queda de um governo conservador e foram às urnas votar, chumbando estrondosamente a política que era a de salvar bancos falidos e corruptos à custa de quem trabalha.

Das respectivas eleições saio uma coligação entre a Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde, chefiada por uma mulher, Johanna Sigurdardottir, a actual chefe do governo, foi equilibrando as finanças do país e saiu da recessão.

O povo, pela pressão e exercício de cidadania, impôs um estilo de governança diferente e os responsáveis internos pelas dívidas foram responsabilizados, abriu-se “caça” aos suspeitos de fraude e falsificação de documentos, que sacrificaram a Islândia e o próprio procurador-geral, fugitivo, já foi convencido a regressar ao país, a população sente que está a fazer-se justiça e a falar-se verdade.

A actual coligação islandesa criou uma assembleia de 25 cidadãos sem filiação partidária que foram eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, entre outros.

As contas de toda a estrutura dos Estado, seja local ou central, são tornadas públicas, bem como toda a area de negocios e contratos.

Esta genuína revolução pacífica está sendo omitida, quase completamente desaparecida dos órgãos de comunicação social e, os habituais comentadores de serviço, não lhe têm dado o merecido relevo. Ironias e estranhas coincidências a contrastarem com o atribuído às agências de rating e ao FMI.

P.S. (2)

O jornal “Público” noticiou, no dia 3 do corrente, que o líder do PCP disse esperar que as eleições legislativas permitam um governo patriótico de esquerda, e que o partido está disponível para fazer alianças com o BE, depois das eleições, desde que este clarifique os seus objectivos.

Uma verdadeira coligação à islandesa, só falta saber qual é o programa e se o PS (de Sócrates) também estará disponível para tal desafio.



Publicado por Zé Pessoa às 00:04 | link do post | comentar | comentários (385)

Segunda-feira, 04.04.11

O tempo que vivemos não é seguramente dos mais brilhantes da nossa História. Nem tanto pelas dificuldades, que são enormes mas não inéditas. As atitudes que vamos observando em quem tem responsabilidades é que nos fazem descrer da possibilidade de rapidamente unirmos esforços para vencer a crise.

Vejamos: tudo começou em 2009 com a vitória do PS e de Sócrates sem maioria absoluta. Toda a Oposição viu aí a primeira oportunidade de vergar o primeiro-ministro, e a verdade é que alguma arrogância dos tempos da maioria absoluta terá contribuído para um sentimento muito generalizado de que faltava humildade ao primeiro-ministro. O próprio Cavaco Silva - e com ele muitos barões do PSD - viram aí a ocasião de retribuir o sufoco em que tinham vivido nos últimos anos, estando ainda fresco na memória a forma como Manuela Ferreira Leite tinha sido sucessivamente cilindrada.

Cavaco Silva deveria ter nessa altura iniciado a sua tarefa de conciliador, de agregador, deveria ter tentado que se formasse uma maioria que garantisse vida longa ao Governo. Não o fez. Sócrates disse-se aberto a alianças, mas não foi nem convincente nem disponível para abdicar de algumas das suas propostas. Teve o que se sabe. A Oposição, em alianças negativas, foi destruindo diplomas, impondo políticas. Ainda agora, o Governo acabado de se demitir, as alianças negativas mataram a avaliação dos professores e revogaram medidas do Executivo para os medicamentos. Mas o Governo foi, como se costuma dizer, passando entre os pingos de chuva, sabendo que dificilmente seria destronado por aliança do PSD com a Esquerda do PCP e do Bloco. Veio a crise. Com ela, o bom senso de Passos Coelho, entretanto chegado à liderança do PSD. Um PEC e mais outro e mais outro. Até que, depois do violento discurso de posse de Cavaco Silva e perante o desdém de Sócrates que agiu como se não precisasse de apoio parlamentar nem devesse informar o presidente, o PSD cortou o apoio e lá vamos nós para eleições, provavelmente no momento menos adequado. Aqui ao lado, os espanhóis vão no quinto PEC, num crescendo de austeridade.

Vamos para eleições no preciso momento em que as agências de rating vão tornando o crédito a Portugal cada vez mais oneroso. Sócrates apostou tudo na rejeição do FMI. Apostou em que a Europa se chegaria à frente antes que o FMI fosse necessário. Mas a Europa foi esticando a corda e quando parecia que talvez pudesse dar razão a Sócrates, a Finlândia - um dos elos fortes da solução europeia - vai inesperadamente para eleições. As contas do primeiro-ministro caem pela base. Erro de cálculo, claríssimo.

Agora, com Governo de gestão, Sócrates diz que não pode chamar o FMI - até aqui o Governo não queria - Passos Coelho diz que sim e Cavaco diz que sim também, acrescentando - pela primeira vez - que as agências de rating exageram na pressão que fazem. Mas já exageram há muito. Interessou pouco dizê-lo noutras alturas, como certamente também já poucos ouviram, perante a correcção do défice - a Europa dizer que Portugal não mentiu nas contas, porque já todos entraram na fase das acusações.

Não é preciso dizer quem é o mexilhão desta história. Mas é preciso dizer que com os três principais protagonistas portugueses acontece só isto: Cavaco não gosta de Sócrates e ainda não confia (ou melhor, ainda desconfia) em Passos Coelho. Sócrates tem para com Cavaco sentimentos recíprocos aos do presidente para com ele e com Passos disputa o mesmo lugar, o que desde logo os afasta. Entre Passos e Cavaco há um fosso geracional, há um passado de separação, restando o respeito devido a uma linha comum e, acima de tudo, a oportunidade política. É pouco. Entre os três não haverá muito a fazer. Da cena política, restam dois dirigentes de Esquerda: um, fiel ao seu eleitorado e fazendo um caminho previsível mas certeiro na defesa dos seus; o outro, menos previsível, mas em sentido único, o sentido do protesto, nunca o sentido do contributo para que algo se construa. Resta, mais à direita, Paulo Portas, por ora na expectativa de saber se o PSD vai precisar dos seus votos ou não, mas coerentemente pronto para agravar a factura por cada dia que passa sem o PSD se aproximar.

E é assim que, a um mês e pouco das eleições estamos como em 2009, à parte uma situação económica sem paralelo: ou um partido, ou uma coligação tem maioria absoluta ou amargaremos ainda mais a nossa sorte. Os líderes em presença serão incapazes de aproximações e o presidente continua sem margem para intervir. Ou alguém dá um passo durante a campanha eleitoral ou o pior está para vir.

José Leite Pereira [Jornal de Notícias]



Publicado por JL às 13:58 | link do post | comentar | comentários (1)

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