Sábado, 12.03.16
♪ Cheira bem, ♫ cheira a eleições autárquicas ♪ (-J.M. Cordeiro, 9/3/2016, Aventar)
O que está a acontecer a Lisboa é inacreditável, não sei se quem vive noutros locais estará a par. Acontece que
há autárquicas à porta e se existe algo que faça um autarca salivar, as obras estarão no topo.
É a treta da segunda circular, o arrancar da calçada, a mesquita na Mouraria e agora isto do Jamaica, do Tokyo e do Europa que a Daniela relata.
Há um cardápio de obras que vão acontecendo ao sabor das autárquicas. As requalificações, os gimnodesportivos, as rotundas, as estátuas nas rotundas, as lombas em tudo o que é passadeira (e que nada devem à segurança, como se pode constatar, por exemplo, em Soure). E a lista poderia continuar.
Não há autárquicas em que não apareça uma vaga de fundo de obras, que parece levar as autarquias a copiar-se quanto às obras da moda para cada eleição que se aproxime. Em Lisboa, agora é isto. E porquê? Hipóteses não faltarão, mas só os que decidem saberão as verdadeiras razões. Claro, é sempre por isto e por aquilo, geralmente grandes valores em prol da humanidade. Eu, que sou torto e que ando por cá há meio século, dou-me de ares de quem já viu isto antes e aponto para financiamento partidário, acompanhado de um cheiro a novo que os autarcas acham que traz votos.
Pelo caminho há quem se surpreenda por os gastos (/ investimentos ou 'show off' ?) do Estado (e muito o endividamento das autarquias) serem altos e obrigarem a muitos impostos (e taxas municipais). Geralmente, são vozes que apontam o dedo ao ensino público e ao SNS, mas que ficam caladas perante o regabofe partidário.
----- Ai Mouraria… (-por José Gabriel , 8/3/2016, Aventar)
Mas que raio se passa na Câmara de Lisboa cujo executivo decidiu expropriar uma série de prédios na Mouraria para que ali se construa uma mesquita? Não colhe a declaração de que os “prédios estão devolutos e em mau estado”, já que uma linha de edifícios sofreu recentes obras de restauro por determinação do próprio Município. Compreendo a fúria estético-urbanística de Manuel Salgado, grande arquitecto mas medíocre político. Mas a deliberação colectiva é surpreendente. Sublinho que se a expropriação fosse para construir um templo de qualquer outra religião – ou servisse qualquer interesse poderoso – esta nota seria exactamente igual. Quem quer construir seja o que for sujeite-se a comprar os terrenos disponíveis e a seguir a lei como toda a gente.
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Quarta-feira, 19.06.13
Mais de mil pessoas já assinaram a petição online "pela preservação da Horta do Monte projeto comunitário", tentando travar a sua destruição iminente com o arranque das obras da autarquia para a criação do novo Jardim da Cerca da Graça.
O Expresso confirmou junto do gabinete de Eduardo Sá Fernandes, vereador do Ambiente Urbano, Espaços Verdes e Espaço Público da Câmara de Lisboa, que a intervenção irá ser iniciada "mesmo muito em breve".
O objetivo da autarquia é que o projeto de criação do maior parque urbano do centro histórico da capital - que contará com uma alameda, miradouros, parque de merendas, pomar, parque infantil, esplanada e parque hortícola numa área adjacente - esteja concluído em setembro, mês das eleições autárquicas.
Apesar da autarquia ter aceite o Projeto Comunitário Horta do Monte no seu programa Bip/Zip - Lisboa de 2013 , de parcerias locais para apoio às comunidades, apenas permitiria o seu regresso ao local, após a intervenção, para a exploração de um dos talhões do futuro parque hortícola.
Horta do Monte apela a reunião com Sá Fernandes
João Camoulas, assessor de Sá Fernandes, diz que, caso a Horta do Monte se tivesse candidatado teria tido prioridade, como aconteceu com os restantes hortelões, pois "a Câmara atribui em primeiro lugar o espaço a quem já o ocupava".
Inês Clematis, da Horta do Monte, afirma que a Câmara nunca lhes deu oportunidade de apresentarem as atividades que ali têm desenvolvido e que continuam a apelar por uma oportunidade de o fazerem, numa reunião com o vereador Sá Fernandes.
"Nós não somos um hortelão. Queremos integrar-nos nesse projeto (de requalificação do local), mas o que estamos a fazer é uma coisa completamente diferente e não se enquadra no programa de hortas urbanas. É um projeto aberto ao público, com atividades regulares", acrescentou.
Aulas de ioga matinais
Clematis, professora de pintura de 39 anos, que tem trabalhado também em animação sócio-cultural e como consultora de permacultura, diz que as atividades, que iniciaram há seis anos no local que se encontrava muito degradado, deram lugar ao projeto comunitário que conta com cerca de três anos, no qual participam regularmente "cerca de 70 a 80 pessoas".
"São pessoas que se conheceram ali e que se interessam por questões comunitárias ou da parmacultura", refere.
A produção de alimentos através de cultivo coletivo, a educação pela sustentabilidade e a promoção de estilos de vida saudáveis são as três vertentes do projeto classificado pela autarquia da capital.
Procurando dissuadir a destruição iminente do espaço, nos últimos dias têm levada a cabo uma série de atividades, entre as quais aulas de ioga matinais.
Nota: Há quem diga existirem outros «interesses» paralelos a esta intervenção/destruição da Horta do Monte (na Graça), que nada têm a ver com a recuperação paisagístico envolvente, mas sim com um Hotel do Grupo Pestana que se prepara para abrir um pouco abaixo do local desta horta comunitária... Pois «não fica bem» uma «coisa comunitária» perto de uma unidade hoteleira de prestígio... Mas isso são só rumores que se vão ouvindo e não têm de certeza qualquer fundamento (pois não?). Até que uma Câmara PS, governada por um histórico socialista como António Costa com, também dizem por aí, pretensões maiores que a governação da capital do país, não se deixaria «levar» por estas mesquinhas questões de prvilegiar uma empresa em prejuízo dos cidadãos do seu município... António Costa não era capaz de fazer esta «maldade» aos seus eleitores, mesmo que este pelouro esteja tutelado a um senhor chamado de Sá Fernandes, que nem se dignou receber ou nem aparecer para dialogar com os intervenientes deste projeto comunitário lisboeta. Mas o tempo dirá quem é quem e, quem está interessado na «paisagem» em vez das pessoas que vivem nesta cidade.
Quem quiser assinar a petição para impedir a destruição da Horta do Monte pode sempre fazê-lo no link abaixo:
http://www.peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N39744
Segunda-feira, 05.03.12
Na alta de Lisboa/Lumiar dizem que se comunica à velocidade da luz o que não dizem (mas vê-se) é que as obras andam à velocidade das lesmas.
Segunda-feira, 31.10.11
E o Vale da Ameixoeira é mesmo aqui ao lado
Foram, recentemente, atribuídos 20 dos 38 talhões que compõe o campus hortícola de Benfica, ali mesmo, paredes meias do Centro Comercial Colombo, a correspondente número de beneficiados dos cerca de 350 concorrentes ao respectivo sorteio.
Prova bastante de que tais iniciativas, idealizadas fazem bastantes anos, pelo arquitecto paisagista, Gonçalo Ribeiro Telles, têm forte acolhimento entre as populações.
Essa idealização, defendida pelo prestigiado estudioso do ambiente e da conservação da natureza, para que Lisboa se torne numa cidade aprazível de viver, seja mais, comunitariamente, ecológica e recupere muitas das suas raízes criando uma orla envolvente de hortas “as hortas de Lisboa” começa a ganhar vida.
Depois de Benfica seguir-se-ão, brevemente, os Jardins de Campolide, as hortas de Carnide, de Telheiras, do Vale de Chelas e, espera-se que não fique para último pois terá sido das primeiras a ser equacionadas e estudadas, as do Vale da Ameixoeira.
Aqui, neste vale, onde ainda brota o liquido que irrigou ao longo de muito séculos hortas e pomares, vinhos e pastos que serviram de alimento a rebanhos da mais variada fauna do reino animal desde o velho forte da Ameixoeira até às entranhas do histórico Conselho de Santa Maria de Belém. Do conselho resta a história registada nos respectivos livros de memórias mas, as hortas poderão ser revividas para gáudio e satisfação a quem a elas queira aderir e dos visitantes.
Sexta-feira, 16.09.11
O Dr. Pedro Miguel de Santana Lopes acaba de ser empossado como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. É caso para dizer “nossa Senhora tenha misericórdia dos dinheiros provenientes dos jogos de sorte e azar e de outros proventos destinados a fins eminentemente de natureza social.
Os vogais que o acompanham, à mesa deste poderoso orçamento, são o Dr. António Santos Luis que assume a Vice-Provedoria e as Dras. Odete Maria Costa Laranjeira Farrajota Leal , Leonor Cristina Cortês Rodrigues Lemos Araújo alem dos Drs. José Pires Antunes, António Martins Barata e Manuel João Beatriz Afonso.
Segundo a opinião de muito boa gente a ida para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não serve para outro fim que não seja o de servir de trampolim para que o homem que, conforme na altura muito foi divulgado, deixou na penúria a Figueira da Foz, em só mandato que por ali cumpriu, para prepara o lastro que lhe permitirá “assalto” à câmara desta cidade/capital. Será?
Não tardará muito tempo para se tirarem conclusões de tais, especulativas, opiniões.
Quinta-feira, 16.06.11
Na Ameixoeira há quem diga que “a oposição anda de bico calado” e já nem sei se ainda terá bico ou sequer se ela existi. Não se sente, não se vê, não se ouve e não se lê.
Nós, que aqui e ali fazemos, de vez em quando, os reparos de inércia ou abandono é mister reconhecer que o executivo da respectiva junta de freguesia de vez em quando dá sinal de sua existência mandando cortar ervas, por vezes arvores (infelizmente em lugar de planta-las) e até o arranjo/consolidação de muros, vejam bem e não se pode acusar de eleitoralismo visto que já são conhecidos os resultados das recentes e não estão, por ora, marcadas outras, nem no Sporting e na FPF o Dr. Madaill está que nem lapa apegado ao poder. Esperamos que os trabalhos sejam concluídos com uma “borradela” de tinta de modo a dar algum colorido ao bairro.
Já que andam “com as mãos na massa” não se esqueçam de consolidar, também, a escadaria que liga a Rua Cidade de Tomar à Calçada da Carriche!
P.S.: Segundo convocatória afixada nos locais habituais amanhã, dia 17, há Assembleia de Freguesia, quem quizer saber o que andam a fazer, executivo e oposições, terá de lá ir, assistir ou mais tarde pedir licença para ler as actas. Talvez assim fique com uma vaga ideia de como são geridos os recursos de que dispõe uma freguesia.
Quarta-feira, 27.04.11
Ruas asfaltadas na zona do Lumiar
Já aqui, fizemos referência a situações lastimosas do mau estado das vias públicas sempre com a intenção de chamar à atenção dos serviços municipais e respectivos responsáveis autárquicos para que se esforcem no sentido de melhorarem as condições de vida dos munícipes que os elegeram e que lhes pagam.
Pela positiva, hoje fazemos referência à recente colocação do tapete alcatroado na ponta final da Alameda das Linhas Torres, onde esta termina e a Rua do Lumiar começa. Atente-se na diferença ilustrada pelas fotos e que as muitas viaturas que por ali circulam, bem como os respectivos ocupantes, sentem, muito acentuadamente.
Idêntico trabalho urge que seja feito, como também já aqui, foi alertado, na Estrada do Paço do Lumiar e Rua Direita entre o Museu do Trajo e o cruzamento com a Azinhaga da Torre do Fato.
Terça-feira, 26.04.11
Vai, mais uma vez, ser aberta a caça ao cheque em branco ou seja a eleger incertos, pardos e, por vezes, camaleões a que chamamos de deputados à Assembleia da Republica.
Tais circunstâncias começam, desde logo, por total ausência de qualquer, minimamente considerada, reflexão e debate, no seio dos próprios partidos. Os militantes, para tais efeitos, não são, minimamente, existentes ou considerados.
A credibilidade partidária nunca antes andou tão por baixo, tão pelas ruas da amargura.
Raro é o caso e poucas são as vezes em que a palavra dada é minimamente respeitada ou quando falhas, justificadamente, possam existir elas apareçam.
Aos cidadãos só lhes resta, nestas circunstâncias, aproveitar os tempos de campanha para tirar satisfações pelo incumprimento das promessas feitas.
Por isso se virem por aí o Zé perguntem-lhe porque não cumpriu esta promessa feita publicamente no dia 12.02.2010 "É possível ter o projecto de execução pronto em Setembro” e se também não cumprirá a de “ter a obra pronta em 2011", disse Sá Fernandes, durante a apresentação do estudo prévio da requalificação do jardim de Santa Clara na Freguesia da Ameixoeira, em Lisboa, numa sessão de esclarecimento à população feita quinta-feira, no Instituto Superior de Gestão.”?
Quarta-feira, 20.04.11
Lisboa é uma cidade tão bonita para os estrangeiros que cá vêm passar um fim-de-semana, como pouco confortável e desagradável para quem cá vive.
Cada vez que um empreiteiro abre um buraco numa rua de Lisboa a reparação provoca um solavanco. Não há tampas de esgoto niveladas com o resto do pavimento e cada nova vala resulta num buraco ou numa lomba -cada remendo é uma armadilha. Quem por estes dias descer a Marquês da Fronteira, frente ao El Corte Inglês, depara-se com buracos onde estavam postes de obras, com bocados de cimento no pavimento, com uma anarquia que se prolonga pela Duque de Ávila. Nesta última artéria o caos está instalado quase há uma década, graças à arrogância do Metropolitano de Lisboa e ao deixa andar da Câmara Municipal - o fim das obras já vai atrasado mais de três anos sobre o prazo original e o desrespeito das autoridades que governam a cidade pelos seus habitantes é total. A Câmara Municipal de Lisboa, sobretudo com António Costa, encara os munícipes apenas como fonte de rendimento -taxas, taxas, multas da EMEL; mas não encara os munícipes como pessoas que têm direitos.
O troço de rua entre o Jardim de S. Pedro de Alcântara e o Cais do Sodré quase tem mais obstáculos e buracos que uma pista de motocross. A situação repete-se nas zonas mais antigas de Lisboa onde a deterioração do pavimento e as armadilhas são totais. Os peões também têm razão de queixa -passeios ondulados, sujos, que não são lavados e se tornam uma armadilha escorregadia, buracos na calçada pensados para fazer tropeçar quem vai a pé. Lisboa é uma cidade tão bonita para os estrangeiros que cá vêm passar um fim-de-semana, como pouco confortável e desagradável para quem cá vive. O resultado disto está à vista: a cidade perde cada vez mais habitantes, a sua população está envelhecida. Quem opta por viver em Lisboa pode contar com uma perseguição bem organizada por parte da Câmara Municipal, mas escusa de pensar que os impostos que paga lhe podem valer de alguma coisa. As autoridades da cidade preferiam que Lisboa não tivesse habitantes - assim teriam menos incómodo e ouviriam menos queixas. Pelos vistos trabalham com esse objectivo.
Manuel Falcão [Metro]
Quarta-feira, 13.04.11
III Encontro das Associações de Base Local no Alto do Lumiar, um exemplo de actividade e debate que os partidos deveriam praticar e a que as autarquias se deveriam associar, mais frequentemente.
Conforme as fotografias ilustram, realizou-se no passado dia 9 de Abril de 2011, na Escola Pintor Almada Negreiros, o III encontro de Associações de Base local, teve como principal objectivo colocar em debate questões ligadas à sociedade civil e ao crescente papel de intervenção a que é chamada a ter, assim como encontrar pontos comuns e dicas para acção.
Os organizadores, associados em diferentes associações da mais variada natureza e áreas de actividades, tiveram como ponto de partida a reflexão efectuada sobre a actual situação de crise do país.
Com tal iniciativa procuraram encontrar mais contributos que a sociedade civil pode dar, no apoio e coesão social, reforçando a necessidade de maior envolvimento dos cidadãos e das diferentes organizações públicas, cívicas e políticas.
Das actividades destas associações nasceu um trabalho em rede, cada vez mais presente no território, e vontade de trazer para a discussão pública as especificidades do Associativismo no sec. XXI alem da necessidade de dar relevo ao seu papel enquanto espaço de participação e cidadania activa. Nesta lógica o III encontro esteve submetido o tema “Associativismo actual” e compreendeu 4 elementos chave de discussão diferenciada, que se desenvolveu por trabalho de grupos e debate em plenário.