O Barbeiro XII (-por LNT, 25/6/2014, aBarbearia Sr.L.)
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...teria sido mais limpo e curial se, quando Sócrates se demitiu e se abriu o processo de sucessão, Seguro tivesse assumido o que dele fez Secretário-geral, isto é, se se tivesse deixado de rodriguinhos e de punhos de renda e tivesse dito aquilo que todos o que o apoiavam pensavam e se Costa não se tivesse deixado ficar na mândria a ver no que as coisas davam e, em vez de Assis, tivesse assumido aquilo que agora acha dever assumir.
Mesmo que não tivesse sido nessa altura, porque a “narrativa” ainda se podia confundir com as falácias que os adversários externos tinham usado para se imporem ao País com uma maioria absoluta, deveria ter sido naquela segunda altura, há um ano, que tudo deveria ter ficado mais claro se cada um tivesse tido a responsabilidade de assumir, como suas, todas as benfeitorias e malfeitorias que herdaram, mas assim não foi (ah o pensamento do barbeiro a fugir para os “juízos de intenção” e a levarem-no para as teorias de que nessa altura ainda havia muito caminho para caminhar e muito voto escorregadio que não garantia que o caminho caminhado já perspectivava uma chegada à meta. Afinal Guterres ainda só andava pelos refugiados, afinal a mágoa portuguesa ainda podia não estar curada, afinal as vitórias que tinham sido antecedidas de derrotas ainda se mediam pela bitola de vitórias-vitórias e não pela bitola de vitórias-de-Pirro.)
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De PS (C, S, ...)- diferenças semelhanç.. a 26 de Junho de 2014 às 15:48
Das diferenças e semelhanças
António José Seguro tentou sempre, durante todos estes anos, afastar-se de Sócrates e dos seus governos. Nunca assumiu que houve mais coisas boas que más, nos governos anteriores à Troika e, por omissão, deixou que se instalasse em toda a sociedade a explicação para o desastre na culpa dos socialistas, mas apenas os socráticos.
Agora que António Costa lhe disputa a liderança, António José Seguro volta ao assunto, colando António Costa a Sócrates e aos seus governos, para passar a mensagem que com António Costa voltará Sócrates, a bancarrota, o desperdício de dinheiros públicos e a corrupção.
António José Seguro alia-se tacitamente à direita e à esquerda mais reaccionária para ver se consegue manter-se, a todo o custo, como candidato a chefe do governo nas próximas eleições legislativas. Ainda não percebeu que, quanto mais tempo se arrastar na liderança, mais perde o PS e, muito mais grave que isso, mais aumentam as hipóteses de termos um próximo governo idêntico ao presente.
Temas: política, ps
publicado por Sofia Loureiro dos Santos, http://defenderoquadrado.blogs.sapo.pt/das-diferencas-e-semelhancas-1041898#comentarios
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A terceira via de Costa
por Paulo Gorjão, em 18.06.14, bloguitica
Alguém tem de fazer o favor de explicar a António Costa que ser secretário-geral do PS é uma função um pouco mais exigente do que mandar umas bocas na Quadratura do Círculo, para deleite embevecido de José Pacheco Pereira. O escrutínio é superior e a exigência é seguramente muito maior. Acresce que um pouco de humildade, já agora, também não lhe ficaria mal.
Vindo do nada, poucos dias depois de anunciar a sua candidatura à liderança do PS, Costa de imediato descobriu uma "terceira via" entre "aumenta[r] os impostos para aumentar a receita ou faz[er] cortes dos salários para baixar a despesa". Essa "terceira via" descoberta por Costa, preparem-se, é "aumentar a riqueza". A sério?
Caramba. Mas ninguém no governo, ou na oposição, tinha a noção da importância da criação de riqueza?
Convenientemente, Costa esquece-se de precisar - com propostas específicas, meios, objectivos, calendário, et al. - como é que no curto prazo se propõe criar riqueza em níveis tais que permitam ultrapassar a dicotomia impostos vs. despesa.
Não é por nada, mas talvez fosse um bom ponto de partida não insultar a inteligência dos militantes do PS e dos portugueses em geral. É óbvio para qualquer pessoa com três dedos de testa que a criação de riqueza alivia a pressão dicotómica entre aumento de impostos e cortes nos salários. O problema, como Costa muito bem sabe - aliás como Seguro, Passos Coelho e o Zé Povinho sabem também - é que há diferentes tempos de decisão e diferentes tempos na produção de resultados.
O aumento da riqueza não se decreta por lei. Se for competente, o Governo limita-se a criar as condições necessárias para o efeito que, por sua vez, numa economia de mercado, apenas produzirão resultados a médio e longo-prazo. Isto dito, no curto-prazo, em função dos compromissos assumidos à luz do Tratado Orçamental e do PAEF, Portugal teve - e tem - metas para cumprir. As metas que obrigam a ter em conta a tal dicotomia que Costa, com passe de mágica, ultrapassa num abrir e fechar de olhos. Sejamos claros e sérios. Há diferentes tempos dentro do tempo político, no essencial impossíveis de sincronizar na apresentação de resultados.
A não ser que Costa tenha descoberto o milagre da sincronização, a quadratura do círculo, o que disse não passou de uma banalidade. Uma mão cheia de nada. É assim que pretende marcar a diferença?
Estou contigo, Costa, pá!
"Havia coisas em que o PS devia ter-se demarcado do nosso último governo, que cometeu naturalmente erros"
Havia coisas boas - como aquelas de reconstruir escolas que estavam um chiqueiro – e coisas más – como aquelas outras de se terem apetrechado essas escolas com equipamentos de ar condicionado tão potentes que as escolas não dispunham de orçamento para os pôr a funcionar.
Havia coisas boas – como aquelas de acabar autoestradas inacabadas – e coisas más – como aquelas outras de enterrar milhões nos caboucos de autoestradas paralelas às que se acabavam de construir.
Havia coisas boas – como aquelas de apoiar Manuel Alegre numa segunda campanha presidencial – e coisas más - como aquelas outras de ter permitido que numa primeira campanha presidencial se tivesse entregado o poder a Cavaco por se ter preferido dividir os votos socialistas.
Havia coisas boas – como aquelas de arrancar com uma reforma do Estado através de um bem desenhado PRACE – e coisas más – como aquelas outras de ter abandonado a meio essa reforma não resistindo aos lobbies existentes na Administração Pública e se ter metido, pela primeira vez, a mão no bolso dos funcionários do Estado para compensar esse abandono.
Havia coisas boas – como aquelas de corrigir os abusos e desleixos que existiam na educação e na justiça – e coisas más – como aquelas outras que só serviram para denegrir e desautorizar os professores e os magistrados.
Havia coisas boas – como aquelas de evitar que o assalto do BPN se transformasse num estoiro colossal da banca portuguesa e no prejuízo dos seus depositantes – e coisas más – como aquelas outras de não se ter nacionalizado todo o grupo para evitar que se tivesse de ir buscar o dinheiro roubado aos bolsos dos contribuintes em vez de o ir recuperar aos bolsos de quem o tinha roubado.
Havia muitas outras coisas boas e muitas outras coisas más. Mas calaste-as durante três anos, Costa, porreiro, pá! O que foi pena porque: "Havia coisas em que o PS devia ter-se demarcado do nosso último governo, que cometeu naturalmente erros", e tu eras Presidente da Câmara de Lisboa, dirigente do PS, membro de todos os órgãos superiores do Partido Socialista, construtor da Quadratura do Círculo e mais um monte de coisas e nunca ninguém te viu a demarcar delas.
LNT [0.268/2014] , 27/6/2014 aBarbearia do sr L.
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Não é só Seguro que aponta erros à era Sócrates. António Costa também já o fez. Ex-PM volta a ser arma de arremesso, agora na campanha PS
Mais uma campanha eleitoral, mais um rol de argumentos anti-Sócrates. Nada de novo, não fosse a mais recente campanha a apontar os erros da governação socialista, a interna do PS. E nem só da frente Seguro têm vindo achegas neste sentido. António Costa também já se demarcou do último governo socialista, com algumas pinças, mas a traçar a devida distância neste arranque da disputa interna.
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(-por Rita Tavares, jornal i, 25/jun. http://www.ionline.pt/artigos/portugal/erros-socrates-entram-na-campanha-costa-tambem-ja-se-demarca )
EU VOTO NO COSTA
Para todos, à esquerda, podermos seguir em frente com as nossas vidas.
Se me deixarem votar, claro, coisa improvável pois com o Coelhone e o Constança a fazer o Regulamento das primárias, provavelmente os tais simpatizantes, para puderem votar, vão ter de apresentar um atestado de direita passado pelo PSD ou pelo CDS.
Mas se pudesse votar, votava mesmo no Costa. Não por Costa ser mais à direita ou à esquerda que Seguro, nem por, como não tenho problemas em admitir, achar o Costa um tipo com mais pinta e savoir faire. As minhas razões para preferir o Costa são outras:
Com Costa ou com Seguro, em 2015 o PS estará no governo, muito provavelmente com o PSD, a aplicar o Pacto Orçamental em modo "saída limpa" da troika: cortes, privatizações a preço da uva mijona, desregulação, despedimentos, desemprego, desigualdade, caridade, miséria.
Por isso o destino do PS, como aliás o da social democracia (socialismo) europeia, está traçado e vai ser o destino do PASOK, que em menos duma década caiu de votações acima dos 40%, para os 12% nas europeias de Maio.
A diferença entre Costa e Seguro, é que com Seguro a queda do PS será menos abrupta e a agonia mais longa, pois aquela esquerda que há décadas vive da esperança de que o PS ainda há-de ser socialista, para essa esquerda light & sebastianista, com Seguro no governo ficará sempre a ilusão de que com Costa teria sido diferente.
Com Costa, deixará de haver desculpas, encerra-se de vez o capítulo da hegemonia PS do centro esquerda, e como se diz daquelas separações que põem um ponto final a longas relações há muito falhadas, poderemos todos, à esquerda, seguir em frente com as nossas vidas.
(-por J E. Brissos 28/6/2014, http://aessenciadapolvora.blogspot.pt/2014/06/eu-voto-no-costa-para-todos-esquerda.html#comment-form )
António Costa & Os Lugares Comuns
(por Ivo Rafael Silva em 21 Junho 2014 , http://manifesto74.blogspot.pt/2014/06/antonio-costa-os-lugares-comuns.html#more )
Talvez soe a nome de banda de garagem, de má qualidade por certo, mas – atenção! – ainda assim capaz de dar 'música' a muito boa gente. Não desvalorizemos nem subestimemos o fenómeno.
Esta nova ‘banda’, lavadinha, com ar fresco, seria muito bem capaz – à semelhança de outras - de atingir o ‘top de vendas’ repetindo ad nauseam o seu único ‘hit’.
Não tem substância artística, digamos assim, mas tem tão somente o condão de reproduzir 'temas' que entram facilmente no ouvido da larga maioria dos 'ouvintes'. Tirando essa ainda assim eficaz ilusão, ou essa superficialidade sonora, a qualidade continua a ser tão má como a da ‘música’ que temos ouvido nos últimos três anos.
Para concluir isso mesmo nem é preciso ter grande formação musical. Basta concentrar atenções no ‘último álbum’ do cançoneteiro lisboeta de nome António Costa, com o nada original – todavia pomposo – título de ‘Linhas Programáticas’.
Tem sido ‘tocado’ numa tour chamada ‘de faca e alguidar’, que segue itinerante, de norte a sul do país.
Um chorrilho de lugares comuns (pois claro), de brilhantes tiradas do género de que ‘o sucesso para nos mantermos vivos é tentar não morrer’, entremeadas por críticas ao governo que, pasme-se,
em nada se distinguem no essencial das ‘entoadas’ por essoutro fraco 'artista' de nome António José Seguro.
O problema do ‘vazio’ artístico de Costa, ou da repetição do seu único e redundante ‘hit’, porém, não significa propriamente que ele não saiba o que ‘tocar’ depois de alcançar o nº1 do ‘top’. Muito pelo contrário.
António Costa sabe muitíssimo bem o que vai e o que quer fazer, se algum dia lá chegar.
O problema é que tem de disfarçar o facto mais que certo de vir a interpretar – ainda que com outros instrumentos e instrumentistas – exactamente
a mesma ‘sonoridade’ que tem sido interpretada por aqueles que hoje se encontram na liderança.
Por enquanto, vamos ouvindo um certo ‘trauteio’ de uns supérfluos ‘nãos’ à política de austeridade. Contudo,
nem vestígio de uma só pauta que exprima um claro e inequívoco ‘SIM’ à DEVOLUÇÃO de tudo o que foi ROUBADO.
Há umas quantas notas soltas que soam a ‘crescimento’, a ‘desenvolvimento’, a ‘criação de riqueza’ – como também ‘cantava’ a banda ‘Passos Portas & Os Banqueiros’ –, e nem uma música completa que
fale de produção nacional, de renegociação da dívida,
de fim da degradação e privatização de serviços públicos,
de alívio da carga fiscal sobre trabalhadores e PME’s,
de rejeição do asfixiante novo código laboral,
de cumprimento inequívoco da Constituição e
de tantas outras ‘cantigas de Abril’ que tanta falta fazem a este país.
Bem que podem mudar os intérpretes. Bem que podem escolher uma melhor figura. B
em que podem trocar uma voz mais fina, por uma mais grossa ou possante.
Enquanto não se mudar de vez o tipo de música, o ‘concerto’ - sem conserto - será exactamente o mesmo.
Uma tribo política que se agrega por emoções
O que Correia de Campos não explica, ou porque não sabe, ou porque quer fingir que não sabe, ou porque gosta de dissimular, ou porque, pura e simplesmente faz parte de uma tribo política que se agregou por emoções, é que não é possível fazer uma afirmação com o teor "A situação é muito clara: uma forte maioria sociológica aspira por Costa, dentro e fora do partido" sem que tenha havido sufrágio que o confirme.
Pelo contrário, todos os sufrágios, internos e externos até hoje realizados comprovam que Seguro tem uma sólida maioria sociológica (e não só).
. Ficou claro quando Assis, de que Correia de Campos foi apoiante, foi concorrente à liderança do PS e se quedou pelos 32.02%(Seguro foi eleito secretário-geral do PS com 23.903 votos, correspondentes a 67,98%, contra 11.257 de Francisco Assis, correspondentes a 32,02%);
. Ficou claro quando, há um ano, Seguro se candidatou pela segunda vez ao cargo de SG e quase não teve oposição;
. Ficou claro quando Seguro liderou o processo autárquico e venceu as eleições recuperando um eleitorado que tinha sido perdido pela direcção anterior do PS. Para além do mais recuperou também a presidência do Conselho Directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias (de que lamentavelmente há a assinalar a morte de Joaquim Cândido Moreira);
. Ficou claro quando Seguro liderou o processo para o Parlamento Europeu e venceu, recuperando a primeira posição antes perdida pela direcção cessante do PS. (eleições em que toda a direita obteve uma das suas maiores derrotas de sempre).
O que Correia de Campos não explica é que os tais “comentadores e fazedores de opinião” que ele refere são Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, Sousa Tavares e comp.ª que são a “direita” representada na comunicação social e que a “esquerda” e a “mais ou menos” lá representada pelos da Quadratura do Círculo e por aqueles cómicos do Eixo do Mal, além de outros avulsos como o próprio Correia de Campos, são praticamente todos apoiantes de Costa.
O que Correia de Campos não explica é no que consiste a blindagem dos Estatutos do Partido Socialista. Limita-se a usar o chavão para que fique no ouvido e pareça verdade, para além de parecer que os Estatutos não foram revistos por uma maioria qualificada de militantes do Partido Socialista (a quem ele chama “complacentes” ou “distraídos”)
Decididamente é preciso honradez, embora não pareça necessária a quem nas tribunas na comunicação social se apresenta como equidistante, mesmo desrespeitando os votos e a vontade dos militantes do Partido a que pertence.
LNT [0.272/2014] a Barbearia do sr.L.
"Temos de saber explicar que o nível de dívida pública acumulado resulta de um processo de integração europeia com resultados assimétricos e de uma zona monetária disfuncional e que, consequentemente, resolvê-lo é responsabilidade de todos e não apenas do povo português."
O PS não conseguirá resolver este problema porque não consegue romper com o Euro e a Alemanha não quer uma solução federalista ou semi-federalista.
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Não será o PS sozinho a resolver o problema com a Alemanha, serão todos os PIIGS em conjunto que primeiro precisam meter a casa em ordem e escolher um governo maioritário que defenda os seus interesses ( o que óbviamente não acontece nem nunca acontecerá com o actual governo e com a actual sua Ex a múmia de belem). Depois, em conjunto, obrigarão a Alemanha a sentar-se á mesa das negociações.A Itália já está a dar o mote, a Espanha talvez precise de eleições para mudar o rumo, a Irlanda e a Grécia estão prontinhas para alinhar...
Vai custar? Vai. Vai dar trabalho? Muito. Mas parece-me que sempre será caminho melhor do que a outra hipótese : definhamento eterno até á sudanização de Portugal.Porque se não escolherem o caminho de Costa, é esse o futuro que nos espera ( o caminho de Seguro não serve porque Seguro nem certeza tem de ganhar eleições, quanto mais com uma maioria forte...)
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M.Abrantes, Corporações, 26/6/2014:
A troika como pé-de-cabra para desmantelar o Estado Social
• André Freire, Austeridade e democracia:
«(…) numa investigação recente foi demonstrado que, por um lado, os governantes não são mero joguetes nas mãos da ‘troika' e que, por outro lado, dada a proximidade das preferências ideológicas da maioria face às do FMI-BCE-CE,
a direita tem usado deliberadamente o resgate para fazer passar medidas que nunca foram a votos e muito dificilmente passariam no crivo popular. (...)»
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... o que tem existido nos últimos 4 anos! é a absoluta captura de TODOS os partidos de poder e suas direcções e "elites" e aparelhos, às condições da Troika e às ferozes ideologias do resgate.
A quatro patas.
Daí que o povo português há muito não se sinta minimamente representado nos partidos de poder e nos discursos do seus actuais dirigentes.
Sabe que com eles não há futuro.
E as eleições, se nada mudar, só vão provar esse divorcio.
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P.Nuno Santos,
É preciso fazer escolhas:
«Se o Partido Socialista pretende ganhar a credibilidade e a confiança do povo português tem de ter, por um lado, uma prática compatível com o discurso e, por outro, um programa claro e coerente. Não se pode pedir às pessoas que acreditem no nosso combate às desigualdades e ao empobrecimento quando o único acordo que firmámos com o governo PSD/CDS nos últimos três anos foi para reduzir o imposto sobre os rendimentos de capital. Num contexto de pesada austeridade, de cortes nos salários e nas pensões e de aumentos de IRS fortemente penalizadores para a classe média, não podíamos ter permitido que o único acordo fosse para baixar impostos sobre os rendimentos de capital - são momentos como este que nos afastam dos cidadãos e dificultam a distinção do PS face ao PSD. Mas se o discurso tem de ser compatível com a prática, o programa que o sustenta tem de ser consistente e credível. É difícil pedir aos portugueses que acreditem num programa que promete acabar com a austeridade, repor salários e pensões e não aumentar a carga fiscal mas simultaneamente cumpre escrupulosamente, e sem contestação, o Tratado Orçamental e apenas de forma envergonhada defende uma renegociação da dívida pública. Fazer política também é fazer escolhas, também é arriscar. Temos de saber explicar que da mesma forma que o país assumiu compromissos internacionais, também o Estado português tem compromissos assumidos e contratualizados com os portugueses em geral e os funcionários públicos e os reformados em particular, e não pode, em nome dos primeiros, violar os segundos. Temos de saber explicar que o nível de dívida pública acumulado resulta de um processo de integração europeia com resultados assimétricos e de uma zona monetária disfuncional e que, consequentemente, resolvê-lo é responsabilidade de todos e não apenas do povo português. E isso só será conseguido com um governo forte e ...
As esquerdas e o PS pós-directas
No centenário da Grande Guerra, é importante lembrar que, em Setembro de 1914, o governo alemão dispunha de um documento estratégico sobre os objectivos da guerra de que constava o seguinte ponto: "Uma grande união económica da Europa Central, sem cabeça constitucional comum, sob a aparente igualdade dos seus membros, mas de facto sob direcção alemã" (ver Jean-Pierre Chevènement, 1914-2014, L'Europe sortie de L'histoire?, Fayard; p. 103). Para além do debate sobre a natureza do pangermanismo e do nazismo - há quem sustente que o nazismo rompe com o nacionalismo alemão (Jacques Sapir, 18 juin, RussEurope) - este documento recorda-nos que, desde a unificação conduzida pela Prússia, diferentes forças sociais e movimentos ideológicos convergiram para que a Alemanha adoptasse muito cedo uma estratégia de afirmação económica e política, na Europa e no mundo.
Com as negociações que conduziram à reunificação no século xx, o pensamento económico dominante na Alemanha (ordoliberalismo) hegemonizou a construção jurídica e económica da UEM ao ponto de "o aluno dócil se ter transformado no tutor da Europa" (Ulrich Beck). Lembremos John Adams, o segundo presidente dos EUA: "Há duas maneiras de conquistar e subjugar uma nação. Uma é pela espada, a outra é pela dívida" (citado por Chevènement, p. 247). Hoje, através de um mercantilismo agressivo, apoiado por mercados financeiros em roda livre, a Alemanha procura conquistar um lugar cimeiro na economia política internacional do século xxi. Omitindo que financiou, através dos seus bancos, a dívida externa das periferias para escoar os seus produtos, submarinos incluídos, a Alemanha procura agora "moldar" a zona euro através do Tratado Orçamental, a que acrescentará pacotes financeiros específicos destinados a comprar a anuência dos partidos sociais-liberais.
Para sabermos como enfrentar esta crise, devemos ter presente que a Alemanha não vai pôr em causa o seu modelo económico. E não vai aceitar uma UE federalizante, se isso significar a responsabilidade por transferências financeiras avultadas, de natureza permanente, sem montante definido à partida (8%-12% do PIB alemão durante muitos anos; contas de Jacques Sapir). Nem vai aceitar que o BCE, ou qualquer agência europeia no seu lugar, assuma as dívidas impagáveis da periferia. Isso seria pedir à Alemanha que, de um dia para o outro, abandonasse os princípios da sua "economia social de mercado", "uma visão antiga, institucionalmente enraizada e que recua à sua experiência de industrialização tardia" (Christopher Allen, "The Underdevelopment of Keynesianism in the Federal Republic of Germany", p. 289). Por isso, como afirma um economista alemão, "é literalmente impossível para a mentalidade alemã admitir que a própria Alemanha possa de facto ser parte do problema do euro" (Jörg Bibow, "Are German Savers Being Expropriated").
Colocada a crise nesta perspectiva, o que se pode esperar da disputa pela liderança do Partido Socialista?Aparentemente, trata-se de escolher o candidato mais capaz de vencer as próximas eleições e participar numa (imaginada) coligação das periferias que, chegada a hora, imponha uma reestruturação honrada das dívidas e uma interpretação suave do Tratado Orçamental. Qualquer que seja a escolha dos socialistas, há algo que as esquerdas têm obrigação de ter presente quando tiverem de se relacionar com o PS pós-directas: confrontada com exigências que põem em causa a sua estratégia, a Alemanha não hesitará. Tratando-se da sua forma de ver o mundo, e do seu lugar nele, a sua escolha está feita e não releva da racionalidade económico-financeira. As esquerdas têm obrigação de saber que a Alemanha não prescinde da sua autonomia estratégica, com o euro nas suas condições, ou então sem o euro. Alimentar a ilusão de uma reforma progressista da UE só pode conduzir ao desastre nos partidos políticos que a protagonizarem.
(O meu artigo no jornal i)-por Jorge Bateira , 26/6/2014, http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/
O aumento da dívida e a inutilidade dos sacrifícios
, por Eugénio Rosa
Fragilização da economia portuguesa
e perda de competitividade
Um dos argumentos mais utilizados pela propaganda governamental e pelos comentadores habituais nos media é que
o aumento das exportações, cujo ritmo está a diminuir de uma forma acentuada
– recorde-se que, segundo o INE, no 1.º trimestre de 2014, relativamente ao trimestre homólogo de 2013, as exportações aumentaram apenas 1,7 por cento enquanto as importações cresceram seis por cento
– se deve ao aumento da competitividade das empresas portuguesas e à alteração do perfil dos produtos exportados.
Confrontemos estas afirmações com a realidade revelada pelas próprias estatísticas oficiais.
Falar de «milagre económico» como fez o ministro da Economia, ou de grandes «êxitos» como faz todo o Governo é tentar enganar os portugueses e manipular a opinião pública.
Ver na íntegra em
http://www.avante.pt/pt/2116/temas/130822/
« FMI diz que afinal teria sido melhor reestruturar a dívida de Portugal .»
27/6/2014, http://www.dinheirovivo.pt/Economia/interior.aspx?content_id=3995138
----------Catarina:---
Então o pessoal do Bloco e do PCP tinha razão?
Os 74 economistas de quem disseram o que Maomé não disse do bacon também tinham razão?
C'um caraças!
« Desculpem lá qualquer coisinha,
lixámos-vos a vida para os próximos 50 anos,
reduzimos milhares à pobreza,
mais milhões ao desemprego e à emigração,
e afinal 'távamos enganados...»
É isto?
Seguro insiste na Renegociação da Dívida
(- Junho 30, 2014, oEconomistaPort)
O Dr. António José Seguro, secretário geral do Partido Socialista, afirmou ontem: «há necessidade de o país estabelecer um consenso nacional em torno da necessidade de renegociação das condições de pagamento» da nossa dívida pública como forma de «aliviar os sacrifícios dos portugueses». E propõe-se levar o tema à sessão do Conselho de Estado da próxima quinta-feira.
O Dr. Seguro já levantara a bandeira da renegociação da dívida, mas parecia tê-lo esquecido. O Economista Português felicita-se por o responsável do maior partido da oposição assumir numa instituição do Estado uma posição tão próxima das que ele próprio têm defendido neste blog. Será um primeiro passo para vitória do bom senso português?
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A Reação do PS: Negociação sim, Reestruturação não
( Março 12, 2014 )
O PS reagiu por intermédio do dr. Óscar Gaspar, assessor do Secretário Geral mas que não é o Secretário Geral, o que desvaloriza a questão; este partido admite a renegociação da dívida, de modo a conseguir melhor juros e prazos de pagamento mais dilatados, mas não tem exigências quanto à mutualização, embora a tenha por desejável; defende porém o estabelecimento de um fundo de redenção, como o proposto pelos cinco sábios alemães.
Surgiram depois notícias dando o PS por apoiante do manifesto dos 70, mas parecem especulativas.
A posição do PS parece ser uma ação de circunstância, para não desguarnecer a sua ala patriótica e reivindicativa e não uma verdadeira inversão da política do partido. Veremos se assim é quando esse partido publicar o seu programa para as próximas eleições europeias.
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Renegociar a Dívida: Vontade política e Competência técnica
(Setembro 2, 2013)
Temos que «começar já a preparar a renegociação da dívida», disse o eurodeputado socialista Dr. Correia de Campos sábado passado, naquela mesma universidade de verão em que, na véspera, o Sr. Primeiro Ministro acusara o Tribunal Constitucional de lhe dar mais trabalhos nas suas negociações com o estrangeiro.
Depois daquelas palavras lúcidas e corajosas, o dirigente do PS e antigo ministro da Saúde, mencionou algumas concretizações dessa renegociação: mais tempo de reembolso e menos juros; moratória, congelamento ou corte de cabelo.
A fazermos fé na imprensa, o Dr. Correia de Campos alinhou dois requisitos para essa política: competência técnica e «homens de barba rija» que a conduzam. Mas a imprensa não informa se ele priorizou algum, sugerindo que duvidava da nossa capacidade em ambos.
Convém distinguir: em primeiro lugar, é necessário ter vontade política para enfrentarmos os nossos credores; a competência técnica vem a seguir. Ninguém duvida que a renegociação da dívida é tecnicamente possível – e que não existirá se continuarmos a satisfazer o menor desejo dos nossos credores, se não tivermos vontade política para impormos a renegociação da dívida. Aliás, o PS, o partido do Dr. Correia da Campos, ainda não manifestou vontade política de lutar pela renegociação da nossa dívida.
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Draghi II > Seguro pergunta : O Bce empresta a 1% aos bancos, porque não aos Estados? O Economista Português responde-lhe
(Setembro 7, 2012 )
A imprensa de ontem informa que o Dr. António José Seguro disse: «Se os bancos se podem financiar no Banco Central Europeu (Bce) a uma taxa de 1%, porque é que os Estados não hão-de ter a mesma possibilidade?» A pergunta foi formulada quando já era conhecido o plano Draghi II o que lhe dá mais pique.
Esta pergunta circula naquelas duvidosas correspondências que caem na nossa caixa de correio eletrónico, e em geral atribuem os males do mundo a uma qualquer e sinistra conspiração. Ninguém de bom senso pensa em responder-lhes. Mas se a sua argumentação populista é retomada por uma pessoa respeitada e respeitável, como o secretário geral do Partido Socialista e eventual candidato ao cargo de Primeiro Ministro, então é necessário o esclarecimento.
Três razões respondem à pergunta do Dr. Seguro:
■Os tratados europeus, aliás votados pelo PS e por certo pelo Dr. Seguro proibem taxativamente o Bce de financiar o Estado – na esperança de evitar ...
«Se o diagnóstico é esse, o programa de governo de Seguro
não pode ser muito diferente do que está a ser aplicado»
• Daniel Oliveira, Não é Sócrates [hoje no Expresso, 28/6/2014)]:
«(…) Se Seguro acha que esta crise resulta de Sócrates, isso tem três consequências lógicas:
que a crise é essencialmente nacional, e não europeia;
que ela nasceu do endividamento público, e não da desregulação do sistema financeiro e, por cá, da enorme dívida externa privada;
e que ela resultou de um excessivo peso do Estado.
Se Seguro acha isto tudo, não terá, em coerência, outro remédio senão apresentar as mesmas propostas da direita para sair desta crise:
uma recuperação centrada na redução da despesa pública, que nunca poderá poupar o Estado social,
e uma aceitação do statu quo europeu.
O problema da socratização do debate não é Sócrates. É a história que nos conta desta crise. O problema de Seguro não foi afastar-se de Sócrates.
Foi (…) ter-se ido instalar no lugar que a direita já tinha ocupado.
Sim, por mera conveniência tática, isso aconteceu apenas com o diagnóstico.
Mas se o diagnóstico é esse, o seu programa de governo não pode ser muito diferente do que está a ser aplicado.
E para isso já temos Pedro Passos Coelho. (…)»
E é esta mesma gente que nos pede agora confiança?
«Depois da derrota de Sócrates, nunca mais no PS se falou do que o partido e o seu primeiro-ministro tinham feito com a sua maioria absoluta.
Não se falou da “obra”, nem do “programa” (admitindo que existia um), nem dos métodos do “animal selvagem”, que várias vezes roçaram o intolerável.
O governo de Sócrates desapareceu do universo mental dos socialistas.
Ninguém o criticou, quando ele era todo-poderoso, ninguém abriu a boca a seguir para lhe encontrar o menor defeito.
Parece que Sócrates mostrara uma grande vontade “reformadora” e que a crise financeira fora exclusivamente provocada pela crise internacional.
No homem, ele próprio, não se podia tocar, tanto mais que ele com a sua conhecida modéstia se recolhera a Paris para escrever uma tese sobre, calculem, filosofia política.
O pretexto para esta extraordinária abstenção estava como sempre na necessidade de garantir a unidade do partido e de lhe conservar um resto de prestígio.
Não se conhece um exame tranquilo e sério dos quatro anos de Sócrates. Tirando um ou outro comentário vaguíssimo na televisão, António Costa não disse nada, António José Seguro também não e as personagens menores ficaram caladas como lhes competia.
Ou seja, os socialistas (tal como os de outros partidos) não “arrumaram” o passado, como pretenderam, mas mais trivialmente “esconderam” um passado, que os comprometia, do eleitorado e do país.
Agora, com as querelas domésticas do PS prometem participar ao público
o que na realidade pensam, confessando de caminho que durante anos não hesitaram em enganar toda a gente por interesses de facção.
Isto merece um comentário.
Se os políticos – do PS, do CDS ou do PSD – não vêem qualquer objecção moral em governar à revelia dos portugueses, para que serve o regime democrático por aí tão gabado?
O cidadão comum soube da corrida para a bancarrota, que começou com Guterres (ou até com Cavaco)?
Soube do extravagante crescimento da dívida (interna e externa, soberana e particular)?
Soube da carga que inevitavelmente cairia sobre ele, quando chegasse a altura de “ajustar” as coisas?
E percebe a irresponsabilidade com que o conduziam para um poço sem fundo?
De maneira nenhuma:
sem informação, distraído pelas zaragatas da “classe dirigente”, viveu tranquilamente a sua vida, como se a “festa” fosse durar sempre.
E é esta mesma gente que, no PS e fora dele, nos pede agora confiança?» - Vasco Pulido Valente, Público
Adenda:
Depois da frioleira dos "fundadores", há-de chegar o momento dos "intelectuais" (sempre atentos, venerandos e obrigados quando farejam poder ou proximidade ao dito),
dos "sindicalistas", dos "empreendedores progressistas", dos "jovens", dos menos jovens e os da meia-idade. Porquê?
Porque contrariamente a Seguro - que passou despercebido no último governo de Guterres -, Costa anda pelo poder executivo, central e autárquico, vai para 20 anos. Foi membro proeminente dos governos de Guterres e Sócrates.
No da maioria absoluta de 2005, era o "número dois" com um estatuto majestático que exigiu para regressar de Bruxelas onde estava desde as europeias do ano anterior. Depois fartou-se e já vai no terceiro mandato como presidente da CML. Pelo meio dirigiu a campanha presidencial de Sampaio, em 1995-1996, e foi líder parlamentar do PS com Ferro Rodrigues.
Isto tudo somado gera um longo cortejo de dependências, de apascentados e de cumplicidades que emergem "naturalmente", dentro e fora do PS, ao lado de Costa.
Este "aparelho" construído a partir do poder é infinitamente mais perverso e eficaz do que qualquer "aparelho" partidário em si mesmo.
Seguro até pode "dominar" circunstancialmente o do partido mas não pode "competir" com os "donos" e com os "servos" do regime.
Costa não se distingue de Seguro pelas "ideias":
uns vagos dias antes das europeias que Seguro ganhou, falou abundantemente na convenção do PS na qual foi apresentado um "programa de governo".
Aliás, até agora não murmurou uma fora dos lugares-comuns que debita semanalmente ao lado de Pacheco e Xavier.
Só que isso não interessa nada como explica a crónica de Vasco Pulido Valente.
"E é esta mesma gente que, no PS e fora dele, nos pede agora confiança?"
De PS : análise para melhorar...se quiserem a 7 de Março de 2016 às 18:29
( Zé T. 06.10.2015 ):
----- O PS está mal e não é de agora...
1º- Apesar do 'palavreado' e das referências históricas, de facto, o PS abdicou de ser "republicano" e "socialista"/social democrata, desde o 'Blairismo/nova via', seguindo-se a sua captura ideológica e prática pelo neoliberalismo ...
2º- Tal como o PSD (ambos partidos do centrão de interesses e negociatas), o objectivo da 'entourage/corte dirigente' é o benefício próprio, a subida a todo o custo, a obtenção de 'tachos' e benesses, o controlo de grupos e apoiantes, com o associado atropelo de regras democráticas, manipulação, falta de ética, falta de crítica e liberdade de expressão, o mascarar de malfeitorias e incompetências, o engano e burla de militantes e simpatizantes -- que, não sendo parvos nem tendo estômago para tal, afastam-se desmotivados, desinteressados do convívio com este tipo de 'políticos' e aprendizes. O objectivo destes politiqueiros é o assalto/instalação (rotativa e partilhada com o PSD) no poder político para repartir 'tachos' e benesses entre os seus 'barões', familiares, amantes, sócios de negócios/empresas e jotas mais 'aguerridos' ... , destruindo a militância e secções, fechando sedes, não discutindo política, nem medidas, nem moções, nem programas, nem candidaturas, nem métodos, nem resultados, ... transformando o Partido (associação política sem fins lucrativos)numa sociedade anónima de capitais/ 'donativos/ investimentos' privados e públicos, com uma minoria de grandes accionistas, um grupo de accionistas/ dirigentes/tachistas/ cortesãos e uma maioria de micro-accionistas acéfalos e papalvos.
3- Não tendo sido feitas as imprescindíveis reformas e o afastamento das 'maçãs podres', o partido tem vindo a decair (tal como o desinteresse/ abstenção dos cidadãos tem vindo a aumentar). Fala-se em 'facas longas' mas não havendo 'tomates' para as usar, vão utilizando facadinhas, armadilhas e venenos- o resultado é bem pior, e não se limpa nem levanta o Partido.
Afastar o Secretário-geral (este, o anterior, o próximo...) é apenas esconder a porcaria debaixo do tapete... e aumentar mais divisões/ facções, deixando espaço para os mais aguerridos/matreiros subirem ao poder ...independentemente da sua (in)competência, da avaliação crítica das causas e factores, da responsabilização, da definição de rumo ... e da necessária "revolução" interna... e externa, da política portuguesa e europeia.
...
Zé T.
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