A polémica que envolve um hipotético convite do PS a Joana Amaral Dias para que esta fosse a número dois do partido em Coimbra nas listas de deputados, em troca de um lugar num instituto público (IDT), atingiu um nível de absurdo inaceitável. Entre duras trocas de acusações, suspeitas e sucessivos desmentidos, só a própria pode tirar todas as dúvidas. Portanto, a militante bloquista deveria já ter vindo a público esclarecer tudo o que há para esclarecer: houve ou não convite, quem a convidou e em que termos e qual foi a sua resposta e reacção. Não o ter feito ainda, com o avolumar de suspeitas dos últimos dias, está tornar o seu silêncio ensurdecedor.
Em nome da transparência que deve marcar a vida política nacional - ainda mais quando o País está mergulhado, desde há tempos, em pré-campanha eleitoral e faltam apenas dois meses para as legislativas. E da responsabilidade a que estão obrigados dois partidos com o peso político de PS e Bloco de Esquerda - este último alterna entre terceira e até segunda força em algumas localidades -, está mais do que na altura de colocar ponto final nesta guerrilha.
O caso é grave seja qual for o ângulo pelo qual o analisemos: se houve convite do PS, feito pelo líder ou por alguém por si mandatado, e se esse convite incluía, como moeda de troca, um lugar num organismo público, estaremos a falar de um chocante caso de tráfico de influências, que terá de ser investigado. Caso contrário, as acusações de Francisco Louçã não são dignas - têm um claro objectivo político - e atentam contra o bom-nome e a honra dos envolvidos. Alguém está a faltar à verdade nesta história. E só Joana Amaral Dias pode dizer quem. Independentemente de ter de deixar mal alguém, está na hora de o fazer. [Diário de Notícias]
BLOGS
Ass. Moradores Bª. Cruz Vermelha
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
MIC-Movimento de Intervenção e Cidadania
Um ecossistema político-empresarial
COMUNICAÇÃO SOCIAL
SERVIÇO PÚBLICO
Base - Contratos Públicos Online
Diário da República Electrónico
SERVIÇO CÍVICO