Quem assistiu ao debate SIC, entre António Costa e Santana Lopes, deve ter sentido algum mau cheiro nas narinas e muitos mais amargos (e embargos) de boca tendo em conta o murchar das rosas e a secura das laranjas que ali ficaram ilustradas.
Debateram-se em demasia os números sem que tivesse ficado claro à custa de que medidas foram pagas as dívidas aos fornecedores (sejam eles merceeiros ou o talho) deixadas por saldar pela “má governação” santanista ou quais foram as reais razões da paralisação das obras e quantas casas e prédios foram recuperados pelas sociedades criadas para o efeito e quanto custaram elas ao erário camarário.
Tanto um como o outro, meteram-se por atalhos de muita confusão e nenhum esclarecimento, sobre o que pretendem para a cidade e quanto ao que efectivamente interessa aos munícipes, enfim, o que estes esperavam ouvir.
Do que falaram, em termos de propostas; rede de eléctricos, gestão de transportes e da mobilidade na área metropolitana, como foi o caso de António Costa ou da entrega da coordenação dos transportes para as respectivas autoridades, como apontou Santana Lopes, são matérias, sobretudo, do âmbito da intervenção do poder central do que local, por isso fora da capacidade de decisão da autarquia.
Tanto um como outro, demonstraram um idêntico vicio e mau hábito, salvo a diferença no rigor da gestão que António Costa parece demonstrar em relação a Santana Lopes, ambos tentam recorrer às benesses alheias (Estado Central e empresas publicas) para encher os seus respectivos programas eleitorais, para fazer os seus cadernos de encargos.
Esperava-se melhor, muito melhor prestação. Nesta altura e no caso de Lisboa esperava-se que a “paralisia” que parece afectar os partidos não atingisse estas candidaturas, fica a duvida.
Se assim é ao nível municipal como será a “riqueza de debate” no âmbito das freguesias?
Será que a “pobreza” do debate na SIC é mais uma manifestação reveladora de que os partidos, só por si, já não dão as respostas necessárias à democracia e tornou-se urgente rever as leis eleitorais para que sejam dadas iguais condições aos movimentos de cidadãos que são reconhecidas aos partidos, como vêem defendendo M. Alegre e não só?
Por mim acredito que com essa revisão e abertura legislativa sairia reforçada a democracia, aumentava o dinamismo nos partidos, comprometeria os cidadãos nos respectivos governos dos bens públicos locais.
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