Líder do PSD faz discurso de aposta na redução da intervenção do Estado na economia.
A líder do PSD defendeu a "mudança total" da intervenção do Estado na economia. Só com um novo modelo, disse, haverá novos resultados. Numa inusitada defesa dos ricos, criticou as propostas fiscais de Sócrates.
Na conferência do Diário Económico, "Transformar Portugal", que decorreu no Hotel Ritz de Lisboa, e na qual José Sócrates foi orador convidado na semana passada, Manuela Ferreira Leite distanciou-se do líder socialista criticando o anúncio da redução de benefícios e deduções fiscais aos mais ricos.
Soltando risos na plateia, disse que "mal vai o país se começa a olhar para os chamados ricos com olhos de menos consideração". "Eu em relação aos ricos há apenas um sentimento que tenho e que é: tenho pena de não o ser. Fora isso, o país só progride e todos só têm vantagem que existam ricos". Opondo-se à "perseguição social" dos ricos, Ferreira Leite disse que "tributava os seus bens em impostos indirectos".
Para a ex-ministra das Finanças, o problema do país reside no modelo económico centrado no Estado. Por isso, propôs a "mudança total" na maneira do Estado encarar a economia.
A ideia-força da ex-ministra das Finanças é a de que "o Estado, em vez de dar dinheiro às empresas, deve criar as condições para que elas se desenvolvam". Os constrangimentos do país, argumentou, só se resolvem com a "inversão da política económica" no sentido de "apoiar a oferta e não fomentar a procura". E "só com um novo modelo se podem esperar novos resultados", defendeu.
Segundo a presidente do PSD, o Estado deve mexer no sistema de Justiça, promover a desburocratização da Administração Pública e simplificar as regras fiscais. "Enquanto for o Estado a fazer tudo, o país não vai crescer", sublinhou perante uma plateia de sociais-democratas que a ouviram por mais de duas horas.
Apesar de gracejar que já não se consegue ouvir a si própria de tantas vezes que repetiu a ideia, voltou a afirmar peremptoriamente que não assumirá grandes investimentos públicos caso vença as próximas eleições.
Em relação às políticas sociais, Ferreira Leite defendeu que o Estado deve apoiar as instituições de solidariedade social e não querer ser ele a prestar directamente os apoios sociais. De resto defendeu "um novo clima" propício ao empreendedorismo. (Jornal Noticias)
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