1. Depois da dimensão da vitória de António Costa e do PS, a novidade em Lisboa foi a facilidade com que Santana Lopes ressuscitou da morte política que lhe tinha sido vaticinada. Facilidade que precisa de ser explicada.
2. Em minha opinião, essa explicação é simples: Santana não deixou de ser primeiro-ministro sobretudo por razões politicamente relevantes. A crítica política, repito, política, do Governo de Santana foi sistematicamente subalternizada enquanto se insistia, em troca, na crítica das suas “trapalhadas” na prática da governação.
3. A insistência na crítica das “trapalhadas” teve, e tem, três consequências: em primeiro lugar, empobrece o debate político; em segundo, desloca a avaliação do exercício do poder político para os média, reforçando o poder de facto destes e a transformação da política em espectáculo mediático; e, por fim, tem efeitos intensos no curto prazo mas efémeros a médio/longo prazo.
4. A ressurreição de Santana é, em resumo, consequência da desvalorização da política.
[Canhoto, Rui Pena Pires]
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