3 comentários:
De = na generalidade da Admin.Púb. a 28 de Outubro de 2009 às 17:05
«...
sucessivas reformas ... para iludir a má gestão.

... resultado do empenho de meia dúzia de quadros e de muitos funcionários anónimos ..., foram dados louvores a quem nada fez, promoveram-se incompetentes à sombra do trabalho alheio e propagou-se a mentira do sucesso

... nada se fez para combater a corrupção ou os esquemas de influências de escritórios ... comandados por barões universitários, antigos assessores ...

o PRACE ou qualquer outra reestruturação passou ao lado,
o SIMPLEX não chegou a domínios onde a actuação roça o vergonhoso ...
o SIADAP apenas trouxe confusão, a reestruturação das carreiras está ...
dirigentes colocados... uma boa parte deles incompetentes, foram mantidos, promovidos e até louvados

o problema ... não se situa na (falta de) leis mas sim (no excesso de leis, sua complexidade e lacunas, nas interpretações e processos dilatórios, e ) numa organização arcaica que não as consegue aplicar com eficácia, ...

disfarçando essa ineficácia com um aumento brutal da carga fiscal sobre a classe média e os mais pobres, os únicos que declaram tudo o que ganham, pagam as suas dívidas ao fisco e ainda assim são de vez em quando massacrados por vagas de multas

Administração precisa é de melhorar a sua gestão, acabar com o poder de lobbies que mandam mais nos serviços do que os ministros

à custa do trabalho alheio.

o novo ... desconhece a máquina e apostará na estabilidade para não perigar resultados, isto é, tudo vai ficar na mesma.
...»


De comentários no Jumento a 30 de Outubro de 2009 às 09:17
Este post está muito bom. Corresponde à realidade, mostrando que o seu autor estará relativamente bem informado, embora omita alguma coisa, especialmente no que se refere àqueles que ainda cobram 15% da receita fiscal. Mas compreende-se!

Este e outros secretários de Estado têm sido capturados pelos escritórios dos amigos advogados, até por que alguns deles até são sócios dos ditos!

Curioso, não?! Ou talvez não.

Já agora, a amiga colorida do SEAF que vai tomar posse no Sábado, em que escritório está? Talvez naquele onde o dito tem uma avença onde dá pareceres! E a tal amiga colorida, nesse escritório, o que faz? Talvez contencioso fiscal, não?!

Oh! caro Jumento, há mais, muito mais! Empenhe-se que certamente descobrirá. Já aqui tem uma pista!

Trata-se de mais do mesmo! As quadrilhas, ou gangs como lhe chama, vão continuar a facturar! A questão que se coloca, é até quando vai possível continuar com isto?!

O caso dos lobistas que apoiam o Teixeira dos Bancos é paradigmático!
Paulo Pinto | 10.29.09 - 12:33 am | #

Tenho para mim que há dois sectores na Administração Central que andam pelas ruas da amargura há muitos anos: a Justiça e a Administração Fiscal.
Esta é tudo menos simples e transparente e quem paga, paga a dobrar, por si e pelos que não pagam e deviam pagar. Todos sabemos, mesmo que não estejamos (como é o meu caso) metidos na "máquina", das fugas e fraudes fiscais.

E, depois, há muitas outras coisas que escapam ao comum cidadão/contribuinte, como a habilidade de manter as taxas de retenção do IRS e diminuir sistematicamente a dedução específica, de tal modo que, quem recebia devolução de IRS, se veja confrontado com pagamento adicional. Mas, ao que julgo, o Jumento saberá muito mais disso do que eu e será um serviço à comunidade a sua denúncia.
Zarco | 10.28.09 - 11:50 pm | #

Ou muito me engano ou a coisa nasce torta, assim mais parece uma raposa a guardar a capoeira. O novo sr fiscalista está contra a taxa de 60 por cento, imposta a quem não justificar rendimentos acima de 100 mil euros?

De facto a única justificação para um caso destes será o sujeito recuperar a memória atrás das grades, a PÃO e ÁGUA!.
Economistas formados pela igreja católica? A bota não bate com a perdigota, aqui existe um equívoco diabólico, uma luta entre o bem e o mal, cujo efeito perverso, acaba por sobrar para quem não tem culpa nenhuma e ainda por cima paga de duas maneiras.
ravara | 10.28.09 - 10:00 pm | #

Caro J., boa noite!
Não tenho os contactos que v. tem na DGCI, não me atrevo, portanto, a contestar seja o que for daquilo que afirma.

Admitamos que está cem por cento certo e isento.

Há, no entanto,uma questão que lhe queria colocar, que a sua análise suscita: Como é que se compreende que, depois de tantos anos, os "gang"(designação sua) do tempo de Oliveira e Costa ainda se mantenham?

Para mim, que sou leigo na matéria, só consigo encontrar uma justificação:
A de que quem sucedeu no cargo a Oliveira e Costa, e já foram muitos, são sócios no negócio que v. denuncia.

Se assim é, Oliveira Costa, fica quanto a esta parte parcialmente reabilitado por si:
Pois se há mais comprometidos com o "gang", Oliveira e Costa terá de ver as suas culpas redistribuídas por muitos mais.

Há outra justificação?

Se não há, porque é que só nomeia Oliveira Costa e Manuela Ferreira Leite?

Não sou, evidentemente, advogado de defesa de nenhum deles. Nem partidário. Mas parece-me que a sua análise peca por independência de juízo nesta causa.
rui fonseca | Homepage | 10.28.09 - 8:20 pm | #

Enfim...... Paulo Campos na mesma SE é muito mau.
Há Administradores de CerTTas empresas que ficaram contentes.
Os trabalhadores Não. Nem os do partido do Governo.

Hoje estou muito triste com Sócrates.

Anonymous | 10.28.09 - 6:43 pm | #


De contribuinte ''voluntário'' até ... a 30 de Outubro de 2009 às 09:23

Ao contrário do comentador antónio manso, EU devo regularmente às finanças e pago quase sempre com juros de mora e multas... é que não posso perder clientes pelo facto de atrasarem pagamentos acima dos 90 dias!

Mas não faço falsas declarações nem escondo proveitos ou despesas, tudo facturo e tudo é tributável. E não posso "acertar impostos" quando o estado me deve IVA.

Também, apesar de (muito)solicitado, não faço ofertas nem tenho conta corrente (nem sequer de almoços nem de bicas...)de bons favores.

Ora bem, é evidente que eu posso ser acusado de dívidas ao fisco mas não de falta de dignidade social.
E é por demais evidente que sou um grande contribuinte para os lucros da banca.

E evidente que sinto o peso de ser Eu (muitos Eu's) a alimentar a máquina fiscal.
E ainda por cima pago com língua de palmo o Estado Providência, no qual ingénua mas decididamente ainda acredito (...mesmo com o sacrifício de o ver ser mais usado para o benefício de alguns do que o bem comum).

Sou assim um alimentador "voluntário" do sistema fiscal, do sistema bancário e do sistema social, para cúmulo ainda defensor acérrimo da tal democracia burguesa... ou seja pago a minha felicidade enquanto votante e contribuinte.
Pobrete mas alegrete.
Todo este relambório para esclarecer que,

se o situacionismo fiscal, melhor dito situacionismo tributário, não mudar, a breve prazo haverá muitos Eu's a ter de cobrar a factura que a classe média vai acumulando
por serviços prestados à comunidade e,

não acreditando que banqueiros, políticos, directores-gerais, autarcas e outros beneficiários directos do sistema tenham disponibilidade para manter o estado providência,

alguém ficará a berrar, previsivelmente os mais pobres e desfavorecidos, mas também assistentes sociais, artistas, policias e militares, agentes da saúde e da justiça, professores e bombeiros...e funcionários das finanças...e fiscalistas iluminados.

mister p | 10.28.09 - 5:35 pm | #


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