Há uns sessenta anos atrás, frequentei o Liceu Camões no primeiro e segundo ano dos liceus.
No primeiro ano tinha um professor de moral que também era o médico do liceu, o dr. Coelho qualquer coisa que não me lembro já.
Tinha entrado no liceu no ano em que o severo e bestial de besta Dr. Sérvulo Correia entrou como reitor. O antigo reitor ainda chegou a ser meu professor de português, era um simpático velhote que no fim de primeiro período completava setenta anos de idade. Nesse tempo, os funcionários reformavam-se aos setenta anos e morriam passado um ano e qualquer coisa que foi o que aconteceu ao excelente professor, a cujo funeral fui. Que felicidade para o Estado salazarista, só pagava um a dois anos de reforma aos seus funcionários.
O Dr. Coelho era pedófilo e tinha uma técnica especial que iniciava logo no começo do primeiro ano do liceu com os putos mais inocentes e impreparados como era o meu caso.
Apesar de não ser padre, era professor de moral, e tinha o hábito de levar os alunos a fazerem a primeira comunhão, mas dizia que antes disso tinham todos de confessar-se na Igreja de Fátima. Todas as semanas o dr. Coelho escolhia um ou dois alunos para se encontrarem com ele pelas quatro da tarde de Sábado na Igreja de Fátima onde deveria explicar previamente o que é o pecado e como confessar aquilo que teriam feito de mal.
Um dia coube-me a mim a vez e lá fui à Igreja de Fátima que às quatro da tarde estava praticamente vazia e escura.
Sentámo-nos num banco atrás na zona mais escura.
O Dr. Coelho começou por perguntar tudo sobre a minha família e se tinha irmãos ou irmãs, etc.
A dada altura começou a dizer, sabes que há pecados contra a castidade. Eu lá respondi que sim sem perceber muito bem de que se tratava. Em casa, nunca se tinha falado de sexualidade.
Tu tens um irmão dois anos mais velho, acrescentou, e diz-me lá, masturbas-te com ele, já lhe tocaste no pénis? Eu era muito inocente e perguntei-lhe o que é uma pessoa masturbar-se? O Dr. Coelho admirado perguntou, então não sabes o que é isso, é mexer na pila até sentir sensações especiais e, entretanto, punha a mão na minha perna.
Eu, puto de dez anos, disse que não fazia e muito menos com o irmão.
Mas já o viste todo nu, retorquiu o Dr. Coelho. Sim já o vi, mas não tem nada especial. E a tua irmã? Já a viste nua? Sim, mas tem cinco anos.
Então, tu não mexes na tua pila? Perguntou, enquanto a mão dele aproximava-se da minha. Eu disse que não. Mas nunca sentiste prazer? Não, respondi, só mexo quando é para me lavar. Não era bem verdade, mas não me apetecia falar de sexo com aquele palerma.
Está bem, disse o Dr. Coelho, pois mexer na pila muitas vezes é pecado e agarrou-se por fora das calças a tentar explicar como é que se fazia isso. Em plena Igreja de Fátima na Avenida Marquês de Tomar, frente à Barbosa du Bocage.
A dada altura, o Dr. Coelho perguntou onde é que morava.
Respondi-lhe que morava logo ali em frente na Barbosa du Bocage.
Eis que vejo o homem apanha um susto tremendo e tirou logo a mão da minha perna e disse; está bem, vai então confessar-te ali ao padre.
La fui e não liguei a nada daquilo. O padre também começou por perguntar quase o mesmo, começando por tentar saber se cometia pecados contra a castidade. Lá disse que não e mal sabia o que era isso. Eu era um puto muito adiantado em termos de aviões de caça, bombardeiros, couraçados, porta-aviões e batalhas da II. Guerra Mundial. Mas nas questões sexuais estava muito atrasado e era muito inocente. Nunca mais pensei no assunto.
Mais tarde, parece que no segundo ou terceiro ano dos liceus disseram-me que o Dr. Coelho foi expulso do liceu, pois metia-se sexualmente com os putos e constava que um miúdo, filho de alguém importante no regime político de então, contou uma história dessas ao pai, o qual foi ao liceu e disse ao reitor Sérvulo Coelho: chame o dr Coelho e diga-lhe para sair do liceu e nunca mais voltar a entrar aqui.
A palavra pedofilia ainda não era do meu conhecimento.
Mas havia mais pedófilos à porta do liceu. Um tipo chamado D’Argent de uma família conhecida por possuir uma importante metalúrgica em Alcântara tinha o hábito de meter-se com os putos à porta do liceu. Alguns colegas contaram-me que ele queria ter relações com a miudagem, mas nunca falei com ele. Recordo que aparecia sempre de bicicleta e não era o único como me disseram. Comigo não se metiam porque entrava e saía com um irmão mais velho dois anos e amigos dele e meus. Andávamos sempre em grupo e ao fim da tarde saltávamos o muro do Instituto Superior Técnico que tinha num pátio interior três aviões da II. Guerra Mundial, um Mosquito, um Lancaster e um Handley Page. Este último estava sem motores e não tinha lonas a cobri-lo, pelo que entrávamos lá para dentro para travarmos todas as guerras deste e de outros mundos. Fomos expulsos algumas vezes por um contínuo que acabou por se habituar à nossa presença e deixar-nos brincar no avião mais velho, proibindo-nos de entrar nos outros aviões.
Nota: A propósito do Carlos Cruz. Além de ser pedófilo condenado, parece que enlouqueceu, pelo que diz nas televisões e dão-lhe toda a cobertura nas televisões.
Processo Casa Pia
Não será, ainda hoje, que fica determinado, em definitivo, quem são os culpados, os que poderão estar inocentes e justiçadas as vitimas
O pesadelo nuca findará, para mal de todos, incluindo da sociedade em geral.
Faça-se justiças! É uma expressão facil de formular mas (neste caso) impossivel de concretizar.
Parece que há um número cada vez maior de portugueses que adoram o fogo, principalmente nos dias de calor e muito secos.
E não me estou a referir à gente das aldeias que lançou fogo aos matos e florestas, mas também ao pessoal da cidade de Lisboa.
Assim, no edifício em que trabalho há uma loja que utiliza um toldo normal. Eis que há dois dias aquilo ia ardendo tudo. Alguém de um andar de cima resolveu numa tarde de máximo calor e secura lançar uma beata acesa para o toldo que provocou logo um princípio de incêndio. Ainda foi possível ir ao primeiro andar e daí lançar uns baldes de água sobre o toldo que ficou esburacado, mas não provocou um grande incêndio. A loja é de molduras e quadros.
No meu carro, também há dias, alguém de um andar qualquer lançou várias beatas sobre o mesmo, tendo uma delas feito um buraco num friso de plástico que o carro tem junto ao pára-brisas. O carro podia ter ardido todo e o fogo propagado aos carros que enchiam a minha praceta lado a lado.
Depois dizem que a culpa é do Sócrates.
Acredito que em ambos os casos as pessoas não sejam incendiárias, são é desleixadas e sem a mais pequena preocupação pelos bens dos outros e por tudo o que esteja fora das suas casas. Vão para as varandas fumar porque nem toda a família fuma e suporta mal o cheiro e acham que o trabalho de apagar previamente uma beata é excessivo, mesmo depois das televisões falarem tanto nos fogos.
Sobre acontecimentos vários na Madeira. ... transcrição de e-mail
Caros Amigos / Caríssimas Amigas,
Na Madeira, adjectivada de nova, as ribeiras a 20 de Fevereiro apenas destruíram obras do tempo de D. Manuel, a queda duma palmeira foi provocada por forças ocultas e os incêndios que destroem a biodiversidade, fracturam rochas e fragilizam o futuro da economia são obra duma poderosa organização terrorista florestal.
A quem governa há mais de três décadas uma Região com uma área de 796 Km2, inferior a metade do mais pequeno distrito de Portugal Continental (Viana do Castelo – 2255 Km2) não pode ser imputada a mínima responsabilidade na perda de vidas humanas, na degradação do património natural ou na destruição do património edificado.
Nesta Região Autónoma, mais próxima de Marrocos (796 Km) do que de Lisboa (978 Km), governada por um príncipe perfeito não há espaço para debate. Quem questiona, quem sugere soluções para os problemas, quem exerce os mais elementares direitos de cidadania sujeita-se ao insulto do UI (Único Importante), como se pode facilmente comprovar pelo conteúdo do link: preocupado-com-os-jardins-estragados
Os amantes da liberdade não podem ficar impávidos e serenos perante a impetuosidade da água, a fúria do fogo e a agressão verbal de quem está convencido que o Sol gira à volta da Madeira.
A Madeira está a arder há mais de quinze dias por incapacidade dos departamentos governamentais responsáveis pela protecção civil e gestão florestal e não por acção de qualquer organização terrorista, como ainda hoje a contra-informação pretendia fazer crer no Jornal da Madeira.
Na Madeira só conheço uma forma de terrorismo. O psicológico! A quem não presta vassalagem, a quem não pratica o “lambebotismo”, logo a central começa a difundir boatos, bilhardices, para denegrir, desacreditar, assustar quem ousa levantar a voz. O serviço fica completo pelas mãos duns peões, que sob a capa do anonimato e identidades forjadas, escrevem uma série de atoardas, recebendo umas migalhas como contrapartida.
Porque aprendi com a minha mãe, que os pequenos só jogam pedras às árvores que dão frutos e porque entendo que o poder dos votos não pode sufocar a racionalidade da ciência, continuarei a dedicar uma parte significativa da minha vida ao estudo do território destas ilhas e a intervir publicamente sempre que a minha consciência determinar.
Graças à Internet, que felizmente não gasta dinheiros do erário público e tem uma difusão incomparavelmente maior que o Jornal da Madeira, continuarei educadamente a opinar sobre a minha Madeira que, após um longo e esgotado período de crescimento betonado, deve entrar no trilho do desenvolvimento sustentado.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal ( # posted by J.A. Freitas, em PuxaPalavra, 31.8.2010)
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) veio, um destes dias, reclamar junto da agência Lusa que o Estado deve cinco milhões de euros, aprovados no Orçamento do Estado para 2010, de vencimentos aos presidentes das juntas de freguesia a tempo inteiro.
Fonte oficial do Ministério das Finanças terá afirmado que a verba consta do Orçamento do Estado e o Ministério não colocou nem coloca qualquer oposição à disponibilização da verba orçamental que está afecta ao pagamento dos presidentes de Juntas de Freguesia.
Por sua vez, a Secretaria de Estado da Administração Local parece ter confirmado as palavras de Armando Vieira garantindo que as verbas "ainda não foram pagas, embora tenham sido aprovadas pela Assembleia da República" e fê-lo argumentando que o valor "é manifestamente insuficiente para o pagamento de todos os elementos das Juntas de Freguesia abrangidos pelo regime de Permanência".
Ainda que politicamente incorrecto (as verdades doem e custam muitos votos, infelizmente) Teixeira dos Santos não deixou de afirmar, no encerramento do debate do Orçamento para 2010, que a distribuição de tis verbas são "claramente populistas" e as aprovações da transferência de 5 milhões de euros para pagar aos eleitos das freguesias, considerando que essas verbas eram "money for the boys". Em muitos casos assim é, manifestamente. Só em Lisboa são eleitos mais de 900 representantes partidários e pergunta-se para quê?
O dinheiro para os eleitos das freguesias serve essencialmente para os partidos "ganharem simpatias regionais e autárquicas", afirmou em Março Teixeira dos Santos.
O que faz falta é diminui-los, se não na remuneração é fundamental que o seja em número dado que é um, manifesto, exagero, sobretudo em meios urbanos como é o caso de Lisboa e do Porto onde respectivamente existem 53 e 15 freguesias (só aqui já se verifica uma abissal diferença).
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