Sábado, 12 de Fevereiro de 2011

Moção de Censura

A vantagem de apresentar uma moção de censura que só será votada daqui a um mês é esta: levar a moção de censura além do parlamento. E partidariamente isso só pode ser feito pelo BE e pelo PCP em conjunto.
Parece claro que o BE apresentou a moção de censura atendendo, antes de mais, aos seus interesses tácticos relativamente aos partidos da esquerda e centro-esquerda: ela permite que se demarque do PS após a campanha Alegre das presidenciais e não deixa que o PCP tome a iniciativa no combate ao governo.
Perante isto, é claro que o PCP tem todo o direito de considerar a decisão do BE como oportunista (a direcção do PCP não fez isso, o que é bom sinal; fizeram-no, sim, alguns dos seus militantes e apoiantes) mas não há que perder muito tempo com estas guerras de alecrim e manjerona. Até porque se podemos considerar que o BE é agora oportunista, porque usa a moção de censura para cavar um fosso face ao governo, podemos também dizer que o PCP foi oportunista nas Presidenciais, apresentando um candidato que permitisse canalizar descontentamento para efeito de futuras eleições legislativas. Quem vive nos meandros da táctica parlamentar-eleitoral, dá e leva.
E aqui o oportunismo e os princípios são coisas que andam de mão dada. Oportunismo puro e simples seria o BE deixar de dizer o que pensa sobre as políticas do governo porque isso dá jeito para ter mais votos. Oportunista foi, por exemplo, o voto da esquerda parlamentar (BE e PCP, creio) em relação ao corte nos apoios às escolas privadas. Ou o comportamento da Internacional Socialista e do PS em relação ao que se passa no Egipto.
Do meu ponto de vista, a solução mais interessante seria ambos, BE e PCP, apresentarem uma moção de censura conjunta. E se isto já não é possível, que o PCP some a sua moção à do BE (podem ser discutidas as duas no mesmo dia?). E que procurem redigir um texto conjunto. Será pedir muito? Só assim, radicalizando à esquerda e em aliança frentista PCP-BE (o que não significa que alguma vez se apresentem juntos a eleições), será possível fazer desta moção de censura não apenas uma crítica do PS e das suas políticas mas também uma crítica do PS, das suas políticas e, ainda, do PSD e das políticas que ele tem defendido em continuidade (não total, é certo, mas em continuidade) com as políticas do PS.
Os que, como o Daniel Oliveira, criticam a moção de censura porque ela faz o jogo do PSD são os mesmos que dizem que não há nada a fazer em relação à subida do PSD ao poder.
A alternativa só pode resultar de uma viragem no debate político. Viragem que poderia ter começado nas presidenciais, com um candidato como Carvalho da Silva, que muito dificilmente teria ganho as eleições mas que teria permitido recolocar o debate um pouco mais à esquerda.
Nota final: o argumento da infantilidade, em relação à moção do BE, está a ser usado por João Galamba, Daniel Oliveira e António Costa. Não vale um chavo. Quem discorda de outrem acusando-o de infantilidade coloca na sua própria testa o rótulo de senil. Se é por aí que querem ir... Esse é um jogo viciado e sem interesse.
Mais interessante é o argumento de um tipo como Lobo Xavier, que ontem se mostrava verdadeiramente revoltado com a moção apresentada, dizendo que no BE é que não se pode confiar mesmo, acrescentando a isto que, ao contrário do PCP, o BE nem sequer faz parte dos partidos fundadores da democracia portuguesa; na mesma linha "isto estava feito para quatro e há aqui uns gajos novos a estragar as contas", situa-se também a fúria de Sousa Pinto na tv, a dizer que o BE quer substituir o PS como maior partido da esquerda portuguesa (o que, como todos sabemos, é constitucionalmente proibido).
Esta gente de tal forma leva o rei na barriga que nem sequer vê o ridículo anti-democrático da sua indignação.

Zé Neves [Vias de Facto]



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Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011

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Alameda das Linhas de Torres, nº 156; 198/200

Avenida da República, 21

Avenida 24 de Julho, nº 171 C

Avenida Afonso Costa, 41, 3.º Piso Ala D

Avenida Almirante Reis, nº 65

Avenida Brasil nº 155 H

Avenida Brasília

Avenida Ceuta Norte - Lote 5 - Loja 1

Avenida Cidade de Luanda Nº 33, Loja - A

Avenida Cidade Lourenço Marques

Avenida Cidade do Porto

Avenida D. Carlos I

Avenida da Liberdade, nº 175

Avenida de Roma, 14 P

Avenida Frei Miguel Contreiras, 52

Avenida Gomes Pereira, nº 17

Avenida Infante D. Henrique, Lote 1

Avenida João Paulo II, Lote 550

Avenida Rio de Janeiro

Avenida Santos e Castro, Lote 2

Bairro da Ameixoeira Zona 4, Lt. 12 - Lj. B

Bairro da Liberdade, Rua B, Lotes 3 a 6, Piso 1

Bairro do Armador Lote 768 - Loja Dta.

Bairro Marquês de Abrantes

Calçada da Ajuda, nº 236

Calçada da Tapada

Calçada do Cascão, nº 39-41

Calçada do Combro, 58

Calçada do Moinho de Vento, nº 3

Calçada do Poço dos Mouros, nº 2, nº 8

Calçada Marquês de Abrantes, nº 45 - r/c dtº

Campo das Amoreiras

Campo de Santa Clara, nº 60

Campo Grande 13, 15, 25

Casa do Governador - Rua do Espírito Santo

Casalinho da Ajuda - Lote IO 57A - R/c A

Castelo de S. Jorge

Convento das Bernardas - Rua da Esperança, n° 146

Costa do Castelo, 75

Cruz das Oliveiras

Escadinhas de S. Miguel, nº 10

Espaço Monsanto - Estrada do Barcal, Monte das Perdizes

Estr. de Telheiras 102, 146

Estr. do Paço do Lumiar 44

Estrada da Pimenteira

Estrada de Benfica, nº 368

Estrada de Chelas nº 101/113/25

Estrada do Alvito

Estrada Paço do Lumiar - Lt. A3 - Lj.

Estrada Poço Chão 15-A, Lisboa

Impasse à Rua Américo de Jesus Fernandes

Largo Calhariz 17

Largo das Pimenteiras, nº 6-A

Largo de Chão do Loureiro

Largo de São Mamede, nº 7

Largo do Chafariz de Dentro, N.º 1

Largo do Ministro, nº 1

Largo dos Jerónimos, nº 3 - r/c

Largo dos Lóis, nº 4 - 1º

Palácio do Beau Séjour, Estrada de Benfica, 368

Paços do Concelho - Praça do Município

Palácio do Contador Mor, Rua Cidade do Lobito

Palácio dos Machadinhos - Rua do Machadinho, nº 20

Palácio Galveias, Campo Pequeno

Palácio Marquês de Tancos, Calçada Marquês de Tancos, 2

Parque Eduardo VII , Lisboa

Poço do Borratém, nº 25 - 2º

Praça das Casas Novas

Praça Dr. Fernando Amado, Lote 565, R/c

Praça General Vicente de Freitas

Praça Mar Humberto Delgado

Quinta Conde dos Arcos / Avenida Dr. Francisco Luis Gomes

R. Alberto de Sousa 31

Rampa do Mercado das Galinheiras

Rua A projectada à Rua de Sousa Lopes, Loja 10 A - Bairro do Rego

Rua Abade Faria, nº 37

Rua Adriano Correia de Oliveira, 4A

Rua Alberto de Oliveira - Palácio dos Coruchéus

Rua Alexandre Herculano, 46

Rua Almada Negreiros

Rua Ângela Pinto

Rua Antão Gonçalves

Rua Antero Figueiredo

Rua António Maria Cardoso, 38

Rua António Patrício nº 26 2º andar

Rua Arco Marquês do Alegrete, nº 6 - 2º C

Rua Augusto Rosa, nº 66 - 1º Dto, nº 68 e nº 70

Rua Azedo Gneco, nº 84 - 2º

Rua Cais do Gás, ao Cais do Sodré

Rua Cardeal Mercier

Rua Cardeal Saraiva, nº 4

Rua Castilho n.º 213

Rua Circular Norte - Bairro da Encarnação

Rua Coelho Rocha 16

Rua Comércio 8,4º-D, Lisboa

Rua Conde de Arnoso, nº 5-A/B

Rua Conselheiro Lopo Vaz, nº 8

Rua Correia Teles, nº 103 A

Rua Costa Malheiro - Lote B12

Rua D. Luis I, nº 10

Rua da Atalaia

Rua da Boavista, nº 9

Rua da Correnteza, N.º 9

Rua da Esperança, nº 49

Rua da Junqueira, 295

Rua da Mouraria, nº 102 - 2º

Rua da Palma, 246

Rua da Prata, nº 59 - 1º

Rua da Rosa, nº 277 - 2º

Rua Damasceno Monteiro, nº 69

Rua das Acácias

Rua das Azáleas

Rua das Farinhas, nº 3 - 2º

Rua das Portas de Santo Antão, nº 141

Rua de Campolide, nº 24-B

Rua de O Século, 79

Rua de S. Bento, 182 – 184

Rua de Xabregas, nº 67 - 1º

Rua do Ouro, nº 49 - 4º

Rua do Rio Tâmega

Rua do Saco, 1

Rua dos Cordoeiros, nº 52 - r/c

Rua dos Fanqueiros, 38 - 1º

Rua dos Lusíadas, nº 13

Rua dos Remédios, nº 53 e 57-A - 2º andar

Rua Engenheiro Maciel Chaves

Rua Engenheiro Vieira Silva

Rua Ernesto Vasconcelos

Rua Estrela

Rua Félix Bermudas

Rua Ferreira de Castro - Lote 387 - C/v

Rua Filipe da Mata, nº 92

Rua Filipe Folque

Rua Gabriel Constante

Rua General Silva Freire, Lote C

Rua Gomes da Silva

Rua Gomes Freire

Rua Gualdim Pais

Rua João Amaral

Rua João de Paiva, nº 11

Rua João Frederico Ludovice

Rua João Silva, nº 2

Rua João Villaret, nº 9

Rua José Duro

Rua Leão de Oliveira

Rua Luciano Cordeiro, nº 16 - r/c Esq

Rua Lúcio Azevedo Lote 11-r/c, 12-A, 21B

Rua Luís Pastor de Macedo

Rua Machadinho 20

Rua Manuel Marques, Porta 4 F, º 6 H

Rua Maria da Fonte - Mercado Forno do Tijolo, Bloco C

Rua Maria José da Guia, 8

Rua Morais Soares, nº 32/32-A

Rua Natália Correia, nº 10 - 10F

Rua Nova da Piedade, nº 66

Rua Nova do Almada, nº 53 - 1º e 2º

Rua Nunes Claro, nº 8 A

Rua Padre Abel Varzim, 7 D

Rua Pascoal de Melo nº 81

Rua Passos Manuel, nº 20 - r/c

Rua Penha de França

Rua Pinheiro Chagas, 19 A

Rua Portugal Durão

Rua Pr. Joaquim Alves Correia - 24 - C/v. A/B

Rua Prof Lindley Cintra , Lote 49 – Loja

Rua Prof. Francisco Gentil, 25 A

Rua Professor Adelino da Palma Carlos

Rua Professor Lima Bastos nº 71

Rua Professor Vieira Almeida 3-r/c-A, Lisboa

Rua Projectada à Calçada da Quintinha, lotes B1 a B8

Rua Rainha D. Catarina - Lt. 11 - Lj. 5

Rua Raul Carapinha

Rua Rio Cávado

Rua S. Sebastião da Pedreira, nº 158-A

Rua São Pedro de Alcântara 3

Rua Saraiva de Carvalho, nº 8 - 2º

Rua Silva Tavares

Rua Teixeira Pascoais 10, nº 12

Rua Tomás Alcaide, 63 A

Rua Vila Correia, nº 17 A

Rua Virgílio Correia

Rua Wanda Ramos Lote 12 - Loja

Travessa da Galé, 36

Travessa de S. Tomé, nº 5

Não, não endoideci. Há simplesmente coisas cujo absurdo só se percebe quando esbarramos nelas. E esta lista de 184 endereços é um desses casos. Nestes 184 prédios novos, velhos, palácios, lojas, andares, casas, pólos, complexos e quintas instalou a autarquia lisboeta centenas de departamentos, divisões, núcleos, unidades, gabinetes, agências, empresas municipais e sociedades. 184 endereços que são certamente mais pois é dificílimo perceber ao certo quantos são e onde funcionam esses serviços municipais. São também mais porque deixei de fora muitos serviços em que a autarquia participa em associação com outras entidades. Excluí também as escolas e os jardins-de-infância tutelados pela autarquia e os cemitérios, embora no caso de um deles, o cemitério de Carnide, tal opção seja muito questionável: como é sabido, o cemitério de

Carnide não serve para cemitério pois apesar de ter custado o dobro do previsto a verba não foi suficiente para avaliar a localização e o resultado lá está nos milhares de cadáveres que não se decompõem e mais milhões anunciados para os exumar.

Mas mesmo que eu tivesse feito um levantamento exaustivo na lista faltaria sempre alguma coisa pois sucessivos presidentes da autarquia lisboeta acharam que a solução para os problemas da cidade passava sempre e quase só por acrescentar esta lista. Informava o PÚBLICO recentemente: “António Costa muda-se para o Intendente em Março. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quer ajudar a acabar com a fama desta zona da capital e prepara novo gabinete para dois anos. A sede do município será só para cerimónias”.

Confesso que no início acreditei que o presidente da autarquia lisboeta se ia instalar no edifício da Junta de Freguesia da zona ou nos prédios que a EPUL ali se propôs construir e que, como é hábito naquela empresa municipal, se arrastam em obras suspensas, milhões de euros de prejuízo e intrincadíssimos processos judiciais. Mas não, não é nada disso. A autarquia lisboeta alugou um espaço no nº 27 do Largo do Intendente para transferir para aí o gabinete do presidente e de vinte funcionários. Entretanto fazem-se as obras necessárias. (Será que alguém acredita que uma zona se revitaliza porque lá se instalam 20 funcionários da autarquia mais o respectivo presidente? Quando muito a polícia pode enxotar para outras zonas alguns elementos que considere mais indesejáveis.) O número 27 do Largo do Intendente vai ser acrescentado em Março a esta lista. E sobretudo ela não parará de aumentar enquanto os presidentes da autarquia não perceberem que não há impostos que consigam sustentar isto nem cidade que resista a esta concepção do poder autárquico.

Helena Matos [Público] via [Lisboa S.O.S.]



Publicado por JL às 18:12 | link do post | comentar | comentários (5)

Ainda bem que a GALP deu lucro o ano passado, em 2010.

É sempre bom que uma empresa «portuguesa» dê lucro no exercício da sua actividade.

Agora ter 46% de aumento nos lucros num ano de grave crise nacional e internacional não me parece ser uma coisa assim tão boa.

Sobretudo se pensarmos no disparar dos preços que os combustíveis líquidos, gasóleo e gasolina e do gás tiveram o ano transacto e que tão graves consequências tiveram no agravar da vida dos portugueses quer nas famílias quer nas empresas nacionais.

E lembrar que quando questionada o ano passado pelo continuado aumento dos preços ao consumidor a empresa respondia que a culpa era do mercado, do custo do barril de crude, da desvalorização do euro ou outra desculpa similar afirmando ainda não ter espaço de manobra para baixar os preços.

Hoje perante este divulgar de resultados positivos, o que devia ser uma coisa boa que nos encheria de orgulho por a GALP ser uma empresa nacional vem provocar-me o sentimento contrário, o de revolta e de vergonha perante uma empresa que em nome do lucro desmedido e sem sentido nacional, contribuiu para o empobrecimento dos portugueses e afundamento do país.

Mas a culpa não é só dela, dos seus administradores, pois ninguém duvide que os grandes responsáveis por esta vergonha, é o nosso Governo que devia ter actuado e os responsáveis governativos furtaram-se a essa responsabilidade em nome do que quer que tenha sido no presente ou de aspirações pessoais futuras.

Hoje tomei a decisão de não mais abastecer na GALP.
Hoje percebi que estes nossos governantes não são credíveis e devem cair o mais rapidamente possível.
Hoje decidi suspender a minha postagem neste blogue até à queda deste Governo.



Publicado por [FV] às 14:26 | link do post | comentar | comentários (4)


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Publicado por JL às 12:03 | link do post | comentar | comentários (1)

Merkel e Sarkozy geram revolta dos parceiros europeus contra nova imposição franco-alemã
Angela Merkel, chanceler alemã, e Nicolas Sarkozy, Presidente francês, foram apanhados de surpresa com a firmeza das críticas dos restantes países europeus às suas propostas de reforço da convergência económica e da competitividade da zona euro. Concebidas por Merkel, as propostas, baptizadas "pacto de competitividade", geraram uma discussão acesa de cinco horas durante a cimeira de líderes da União Europeia (UE) da passada sexta-feira, embora sobretudo com base nas "fugas" para a imprensa do que estava a ser cozinhado nos dias anteriores em Paris e Berlim. Confrontada com o protesto dos parceiros, Merkel não chegou a apresentar as suas ideias em grande detalhe, mas apenas a referi-las de uma forma algo vaga, limitando-se a discussão praticamente à metodologia para as futuras negociações.

Segundo vários diplomatas, nenhum dos Vinte e Sete mostrou grande entusiasmo com a totalidade das propostas, o que leva a crer que a chanceler terá de baixar as expectativas.
 

Berlim pode pressionar 
Mas Berlim tem um poderoso meio de pressão ao impor uma ligação entre a aprovação do seu "pacto de competitividade" pelos parceiros e a sua anuência ao reforço e flexibilização do fundo europeu de estabilidade financeira (EFSF). Ou seja, Berlim dá desta forma o sinal de que aceita ajudar os países em dificuldades de financiamento, mas impõe como condição a adopção por todos das práticas alemãs de boa gestão económica. 
É esta a "resposta abrangente" que os alemães têm vindo a defender desde o início do ano para a crise sistémica do euro e que parece ter conseguido acalmar o nervosismo dos mercados financeiros na expectativa de uma decisão sobre o conjunto do pacote na cimeira europeia de 24 e 25 de Março. As grandes linhas do acordo serão, no entanto, ultimadas numa outra cimeira extraordinária marcada expressamente para o efeito e unicamente entre os Dezassete países do euro, a 11 de Março. 
Sarkozy, que pouco mais fez do que se associar às propostas de Merkel para lhes garantir o carimbo "franco-alemão", obteve desde já uma importante vitória ao ver finalmente consagrada a sua ideia de colocar a zona euro nos comandos de todas as decisões relevantes para a moeda única, num processo que designa por "Governo económico europeu". 
Apesar disso, o pacto de competitividade será aberto a todos os países interessados, como é defendido por Merkel e pelos países de Leste, que, enquanto futuros candidatos ao euro, não querem ser afastados do núcleo duro da integração europeia. Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, foi o porta-voz dos países de Leste na defesa veemente de uma resposta "inclusiva" à crise do euro. 
Mas foram os chefes dos governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo (Benelux) que desferiram os ataques mais duros contra a estratégia de Paris e Berlim, criticando o que é visto como mais uma imposição franco-alemã a juntar-se a várias outras desde o início da crise da dívida grega, há um ano. 
Acima de tudo, os três países insurgiram-se contra o facto de as propostas ignorarem todos os passos de resposta à crise que já estão a ser dados em termos de reforço da governação económica e de disciplina orçamental, e que deverão ser aprovados até ao Verão.

 

Benelux opõe-se 
Os três membros do Benelux também se opuseram frontalmente ao fim da indexação entre salários e inflação pretendido por Merkel, recusando desfazer os seus modelos de concertação social. A Irlanda rejeitou qualquer base comum a todos os países para a tributação do IRC, a Itália a harmonização fiscal em geral e a Áustria qualquer imposição europeia de ligação entre a idade da reforma e a evolução demográfica
Praticamente todos os membros do euro recusaram qualquer obrigação de inscrição na respectiva Constituição de um travão ao endividamento, como acontece na Alemanha. Esta seria porventura a única proposta que levantaria problemas a Portugal, mas os alemães garantiram aos parceiros que nunca tiveram a intenção de impor uma medida destas, mas apenas o reforço dos compromissos nacionais em termos de disciplina orçamental. Tudo indica assim que Lisboa não tem, por agora, grandes problemas com o novo pacto alemão.

Isabel Arriaga e Cunha [Público] via [MIC]



Publicado por Xa2 às 08:07 | link do post | comentar | comentários (2)

Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011

Diversos estudos têm demonstrado que a é um problema social de grande amplitude com repercussões na saúde e bem-estar dos trabalhadores.

A Fundação Dublin publica um pequeno documento que faz o ponto de situação na Europa dos 15 e 27 sobre esta questão.

Caso não se mudem as formas de gestão ultra liberais impostas nas últimas décadas os riscos psicossociais irão aumentar em elevado grau. Formas de gestão que apenas os fortes aguentam ou pensam aguentar com elevados custos familiares e de saúde!

Segundo a Organização Mundial de Saúde a depressão será até 2020 a principal doença entre os trabalhadores. Mesmo hoje os problemas de saúde mental constituem a quarta causa mais frequente de incapacidade para o trabalho. Ver

A. Brandão Guedes [Bem Estar no Trabalho]



Publicado por Otsirave às 22:31 | link do post | comentar | comentários (2)

A reacção da actual direcção do PS ao pensamento crítico que, surpreendentemente, ainda sobrevive no partido, tem-se limitado a repetir o velhíssimo e primário método de, em vez de discutir as críticas, desautorizar os críticos.

Assim, Manuel Maria Carrilho comete o grande e horrível crime de pensar porque - diz Almeida Santos, actual presidente do PS (ou, talvez melhor, presidente do actual PS) - "está zangado" "por ter sido apeado do lugar que tinha [embaixador de Portugal na UNESCO]".

Por sua vez, a ex-secretária de Estado da Educação Ana Benavente, que acusa Sócrates de coisas como "autocracia", "incompetência" e "falta de credibilidade", estará - garante Capoulas Santos, director da campanha do secretário-geral para o próximo congresso - ressentida porque "aspirou a ser deputada (...), um objectivo que aparentemente não foi atendido".

Começa, por isso, a ser preocupante a ausência de explicação para a recente entrevista do ex-dirigente e ex-deputado Henrique Neto ao "i". Alguém que diz que Almeida Santos censura as reuniões da Comissão Nacional e que Sócrates tem uma "visão totalitária", tendo cometido "tantos erros, e de tal maneira graves, que põem em causa a independência nacional", tem que estar, de certeza, "ressentido" ou "zangado" com qualquer coisa. Veremos nos próximos dias se Capoulas Santos e Almeida Santos desvendam o mistério. Ou então se Henrique Neto terá que ser internado.

Manuel António Pina [Jornal de Notícias]


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Publicado por JL às 17:04 | link do post | comentar | comentários (1)

O pagamento aos membros das juntas de freguesia

Acaba de ser publicada e entrou em vigor em 08.02.2011, conforme aqui se pode ver, a Portaria nº 68-A/2011 que regulamenta os critérios de transferência de verbas para as Juntas de Freguesia, conforme determina o nº 7 do artigo 46º da Lei nº 55-A/2010 de 31 de Dezembro que aprovou o Orçamento de Estado a vigorar no ano em curso.

Por aqui, também, se pode ver do quanto necessário e urgente é a redução do número de autarcas bem como o aumento das suas capacidades e competências.

Cabe aos partidos e, se estes o não forem capazes de fazer, aos cidadãos escolher e propor os mais sérios e mais competentes para gerir a “rés-publica”.



Publicado por Zé Pessoa às 00:14 | link do post | comentar

Petição  Adopção  de  Eleições  Primárias  pelo  Partido  Socialista

Para:  Partido Socialista

Mobilização Cívica e Participação Política 

O afastamento da vida partidária dos cidadãos em geral e dos jovens, em particular, é uma realidade muito preocupante para o presente e o futuro da democracia. 
Algumas práticas “fechadas”, meramente gestionárias e clientelares, aliadas à ausência de reflexão e de intervenção relativamente aos problemas quotidianos das pessoas, penalizam e descredibilizam os partidos, na sua globalidade. 
O Partido Socialista é, por tradição e vocação, um partido aberto e congregador, não escapando, contudo, à imagem descrita, junto do eleitorado. 
A designação dos candidatos a eleições e para os cargos públicos é, muitas vezes, feita em “circuito fechado”, entre círculos restritos, sem a participação dos militantes e dos cidadãos. 
Esta é uma das principais causas da descredibilização da política e dos políticos, do afastamento dos cidadãos e do enfraquecimento das candidaturas. Por isso, é comum, em diversos Países, o recurso a eleições primárias para escolha dos candidatos às disputas eleitorais. 
As eleições primárias servem assim para refundar a ligação dos partidos aos militantes e aos cidadãos. Isto porque as eleições primárias propiciam:

- O debate de ideias e propostas de suporte às candidaturas;
- A escolha dos mais qualificados para o desempenho das funções políticas;
- A participação e mobilização de militantes e simpatizantes para as missões fundamentais da vida pública e partidária;
- A melhoria da imagem junto da população pelo acréscimo do sentido de responsabilidade associado a esta prática. 

Nos tempos presentes e nas circunstâncias concretas da nossa sociedade, a escolha dos candidatos através de eleições primárias constituirá uma inovação fundamental para o reforço da influência do nosso partido e de confiança dos Portugueses no sistema político, um poderoso instrumento de ligação do PS à sociedade e aos seus eleitores naturais. 
Recorda-se aqui que, na revisão estatutária aprovada pela Comissão Nacional em 11 de Janeiro de 2003, foi consagrada como inovação importante a criação da categoria de “simpatizante” (ver Capitulo II, Dos militantes e simpatizantes do Partido, artigo 7º, Da inscrição e do registo no Partido, ponto 5, onde se lê: “ Qualquer pessoa que se identifique com o Programa e a Declaração de Princípios do Partido Socialista pode solicitar o seu registo no ficheiro central de simpatizantes do Partido Socialista, organizado pelo Secretariado Nacional“). Contudo, tal directiva não teve consequências práticas até agora.

Há que dar cumprimento e conteúdo a esta norma. Por isto se entende que a participação dos simpatizantes na escolha dos candidatos para cargos públicos e partidários, seria uma forma poderosa de mobilização cívica e de participação política. 
Assim, propomos a todos os militantes do Partido Socialista, suas Federações, suas Secções e suas Comissões Políticas, que aprofundem este tema, tendo em vista o seguinte:
1 – Instituição do sistema de eleições primárias para a escolha dos candidatos do PS às eleições Autárquicas, Regionais, Legislativas, Europeias e Presidenciais;
2 – Participação, nessas eleições, dos “militantes” e “simpatizantes” abrangidos pelas estruturas correspondentes aos respectivos universos eleitorais;
3 – Realização de um recenseamento prévio de simpatizantes para o estabelecimento rigoroso dos colégios eleitorais;
4 – Apresentação das candidaturas:
4.1 – Nos termos estatutários actuais;
4.2 – Por subscritores que constem do colégio eleitoral respectivo, representando pelo menos, 15% desse universo, dos quais 10% deverão ser militantes. 
Se estás de acordo, subscreve!

A Petição Adopção de Eleições Primárias pelo Partido Socialista, foi criada e escrita pela comunidade Corrente de Opinião Esquerda Socialista.



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