Adenda: há uma diferença de economia política entre uma reestruturação imposta pelos credores e a reestruturação liderada por uma aliança das periferias. A possibilidade desta última espevitaria a imaginação de quem comanda a des(união)...
Foi uma quinta-feira muito intensa para o presidente do PSD. Um dia depois da demissão do Governo de José Sócrates na sequência do chumbo do Programa de Estabilidade e Crescimento, Pedro Passos Coelho foi a Bruxelas participar na habitual reunião do Partido Popular Europeu. E caiu positivamente na boca do lobo.
Ainda estupefactos com o que se tinha passado em Portugal, os líderes conservadores não perderam a oportunidade para falar a sós com o presidente do PSD. Claro que Angela Merkel foi um deles. A reunião durou uns bons minutos. O conteúdo foi revelado pouco tempo depois pela chanceler alemã, quando exigiu ao PSD a divulgação imediata de um pacote de austeridade para garantir as metas do défice para 2011, 2012 e 2013. Mas uma fonte bem próxima da líder alemã confidenciou ao ‘Correio Indiscreto’ que a conversa tinha sido muito dura e crispada.
Com um sentido de humor muito apurado, a mesma fonte fez questão de salientar que Passos Coelho conseguiu sair do encontro sem nódoas negras no corpinho, o que já não foi nada mau. Mas para a líder alemã, o seu parceiro do Partido Popular Europeu não deixa de ser uma verdadeira nódoa negra. E está de acordo com Sarkozy, presidente francês, que até ficou mais alto depois de falar com Passos.
António Ribeiro Ferreira [Correio da Manhã]
Na sequência da reunião marcada para hoje às quinze horas será dissolvida a Assembleia da Republica e marcado o dia das eleições para uma nova legislatura.
É pouco, muito pouco, reunir tão ilustres figuras publicas, politicas e económicas para decidir, tão somente, o que já está decidido e toda a gente já conhece. Não seria possível irem mais além que isso tendo em conta a confrangedora situação em que Portugal e a sociedade portuguesa se encontram? É pena!
O Conselho de Estado é presidido pelo Presidente da República e composto pelos seguintes membros:
Actualmente e depois de, previamente à reunião de hoje, ser dada posse a Bagão Felix, fica assim a respectiva composição:
Categoria |
Membro |
Presidente da República (Presidente do órgão) |
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Designado pelo Presidente da República |
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Designado pelo Presidente da República |
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Designado pelo Presidente da República |
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Designado pelo Presidente da República |
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Designado pelo Presidente da República |
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Eleito pela Assembleia da República |
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Eleito pela Assembleia da República |
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Eleito pela Assembleia da República |
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Eleito pela Assembleia da República |
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Eleito pela Assembleia da República |
A lição do Rei
Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
Infelizmente, sempre aparece gente de curta memória ou que senilmente se aproveita de trabalho alheio a quem é preciso relembrar compromissos assumidos, por isso aqui se repõe, em lembrete, o que se escreveu em post editorial. Efectivamente o LUMIÁRIA não é um blog partidário, ainda que alguns “marombistas” se não coíbam de tais tentativas.
Uma coisa é ter respeito pelos “vínculos partidários” de cada cidadão, militante ou não. Outra, bem diferente, seria que postantes transformassem ou usassem, instrumentalmente, o LUMINÁRIA para fazer campanha partidária. Isso não! De todo.
EDITORIAL
Este blog é um espaço de expressão cívica e política de alguns portugueses que procuram estar atentos ao que se passe na sociedade e no mundo, participando de forma livre, tolerante e construtiva na «res pública» global, contribuindo para a formação de cidadãos de pleno direito, conscientes e activos no exercício da cidadania.
No LUMINÁRIA, o foco é a política na sua concepção mais nobre e ampla, do local ao universal, dos recursos à Humanidade, passando pelos partidos e pelas governações públicas.
No LUMINÁRIA, os vínculos partidários, filosóficos e outros, de cada participante, não são renegados mas também não devem ser limitativos da sua razão e análise crítica, pugnando-se pela abertura e pela prática da tolerância democrática.
Aqui, os ‘postantes’ são convidados cooptados, que exercem, a ritmos e especificidades próprias, a sua liberdade de expressão. Os leitores têm total liberdade para fazer comentários, sem moderação ou prévia inscrição, reservando-se apenas o direito de eliminar os registos com insultos ou publicidade comercial.
A responsabilidade dos posts (palavras e imagens, ideias, opiniões, escolhas, cópias e links) e a responsabilidade dos comentários é exclusiva dos seus autores (identificados ou anónimos) e não vincula o colectivo de membros/administração deste blog, nem qualquer outra entidade.
A todos fazemos o convite à participação e divulgação deste espaço, contribuindo para a sua contínua melhoria.
Cancelada sessão solene do 25 de Abril
Desde 1976 que todos os anos o Parlamento se reúne no dia 25 de Abril para assinalar com uma sessão solene a passagem de mais um aniversário da "revolução dos cravos". A excepção a esta regra aconteceu em 1983, já que o dia 25 de Abril foi precisamente o dia escolhido para a realização de eleições legislativas.
A dissolução da Assembleia da República, que se deverá concretizar no máximo até 11 de Abril, vai levar ao cancelamento da habitual sessão solene comemorativa do 25 de Abril, informou a porta-voz da conferência de líderes.
A sessão solene do 25 de Abril é, nos termos do regime, uma sessão plenária. E nessa data o Parlamento já estará dissolvido pelo que só funciona a comissão permanente, um órgão que substitui o plenário em altura de dissolução e de férias.
A Comissão Permanente pode convocar o Plenário a qualquer momento por isso os deputados estarão, até à tomada de posse da nova Assembleia, numa espécie de prevenção. Assim, os deputados ficam sem trabalho mas não ficam sem salário.
“Eu acho incompreensível, não consigo perceber como é que um Estado de Direito democrático resultante do 25 de Abril tem vergonha de assinalar o dia ‘inicial e limpo’, desse mesmo Estado democrático. Não vejo por que é que [os deputados da AR] não poderiam ter encontrado forma de evocar o 25 de Abril, a não ser que tenham vergonha da situação a que levaram o país”, reiterou o coronel Vasco Lourenço presidente da Associação 25 de Abril.
É de todo incompreensível que, podendo a Comissão Permanente da actual Assembleia da República convocar o Plenário não o faça para comemorar o dia da Liberdade.
Sem nada para fazer mas a receber o seu vencimento, porque interromper as férias?
Ricas vidas! Cambada!
– Então, foste à manifestação da geração à rasca?
– Sim, claro.
– Quais foram os teus motivos?
– Acabei o curso e não arranjo emprego.
– E tens respondido a anúncios?
– Na realidade, não. Até porque de verão dá jeito: um gajo vai à praia, às esplanadas, as miúdas são giras e usam pouca roupa. Mas de inverno é uma chatice. Vê lá que ainda me sobra dinheiro da mesada que os meus pais me dão. Estou aborrecido.
– Bom, mas então por que não respondes a anúncios de emprego?
– Err...
– Certo. Mudando a agulha: felizmente não houve incidentes.
– É verdade, mas houve chatices.
– Então?
– Quando cheguei ao viaduto Duarte Pacheco já havia fila.
– Seguramente gente que ia para as Amoreiras.
– Nada disso. Jovens à rasca como eu. E gente menos jovem. Mas todos à rasca.
– Hum… E estacionaste onde? No parque Eduardo VII?
– Tás doido?! Um Audi TT cabrio dá muito nas vistas e aquela zona é manhosa. Não, tentei arranjar lugar no parque do Marquês. Mas estava cheio.
– Cheio de…?
– De carros de jovens à rasca como eu, claro. Que pergunta!
– E…?
– Estacionei no parque do El Corte Inglés. Pensei que se me despachasse cedo podia ir comprar umas coisinhas à loja gourmet.
– E apanhaste o metro.
– Nada disso. Estava em cima da hora e eu gosto de ser pontual. Apanhei um táxi. Não sem alguma dificuldade, porque havia mais jovens à rasca atrasados.
– Ok. E chegaste à manif.
– Sim, e nem vais acreditar.
– Diz.
– Entrevistaram-me em directo para a televisão.
– Muito bom. O que disseste?
– Que era licenciado e estava no desemprego. Que estava farto de pagar para as reformas dos outros.
– Mas, se nunca trabalhaste, também não descontaste para a segurança social.
– Não? Pois… não sei.
– Deixa-me adivinhar: és licenciado em Estudos Marcianos.
– F***-se! És bruxo, tu?
– Palpite. E então, gritaste muito?
– Nada. Estive o tempo todo ao telemóvel com um amigo que estava na manif do Porto. E enquanto isso ia enviando mensagens para o Facebook e o Twitter pelo iPhone e o Blackberry.
– Mas isso não são aparelhinhos caros para quem está à rasca?
– São as armas da luta. A idade da pedra já lá vai.
– Bem visto.
– Quiriquiri-quiriquiri-qui! Quiriquiri-quiriquiri-qui!
– Calma, rapaz. Portanto despachaste-te cedo e ainda foste à loja gourmet.
– Uma merda! A luta é alegria, de forma que continuámos a lutar Chiado acima, direitos ao Bairro Alto. Felizmente uma amiga, que é muito previdente, tinha reservado mesa.
– Agora os tascos do Bairro aceitam reservas?
– Chamas tasco ao Pap’Açorda?
– Errr… E comeram bem?
– Sim, sim. A luta é cansativa, requer energia. Mas o pior foi o vinho. Aquele cabernet sauvignon escorregava…
– Não me digas que foste conduzir nesse estado.
– Não. Ainda era cedo. Nunca ouviste dizer que a luta continua? E continuou em direcção ao Lux. Fomos de táxi. Quatro em cada um, porque é preciso poupar guito para o verão. Ah… a praia, as esplanadas, as miúdas giras e com pouca roupa…
– Já não vou ao Lux há algum tempo, mas com a crise deve estar meio morto, não?
– Qual quê! Estava à pinha. Muita malta à rasca.
– E daí foste para casa.
– Não. Apanhei um táxi para um hotel. Quatro estrelas, que a vida não está para luxos.
– Bom, és um jovem consciente. Como tinhas bebido e…
– Hã?! Tu passas-te! A verdade é que conheci uma camarada de luta e… bem… sabes como é.
– Resolveram fazer um plenário?
– Quê? Às vezes não te percebo.
– Costuma acontecer. E ficaram de ver-se?
– Ha! Ha! Ha! De ver-se, diz ele. Não estás a ver a cena. De manhã chegámos à conclusão que ela era bloquista e eu voto no Portas. Saiu porta fora. Acho que foi tomar o pequeno-almoço à Versailles.
– Tu tomaste o teu no hotel.
– Sim, mas mandei vir o room service, porque ainda estava meio ressacado.
– Depois pagaste e…
– A crédito, atenção. Com o cartão gold do Barclays.
– … rumaste a casa.
– Sim, àquela hora a A5 não tinha trânsito. Já não havia malta à rasca a entupir o tráfego.
– Moras onde? Paço d’Arcos? Parede?
– Que horror! Não, não. Moro na Quinta da Marinha, numa casita modesta que os meus pais se vêem à rasca para pagar. Para a próxima levo-os comigo.
Rui Herbon [Jugular]
PS
Na verdade, não passa de uma caricatura mas, anda por aí muito desta gente, à rasca...
Contudo, outros (verdadeiramente) à rasca, já nem condições têm para se deslocar a manifestações. Seria, sobretudo, por estes que políticos e governantes, verdadeiramente, se deveriam preocupar e é o que se vê.
O Presidente agora já tem titulo
Como muito bem afirmou um estudante brasileiro a, mais que merecida, atribuição do titulo de Dr. Honoris Causa a Presidente do país irmão pela academia de Coimbra “É uma lição aos que criticavam o Brasil por ter eleito um presidente que nem curso superior tinha”.
É uma lição com a qual muitos políticos e nós todos deveríamos aprender, acrescente-se.
É preciso promover a revolta do desassossego social e colectivo
PSD, CDS, BE, PCP e PR ajudaram, a agência Fitch vai fazer o resto ao deixar mais um aviso, peremptório, a Portugal: se o Estado não for socorrido pela UE e pelo FMI, o rating da dívida soberana nacional pode baixar ainda mais em breve.
É o caso de se ser preso por ter cão e ser-se preso por não ter. Eles querem, à viva força que seja o FMI a mandar no país. Porque será?
Têm razão os gregos ao escreverem a alertar os portugueses sobre os custos da entrada do FMI nas economia, tem razão Lula da Silva em fazer os aletas que fez e quer uns como outro com conhecimento de causa.
O estranho é que, cá dentro haja tantos apoios à famigerada entrada daqueles escabrosos usurários. Porque será?
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