Sábado, 21 de Maio de 2011

Há 20 pessoas em Portugal
que têm mil cargos de administração
em empresas diferentes.

O coordenador do BE, Francisco Louçã, denunciou quinta-feira dados dum relatório da CMVM que expõe que "há 20 administradores das maiores empresas portuguesas que têm mil cargos de administração", numa média de 50 empregos por cada um.

No discurso do comício de quinta-feira à noite em Elvas, Francisco Louçã referiu-se a um "relatório" de que "certamente nenhuma televisão ainda falou mas que é importantíssimo porque nos diz alguma coisa sobre o retrato do nosso país".

"Há 20 administradores das maiores empresas portuguesas que têm mil cargos de administração em empresas diferentes. Cada um deles tem, em média, 50 empregos", denunciou.

Segundo o coordenador do BE "um deles tem 62 empregos e os outros não lhe ficam muito longe", acrescentando que "o ordenado mais importante que é pago a uma destas pessoas, é o que está à frente, no topo, é de dois milhões e meio de euros".

"Os outros receberão um pouco menos. São os homens mais poderosos de Portugal", condenou.

Louçã explicou, assim, que quando se pergunta "onde é que está a dívida, que problema é que tem a economia, porque é que nos últimos anos cresceram os problemas, porque é que se fizeram construções desnecessárias, a resposta está aqui: "20 pessoas com mil cargos de administração, cruzando grupos diferentes, cruzando todo o mapa da economia".

"É um pequeno grupo de turbo-administradores que voam de empresa para empresa. Chamam a isto trabalho talvez mas certamente a isto chama-se renda", condenou.

[Lusa/sapo]

 



Publicado por [FV] às 14:17 | link do post | comentar | comentários (5)

 

O presidente do PSD criticou a execução do Orçamento para 2011 dizendo que a redução da despesa está a ser feita pela metade, o que levou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS a acusá-lo de maledicência.

"A execução orçamental que foi hoje divulgada e que, pelos vistos, gera a satisfação ao senhor engenheiro Sócrates, gera a maior preocupação para quem pode vir a ser Governo a partir de Junho", porque a despesa primária "está a descer pela metade", disse o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, num debate com o secretário-geral do PS, na RTP.

Segundo Passos Coelho, "os objectivos fixados para este ano de 5,9 por cento para o défice já não são atingíveis se o resultado da execução orçamental que foi hoje divulgada for projectado para o resto do ano", o que significa que "o engenheiro Sócrates não conseguiu deixar arrefecer o que assinou com a União Europeia e já não está a cumprir".

José Sócrates confrontou Passos Coelho com posições que defendeu sobre a economia portuguesa em 2009 e sobre a saúde, enquanto o líder do PSD exigiu que o secretário-geral do PS discutisse as suas responsabilidades enquanto primeiro-ministro.

A primeira metade do debate entre os líderes do PS e do PSD, na RTP, foi caracterizado por uma autêntico braço de ferro em torno de quem comandava os temas a colocar à discussão.

Sócrates começou por apresentar um relatório assinado por Passos Coelho enquanto administrador da Fomentinvest (de 2010, em relação à situação económica de 2009) em que este último assumiu a dimensão internacional da crise financeira portuguesa e, mais à frente, citou diversas posições do presidente do PSD sobre saúde, acusando-o de pretender "destruir" o Serviço Nacional de Saúde.

[visão]



Publicado por [FV] às 08:51 | link do post | comentar | comentários (2)

Semana de trabalho lusa tem mais horas do que alemã ou finlandesa. Mas o que sai das empresas não tem o valor acrescentado de um BMW ou de um Nokia. Reside aqui a falta de competitividade portuguesa.

Na escalada da crise grega, há um ano, o tablóide alemão Bild publicou um editorial em que dava conselhos ao país do mediterrâneo sobre como ultrapassar as dificuldades económicas que estava a viver. À semelhança dos alemães, escreveu o jornal, os gregos deviam levantar-se «razoavelmente cedo» e trabalhar o dia todo. A proposta foi reproduzida em meios de comunicação internacionais e gerou chacota à escala europeia, mas tem um problema. Os gregos, tal como os portugueses, já são dos povos que mais horas trabalham por semana, ultrapassando países nórdicos como a Alemanha ou a Finlândia.

Quem pensa que as dificuldades económicas dos povos periféricos são causadas por passarem demasiado tempo na praia, está enganado. Segundo dados do Eurostat do último trimestre de 2010, baseados em inquéritos, os portugueses trabalham quase 39 horas por semana, acima da média europeia (37,5 horas). São mais três horas do que os alemães e quase mais duas do que os finlandeses. E os gregos ainda mais: a semana laboral tem 42,2 horas, o valor mais alto dos 27 Estados-membros da União Europeia. Portugal ocupa a 11.ª posição, a seguir a países como a Eslovénia ou a Hungria.

Mão-de-obra intensiva

Portugal tem de facto um problema de produtividade, mas está sobretudo relacionado com outra variável da questão: o que se faz com o tempo passado no posto de trabalho. O país está muito especializado em sectores de mão-de-obra intensiva, sem incorporação tecnológica ou geração de valor acrescentado, pelo que o rendimento gerado pela actividade económica é menor. Uma coisa é trabalhar em cafés, restaurantes ou em fábricas de têxteis que concorrem com produtos chineses; outra é fabricar telemóveis Nokia e automóveis BMW, dois dos produtos mais inovadores e vendidos do mundo.

«A questão não é trabalharmos mais, mas sim trabalharmos de forma diferente», resume a economista Aurora Teixeira, que fez vários trabalhos de investigação sobre o papel do capital humano e da investigação e desenvolvimento no crescimento dos países.

Segundo a docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, a falta de produtividade portuguesa tem sobretudo a ver com a «concentração em sectores de mão-de-obra intensiva», a par da falta de competências dos recursos humanos e da falta de capacidade de gestão e de organização das empresas. «Estar a trabalhar mais horas não significa estar a produzir mais», acrescenta, clarificando que o conceito de produtividade é «produzir o mesmo com menos custos ou produzir mais com custos semelhantes».

E neste campo Portugal não sai bem do retracto. Um dos indicadores de produtividade mais simples da OCDE consiste em dividir o Produto Interno Bruto de cada país, em paridade de poder de compra, pelo total de horas trabalhadas nessa economia.

Em Portugal, 60 minutos laborais resultam num retorno de 21 euros para a economia nacional, em termos de PIB. É praticamente metade da produtividade alemã: 37 euros de PIB por hora de trabalho. Só há três países com pior produtividade do que a portuguesa – Polónia, Hungria e República Checa –, e este desempenho tem depois reflexos a nível salarial.

Um trabalhador português recebe menos de metade do que um alemão, segundo dados sobre vencimentos também da OCDE. Só há salários mais baixos em alguns países de Leste.

Apesar de a produtividade agregada do país estar abaixo da média europeia, Aurora Teixeira destaca a capacidade que alguns sectores tiveram, nas últimas décadas, de melhorar o seu desempenho. A docente recorda o caso do calçado, cuja produtividade subiu, desde meados dos anos 80, com melhorias tecnológicas e na organização das empresas, com uma aposta mais forte no design. «Ajudou a subir a competitividade externa, ao contrário do que aconteceu com o sector têxtil».

Como melhorar

Para Aurora Teixeira, o que aconteceu no calçado devia ser replicado. As melhorias surgiram depois de ser elaborado um plano estratégico para o sector e de ser gerada uma ‘plataforma’ eficaz entre empresas, universidades e institutos públicos. «Teve um impacto assinalável na inovação e capacidade de ajustamento das empresas. O sector emagreceu em quantidade de empresas e emprego, mas aumentou em valor acrescentado».

Outro economista, Vítor Bento, tem-se destacado exactamente por defender que tem havido uma excessiva canalização dos investimentos nacionais para o sector não transaccionável, o que prejudicou a competitividade do país. E para sair da actual situação, considera ser necessária uma maior aposta no sector transaccionável. Num post recente do blogue da Sedes, defendeu que a descida da Taxa Social Única negociada com a troika «é uma boa ideia, sobretudo para quem não dispõe de moeda própria e pretende emular uma desvalorização».

João Paulo Madeira [SOL]



Publicado por DC às 00:07 | link do post | comentar

Sexta-feira, 20 de Maio de 2011

Procuradora com álcool perdoada.
Procurador liberta colega que conduzia alcoolizada.

Francisca Costa Santos, a procuradora libertada, conduzia em contramão com 3,08 g/l de álcool, e foi libertada porque o colega da magistrada considerou ilegal a detenção em flagrante pela Polícia Municipal.

[CM]



Publicado por [FV] às 10:41 | link do post | comentar | comentários (1)

 « NO somos MERCANCIA en Manos de  POLITICOS  y  BANQUEROS »

 « INDIGNATE »,  « ESTO solo ES el COMIENZO »,  « E isto foi só o começo ...»

 

Movimento espanhol internacional « Democracia Real Já »

 

     Lisboa – O movimento espanhol «Democracia Real Já» que tem tido a adesão das principais capitais europeias, chega também a Portugal.

As manifestações que decorrem há quatro dias nas principais cidades espanholas, organizadas pelo movimento «Democracia Real Já», têm crescido com convocatórias feitas através das redes sociais, expandiram-se pela Europa e já chegaram a Lisboa.
    Como em Espanha, a convocatória insiste na natureza «pacífica» das concentrações, apelando a mais controlos à banca, mais impostos sobre os mais ricos e uma reforma da lei eleitoral que garanta um sistema verdadeiramente representativo.
    No combate ao desemprego, o movimento defende uma melhor «distribuição do trabalho». Reduções de jornadas e conciliação laboral, mantendo a idade da reforma nos 65 anos para combater o desemprego juvenil.
    O movimento defende também que o Estado deve garantir o direito à habitação, expropriando casas desocupadas que devem ser postas no mercado de arrendamento, com ajudas para os desempregados e que tenham menos recursos, além disso, reclama a reforma da lei das hipotecas para que o empréstimo fique saldado com a entrega da casa ao banco, em caso de incumprimento.
    Apesar de na capital portuguesa já ter decorrido uma manifestação à porta da embaixada de Espanha, na quinta-feira à noite, estão marcadas para hoje às 20h no Rossio, em Lisboa, praça da Batalha no Porto, e praça 8 de Maio, em Coimbra, segundo uma nova convocatória que começou a circular no Facebook.
    O objectivo é conseguir que as concentrações, à semelhança do que está a ocorrer nas cidades espanholas, se mantenham nos locais até ao domingo, dia de eleições regionais e municipais em Espanha.

(c) PNN Portuguese News Network , 20.5.2011 

 

 Acampada de solidariedade com a «Democracia real Já!»

A assembleia continua a decorrer com 200 pessoas na rua a debaterem o que fazer amanha e nos proximos dias e como articular com este movimento europeu.
Ja se decidiu que amanha a concentracao sera as 19:00 no rossio e que havera uma assembleia as 22:00 tambem no rossio, onde todos e todas estao convidados a participar.
Há varias pessoas que irão pernoitar na avenida da liberdade hoje e o acampamento sera montado ainda com a assembleia a decorrer para todos tenham proteccao.
O movimento esta na rua e todos e todas estao convidados a juntar se.
Se tiveres informações sobre outros países onde este movimento esteja a avançar deixa na caixa de comentários para podermos publicar.
      -
Bruxelas. Sexta-Feira 20. Frente à embaixada espanhola. 18.30h.
Berlim. Tiergarten: Frente à embaixada espanhola. 15:30 h
Birmingham: Victoria Square - 20 de Maio. 12:00h AM
Bogotá: Frente à embaixada espanhola. Sexta-Feira 13:00
Buenos Aires. Plaza Mayo. 19 de Maio. 17:30h.
Bristol. UK. Center City. 22 Maio. 17h.
Edimburgo (UK): 19 de Maio. 15:00h e 20:00h
Florença (IT): Piazza Santa Croce.19 de Mayo. 20:00h.
Londres (UK): Frente à embaixada espanhola. 18 de Maio.
México DF: Frente à embaixada espanhola. 12h.
Padova-Italy; Prato della Valle 20/05 18h
Paris. (FR): Frente à embaixada espanhola. 19 de Maio · 20:00 – 23:00
Turim, Itália - Piazza Castello. 20 de Maio de 2011 20:00h.
Viena, (Austria): Domingo, 22 de Maio. 12:00 – 12:30
 
Lisboa (Rossio), Coimbra (Praça 8 Maio), Porto (Praça Batalha), Faro (Jard. M.Bívar), ...hoje 20 Maio, a partir das 20h ;)
« Tomemos as ruas, exijamos o que é nosso ! »


Publicado por Xa2 às 08:40 | link do post | comentar | comentários (7)

Mais uma vez, a montanha pariu um rato, ainda que louvável a iniciativa, independentemente de quem a tenha tomado e de onde tenha ela partido, isso é uma questão secundária. Lamenta-se é que sejam curtas as pernas para tamanhas passadas por isso são invisíveis quaisquer frutos.

O facto de Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP) se reunirem constitui, só por si, uma assinalável novidade que ninguém acreditava, ainda há muito pouco tempo, contudo o que daí decorreu, pelo menos por agora, foi um completo vazio.

Por isso continuamos a ver e ouvir mais do mesmo, não é garantido que tanto em separado como conjuntamente (terão que evoluir nesse sentido e disso dar mostras), tanto um como o outro, evidenciarem comportamentos e apetências capacitantes que garantam, ao eleitorado, a certeza do não desperdício de votos enquanto compromisso de uma inovadora acção governativa.

Nem o argumentário, tão pouco as práticas ou programas eleitorais desse desiderato de acção governativa dão, evidentes, mostras, por enquanto.

Enquanto assim for, tanto votantes como eleitos, não se posicionam alem do limiar da contestação, da reivindicação de direitos, muitas das vezes sem qualquer compromisso de responsabilização ou obrigação dela, fora do sempre putativo contrato social que deverá, continuadamente e em cada momento, ser estabelecido entre governantes e governados, entre o cidadão individual e colectivamente tutelados pelas obrigações do Estado, que, em conjunto, consubstanciamos num todo colectivo.

Assim e enquanto deste modo formos vivenciando as nossas reclamações e lamurias, não sendo um completo vazio, não vamos alem de podermos escolher entre os disparates e erros governativos cometidos pelos socialistas de José Sócrates, detentores de ligeiros princípios sociais e os ímpetos de uma agenda ultraliberal preconizada pelo PSD de Passos Coelho que tem atrás de si toda uma legião de oportunistas para se apropriarem de sectores de actividade, ainda detidos pelo Estado e potenciadores de fabulosos lucros num mercado desregulado e a seu jeito.

Eu, cidadão que ideológica e culturalmente de esquerda me confesso, não tenho, as mínimas, dúvidas da escolha.

Sou crítico e, crítico continuarei, seja qual for o resultado das eleições do próximo dia 5 de Junho, sem olvidar que nelas tenho a obrigação de separar o trigo do joio e o essencial do acessório. Nos tempos que correm é o mínimo que teremos de exigir a nós próprios.



Publicado por Zé Pessoa às 08:35 | link do post | comentar | comentários (8)

Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

O inevitável é inviável...

Joana Lopes chama a atenção para uma ideia que vai fazendo o seu caminho nas esquerdas e muito para lá delas: falo, é claro, da renegociação da dívida, que foi abordada ontem por Medeiros Ferreira e até por Santana Lopes. A renegociação de juros, prazos e montantes pode ser encarada como uma arma de diplomacia económica. Manejada de forma atempada pelas periferias pode persuadir o centro europeu a avançar com soluções institucionais para os problemas da Zona Euro.

De resto, é sempre aconselhável ler e ver Medeiros Ferreira e Fernando Rosas. Em debate semanal na TVI24 geram externalidades positivas no campo do conhecimento: até Santana Lopes, que também participa no programa, acaba por enriquecer o debate, pelo menos a avaliar pela sua prestação de ontem. Constança Cunha e Sá, com acusações preconceituosas de “radicalismo” e “irrealismo” a tudo o que altera este insustentável status quo, aliás facilmente desmontáveis, contribui inadvertidamente para que as coisas possam ir sendo esclarecidas. Aqui está um programa de debate a ver regularmente.   (



Publicado por Xa2 às 13:07 | link do post | comentar | comentários (6)

Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

Escolha já a sua ponte (ou buraco para ''sub-viver'')

por Andrea Peniche

     Hoje em dia usa-se muito dizer que somos um País de proprietários, isto é, que todos nós temos a nossa casinha. Na verdade, somos um País de hipotecados. Eu, por exemplo, mantenho uma relação com o senhor Ulrich, que se manterá até aos meus 72 anos.

     Acontece que há uns anos os salários não só não chegavam para pagar uma renda como praticamente não havia casas para arrendar. Mas os salários iam dando para pagar uma hipoteca ao banco. Neste País, nunca houve políticas de incentivo ao arrendamento. A escolha foi sempre a de facilitar o crédito. A banca agradecia e quando a banca está contente o País rejubila.

     Gostava de dizer que eu não escolhi ser proprietária; eu escolhi emancipar-me e isso custou-me 40 anos de hipoteca.

     Porém, tudo está a mudar. A troika, com a concordância do PS, PSD e CDS, decidiu animar o mercado de arrendamento. E decidiu fazê-lo castigando quem foi obrigado a comprar casa. Assim, no memorando da troika pode ler-se (a tradução é do Aventar, uma vez que o Governo ainda não teve oportunidade de a disponibilizar):

 

«O governo vai modificar a tributação da propriedade, com vista a equilibrar os incentivos para arrendar, face à aquisição de habitação. (4T 2011) Em especial, o Governo irá:

i) limitar a dedutibilidade nos impostos sobre os rendimentos das rendas e juros das hipotecas a partir de 1 de Janeiro de 2012, excepto para as famílias de baixos rendimentos. O pagamento do capital não será dedutível a partir da mesma data;

 ii) gradualmente, reequilibrar a tributação sobre a propriedade imobiliária para o imposto recorrente (aumentar o IMI) e dar menos importância ao imposto de transferência de propriedades (IMT), sempre tendo em conta os mais vulneráveis socialmente. A isenção temporária de IMI para habitação ocupada pelo proprietário será consideravelmente reduzida e o custo para propriedades devolutas ou não arrendadas será significativamente aumentado».

 

     A juntar a isto, hoje, perante a suspeita de que o BCE poderá aumentar as taxas de juro, a Euribor subiu pelo quarto dia consecutivo e o Banco de Portugal decidiu autorizar a violação unilateral dos contratos estabelecidos entre os clientes e a entidades credoras. Assim, se houver «razão atendível» ou «variações de mercado», a banca vai poder fazer «repercutir nos clientes os efeitos da conjuntura desfavorável, ou seja, os consumidores serão sempre chamados a pagar as oscilações de risco da banca». Os encargos negociados, nomeadamente o spread, passam a ser letra morta sempre que os bancos assim o entenderem.

     Como diz José Sócrates, para não contaminar todo o sistema financeiro, o Governo decidiu nacionalizar os prejuízos do BPN (mais de 6 mil milhões de euros); a banca, apesar dos lucros, continua a pagar menos impostos do que as empresas, sendo também responsável pela diminuição da receita fiscal em 2010; dos 78 mil milhões de euros do empréstimo a Portugal, 12 mil milhões de euros vão directamente para a dita «recapitalização da banca». 

     A nós, que pagamos todos os impostos, directos e indirectos, é-nos exigido que continuemos a ajudá-los. Haja decência.



Publicado por Xa2 às 13:07 | link do post | comentar | comentários (2)

A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) realiza nos dias 16 a 19 de Maio na cidade de Atenas, Grécia, o seu 12º Congresso.

Neste evento a confederação espera reunir mais de 1000 delegados oriundos de 36 países e representando 83 organizações sindicais europeias!

Aqui irão ser debatidos vários documentos com destaque para o Relatório e Programa a realizar até 2015.

Neste Congresso vão ser realizadas eleições do novo secretariado, do Presidente, Ignacio Fernadez Toxo e da nova Secretária Geral, Bernardette Ségol. Relembrar que a, ainda, ministra do trabalho Helena André, interrompeu o seu mandato de Vice-presidente desta organização sindical.

A CGTP e a UGT portuguesas enviaram uma delegação ao Congresso dado que são organizações filiadas na CES.

Este Congresso é realizado num dos piores momentos da curta história da União Europeia e da CES. Apesar disso não se vislumbram mudanças substanciais na estratégia sindical da CES!

É pena, as actuais circunstâncias exigiam medidas de fundo e propostas arrojadas para serem iniciadas mudanças substanciais nesta Europa em, decadência, a vários níveis.


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Publicado por Zurc às 12:51 | link do post | comentar

Da reflexão que qualquer, mais ou menos, ilustre cidadão deste nosso, actualmente, amargurado país poderá tirar-se a seguinte conclusão, com estes ou com outros identificativos, não deixará de ser o exacto mesmo conteúdo.

Para mal dos próprios e desgraça do nosso, adoentado, regime democratico, os militantes, actualmente, configurados partidariamente resumem-se a três categorias ou classificações:

  • - Militantes ausentes;
  • - Militantes imbecilizados;
  • - Militantes papistas;

Os militantes ausentes são aqueles que deixaram, completamente, de aparecer, seja ao que for, já desiludidos de tudo. São aqueles que deixaram de participar em quaisquer debates partidários. Não querem saber de quaisquer propostas ou programas do seu nem dos outros partidos. São militantes, apenas e só, de papel pela única razão estarem a engrossar as listas dos cadernos eleitorais, ainda que, em muitos casos tais registados já tenham falecido e já nem para efeitos estatísticos contam, por isso se compreende que tanto os aparelhistas como a própria comunicação social já só se preocupem com os votos validamente (?) expressos para serem apuradas as votações nas respectivas lideranças.

Está explicada a razão porque se ouve, recorrentemente dizer e se escreve que o líder X foi eleito com 98,99% ou líder Y conseguiu fazer-se eleger com a esmagadora maioria de 95,88% da votação.

Os militantes imbecilizados são aqueles que, recorrentemente, se deixam usar como “carne para canhão” como em outras épocas de guerras coloniais se dizia à boca pequena. São os que nunca desistem, na esperança de melhores dias e convictos de uma inabalável fé iurdiana e por isso são chamados e aceitam encher salas em horários nobres para televisões registarem. São os que aceitam trilhar calçadas e alcatrão com bandeiras ao ombro em arruadas que nem rebanhos de carneiros seguindo seus pastores ou ainda bater palmas em congressos e comícios, apoiando propostas que mal ouviram, menos ainda compreenderam e nem sabem quem ou como as aplicará, se tal algum dia suceder.

O militantes papistas são aqueles que, eventualmente, como todos os outros, têm família, são divorciados, uma ou varias vezes, vivem outras tantas em concubinato, união de facto ou, simplesmente vivendo exercem, em um ou vários níveis de funções do aparelho partidário e conseguem ter tempo para passar pela Assembleia da Republica, põe executivos ou assembleias municipais, por executivos ou assembleias de freguesia, ser coordenadores de federativos, concelhias ou de secções, arranjar tempo, em certos casos, ainda para fazer uma perninha num qualquer conselho de administração ou assessoria contratada a recibo verde de alguma empresa municipal.

Ainda há quem diga não haver, nos partidos políticos, gente Nobre!

São uns energúmenos e uns más-línguas, é o que é. Move-os a inveja e pronto.

Por mim tenho, todavia, a convicção de que um caldeamento feito na base de bastante menos ausências, imbecilidade quanto baste, associada a uma boa dose de critica, misturadas com muito menos, quer em numero como em grau, de militância papista, seria, simultaneamente, um bálsamo para os partidos, um rejuvenescimento para a democracia e um reforço do sistema que a sustenta.

A excessiva personificação, quiçá endeusamento das lideranças nunca perduraram por muito tempo nem foram positivas tanto para os povos como para as respectivas sociedades, tambem o não podem ser, de todo, para os partidos políticos na medida em que isso corrói a essência democrática e corrompe a sociedade no âmago da sua dinâmica de confrontação positiva das ideias. O resultado é o que se vê ainda que muitos papistas e papas o não queiram ver.



Publicado por Zé Pessoa às 08:42 | link do post | comentar | comentários (3)

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