O que é a EMEL? (-por Joao Abel de Freitas)
Uma pessoa deixa de ser ... Pessoa,
Nesta cidade de animais habitada,
Deixámos de tratar-nos por iguais
Nesta sociedade de animais,
Em que o capitalismo financeiro e usurário nos tornou
A escandalizar qualquer capitalista judeu
Que se envergonhará tal como eu
Do mísero caminho que Europa leva
Onde desaparece a classe média
Que passa a indigente
Perante um capital omnipotente
De banqueiros sem rédea
A fazer de governantes marioneta
Tendo à frente uma Merkeleta
Classe média está em risco de “implosão” (-por Graça B.Ribeiro, Público, 29.1.2012)
Num ensaio que esta semana chega às bancas, o sociólogo Elísio Estanque analisa a ascensão e declínio dos segmentos sociais que hoje estão rotulados como "os novos pobres".
Nas presentes circunstancias a Europa não está, nem poderia estar, bem consigo própria e com o mundo na medida em que se encontra acossada por uma crise existencial conflituante entre uma ideologia a raiar o ultraliberalismo e as dificuldades de defesa das garantias sociais e de princípios de solidariedade que a caracterizaram nos últimos tempos, sobretudo, a partir da revolução francesa e com constituição da comunidade económica, então CEE.
Há já quem afirme que esse sonho, levado a cabo por Robert Schuman, ministro francês e Jean Monnet, o seu primeiro presidente que, com a ajuda reflectida de um filósofo-sociólogo Helvético, criaram uma Europa de Paz, Unida e solidária, terá entrado num processo de desagregação. Se é verdade que essa Europa atravessa uma crise grave não poderá ser menos verdadeiro que é abusiva exagerada a tese de declínio para a morte. Uma Europa Criada com tais finalidades não se pode deixar morrer por mais incompetentes que possam ser os seus actuais responsáveis políticos nomeadamente o Parlamento e respectivo Presidentes, completamente desaparecidos.
A estabilidade e a paz, conseguidas através do desiderato criativo da União Europeia, obrigam a que essa construção seja aprofundada e aperfeiçoada sem se perderem de vista os princípios impressos a quando da sua fundação.
A Europa é, como sempre foi, e nunca poderá deixar de o ser, um concreto e caldeado rico mosaico cultural que deve coexistir consigo própria como com as outras mais culturas, mundialmente, existentes sempre enriquecendo-se com o próprio evoluir societário, mas sem nunca perder de vista o respeito mútuos por esse pluralismo de ideias e pensamentos. Os mimos com que nos vamos atribuindo, como é agora o caso, entre portugueses e finlandeses são bem a prova disso.
Vivemos, hoje em dia, tanto na Europa como no mundo, completamente globalizados, momentos de convulsões e incertezas existências. Um ciclo de catástrofes naturais que vão desde as enxurradas e dilúvios aos terramotos e tsunamis asiáticos e, mais recentemente, o desastres nucleares, mortes em maça no coração da Europa, tudo circunstâncias negativas, agravadas pelos rebentamento das bolhas económico-financeiras associadas à corrupção e às fugas de capitais em massa.
Umas decorrem da, natural, necessidade que o planeta em que vivemos e raramente respeitamos, também, ele tem de proceder a ajustamentos tectónicos, as outras decorrem dos egoísmos e disparates que os Homens cometem uns contra os outros.
A falta de mecanismos, minimos que fossem, de controlo dos mercados bolsistas associados aos offshore, a ausência de instrumentos de controlo das relações interbancárias, o excessivo recurso ao credito, num total descontrolo e falta de balizamento de relações entre oferta e procura, mesmo em defesa dos grupos mais vulneráveis e indefesos da população, empurraram-nos para o fundo do abismo de um mercantilismo sem qualquer ponta de ética ou sinais de princípios morais.
Os erros cometidos no âmbito da UE, nomeadamente em torno da criação do Euro, em que não foram previstos os adequados e necessários mecanismos de intervenção politica ou a determinação de critérios de actuação, quer quanto a politicas fiscais, como no âmbito orçamental, tanto em cada um dos estados membros como no seu todo, constituíram falhas graves.
Exige-se uma mais clara clarificação das responsabilidades do Estado em tudo o que seja obrigações sociais, concessões de exploração de sectores de actividade (transportes, saúde, educação...), parcerias em obras públicas e responsabilidades próprias nomeadamente ao nivel da segurança e defesa, bem como a das autarquias locais e a, concomitante, gestão de empresas que foram surgindo que nem cogumelos, para iludir tanto os orçamentos como conflitos de interesses e mesmo actos corruptivos.
Mesmo ao nivel do sector privado, tendo em conta o princípio de que qualquer actividade económica como empresa deverão ter sempre como objectivos a obtenção do lucro e o aspecto social, quer em termos directos como colateralmente, visto que a boa ou má reputação beneficia ou afecta empresários, trabalhadores, fornecedores, clientes, os cidadãos em geral, através dos efeitos fiscais, qualquer responsável que, por acção ou omissão, não acautele tais interesses deveria responder, criminalmente, perante os tribunais e ser julgado em conformidade com o dano provocado.
Certamente seriam bastante menores em número e em menor grandeza as crises que de um modo ou de outro a todos, honestos cidadãos, nos afectam.
O Financial Times revelou que a Alemanha quer fazer a Grécia abdicar da soberania orçamental, transferindo-a para um comissário europeu, em contrapartida de novo pacote de resgate.
A Grécia rejeitou liminarmente a humilhação (embora, realmente, já pouco consiga controlar).
A Comissão Europeia veio tibiamente pôr água na fervura.
Mas o governo alemão não desmentiu: à punição quer mesmo agora acrescentar a humilhação.
Sem que isso sirva para nada: sobretudo não resolve, antes agrava, a crise do euro, que as tacanhas receitas e declarações alemãs de facto têm feito arrastar e aprofundar.
Não haverá homenzinhos na Cimeira Europeia de amanhã que tenham a coragem e a capacidade de o fazer ver à Senhora Merkel?
Pode o PM Passos Coelho continuar a assobiar para o ar sobre a Grécia e sobre o que a UE tem de fazer para ajudar a Grécia e para salvar o euro? Pode internamente continuar a refugiar-se no mantra esburacado de que não somos a Grécia, quando a tragédia que se desenrola na Grécia é tragédia de toda a Europa? Quando, como avisam agora até o Wall Street Journal e os idolatrados mercados, depois de morta a Grécia, será Portugal a próxima vítima.
Cimeira Europeia: o problema alemão
Pela primeira vez desde há dois anos, que não se anuncia uma Cimeira Europeia, a de amanhã, como crucial, decisiva, definitiva, final.
E, no entanto, deveria ser. Poderá ainda ser?
Porque o Euro, a UE e a economia mundial estão à beira do precipício, avisam todos, até o FMI.
A tragédia que tem paralisado a Europa não é, de facto, grega. A economia grega pesa apenas 2% do PIB europeu, o problema já há muito podia estar resolvido e impedido de gangrenar.
A Alemanha impõe à Grécia que negoceie uma impossível "restruturação voluntária" com os seus credores privados, os mesmos que, voluntária ou involuntariamente, ganharão muito dinheiro com a bancarrota grega, compensados pelos cds que detêm.
A Alemanha continua a impôr à Grécia uma solução que entretanto deixou cair para o resto da zona Euro, na última Cimeira de Dezembro, por finalmente ter compreendido que é completamente contraproducente.
Como se não bastassem as responsabilidades da Alemanha no arrastar e agravar da crise da Grécia e do Euro, o FT expôs a ofensiva germânica de humilhar a Grécia, forçando-a a abdicar formalmente da soberania orçamental.
O potencial de ressentimento anti-germânico, na Grécia e por toda a Europa, é colossal.
Muito perturbante é a evidência de que a Europa voltou a ter um problema alemão.
Com a idade e os anos a passarem todos vamos perdendo as nossas raízes: os familiares ascendentes e os amigos.
Hoje, 29 de Janeiro, seria normalmente para mim um dia de felicidade. Porém ao contrário do que aconteceu ao longo destes últimos quase 40 anos, é um dia de tristeza e saudade.
O meu querido amigo e fundador deste blogue, João Lázaro, faria anos e as nossas famílias estariam mais uma vez juntas, para comemorar a data. A almoçar ou jantar, e no final bebermos 1/2 whisquinho... não interessa onde... desde que estivéssemos juntos em comunhão da amizade que nos unia.
Nunca tive um amigo como o João. Faz-me muita falta. Era a minha âncora. E aos poucos conforme vamos perdendo as raízes ficamos fragilizados. Porque sózinhos não somos nada.
O João, que era sportinguista, viria a morar no Lumiar pertinho do velhinho e demolido Estádio José de Alvalade, tinham a particularidade de terem nascido no mesmo dia e no mesmo ano. Ambos, se ainda existissem, fariam hoje 61 anos.
Que a minha saudade pelo amigo João Lázaro fique aqui registada para memória futura.
ACTA - um global "Acordo Comercial Antipirataria" - pode permitir que as corporações censurem a Internet. Negociado secretamente por um pequeno número de países ricos e por poderes corporativos, esse acordo configuraria um novo órgão sombrio para a regulamentação comercial internacional que daria poder para interesses privados policiarem tudo que fazemos online e iria impor enormes penalidades -- inclusive sentença à prisão -- a pessoas que eles julgarem estar afetando seus negócios.
As regras bastante rigorosas significam que pessoas em qualquer lugar do mundo são punidas por atos simples como compartilhar um artigo de jornal ou enviar um vídeo de uma festa que possua uma música sob direitos autorais.
Vendido como sendo um acordo comercial para proteger os direitos autorais, o ACTA pode também banir medicamentos genéricos que salvam vidas e ameaçar o acesso de fazendeiros locais a sementes que eles precisam. E, espantosamente, o comitê do ACTA vai ter carta-branca para mudar suas próprias regras e sanções sem controle democrático.
É revoltante -- os governos de quatro quintos da população mundial foram excluídos das negociações do dito «Acordo Comercial Antipirataria» (ACTA) e burocratas não eleitos têm trabalhado de perto com lobistas corporativos para criar novas regras e um regime de aplicação dessas regras altamente perigoso. O ACTA cobriria inicialmente os EUA, Europa e 9 outros países, e então se expandiria para o mundo. Mas se conseguirmos que a União Europeia diga NÃO agora, o tratado perderá sua força e poderá ser paralisado para sempre.
Na semana passada, 3 milhões de nós contra-atacaram a investida dos Estados Unidos sobre nossa Internet! --- mas há uma ameaça ainda maior e nosso movimento global pela liberdade online está completamente decidido a acabar com essa ameaça de uma vez por todas.
Nesse exato momento, a Europa está decidindo se ratificará ou não o ACTA -- e sem ela, o ataque global à liberdade na Internet vai desmoronar. Nós sabemos que a Europa se opôs ao ACTA anteriormente, mas alguns membros do Parlamento Europeu estão hesitando -- vamos dar o empurrão que eles precisam para rejeitar o tratado. Assine a petição -- faremos uma entrega espetacular em Bruxelas quando alcançarmos 500.000 assinaturas, assine agora e envie para todos que você conhece:
http://www.avaaz.org/po/eu_save_the_internet/?vl
O interesse das grandes corporações está pressionando muito pela aprovação do ACTA, mas o Parlamento Europeu está no meio do caminho. Vamos enviar um apelo enorme aos parlamentares para ignorarem o lobby e se posicionarem a favor da liberdade da Internet.
Na semana passada, vimos a dimensão do poder da coletividade quando milhões de nós juntaram forças para impedir que os EUA aprovassem leis de censura da Internet que atingiriam a rede em cheio. Nós também mostramos ao mundo o quão poderosas nossas vozes podem ser. Vamos levantar nossas vozes mais uma vez para combater essa nova ameaça.
Com esperança e determinação,
Dalia, Alice, Pascal, Emma, Ricken, Maria Paz e o restante da equipe da Avaaz
Mais informações:
ACTA: poloneses vão às ruas protestar contra acordo antipirataria (Terra Brasil)
http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5575829-EI12884,00-ACTA+poloneses+vao+as+ruas+protesta+contra+acordo+antipirataria.html
Se você achava que SOPA era ruim, espere até conhecer o ACTA (em inglês) (Forbes)
http://www.forbes.com/sites/erikkain/2012/01/23/if-you-thought-sopa-was-bad-just-wait-until-you-meet-acta/
ACTA vs. SOPA: Cinco razões pelas quais o ACTA é a ameaça mais assustadora para a liberdade na Internet (em inglês) (IB Times)
http://www.ibtimes.com/articles/286925/20120124/acta-sopa-reasons-scarier-threat-internet-freedom.htm?cid=2
O tratado secreto: ACTA e seu impacto no acesso a medicamentos (em inglês)
http://www.msfaccess.org/content/secret-treaty-anti-counterfeiting-trade-agreement-acta-and-its-impact-access-medicines
Já escrevi, e mantenho, que os cidadãos têm o direito de pertencer a organizações discretas, e que não devem ser obrigados a revelar a sua pertença. No entanto, demonstra uma incrível duplicidade de critérios que poucas semanas depois de uma inusitada «caça às bruxas», em que os jornalistas andaram de microfone na mão a perguntar aos deputados se eram maçons, ninguém pergunte aos membros do governo se pertencem, por exemplo, à Ordem de S. Miguel da Ala. É que esta organização tem por objectivo «a defesa da Fé Católica, Apostólica Romana, a defesa do Rei e do Património Tradicional Português». E o governo acaba de anunciar que o 5 de Outubro, data da implantação da República, deixará de ser feriado. E o ministro Mota Soares é dado num blogue como membro dessa «Ordem» (não sei se do ramo Duarte Bragança se do ramo Câmara Pereira, mas isso a mim pouco me importa).
Os monárquicos no governo da República
A Causa Real está «francamente contente» com o fim do feriado do 5 de Outubro. Entende-se. O respectivo presidente esqueceu-se apenas de agradecer publicamente aos dois monárquicos publicamente assumidos do governo: o «destacado» dirigente da Causa Real Mota Soares e o «convicto» quotizante Paulo Portas. Entre outros? Em qualquer caso, é uma ingratidão.
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Lamentamos quererem esquecer a República e alienar a Independência.
Viva a República! Viva a República implantada em 1910, a restaurada em 1974, mas principalmente a que vamos construindo todos os dias.
Por uma RES PÚBLICA secular e laica, por uma sociedade livre, justa, inclusiva, democrata e plural.
(-por Esquerda Republicana, "entre o forte e o fraco, entre o rico e o pobre, é a Liberdade que oprime e a Lei que liberta" - Lacordaire)
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