Quarta-feira, 28 de Março de 2012

... 2 - A União Europeia continua à deriva

     O tempo passa com uma rapidez incrível, pelo menos para mim, e os líderes europeus, sobretudo os da Zona Euro, continuam incapazes de encontrar soluções para a crise global que aflige todos os Estados membros, mesmo os que se julgam impunes, como a Alemanha. Ora, não são, como se tem visto. Agora, a surpresa das surpresas foi Chipre. Segundo dizem os tecnocratas que comandam a Europa, Chipre disputa com Portugal a liderança do grupo de países com mais alta probabilidade de incumprimento dos juros da dívida. Mas a famigerada agência de rating Moody's já começou a atacar Chipre, dizendo que vai seguir a Grécia...

     Por outro lado, a Irlanda, até agora tão bem comportada, quer adiar o pagamento de 3,1 mil milhões de euros para 2025. Será que o BCE vai consentir?

     Nesta semana, os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir-se, em Bruxelas, para reforçar e fundir o FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o qual - note-se - só estará activo em julho. Vão discutir migalhas, face às necessidades, como de costume, perdendo tempo e sem coragem de encarar as dificuldades, o que é imprescindível para resolver a crise, como sempre tenho vindo a escrever.

     O mundo está, com atenção, a seguir a falta de rumo que a União Europeia tem demonstrado. O aumento do descrédito da Europa tem vindo a acentuar-se, em todos os continentes. Mas a Senhora Merkel e os seus súbditos nas instituições europeias e os líderes dos Estados soberanos, irresponsavelmente, têm medo da Alemanha. É uma situação que lembra 1939, o encontro de Munique, de má memória, quando as chamadas democracias europeias, depois de terem entregado a República Espanhola ao ditador Franco, ajoelharam perante o nazi-fascismo, julgando que conseguiam a paz. Uma vergonha histórica. Valeu-nos Winston Churchill, Franklin Roosevelt, De Gaulle e, depois de ser atacado, Estaline, com todas as contradições que os Aliados tinham entre si.

     A história não se repete, é certo, mas as grandes causas estão a ser sistematicamente esquecidas e as democracias, em termos europeus, maltratadas. Mau sintoma!

 

3- Falta autocrítica ao Governo

     Portugal é um reflexo do que se passa na Europa. Por mais que se queira incriminar o anterior Governo Sócrates - e os partidos do Governo não deixam de o fazer, esquecendo-se de que não são eternos e atrás deles outros virão -, a indubitável verdade é que a crise que nos toca é, no nosso caso, essencialmente europeia, porque a União não soube, até agora, mudar o paradigma do desenvolvimento. Ao contrário do que sucede nos Estados Unidos, onde a economia real começou, lentamente, a crescer e o desemprego a diminuir.

     É sabido que, pertencendo à Família Socialista, sempre disse que tenho por Passos Coelho estima pessoal e apreço. Mas isso não me impede de criticar - como é normal em democracia - o atual Chefe do Governo pela sua política fechada e, no plano ideológico, dogmaticamente neoliberal. Política que, no meu modesto parecer, está, infelizmente, a levar o País à descrença, ao empobrecimento e ao desemprego, que tem vindo a crescer avassaladoramente.

     A austeridade pela austeridade - esquecendo as pessoas e destruindo deliberadamente o Estado social - está a dar lugar, na opinião pública portuguesa, a um enorme descontentamento e mal-estar que, a continuar, vai ter consequências muito perigosas.

    Ser um discípulo fiel da Senhora Merkel - e com orgulho disso - quando a chanceler da Alemanha está, com as suas políticas, a arrastar os Estados europeus - e sobretudo a opinião pública europeia - para uma profunda desconfiança, relativamente à Alemanha, não é uma boa credencial para um primeiro-ministro de Portugal. Duas guerras mundiais, no século passado, ambas desencadeadas pela Alemanha, apesar dos anos pacíficos e de bem-estar que a Europa viveu, desde o pós-guerra, incluindo a unificação da Alemanha, graças à Comunidade Europeia, não é coisa que se esqueça facilmente. Por isso, seria bom, em termos europeus, para Portugal, que o primeiro-ministro começasse a tomar as suas distâncias relativamente à chanceler alemã, vinda e formada, não o esqueçamos, na Europa de Leste.

     É urgente que o Governo português não esqueça os portugueses, sobretudo os mais pobres e os que ainda não são, mas estão a caminho de o ser. Os desempregados e os precários. Não esqueça os benefícios que todos os dias estão a perder, com o crescente desemprego, as falências em cadeia das empresas pequenas, médias, até algumas grandes e os famigerados cortes.

    O Senhor primeiro-ministro, no seu Congresso, falou da "revolução pacífica", que tem vindo a realizar. Com a devida vénia, enganou-se. Trata-se de uma contrarrevolução, como qualquer politicólogo ou sociólogo lhe explicará. Porque o povo não tenha dúvidas, não participa nela nem lhe agrada nada essa "revolução" anunciada. Está profundamente contra, como não podia deixar de ser.

     As reformas até agora feitas - os cortes, que atingem principalmente os mais desfavorecidos, as privatizações que o Governo fez já ou pensa fazer, vendendo a qualquer preço o nosso principal património, as nomeações ou a ausência delas, que paralisam os ministérios - não são, realmente, reformas: são contrarreformas, porque o nosso povo não as aprova nem tolera e, pior, está a ficar indignado. Tanto mais que o Governo, no seu conjunto, não tem funcionado bem, como se tem visto.

    Não queira, Senhor primeiro-ministro, com a sua inegável simpatia e coragem (reconheço), passar à história com uma tal responsabilidade. Estamos a caminhar sem critério, com a austeridade - em que só ganham os mercados especulativos - a aumentar a recessão e o desemprego. Para onde caminhamos, já não digo nos próximos anos, mas sim nos meses que ainda faltam a 2012?  Para mais com a criminalidade a subir e a surgirem atos, aqui e acolá, de violência...

    Pacheco Pereira, insuspeito de ser socialista, num lúcido artigo publicado no sábado, no Público, intitulado: "Está o Estado a tornar-se mais fraco ou mais forte?", escreveu, examinando o processo em causa: "Há o risco real de sairmos com um Estado mais forte, mais poderoso, mais interventivo e mais autoritário." Porque, "para as Finanças não há cidadãos, mas potenciais fugitivos aos impostos". É verdade!

...

(-por Mario Soares , A China não escapa à crise, DN.)

 

        Privatizações de «tucanos» argentinos !! A desgraça da Argentina, ou o que nos espera !!!

     A par da campanha negra e, com a grande ajuda da grande recessão económica, iniciada em 2008 que levou à crise dos U.S.A. e da Europa, atiraram-se à conquista do poder, como "gato a bofe"...  aí estão os "tubarões" famintos, ... até nos deixarem de "tanga".

     Para já, circulam notícias de que a electicidade (que está baratinha, não está?...) vai passar a ter aumentos trimestrais ("até10%"!!). Imagine-se!...
     Este vídeo daquilo que exactamente se passou com as privatizações (na Argentina) relata, sem lugar a qualquer dúvida, a desgraça que vai cair sobre nós, portugueses. Preparemo-nos para ver, além das já conhecidas, para ver a esse respeito as receitas que Passos Coelho e o seu governo retrógado e capitalista selvagem, nos pretende impôr.
    Os pormenores são de tal modo semelhantes, que nos deixam estarrecidos.  E nós portugueses, vamos asssitir impávidos e serenos à delapidação do património em que o Estado ainda tem algum poder, em proveito de uns quantos privados ?
    Meditemos ... !  e
vejam : http://www.youtube.com/watch?v=mHKWoE8qyu0&feature=email  
«el Brasil de los tucanos» (sobre as privatizações na Argentina ultra-neoliberal de Menem e o saque geral das empresas/bens públicos e dos trabalhadores ...)  é impressionante quanta safadeza das elites económicas, políticas e dos mídia !

        (-recebido por e-mail)



Publicado por Xa2 às 13:37 | link do post | comentar

Ataque à privacidade e liberdade de comunicação:

No 1º link apresenta notícias muito recentes sobre o assunto mencionado na epígrafe, designadamente a aprovação pelo Parlamento sueco, esta semana, de uma nova lei de retenção de dados por fornecedores de serviços de Internet e empresas de telecomunicações, por 6 meses !  Leiam o texto e vejam o que aconteceu também na Alemanha, República  Checa e Roménia relativamente à mesma matéria, quando está em causa uma Directiva da UE sobre a retenção de dados.

No 2º link abre um vídeo, de 1:59min, sobre o esquema de retenção de dados, na Alemanha. Está previsto aplicar a nível europeu. Dá para reflectir. Sem mais comentários.
 
http://www.dw.de/dw/article/0,,15826462,00.html  
http://www.youtube.com/watch?v=uEvnJ7mRqFk

 

Mas, lembra-te: 

Com esta proposta de lei da UE, todos Nós, cidadãos de países ditos Democráticos e assinantes da Carta dos Direitos Humanos da ONU, seremos tratados "à priori" como TERRORISTAS,... e, portanto, sem Liberdade de Comunicar, sem Privacidade, ... sim, TU serás tratado como um perigoso possível Terrorista e o Estado/polícias/... podem vigiar, gravar, alterar os teus documentos, palavras, imagens, ... com quem, quando, onde, o quê, ... no/do teu computador, telefone, PDA, vídeo-câmera, B.Identidade, ...

-É isso que queremos ?... Quem cala consente.



Publicado por Xa2 às 07:52 | link do post | comentar | comentários (1)

Terça-feira, 27 de Março de 2012

      Auditorias há muitas

Se a sabedoria popular voltar a acertar nas suas sentenças, o processo de auditoria às parcerias público-privadas (PPP) já dificilmente se endireita, para prejuízo dos nossos depauperados cofres públicos. Não deixem de ler o resto do artigo de Elisabete Miranda, Interesses e preconceitos na revisão das PPP. Tudo muito consistente: se as próprias PPP nasceram tortas...    

 

     Pequena SugestãoDepois do excelente trabalho parlamentar feito na primeira comissão de inquérito onde se escrutinaram os negócios sujos do BPN, valia a pena olhar para quem foi, de facto, "salvo" com a nacionalização deste banco, agora que se abre uma nova comissão. Aquando da nacionalização, o argumento invocado foi o do risco sistémico provocado pela eventual falência do Banco. Eu gostava de saber quem seriam os credores a incorrer em perdas, que tipo de activos detinham sobre o banco e em que condições. Para onde foi afinal o dinheiro público injectado no banco? Desconfio que o encontraremos junto daqueles que hoje se queixam do excessivo endividamento do Estado em 2008/09.    



Publicado por Xa2 às 13:37 | link do post | comentar | comentários (5)

O senhor Presidente da Câmara de Lisboa teima em esperar pelo civismo (que não chega), conforme afirma publicamente em reuniões descentralizadas da Câmara, a preferir mandar actuar a policia municipal de modo a detectar (no próprio lixo ou em flagrante delito) quem são os prevaricadores impondo-lhe as adequadas coimas, previstas legalmente. Assim, continuaremos a ver a nossa querida capital conspurcada e entulhada.

 

Enquanto o senhor presidente continuar à espera do tal civismo que não aprece Lisboa e os civilizados lisboetas hão-de continuar a ser vitimas dos desplantes aqui, nas imagens ilustrados. Como diz o povo “uma imagem vale mais que mil palavras” mas, por si só nada resolve.

Embora se saiba que a Ameixoeira se tornou quase uma aldeia, de tão mal tratada, mas também não se esperava tanto desrespeito e abandono!



Publicado por Zurc às 11:28 | link do post | comentar | comentários (5)

Código do Trabalho: talvez a troika até aplauda, mas vêm aí coisas que já nada têm a ver com o que o governo PS negociou.

( http://feedproxy.google.com/~r/blogspot/LrlYh/~3/0bn5trGYsJ8/codigo-do-trabalho-talvez-troika-ate.html )( http://bancocorrido.blogspot.pt/ 26.3.2012, P.Pedroso)

 

''...'' [Estas normas podem ser revistas, para cima ou para baixo, por acordo colectivo] (ponto 4.6 do Memorandum of EFPTMU, assinado a 17 Maio de 2011 entre o FMI e o Governo PS)

 

''São nulas as disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho celebradas antes da entrada em vigor da presente lei que prevejam montantes superiores aos resultantes do Código do Trabalho. (nº2 do art.º7º da Proposta de Lei nº 46/XII que procede à terceira revisão do Código de Trabalho, apresentada pelo Governo PSD/CDS na Assembleia da República a 9.02.2012).''

 ...

 

Esta é uma grave deriva ultra-neoliberal, inadmissível para os trabalhadores por conta de outrem, ... mas também é verdade que as várias alterações ao Código de Trabalho (sempre a piorar) já vêm de trás, do governo PS-Sócrates e antes dele do PSD-Bagão e antes... e sempre com a conivência (activa ou passiva) da UGT (a central sindical do PSD+PS)).



Publicado por Xa2 às 07:56 | link do post | comentar

Segunda-feira, 26 de Março de 2012

Ainda falta muito tempo, é certo. Contudo, é tempo de se iniciar o debate. O futuro é já amanhã e o tempo corre depressa, demasiado depressa.

O respeito por públicas virtudes que, raramente têm sido observadas, deveria fazer reflectir, muito especialmente, os militantes dos partidos e, também, cidadãos em geral, perante a necessidade de, ao nivel autarquico, serem dados exemplos factuais de bom governo, dos escassos recursos provenientes dos impostos dos contribuíres, de todos nós que os pagamos.

Por esse desiderato, todos sem excepção, nos deveríamos comprometer mas, muito especialmente, deveria ser compromisso das organizações de esquerda e, concretamente em Lisboa, deveria desembocar num projecto de unidade. Uma unidade respeitadora de diferenças, congregadora de vontades e saberes, convergindo num acordo para a constituição de uma “frente eleitoral comum” para o bom governo da cidade, cujo lema poderia ser: “Pela Esquerda é que Vamos: Uma Lisboa de Pessoas”. Em tais termos talvez, eu próprio, ainda pensasse em fazer parte de alguma credível coligação, envolvendo gente de boas vontades.

Aqui, no LUMINÁRIA, sempre se promoveu o debate de ideias, se deu espaço à confrontação, positiva, de pontos de vista e abrigo à divulgação das diferentes opiniões.

O LUMINÁRIA sempre foi espaço de encontros e desencontros, escritos e comentados, pois vamos a isso e, se o novo ano nos aumenta, desmesuradamente, as taxas moderadoras dos serviços de saúde e nos retira a totalidade dos benefícios fiscais que não nos roube a capacidade do debate. Dê-se pois continuidade à litigância das ideias que das outras não é aqui o seu fórum próprio e, a avaliar pelo que por aí vai, desconhece-se onde seja.



Publicado por Zé Pessoa às 14:51 | link do post | comentar | comentários (2)


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Publicado por Izanagi às 02:33 | link do post | comentar

Quinta-feira, 22 de Março de 2012

             E  boas  notícias    (-por J.Vasco, 21.3.2012)

Como acompanho regularmente o Fado Positivo, já desde 2009 vou sabendo das notícias positivas quase silenciadas a respeito da nossa balança comercial.
Uma evolução gradual ao longo dos anos, com altos e baixos, que está prestes a atingir um ponto simbólico: a nossa balança comercial está quase equilibrada.
Como se conseguiu? Entre outras coisas, foi a aposta na inovação e na educação, no Turismo de qualidade, na produção de energia, etc...
Agora parece que se pretende apostar na diminuição dos salários e dos direitos laborais - uma escolha com falta de visão.

A aposta que falta fazer é a de criar um sistema de Justiça que funcione: é isso que vai promover o investimento, sem sacrificar o crescimento económico e o desenvolvimento do país.

 

          Más  notícias

«Receita do Estado caiu 4,3% nos dois primeiros meses deste ano»
«Défice do Estado quase triplica até Fevereiro»
«[BCE] não exclui a possibilidade de uma contracção de 5%, tal como consta do boletim mensal»
E haveremos de sair desta crise? Claro que sim, a mal ou a bem, mais tarde ou mais cedo, todas as crises chegam ao fim.

Mas a ganância, a sede de poder de quem chegou ao Governo foi responsável por um enorme agravamento desta crise, e o país vai pagar muito caro ter dado ouvidos às suas mentiras.

 

                   Revista de blogues (21/3/2012) 

         «(...) Arriscamo-nos a perder a geração que mais esforço e dinheiro nos custou a formar, e na qual depositámos esperanças na modernização do país. Se isso acontecer, os efeitos da austeridade de 2012 ainda estarão convosco em 2022. O país estará divido entre aqueles que mais dependem da segurança social e do sistema nacional de saúde e uma população ativa de onde os mais formados saíram do país. Junte-se a esse panorama as remessas da emigração e o “Conta-me como foi” passa a ser uma série sobre o futuro de Portugal.
      Há maneira de inverter essa tendência. A União Europeia precisa de competir com o enorme investimento que os países emergentes fazem em Investigação & Desenvolvimento. Só o que a China gasta nessa área é superior a todo o orçamento da UE. O Brasil abre novas Universidades Federais todos os anos. Porque não fazem os europeus o mesmo, fundando estrategicamente Universidades da União nos países mais afetados pela crise para impedir a fuga de cérebros e preparar os sillicon valleys do futuro? (Defendo essa ideia, chamando-lhe “o programa Erasmus levado à maturidade” num artigo da revista Europa: Novas Fronteiras dedicado à sociedade do conhecimento).

         (...)

       Exemplos como o da emigração dos jovens qualificados permitem-nos entender como a austeridade, no contexto errado, pode ser pior do que um disparate: é um desperdício.» (Rui Tavares)

 

                    Revista de blogues (20/3/2012)

        «(...) É verdade que o valor nominal dos impostos será menor se o Estado investir menos em educação, sendo o resto constante. Mas é falso que isto represente uma redução no esforço económico médio das pessoas que contribuem os impostos. Isto porque custa muito menos pagar dois mil quando se ganha seis mil do que pagar duzentos quando se ganha seiscentos. Os impostos são a melhor forma de reduzir o sacrifício médio de pagar algo que a maioria deseja, pela forma como distribuem o esforço. (...)

      Haverá sempre quem tenha dinheiro para pagar cursos da treta, e haverá sempre empreendedores a lucrar oferecendo-os. Quanto mais o Estado se ausenta do ensino, mais o critério principal de concorrência passa a ser o lucro, que depende mais da capacidade de cobrar dinheiro aos clientes do que de de dar uma boa formação aos alunos. (...)

        Felizmente, o curso não é o mais importante, porque o fundamental no ensino superior é que os alunos aprendam a aprender. Tanto faz que estudem física nuclear, biologia molecular ou história da arte, o que importa é que desenvolvam a capacidade de lidar com informação nova, de a examinar de forma crítica e de testar as opiniões que vão formando. Não é realista planear antecipadamente uma carreira de quarenta anos. Mas saber ler, escrever, aprender e pensar é sempre uma vantagem, e a proficiência nisto exige muito mais formação do que a maioria julga.



Publicado por Xa2 às 13:49 | link do post | comentar | comentários (2)

Quarta-feira, 21 de Março de 2012
José Gomes Ferreira:
Henrique Gomes "perdeu o braço de ferro com uma grande empresa"
 


Publicado por [FV] às 08:46 | link do post | comentar | comentários (1)

Terça-feira, 20 de Março de 2012

      Tomar a Bastilha

 

Discours de Jean-Luc Mélenchon à Bastille le 18... por PlaceauPeuple
    Teresa de Sousa pode tentar intoxicar os leitores do Público, comparando a plataforma de esquerda de Jean-Luc Mélenchon com a extrema-direita, o velho truque da propagandista oficial da terceira via e do europeísmo feliz no país, duas linhas convergentes e tão desgraçadas quanto esgotadas.

    A verdade é que quem se der ao trabalho de ler o programa do candidato apoiado pela frente de esquerda, prática sempre recomendável antes de se escrever, concluirá que este se filia na tradição da esquerda humanista e socialista que não desistiu, que não se rendeu ao euro-liberalismo, que não deixou de pensar autonomamente.

    A sua subida nas sondagens e a mobilização popular gerada, bem patente no extraordinário comício de ontem na Bastilha, estão a mudar os termos do debate francês e podem ajudar a mudar os termos do debate europeu. Aliás, veremos que os desafios europeus e democráticos a um euro e a uma globalização disfuncionaisvirão da fusão entre mobilização social e hegemonia nacional.

 
 


Publicado por Xa2 às 13:43 | link do post | comentar

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