Sexta-feira, 31 de Maio de 2013

 

A Aula Magna e a esperança estiveram a abarrotar, a deitar por fora, a rebentar pelas costuras.

A Aula Magna esteve, absolutamente, cheia de pessoas, também elas cheias de raiva contra um governo que se não cansa de ser aquele bom aluno, totó, a empinar e sem qualquer interrogação ou questionamento ir mais além de tudo o que os professores, enviados por Berlim e Bruxelas, mandam que seja feito.

Pessoas cheias de raiva contra os usurários e esbulhadores do património nacional, esponjas do nosso suor e sangue, mandantes da troika estrangeira e da troika nacional (governo e PR).

Pessoas cheias de raiva contra um presidente da República que, de sua fraca legitimidade, teima em legitimar um governo sem nenhuma legitimidade democrática e política, porquanto já deixou de ser reconhecido pela maior parte de quem o elegeu dado o logro em que se vê ter caído e perante as circunstâncias de, por ele, ser vergonhosamente espoliado de bens e de esperanças no futuro.

Contudo, a esperança ressurgiu e renova-se com a luta contra as troikas e pela libertação de Portugal de tão exagerada e doentia austeridade.

É certo que se constatou na conferencia a existência de um “concerto” a varias vozes e “cantado” por figuras de segundo plano partidário. Os representantes partidários “cantaram”, cada um, as suas próprias letras.

Apesar disso, ficou mais claro que das diferenças e sem as anular se podem construir, a breve prazo, convergências suficientes para inovar a política governativa.

São de realçar, nomeadamente:

 - O vigor da intervenção de Mário Soares. Uma intervenção lucida e desafiadora;

 - A verdadeira Aula Magna que foi a intervenção do Magnifico Reitor da universidade, enquanto anfitrião da conferência, com uma visão de retrospetiva histórica de Portugal que urge projetar no futuro fazendo uso das potencialidades próprias e das capacidades internas existentes.

Seja qual for a evolução política e o compromisso comum das diferentes forças e sensibilidades políticas de esquerda num futuro, desejavelmente mais próximo e menos longínqua, numa convergência governativa, o tempo foi muito bem empregue e culturalmente enriquecedor.



Publicado por Zé Pessoa às 21:50 | link do post | comentar | comentários (1)

        Não pagar o que não se deve    (-por T.M. Saraiva)

    (da Gui )

     Na semana passada foi tornado público um estudo da Eurosondagem em que se revela que apenas 10% dos inquiridos concordam com a aplicação do programa da troika. Mas este não é o único dado surpreendente. Entre renegociar e rasgar o Memorando, as opiniões dividem-se, com uma curta vantagem para a segunda opção.    Numa versão simplista de quem papagueia a governação, estamos perante um país de aldrabões que não gostam de pagar as contas. Contudo, parece-me irreversível que a rejeição da troika, e de qualquer governo que a represente, tenderá a aumentar cada vez que se conheça melhor o teor da dívida pública ou dos juros a que o país está sujeito. Em boa verdade, a única opção séria e racional que consigo colocar é a diferenciação entre dívida legítima e ilegítima, a rejeição liminar de juros especulativos e o início da responsabilização financeira das instituições e governantes que lucraram com a progressiva destruição da economia e do tecido produtivo.
     Sempre rejeitei a tese desresponsabilizadora de que o governo e a troika andarão alheados da realidade.   Mais: a história recente das últimas décadas devia-nos fazer ver de uma forma mais clara que os tempos que vivemos em Portugal são tempos extraordinários para a acumulação de capital, a par da destruição de direitos, liberdades e garantias conquistados ao longo de décadas – e um obstáculo a esses processos de acumulação.
     O Conselho de Estado foi mais um decrépito número, personificado pelos homens do poder das últimas décadas, que expressa a imagem de uma democracia que se vai esgotando, pela mão de uma maioria, um governo e um Presidente que bailam sobre o cadáver do seu povo e aldrabam até o mais miserável relato de uma reunião.    (- i a 25 de Maio )

 

         Povos unidos contra a troika!    (sábado) 

- Temos de dizer  NÃO .(Não à destruição de povos, de direitos sociais, de economias; Não às burlas e troikas antidemocráticas) - Susan George, escritora e activista.

- Não nos lixarão. (Combatamos as bestas promotaras da pobreza, exclusão, desemprego, ... ) - Pilar del Rio.

- Unidos para Vencer a Austeridade e para demitir o (des)Governo. - Congresso Democrático das Alternativas.

- A Vida está acima da Dívida. A crise é uma burla dos bancos. - Boaventura Sousa Santos

- Juntos seremos Alguém ! (... se continuamos a ser tão pouco corajosos, qualquer dia estamos reduzidos à condição de homenzinhos e mulherzinhas... servos e pedintes, sem Voz nem direitos ...) - Assoc. José Afonso.

- Começar de novo. (Unir partidos de esquerda e "internacional" para derrotar os ataques da alta finança neoliberal e selvagem) -Ken Loach, realizador.

- Chegou o tempo de as Vítimas se Erguerem.



Publicado por Xa2 às 19:46 | link do post | comentar

 

«Não há outra volta a dar….»-diz Arménio Carlos, Secretário -Geral da CGTP a propósito da
necessidade de unidade sindical para enfrentar as medidas de destruição do Estado Social adotadas por este governo que nos desgoverna! Fala-se em confluência umas vezes, outras vezes em convergência e por vezes em unidade! Questão de palavras? Bizantinices? Claro que não! Não podemos, todavia, sobrevalorizar o acidental e subavaliar o essencial! Não podemos deitar a perder mais uma oportunidade histórica de aproximar as estruturas sindicais e os trabalhadores mais militantes! Sim, porque os restantes trabalhadores há muito que sentem a necessidade da unidade para defender direitos que estão a perder, enquanto as organizações de classe vivem de costas umas para as outras.

Não perder esta oportunidade com atos voluntaristas ou pouco sábios como há pouco se viu ali para os lados da Frente Comum a propósito da necessidade de se lutar em conjunto com os sindicatos da UGT. Naturalmente se queremos fazer uma greve em conjunto, que seja uma forte experiencia de luta em unidade, mobilizadora dos trabalhadores, não podemos iniciar o processo com declarações confusas, dizendo que cada um se amanhe como entender e declare a greve cada um por si, etc. etc…..Isto enquanto a nível de confederações a CGTP e UGT faziam esforços de entendimento, embora conjuntural!
 
Esta falta de sabedoria dos dirigentes sindicais desmobiliza e começa por envenenar o processo. Entende-se que a unidade a fazer não apague as diferenças! Se um sindicato coloca como objetivo da luta a demissão do governo e o outro não, é natural que se encontrem, procedimentos para garantir e expressar a diferença destes objetivos. Mas esta questão não é essencial (embora para alguns seja)!Essencial é garantir uma grande adesão dos trabalhadores para se mostrar ao governo que deve arrepiar caminho! A derrota do governo será fruto de um conjunto de fatores políticos, e económicos e sociais. Expressar a demissão do governo como uma palavra de ordem fundamental de um sindicato pode até impedir a adesão de certas camadas de trabalhadores daquele setor!

Não há outra volta a dar….pese o torcer de nariz de alguns setores partidários! A unidade, sem birras pela liderança, é o caminho incontornável. Será que Arménio Carlos e Carlos Silva já entenderam isto? Creio que sim!
 
O mesmo acontece em termos políticos. As esquerdas podem caminhar cada uma pelo seu caminho…todavia, se querem ser poder alternativo devem sentar-se para debater a sério como vão fazer. Não basta fazer grandes comícios onde cada um diz qual a sua posição! Todos sabemos qual é a posição de cada um! A questão é construir uma posição comum para varrer esta direita.


Publicado por DC às 14:51 | link do post | comentar

Entrevista com o Secretário de Estado Henrique Gomes

«demitido» logo no início do mandato do atual Governo,

quando afrontou a EDP tentado baixar as rendas em vigor

e que considerava excessivas e perniciosas para o País.

 

(o video é longo, mas é demasiado importante para não ser visto até ao fim.)

 

Houve até quem abrisse garrafas de champanhe quando este Secretário de Estado foi afastado...

 

AGORA JÁ SE PERCEBE PORQUE A EDP CONTRATOU VÁRIOS EX MINISTROS
E LHES PAGA MILHÕES AO ANO?
AGORA JÁ SE ENTENDE PORQUE TANTO LUTAM ESTES POLÍTICOS 
PARA ESTAREM NO CENTRO DESTE PODER!

O Secretário de Estado da Energia demitido, acha que as rendas da EDP são ilegítimas, e ilegais.
A Troika mandou cortar as rendas. Mas também (já) desistiu.
O cenário já vinha do anterior governo.
Todos sabem que as rendas são abusivas e ilegais. Mas ninguém faz nada. Inclusive os «palhaços» - nós!
Para o entrevistado o Ministro Álvaro Santos Pereira, é um homem sério e competente, e não foi o ministério da economia, que cedeu ao loby da EDP.
Isto é um escandalo. Os portugueses têm que perceber que isto é o cúmulo, o próprio governo trava quem tenta defender o interesse nacional.
Temos que aprender a ser justos, a perceber quem são os que nos destroem e os que nos defendem, para que possamos mudar o país, pois um dia vamos ter que escolher alguém diferente - que nos defenda.
O PS foi quem criou as rendas excessivas da EDP. O PSD quem as mantém.
 
Nota: O título deste post também poderia ser : Palhaço? Quem? Eu?

 



Publicado por [FV] às 09:21 | link do post | comentar

 

  Manifestação de 1 de Junho  junta 102 cidades em 12 países   (-por F.D. Mendes, 29/05/2013)

 .

... Sob o lema “Povos Unidos contra a Troika”, os movimentos cívicos pela Europa convocam os cidadãos europeus a protestar, a uma só voz, “contra a receita da austeridade e a favor de que sejam os povos a decidirem as suas vidas”, pode ler-se no comunicado enviado ao PÚBLICO.

    Contra a “desordem económica e o colapso social”, Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, França, Áustria, Holanda, Suíça e Croácia juntam-se num protesto que pretende alertar para “o retrocesso civilizacional imposto pela troika.”

   Em Portugal, 18 cidades já confirmaram que se irão juntar à manifestação. Em Lisboa, que deverá ser o centro dos protestos, o percurso começa em Entrecampos, passa pela delegação do FMI, na Avenida da República, e termina na Alameda.

   Várias personalidades internacionais já demonstraram publicamente o seu apoio à manifestação, entre elas o activista e filósofo Noam Chomsky, o realizador inglês Ken Loach, a escritora Susan George e a jornalista Pilar del Río.

Pilar del Río, viúva de Saramago, numa mensagem pública de apoio ao protesto, sublinha que “parecem acreditar os membros da troika que há pessoas que nascem com vocação para sofredoras e por isso cortam e recortam direitos legalmente adquiridos como se de relva se tratasse”. A jornalista vinca ainda que os membros da troika “não têm carta branca dos cidadãos, ainda que os governos se tenham entregado.”

    Nuno Ramos de Almeida, do movimento Que Se Lixe a Troika!, disse ao PÚBLICO que espera que esta manifestação possa marcar o “início de uma nova etapa” e que, para isso, é preciso que “muita gente vá para a rua.”

    Para o activista, que é também um dos fundadores do Que se Lixe a Troika!, o protesto de 1 de Junho é uma oportunidade para que os povos da Europa se juntem e se manifestem contra as actuais políticas, com “resultados desastrosos para a economia e para as pessoas.”

Ramos de Almeida vê a participação da Alemanha, Áustria e Suíça como um sinal de que, mesmo que os países do Sul tenham sido “os primeiros a levar uma machadada”, há a percepção de que as actuais políticas, que representam “a destruição do modelo social europeu ”, acabarão por chegar aos países do centro, vincou.   Em comunicado, os membros do movimento Que se Lixe a Troika! apelam “a todos os cidadãos e cidadãs, com e sem partido, com e sem emprego, com e sem esperança” para que se juntem ao protesto. 



Publicado por Xa2 às 07:45 | link do post | comentar | comentários (1)

                 Ora vamos lá empreender !    (por António Paço)

Ainda no rescaldo do caso Martim-empreendedor-e-defensor-do-salário-mínimo vs. Raquel Varela-o-salário-mínimo-de-485euros-é-um-escândalo, eis mais algumas conclusões sobre empreendedorismo.    Imagine você que tinha uma ideia de empreendedor. Por exemplo: tendo em conta a actual desconfiança nos banqueiros e no Estado, com muita gente (sobretudo depois do exemplo do Chipre) a suspeitar de que os limites para lhe irem ao bolso podem sempre ser ultrapassados, decidia criar uma empresa. Chamemos-lhe Colchão.com. O seu objectivo seria apenas garantir que os depósitos que as pessoas fizessem na sua empresa seriam integralmente devolvidos quando as pessoas quisessem. Comprometia-se a não usar o dinheiro que lhe tivesse sido confiado em nenhuma operação especulativa, a não o fazer navegar para as ilhas Caimão nem a mandá-lo por estrada para o Luxemburgo, nada! Só dinheiro na mão quando os depositantes quisessem. Escolhia um conselho de administração (podia até chamar-lhe board of directors, para o charme) de gente incorruptível e lançava-se no negócio.

Parece uma ideia simples, útil e relativamente fácil. Podíamos até considerar ter descoberto um ‘nicho de mercado’, não?   Não.

     Não é tudo tão simplex. Eis os gastos com que, segundo o negócios.com terá de contar se quiser iniciar uma empresa:

«Se fizermos as contas, e para manter o mínimo de actividade, gastamos pelo menos o valor a pagar a um contabilista, impostos mínimos obrigatórios, deslocações, chamadas telefónicas e impressões de documentos, ou seja, cerca de 5000€ por ano.

     (…) Se é uma empresa que vende produtos, terá de facturar 33.333€ no primeiro ano apenas para equilibrar os custos mínimos de manutenção da actividade (considerou-se uma margem média de 15% para produtos). Como vê não é assim tão pouco. Necessita dessa facturação apenas para cobrir os custos mínimos, sem considerar um ordenado para si, ou mesmo um pequeno escritório.

     (…) Se pretende receber um ordenado por mais pequeno que seja, como por exemplo cerca de 1100€ líquidos mês, já está a sobrecarregar a empresa em mais 23.000€ ano, ou seja que para o caso da prestação de serviços e para uma margem de 100% estaríamos a falar de 28.000€ ano de facturação. No caso dos produtos voltamos a dificultar a operação uma vez que as vendas teriam de subir de 33.333€ para 186.666€, logo no primeiro ano.»

      E as reacções da concorrência (neste caso, banca estabelecida e Estado)? É mais que certo que seria denunciado pelos primeiros e punido pelo segundo se não fosse admitido no círculo restrito dos primeiros. Eis o que diz o DL n.º 298/92, de 31 de Dezembro (sendo a sua mais recente actualização o DL n.º 63-A/2013, de 10/05. No artigo 8.º temos o ‘princípio de exclusividade’: «Só as instituições de crédito podem exercer a atividade de receção, do público, de depósitos ou outros fundos reembolsáveis, para utilização por conta própria», reza a alínea 1. E os incumpridores levam com o art.º 200: «Aquele que exercer actividade que consista em receber do público, por conta própria ou alheia, depósitos ou outros fundos reembolsáveis, sem que para tal exista a necessária autorização, e não se verificando nenhuma das situações previstas no n.º 3 do artigo 8.º, é punido com pena de prisão até 5 anos.»

     Ficou com algumas dúvidas? Pergunte ao Gaspar, que ele está lá para ajudar.

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A Cinderela do Empreendedorismo” – Ricardo A.Pereira interpela o jovem Martim N.  (-por R.Teix.) 

   “Eu já obtive aquela resposta uma vez mas não foi de um miúdo, foi de um Primeiro-Ministro. Foi do Primeiro-Ministro da altura que hoje é Presidente da República. ...“    (…) É possível construir pontes [entre o Martim e a Raquel] desde que os operários que a constroem não ganhem o salário mínimo. Acho eu. Era o mínimo para construir uma ponte entre essas duas pessoas.  ... Tem a verdade na boca da criança, o menino que faz ver à doutora, o bom senso prático a superiorizar-se à teoria académica e tal, tudo o que agrada ali. É uma espécie de Cinderela do empreendedorismo. ...  É como dizer: ‘pá, é como comer uma carcaça de anteontem do que não comer nada’. Agora desde que no final a gente concorde que ter uma alimentação à base de carcaças de anteontem continua a ser miserável, tudo bem. (…)”

 ...  “(…) O que está em causa, parece-me, é o seguinte. O Martim explicou o seu negócio todo, com excepção de um pequeno pormenor que eu acho fundamental. Ele disse: ‘Eu tive a ideia. Comecei a desenhar as roupas. Fui à fábrica. Convencia as miúdas mais giras da minha escola a deixarem-se fotografar com as minhas roupas e pus no facebook.’ Tudo isto está certíssimo, é uma boa ideia de negócio. Há só um pormenor que falta. No empreendedorismo é fundamental, em qualquer negócio que a gente faz, é preciso um investimento inicial. Ele disse ‘as minhas roupas hoje em dia são uma moda na linha de Cascais’.

 Eu acredito que um rapaz que não more na linha de Cascais, basta um quilómetro para o lado, provavelmente não se chama Martim chama-se Zé Manel, que tem a mesma ideia para uma linha muito gira de roupa barata, vai ao banco e tem quinze anos, e diz ‘preciso só um bocadinho de dinheiro para o investimento inicial para esta minha ideia que é espectacular’. E o banco diz: ‘vai-te embora pá’. E ele chega a casa e pede aos pais, que é é o que faz um miúdo de 15 anos quando quer começar um negócio. O que é que se passa. Os pais do Fábio, ou do Zé Manel, ao contrário dos do Martim, não têm dinheiro para lhe poder emprestar para ele começar o negócio. Porquê? Porque trabalham em fábricas de roupa barata e ganham o salário mínimo, (que só dá para SUBviver, muito mal) estás a perceber? O problema é que esta conversa do empreendedorismo é uma actualização daquela conversa do ‘não têm pão comam brioches’ (...e a rainha foi guilhotinada!!), ‘não tens emprego, faz o teu emprego’. Com que dinheiro? Quando se diz, ‘empreendam porque é facílimo’, se calhar é melhor pensar que o empreendedorismo não é bem democrático. Não é acessível a toda a gente.” RAP.



Publicado por Xa2 às 07:43 | link do post | comentar | comentários (1)

Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

O advogado de defesa de Duarte Lima, após a primeira sessão de audiência de julgamento, prestou declarações à Comunicação Social afirmando que o seu cliente estaria a ser sujeito a um sacrifício de expiação ou imolação por causa dos pecados de toda a classe política deste país.

Não elencou os casos porque se tornaria demasiado exaustivo e escapariam uma grande parte desses políticos e outros comediantes corruptos agora expiados.

Dentro do processo é normal as partes assumirem posições diametralmente opostas, em que uma acusa e a outra defende como pode e consoante a capacidade económica do réu.

Concordo com tudo o que o defensor disse. No lugar dele qualquer um faria parecidas declarações, só é pena que não tenha justificado ou tão pouco tentado explicar como foram criados os buracos financeiros no BPN, BCP e por aí adiante.

Nem Duarte Lima nem o seu mandatário explicaram como é que o filho do réu chegou a empresário com uma quota tão elevada na sociedade ainda tão jovem.

Cordeiros e sacrificados somos todos nós, os contribuintes, que temos de suportar tais furtos.

Faça-se justiça e condenem-se todos os criminosos tanto à cadeia como à devolução dos bens furtados. 



Publicado por Zurc às 12:20 | link do post | comentar

            Os Paraísos Fiscais são paraísos mas é só para eles !

     Somos educados no respeito por uma determinada ética, no apego a uma certa ordem moral. Não fazer batota com o dinheiro dos outros, com as nossas vidas, não vigarizar, não enganar, não roubar.  Os valores da seriedade... E depois como aceitar que a ordem política, social e económica conviva, aceite, fomente, sirva-se da desonestidade, da vigarice, do roubo nas relações económicas, sociais e políticas?...
     Já todos concluíram que estou a falar do governo de Vitor Gaspar/ Cavaco/ Portas/ Passos Coelho. Podia ser e com toda a propriedade mas não. Estou a falar dos OFF SHORES, onde se esconde o dinheiro dos negócios da droga, do tráfico de pessoas, os negócios de armas e o dinheiro limpo dos muito respeitáveis bancos de todo o mundo para encobrir negócios inconfessáveis, para fugir ao fisco através do qual os governos, que não fossem como o nosso, poderiam proceder à redistribuição da riqueza através da segurança social, da saúde e do ensino, nomeadamente.
       Sei que não se pode responsabilizar este ou aquele governo por este repugnante estado de miséria moral em que assenta a nossa querida ordem democrática, dos direitos humanos, etc, porque só um  governo (se não for o dos EUA) ou dois ou dez não conseguirão pôr fim aos offshores porque isso seria afrontar o poder estratosférico da alta finança. Mas, mesmo sem dar cabo do capitalismo, tarefa mais empolgante mas mais complicada, até por falta de um paradigma claro e mobilizador sucedâneo, acabar com os offshores está dentro do horizonte das metas possíveis
       Quantos e quais dos políticos, nossos ou da UE ou do resto do mundo se batem por este mínimo de seriedade, de decência? Vamos exigir àqueles que estão aqui mais à mão que o façam. Vamos exigir-lhes que se batam pela sua honra. Nos governos, nos parlamentos, nas ONUs, aonde quer que estejam onde quer que vão.
[Um clique nas imagens pequenas amplia-as]   (-# posted by Raimundo Narciso,PuxaPalavra)


Publicado por Xa2 às 07:46 | link do post | comentar | comentários (2)

Quarta-feira, 29 de Maio de 2013

 O BANIF está insolvente. Mas mais uma vez se confirma que as relações entre a finança e a política são promiscuas e (pouco) claras.


 

 


Publicado por [FV] às 15:15 | link do post | comentar

 

 

 

 

Quando eu fui menino só se viam palhaços no circo, em tempos natalícios, no fim de cada ano civil.

A vida era coisa seria ainda que, como hodiernamente, houvesse muita miséria.

Agora levam-nos ao engano, com a democracia o circo é todo ano, e vemos palhaços todos os dias.

Há palhaços ricos que vivem em certos condomínios fechados, ali para o Restelo, na Freguesia de Belém. E com altos cargos também.

Por todo este país, desde o interior desertificado, onde alguém mandou arrancar vinhas e olivais. Onde outros mandaram retirar maternidades além de outros serviços estatais;

Nos bairros mais diversos das cidades, em que só alguns são sociais, vivem os palhaços pobres que suportam as mordomias, além de termos de pagar as más (boas para quem obteve chorudos lucros) acções de BPNs e luxuosas mansões algarvias, de certos palhaços ricos.

Sempre houve palhaços, uns ricos e outros pobres. Os bons palhaços, ricos ou pobres, costumavam fazer-nos rir, agora há palhaços que nos fazem chorar. deve ser por isso que se não assumem.

É a vida de uma sociedade que continua feudal, de servos e senhores.



Publicado por Zé Pessoa às 12:08 | link do post | comentar | comentários (3)

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