Terça-feira, 28 de Maio de 2013

« Este blog ainda não adoptou o acordo ortográfico. O autor prefere escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais. » - LNT  e ...
 ... as "vogais e consoantes politicamente incorrectas do acordo ortográfico"  + um Plano de Acção que garante que (a "irreversibilidade" e) o impossível não é mais do que aquilo que ainda não foi possível realizar:
1 – Suspensão imediata do AOPL nos organismos de administração pública e no sistema de ensino;
2 – Revogação automática e prioritária das disposições do AOLP que mereceram reprovação mais generalizada;
3 - Abertura de conversações com Angola e Moçambique para avaliação das discrepâncias entre a norma ortográfica do AOLP e a que vigora naqueles países;
4 – Nomeação de uma comissão multidisciplinar de peritos para uma revisão profunda do AOLP;
5 – Elaboração de um vocabulário otográfico comum, avalizado pela comissão de peritos;
6 – Aprovação de uma moratória de três anos para a entrada em vigor do AOLP, transferindo-a de 2015 para 2018, data em que voltará a ser avaliada a sua aplicação.         ...  (- por LNT )

         O que torto nasce nunca se endireita  (-por Pedro Correia )

Numa semana de Outubro de 1990, dúzia e meia de sábios iluminados reuniram-se no velho edifício da Academia das Ciências de Lisboa para mudarem a ortografia de uma língua falada por mais de 200 milhões de pessoas. Foi assim, neste ambiente de secretismo, quando não havia nenhuma demanda social para esse efeito, que nasceu o acordo ortográfico.
   ... O acordo nasceu torto desde logo por ignorar a esmagadora maioria dos pareceres técnico-científicos sobre a matéria. Foram produzidas notáveis peças de análise crítica por parte de escritores, professores, linguistas - e todas acabaram no fundo de uma gaveta, olimpicamente ignoradas. O poder político fez tábua rasa dos alertas da comunidade científica - não só portuguesa mas também brasileira - que advertiam para as suas inúmeras deficiências técnicas, para as suas incongruências conceptuais, para os seus clamorosos erros.      Temos, portanto, um acordo que quase ninguém defende, que quase ninguém respeita, que quase ninguém aplica na íntegra. O Presidente da República, que o promulgou, confessa numa entrevista que em casa continua a escrever como aprendeu na escola. O Ministro da Educação, que o faz aplicar no sistema lectivo, admite que não gosta de mudar a maneira de escrever. O secretário de Estado que o assinou em nome do Governo português continua a escrever, em blogues e jornais, na correcta grafia anterior ao convénio de 1990.
     Este acordo pretendia unificar o nosso idioma, na sua versão escrita, mas acabou por consagrar grafias diferentes. Hoje o Estado angolano, por exemplo, tem uma grafia diferente da do Estado português. E este, por sua vez, acolheu como boas mais de 200 novas palavras que passam a ser escritas de forma diferente entre Portugal e o Brasil. Palavras como recepção ou excepção, que viram cair o p nos documentos oficiais portugueses, enquanto mantêm o p que sempre tiveram no documentos oficiais brasileiros.
     Entre nós, em resultado das chamadas "facultatividades" reconhecidas pelo acordo, vai-se abolindo o carácter normativo da escrita, dando lugar a uma espécie de ortografia à la carte, ao sabor da subjectividade de cada um. Assim é possível ver órgãos de informação pertencentes ao mesmo grupo editorial escreverem nuns casos sector, com c, e noutros setor, sem c. Há jornais que adoptaram o acordo, mas adiantando desde logo várias excepções à regra, continuando por exemplo a pôr acento na palavra pára. Ainda há dias, a propósito da co-adopção, registámos quatro grafias diferentes desta palavra: com p e sem p, com hífen e sem hífen.
     ... O acordo acabou por conduzir, portanto, ao caos ortográfico.     O que fazer?
Aquilo que deve ser feito quando alguma coisa não está bem:    mudá-la.
     Deve ser constituída sem demora uma comissão de revisão do acordo, com carácter muito alargado e reunindo especialistas dos mais diversos saberes, de modo a produzir um dicionário ortográfico e regras claras, que não violem a etimologia das palavras, como no absurdo espetador em vez de espectador, e não separem famílias lexicais, como na frase «há egiptólogos no Egito».       Enquanto não houver essa revisão profunda e enquanto não for produzido esse dicionário, o acordo deve ser suspenso. E naturalmente a sua aplicação obrigatória, prevista para 2016, deve ser adiada, como aliás o Brasil já fez.

       Alguém me perguntava há dias por que motivo não se ouvem as vozes dos defensores do acordo.

A resposta é simples: essas vozes não se ouvem porque os defensores deste acordo são em número muito diminuto. Basta folhearmos livros que vão sendo publicados, de escritores das mais diversas tendências, das mais diversas escolas estéticas e de todas as gerações para se perceber que fazem questão em escrever estas suas obras na ortografia anterior ao acordo ortográfico de 1990. Isto sucede não apenas com escritores portugueses: ainda agora foi editado um livro póstumo de Antonio Tabucchi, intitulado Viagens e Outras Viagens. Lá vem a advertência, na ficha técnica: «Por vontade expressa dos herdeiros do autor, a tradução respeita a ortografia anterior ao actual acordo ortográfico.»      O mesmo sucede nos jornais: mesmo naqueles que aplicam o acordo, aliás cada qual a seu modo, não faltam colunistas e articulistas que insistem em escrever na ortografia pré-AO.
      Em todos os sectores da sociedade portuguesa a rejeição das normas acordísticas é claríssima. E maior seria ainda se não houvesse a imposição de adoptá-las na administração pública, incluindo nas escolas, onde são largos milhares os professores que se opõem às regras ortográficas emanadas do AO. A estes professores, tal como a todos os utentes qualificados da língua portuguesa, o poder político tem a estrita obrigação de reconhecer e garantir o estatuto de objecção de consciência.   (e Resistência activa ao AO pela Assoc. Estudantes  )
       ... Nós devemos continuar a resistir também. Em nome daquilo em que acreditamos. ... Porque nós, os mais velhos, somos fiéis depositários de valores culturais que temos o dever de legar às gerações futuras. E nenhum valor cultural é tão nobre e tão inestimável como a nossa língua.

        Parabéns !   (-por A. Vidal )A Mia Couto, que acaba de ganhar o prémio Camões. É actualmente um dos meus escritores preferidos de língua portuguesa e o único (repito, o único) que me leva ao sacrifício de ler um livro escrito em acordês. Porquê? Porque, simplesmente, pior do que isso seria não poder lê-lo. Mas é pena que tenha cedido ao AO e ao enganador argumento da uniformização do português. Logo ele, que tem um vocabulário tão próprio e por isso contribui de forma tão expressiva para a diversidade da nossa língua.    

    O Prémio Camões para Mia Couto  (com uma boa mostra de capas dos seus livros)



Publicado por Xa2 às 19:29 | link do post | comentar | comentários (5)

Números de circo.
Por: Manuel Catarino, Redator Principal [CM]
OMinistério Público vai dizer se é, ou não, crime chamar ‘palhaço’ a Cavaco Silva.
O Presidente não gostou do termo, sentiu-se insultado, e queixou-se.

Está no seu direito. Mas, sobre o Chefe de Estado, já se escreveu o pior. Por exemplo: transformou o cargo na mais perfeita inutilidade, de tal maneira que a maçada de dar posse a ministros e a secretários e de promulgar umas leis e despachar outras para os juízes do Constitucional, podia ser exercida por qualquer notário. O Presidente não se importa que se diga que é um inútil. Palhaço, não! Cavaco é um equilibrista com tonturas. Não se tem distinguido no seu número. Passa mais tempo estatelado na rede do que em cima do arame.

 

Nota pessoal:

- Não sei, mas gostaria de saber, é se quem concordar com Miguel Sousa Tavares também pode vir a ser acusado pelo Ministério Público.
- Mas uma coisa eu sei: é que, para mim, «palhaços» significa fazerem-me rir. E muitos destes senhores que ultimamente exercem e têm exercido cargos de estado, só me têm feito chorar... 

Mais, aqui afirmo aqui perentoriamente: Eu não sou palhaço. Mas sou pai de palhaço.



Publicado por [FV] às 11:44 | link do post | comentar | comentários (2)



Publicado por [FV] às 11:11 | link do post | comentar

Segunda-feira, 27 de Maio de 2013
 


  

Lá que fala devagar é verdade... Mas a raciocinar ainda é muito mais lento, já a lixar os portugueses é super rápido! 

O fulano agora vai redimir-se. seu patrão/mentor vai dar-lhe, perdão emprestar-lhe, uma mala cheia de €uros para investir no país.

Quantos porquinhos serão necessários para compensar tais chouriços?

 



Publicado por Zurc às 12:22 | link do post | comentar | comentários (2)

Domingo, 26 de Maio de 2013

É a “geração grisalha” em marcha de descontentamento e contestação. Tal como a luta de todo um povo A APRe! (que dele é parte) continua a crescer com núcleos a surgir em todos os locais e com a comunicação social a dar cobertura às nossas posições, nomeadamente a RTP (Prós e Contras e Jornal da uma do dia 22 de Maio), a SIC Notícias com a Opinião Pública de 22 de Maio e vários jornais onde a APRe! foi notícia. Os debates organizados pelos núcleos têm tido muita adesão; os próximos são:

EM Maio

- Dia 27 de Maio em Cascais, às 15H00 no Hotel “Pestana Cascais Ocean & Conference” (cedência gratuita) com a Drª Raquel Varela (coordenadora do livro “Quem paga o Estado Social em Portugal”) e a minha colaboração;

- Dia 30 em Coimbra, no Instituto da Juventude, às 18H00, com a Drª Raquel Varela e o Prof. Pedro Ramos (autor do livro “Torturem os Números que eles Confessam);

 - Dia 31 de Maio nas Caldas da Rainha no Auditório Municipal às 17H00 vamos fazer uma reunião de dinamização do núcleo.

 - Dia 31 de Maio – Programa “Sexta às Nove” às 21H00 na RTP1, com vários Associados da APRe! (Betâmio Almeida, Bárbara Bettencourt, Maria da Conceição Batista)

 EM JUNHO:

 - Dia 1 de Junho – Vamos responder à convocatória do movimento que organizou o 2 de Março e vamos aderir à manifestação que será uma grande manifestação internacional. Ainda não sei em que cidades vai haver desfile mas logo que saiba informo. De novo as nossas t-shirts, bonés e guarda-chuvas (agora guarda-sóis) vão dar nas vistas e vamos ser o maior grupo.

 - Dia 4 de Junho, a sessão de dinamização de núcleos será em Abrantes em local e hora a designar.

 - Dia 6 de Junho: Vamos fazer uma concentração frente ao Ministério da Solidariedade Social das 9H00 até às 21H00. Durante a tarde entregaremos um memorando ao Ministro da Solidariedade Social.

PEDIMOS PARA OS ASSOCIADOS FORA DE LISBOA SE ORGANIZAREM de carro ou de autocarro para podermos ser muitos e mostrarmos a nossa força.

 - Dia 7 em Almada com a Drª Isabel Moreira (deputada), Dr. Eugénio Rosa (economista) e Drª Conceição Couveiro no Auditório Pablo Neruda às 15H00.

 -  Dia 8 de Junho vamos a Cabeceiras de Bastos a convite do Presidente da Câmara para uma sessão com reformados.

 - No dia 10 de Junho, dia de Portugal "Vamos pintar Portugal de Negro", colocando nas janelas panos pretos. Estamos cansados mas não derrotados. Coloquem um pano, roupa ou qualquer outra coisa negra na janela, varanda ou carro e deixem-no ficar como ficaram as bandeiras de Portugal aquando de Scolari, ou os lençóis brancos quando da campanha pela independência de Timor.

 

 


MARCADORES:

Publicado por DC às 19:53 | link do post | comentar | comentários (1)

Sexta-feira, 24 de Maio de 2013

Cavaco, Passos, Gaspar, Portas e muitos mais que por tais lugares passaram têm vindo a criar condições para que Portugal se torne numa SOCIEDADE DE ESCRAVOS E MENDIGOS. A geração grisalha é para acabar, os outros irão a seguir.

Depois de morto o Estado, depois de destruído o “Contrato Social”, depois de anulada a democracia, depois de enterrada a cidadania só restará o regresso à escravidão e a exclusão social.

Entre a desumanização da sociedade e o pensamento platónico da existência humana situa-se a hipocrisia organizativa que serve alguns e explora a maioria.

Há cada vez mais habitantes no planeta que sem cana para pescar se vêm obrigados a mendigar o peixe que lhes foi roubado. E as sociedades criam, paulatinamente, as chamadas almofadas caritativas que não resolvendo a questão de fundo entretêm o pagode para que este se não revolte. As igrejas/religiões (quase) sempre ao serviço dos poderosos estão na linha da frente desse “para-choques” social.

Assim, por mais que se encha a boca com ele nenhum Deus nos salva se não nos salvamos a nós próprios, tanto no plano individual como colectiva e universalmente.

Desumanizado o Homem, fica desumana a sociedade. Por mais peditórios que se façam, por mais associações caritativas e misericórdias “mendicantes” que se criem não deixará de se aprofundar a queda da sociedade, na imparável e contraditória hipocrisia de uns possuírem cada vez mais bens enquanto a maioria é empurrada para a margem da vivencia com dignidade natural.

Entre a brutalidade da especulação financeira, a concentração da riqueza e o exército de espoliados fica a caridade que muito atenua e nada resolve, evita o rompimento do “statu quo” enganador de que “os pobres hão-de um dia alcançar o reino dos céus”.

Enquanto continuarmos a aceitar, platonicamente, que a existência do Homem não é neste mundo e que haveremos de reencarnar um dia, vamos sendo tornados escravos de ditadores que com tais dogmas vão enganando o povo ao mesmo tempo que nos exploram e nos roubam a produção e a criatividade.

O Homem, assim entendido, não será compreendido como um ser natural e socialmente humanista nem assumirá, em toda a sua plenitude, um espírito territorialmente responsável e responsabilizador. É aqui, no local que habitamos e com as circunstâncias que nós e os que nos rodeiam formos capazes de construir, que criamos céus e infernos. O inferno que urge vencer, nos tempos que correm, é o da globalização, da especulação e do roubo.

Todas estas coisas não se conseguem nem por decreto (seja ele civil ou canónico) nem mantendo os iguais comportamentos que a humanidade tem mantido, ao longo dos séculos.

Como dia Agostinho da Silva “se a evolução tecnológica permitiu ao Homem criar escravos que lhes não colocam problemas de consciência porque é que esse mesmo Homem persiste em fazer de escravos outros homens?”



Publicado por Zé Pessoa às 14:41 | link do post | comentar

Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

Restam os governantes parasitas e outros mamíferos do aparelho estatal*

Trabalho num serviço aplicação repressiva da lei criminal onde as pessoas têm gosto em servir o interesse público e a justiça penal. Desde que começou a aplicação do programa de ajustamento económico e financeiro — o PAEF — que a dignidade, a resistência e a eficiência continuam a ser valores que opomos à desvalorização cega e ao sofrimento enquanto política de gestão da máquina administrativa.

Vamos substituindo a degradação das contas públicas de um Estado laxista por um Estado fantasma e impotente. O Estado é a raiz do mal, pois matemos o Estado. E com quê? Com mais Estado cobrador, num totalitarismo atípico deslizante.

Sinto esse fantasma todos os dias. A moralização na gestão das finanças públicas desfigurou-se de tal forma que fez ricochete num PAEF sem a bússola de valores intangíveis como a justiça, justiça fiscal e segurança social. Perdeu-se o objetivo de uma administração pública qualificada e motivada.

Os resultados da execução orçamental do último trimestre não são mais do que uma radiografia deste mal. Porquê?

Porque só um Estado sem função fica encarcerado no financiamento direto com base quase exclusiva nas receitas do IRS que representam 39,1% do crescimento da receita e dos impostos diretos que representam 22,3% do mesmo crescimento. No meio da tempestade fiscal que nos atravessa regista-se uma subida raquítica da receita fiscal de 3,3 milhões de euros — no aumento crescente do sofrimento das pessoas depois da destruição de empresas e de trabalho.

Neste cenário, além da dita ida aos mercados, ainda assim financiada a juros predadores, os únicos pilares financiadores do Estado são afinal o habitual grupo de pessoas, cada vez mais afunilado. Efeito de boomerang da austeridade sem metas de reorganização de um Estado, de uma justiça e de uma máquina administrativa que funcionem. Situações desta natureza pulverizam todas as funções de autoridade, equidade, segurança jurídica, proteção da sociedade e respeito pelos valores sociais e económicos.

A corrupção, em parceria com a fraude fiscal, tende a medrar no túnel das quimioterapias orçamentais. Basta cruzar aqueles dados com os resultados oficiais do programa de combate à fraude e à evasão fiscal do ano de 2011: os processos-crime por combate à fraude representam 9,45%, por combate à fraude qualificada 2,69% e por abuso de confiança fiscal 84,74%. Os resultados do combate à fraude fiscal são insignificantes numa justiça focada quase exclusivamente no ataque aos impostos diretos em falta. O mesmo estigma.

Sem reformas administrativas efetivas, sem qualificação da função pública, sem respeito pelas funções públicas substantivas, sem estímulos, sem Estado com função resta-nos o medo, a perigosa anemia da autoridade com a paralisia dos serviços administrativos públicos. Um Estado sem função pendurado na guilhotina do défice?

Despojos de um Estado velho e apodrecido incapaz de se proteger da tempestade e de construir um novo com a ajuda dos seus melhores. Um Estado que morreu.

 

Maria José Morgado - Expresso

*subtitulo da nossa responsabilidade



Publicado por DC às 12:43 | link do post | comentar | comentários (2)

Ainda ontem se celebraram os 89 anos de  Aznavour e  Georges Moustaki morreu hoje com 79.  Para nós, ficará sempre esta pérola que nos dedicou:
    
 
+ o sempre, sempre eterno: «Le Métèque» (o estrangeiro) ... e tantas outras.
Era o único sobrevivente destes cinco «monstros sagrados:

 (Ferrat,  Brel, Ferré, Brassens  e Moustaki)



Publicado por Xa2 às 07:55 | link do post | comentar | comentários (1)

 Esquerda ensaia frente global com Aliança Progressista Partidos ou sindicatos da área democrática, social-democrata, socialista ou trabalhistas lançam amanhã movimento mundial. -Público, 21/5/2013.

           Seguro ao lado de Rubalcaba e Almunia em Madrid, sábado, para diálogo sobre Europa  organizado pelo Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (S&D) e pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

    O encontro - o primeiro dos diálogos políticos promovidos pelo PSOE antes da Conferência Política do partido, marcada para outubro próximo - conta também com a presença de Alfredo Pérez Rubalcaba, líder socialista espanhol e Javier Solana, ex-alto representante para a Política Exterior.
    Joaquin Almunia, vice-presidente da Comissão Europeia, Harlem Désir, primeiro secretário do PS francês e Felipe González, ex-presidente do Governo espanhol, estão também entre os intervenientes do encontro, que decorre na Casa da América.
    Os propósitos essenciais da conferência de sábado serão detalhados num encontro informativo marcado para sexta-feira, na qual participam os deputados socialistas Ramón Jáuregui, diretor de conteúdos políticos da Conferência Política do PSOE e Juan Moscoso del Prado, interveniente do Diálogo sobre Europa.
    Numa nota remetida à Lusa, o PS explica que António José Seguro foi convidado pelos socialistas espanhóis para falar sobre o futuro da Europa, a opção federal e as propostas para a saída da crise.  A união política europeia, tema sobre o qual intervirá Seguro, “crescimento e emprego” e “união social e democracia na Europa”, são os aspetos centrais da agenda da conferência de sábado.
    Declarado apoiante do federalismo europeu, Seguro defendeu na recente reunião da Internacional Socialista, em Cascais, um novo Tratado da União Europeia, postura vincada também no chamado “Documento de Coimbra”, aprovado no domingo passado pela Comissão Nacional do PS.
    “Este novo Tratado Europeu deve acolher, sem ambiguidades, a governação política e económica europeia (instituições, competências e instrumentos) e mais democracia (responsabilização política, através de eleição directa, dos principais decisores europeus)”, refere o documento.
    A par do novo tratado deverá ser aprovado um novo orçamento europeu “com dotação superior à existente (cerca de 1% do PIB) através de receitas próprias, com base no federalismo fiscal”, defende.
    “Um orçamento com mais recursos permite a adoção de políticas anti-cíclicas (necessárias para a saída da crise), o desenvolvimento económico (através de investimento reprodutivo), elimina os vetos aos países em dificuldades e põe fim aos ‘folhetins confrangedores’ para aprovação dos orçamentos da UE, como estamos, infelizmente, a assistir”, nota ainda.
    No texto de Coimbra, os socialistas consideram que “Portugal deve reafirmar a sua opção europeia, quer como membro da União, quer como membro da zona euro”, o que “exige ter um pensamento claro quanto ao que deve ser a Europa e que papel deve Portugal desempenhar no seio da União”.
    “Ao contrário do Governo que se comporta como um bom aluno, sem voz própria, aceitando e executando tudo o que a liderança europeia lhe transmite, o PS entende que, mesmo num quadro de assistência financeira externa, Portugal deve pugnar, de forma ativa, por uma União Europeia das pessoas que seja capaz de responder aos seus problemas concretos, de que o desemprego é o mais urgente”, refere o documento.
     O PS defende que a par de políticas orçamentais nacionais se deve caminhar para uma política económica europeia, combatendo as “ambiguidades” e evitando “a narrativa de punição moral” do atual clima de “egoísmos nacionais”.
    “Basta de ambiguidades, em que a Europa se entretém desde o início da década de noventa do século passado. É preciso fazer escolhas”, sublinha o documento que considera que “a Europa dos Governos deve dar lugar à Europa das Pessoas e dos Estados”.

.  Aleida, filha de Che Guevara, pede á Esquerda Europeia para se Unir Contra o Neoliberalismo! que está destruindo as conquistas da luta da classe trabalhadora" e apelou á sociedade para mostrar Solidariedade com o Terceiro Mundo. ...Unir é uma Palavra Muito Importante, que se perdeu na Europa. A Esquerda foi fragmentada em pedaços. A Esquerda Desunida não está a funcionar!”. ... "A velha Europa tem de perceber que os tempos estão mudando. A Política Neoliberal está destruindo os países. É a privatização da Educação e da Saúde Pública. As conquistas Sociais Históricas dos Trabalhadores, que se estão a perder".   [- Plataforma de esquerda, 22-05-2013]

 "...  homens como Vitor gaspar, Carlos Moedas ou António Borges não se trata de incompetência. Trata-se de uma agenda politica e ideológica bem definida, voltada para atingir os fins de cobrar a dívida portuguesa para não prejudicar os Grupos Financeiros de que eles são agentes, suceda o que suceder ao povo e á economia portuguesa. Os falhanços dos sucessivos indicadores mostram que essa agenda está desfasada da realidade e da resistência dos povos, mas os títeres que seguem a agenda não deistem facilmente, porquer o falhanço dessa ideologia em Portugal será desastroso para o status quo da especulação financeira mundial. "
     M. Alegre ao Jornal i (18/5/2013) :   o sonho neste momento está transformado em pesadelo. ...é necessária uma ruptura.
... Neste momento ...somos um país ocupado, esta situação de resgate em que estamos põe em causa não só a economia e o Estado social, mas o próprio país. Nunca foi feito um referendo sobre a Europa. E eu interrogo-me, ouvindo o João Ferreira do Amaral, sobre a forma como a moeda única está a ser utilizada para consolidar a hegemonia alemã, se não será de fazer um dia destes um referendo sobre o euro.
... o projecto europeu levou uma machadada muito grande nos últimos tratados, como o de Maastricht, porque aquilo que ali se consagrou foi uma espécie de constituição ideológica não escrita que nos obriga ao neoliberalismo.
... Neste momento o PS é um partido de oposição que tem de romper com a pior coisa que aconteceu ao nosso mundo que foi o bloco central dos interesses ('o centrão de interesses'). 
... é preciso uma ruptura... e alternativas e a este neo-rotativismo, que historicamente levou à queda da monarquia em Portugal, é fundamental. As pessoas têm de saber que fazem escolhas. Que a democracia é uma escolha e que elas não são monopolizáveis pelos directórios partidários e que significam mesmo políticas diferentes. É necessária uma ruptura em Portugal. 
... as políticas que se estão a fazer vão muito para além do Memorando original que foi assinado. O Memorando foi o pretexto para a troika trazer a agenda política dos credores e para este governo ter o pretexto para fazer o seu programa ideológico. (ultra neoLiberal: privatizar/dar aos oligarcas todos os bens e recursos essenciais deste país, eliminar o estado social, a liberdade e os direitos laborais, subjugar a classe média e os trabalhadores por conta de outrem, transformando-os em servos e alienados sem direitos nem vontade própria...)
 ...este governo quando negoceia com a troika fala do ponto de vista dos interesses dos credores/especuladores, como se fossem funcionários deles. ... ninguém ainda explicou o que é que acontece se a gente disser que acabou o Memorando com a Troika. Ninguém me explicou se é verdade que deixa de haver dinheiro para pagar pensões e salários ou se outras soluções são possíveis. E esta resposta não está clara. 
... Sou do PS a que aderi, que defendia as ideias de um Tito de Morais, de um Zenha e aquelas por que Mário Soares se bateu. ...Agora do PS do bloco de interesses do bloco central não sou. Não sou de um PS integrado numa linha europeia de capitulação com o neoliberalismo, isso não sou. ... Muita gente se sente sem espaço e quer participar, mas muita gente que está disponível para movimentos de cidadãos como foi a minha candidatura e as grandes manifestações do 15 de Setembro reage à transformação dessa dinâmica num partido.
... Mas o problema do sistema não é só as pessoas que estão nos partidos não estarem contentes, mas a maioria da população já não ter nenhuma participação nem sequer nas eleições.
    Temos o privilégio de ter a esquerda mais forte da Europa, mas a esquerda em Portugal não serve para nada. Isso é trágico e um dia destes vai ter consequências na própria democracia. O PC não quer entendimentos, o Bloco diz que sim mas não quer, o PS a mesma coisa. Há uma parte do PS que prefere mil vezes aliar-se à direita a aliar-se à esquerda. Em Caminha para as eleições autárquicas os dirigentes locais dos partidos de esquerda entenderam-se para uma lista, da direcção do BE e do PC veio uma contra-ordem. Acho que não se podem pôr condições a um diálogo. Não se podem impor condições a ninguém: nem o PS vai impor que o PC seja favorável a estar na União Europeia e na NATO, nem o PC e o BE podem pôr como condição que o PS rasgue com a troika.
Não se pode querer um projecto global de sociedade, mas pode-se ter um acordo à volta de alguns pontos concretos em que estamos todos de acordo, como a defesa da escola pública e do Serviço Nacional de Saúde e outra política económica.


Publicado por Xa2 às 07:46 | link do post | comentar | comentários (4)

Quarta-feira, 22 de Maio de 2013

Os homens do Goldman Sachs no governo que pediu a intervenção estrangeira   (-por R.Narciso)

  Os portugueses que votaram no PSD/Passos julgaram que estavam a votar no partido de Sá Carneiro e na política que o candidato falsamente anunciava. Afinal votaram na política do Goldman Sachs, do Lehman Bothers, do Morgan Stanley e do BES.           Senão vejamos:
Numa entrevista à revista Sábado, esta semana, João Moreira Rato, presidente da Agência de Gestão do Tesouro e da Dívida(IGCP, que emitia certificados de aforro - e porque deixaram de vender dívida pública/C.Aforro directamente aos particulares e só a vendem aos bancos, com bom juro/lucro para estes ?!!) dá-nos as pistas.
    Fez tese de doutoramento em Chicago, na escola do neoliberalismo radical e segundo o próprio, tinha (e suspeito que mantém) uma visão exacerbada desta teoria monetarista cujo mais conhecido guru é Milton Friedman, o Nobel que se prestou a ir a Santiago ajudar o ditador Pinochet a aplicá-la no Chile.
    E por onde é que andou o Sr João Rato antes de ir para o governo de Vitor Gaspar? Andou pelo Lehman Brothers que faliu e despoletou a grande crise nos EUA e abala a UE, pelo Morgan Stanley, pelo Goldman Sachs o banco através do qual a alta finança internacional mais ostensivamente controla governos nos EUA e na Europa, vide o caso de Mario Monti, ex-PM italiano, e Lucas Papademos, novo PM grego ambos importantes quadros do Goldman Sachs. 
   Aqui João Rato relacionou-se com Carlos Moedas e António Borges, outro elemento chave do govermo de Passos Coelho, encarregado de preparar a privatização das empresas essenciais ao funcionamento do país (EDP, REN, TAP, RTP, CTT, CP, ...). Mas João Rato também se relacionou patrioticamente com bancos nacionais. De acordo com a entrevista criou um fundo de investimento a "NAU Capital" com dinheiro do BES, por exemplo.
    Com esta rodagem nos "melhores bancos" da grande especulação financeira, com vocação para condicionar e infiltrar governos, João Rato revelou a sua apetência para a política e sacrificou mesmo um salário melhor por uns minguados 10.800 €, quase 2 vezes o ordenado de 1º M, apesar daquela decisão do Governo de limitar ao vencimento do 1ª M os ordenados destes empregados do Estado.
     O sr. João Rato iniciou-se na política no Gabinete de Estudos do PSD a convite de Carlos Moedas mas esclareceu, o que julgo ter sido desnecessário, que não era social democrata mas liberalTendo dado boas provas, suponho que revelando-se um "exacerbado" fiel da escola de Friedman, Vitor Gaspar que é quem verdadeiramente define a política do governo, convidou-o para presidente da IGCP.
    Por tudo isto concluo como comecei:      os portugueses que votaram no PSD/Passos julgaram que estavam a votar no partido de Sá Carneiro e na política que o candidato falsamente anunciava.  Afinal votaram na política (dos"Bangsters") Goldman Sachs, do Lehman Bothers, do Morgan Stanley e do BES.


Publicado por Xa2 às 13:59 | link do post | comentar | comentários (1)

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