Segunda-feira, 9 de Setembro de 2013

Em 2010 foi eleito no Brasil e com a segunda mais, expressiva, votação da história brasileira, um deputado sem nada ter prometido. Por isso, foi coerente e foi o que menos enganou os eleitores.

Em março passado deu uma entrevista a um jornal internacional inglês onde afirmou “"Você passa o dia inteiro aqui fazendo nada, apenas esperando para votar em algo enquanto as pessoas discutem e discutem".

Lamentavelmente os nossos tiriricas são os que discutem, discutem produzem legislação que ou não se aplica, ou se aplica contra quem os elegeu, ou permite que corruptos e ladrões fiquem sem julgamento.

Conclusão: somos, a léguas, muito mais enganados; custa-nos, a milhas, demasiadamente, mais caro; significa que, com ou sem consciência, tornamo-nos também tiriricas. Neste caso, tiriricas estúpidos e repetitivos. Eles, os da Assembleia, pelo menos, são espertos, comem-nos por patinhos.

Se não queremos assumir o papel de tiriricas estúpidos, nas próximas eleições, não devemos votar em ladrões nem em mentirosos saltimbancos.

Não sendo o conhecimento suficiente de que os/as candidatos/as dão garantias de honestidade de trabalho não podemos neles/as votar. Votamos nulo ou não votamos.

Por mim, na minha freguesia e no meu concelho, nenhum candidato merece o meu voto. Não voto em ladrões nem em mentirosos e voce, caro/a leitor/a?



Publicado por DC às 11:14 | link do post | comentar | comentários (2)

Bem-vindos ao «cheque-ensino» (II)

   «É legítimo supormos que todos os estudantes, ao estarem munidos do "vale" que o Estado lhes passou a colocar nas mãos (para que supostamente exerçam em plenitude o seu "direito à liberdade de escolha" em matéria de educação), pretendam frequentar o melhor estabelecimento de ensino da sua área de residência. O que implica, naturalmente, que essa escola tenha de proceder a um processo de selecção dos candidatos. (...) Ora, não é difícil imaginar que os critérios a que presidiria a selecção dos alunos seriam os critérios capazes de assegurar o objectivo de manutenção dessa mesma escola na posição favorável que detém nos rankings, (...) de modo a que não se alterasse o seu potencial de atracção junto dos potenciais alunos, num quadro reforçado de competição entre todos os estabelecimentos de ensino. (...) Esta "selecção natural", feita pelas escolas (e não pelos alunos), seria ainda mais expressiva nos estabelecimentos de ensino privado, designadamente nos mais conceituados, pois a probabilidade de os pais dos estudantes que hoje os frequentam não pretenderem assistir à sua invasão por alunos provenientes de "castas inferiores", seria significativa. (...) Ironia das ironias, o cheque-ensino propiciaria deste modo a materialização efectiva dos argumentos de Milton Friedman acerca da desigualdade de poder de influência social sobre os sistemas públicos de educação.»
     Esta é apenas uma das contradições inerentes à implementação generalizada do cheque-ensino, que deu ontem mais um passo entre nós e a que aludi num artigo para o Le Monde Diplomatique (edição portuguesa), de Outubro de 2010. Mas a ilusão da «liberdade de escolha em educação» assenta ainda noutras contradições e mistificações, a que voltarei em próximos posts, como a da suposta supremacia do ensino privado face ao público ou a ideia de que - uma vez munidos do famigerado cheque - todos passam a estar em igualdade de circunstâncias para poder escolher a escola que pretendem frequentar, como se o espaço (físico e social) fosse plano e desprovido de «atritos» e diferenças.
     Assinale-se, por agora, que é hoje mais que evidente o cumprimento prévio de uma das etapas essenciais deste processo - a degradação da escola pública - alcançada com êxito pelo ministro Nuno Crato ao longo dos últimos dois anos, no seu desígnio de financiar o ensino privado através do Orçamento de Estado (e ao arrepio do estabelecido no Memorando da Troika, o tal que era para cumprir «custe o que custar»). É isso que significam o despedimento massivo de professores, os sucessivos cortes orçamentais, o aumento do número de alunos por turma ou a criação de giga-agrupamentos escolares, entre outras medidas lesivas da qualidade do ensino. Nuno Crato, o arauto da livre «concorrência entre escolas e entre sistemas», não brinca em serviço: para permitir que colégios e escolas privadas possam generalizadamente competir com a escola pública (e antes de lhes reforçar por este meio o financiamento), tratou antecipadamente de a enfraquecer e deteriorar.
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- joão j. cardoso: - Nuno, deixo-te um reparo:
"a degradação da escola pública - alcançada com êxito pelo ministro Nuno Crato ao longo dos últimos dois anos" parece-me um exagero na atribuição de méritos. Tudo o que Nuno Crato fez já estava a ser feito nos 6 anos anteriores, limitando-se a continuar a obra. Sendo que a mais gravosa e estrutural das medidas de combate à escola pública, a alteração do modelo de gestão, estava feita.
É importante recordar esta parte porque a etapa seguinte, a dita autonomia que tem na mira privatizar a gestão das escolas, faltando para isso apenas a contratação directa de professores, esse grande sonho rodriguista, é já a seguir.

- Nuno Serra: - Parcialmente de acordo, meu caro João.
Há pelo dois pontos em que creio o governo anterior deveria ter deixado uma marca diferenciadora: na redução radical dos apoios ao ensino privado (incluindo GPS e afins, que mancham o «fato» socialista); no assumir de alguns princípios cruciais da escola pública (do cumprimento efectivo do princípio da «área de influência» à constituição de turmas heterogéneas, por exemplo).
     Nas restantes matérias, os sinais que foram dados são ambivalentes (pela positiva, por exemplo, a requalificação do parque escolar e a criação da escola a tempo inteiro; pela negativa o processo de avaliação de desempenho e o modelo de gestão).
Seja como for, julgo sinceramente que não é justo colocar tudo no mesmo saco e dizer que a governação actual é basicamente a continuação da governação anterior. Em matéria de relação com o ensino privado, uma coisa é o laxismo, outra é a defesa determinada dos seus interesses.


Publicado por Xa2 às 07:53 | link do post | comentar | comentários (3)

Domingo, 8 de Setembro de 2013
Parque urbano do vale da Ameixoeira

Na 177.ª reunião da câmara municipal de Lisboa foi apresentada a, entre outras, a 22 – Proposta, correspondente ao n.º 644/2013 (Subscrita pelos Srs. Vereadores Manuel Salgado e José Sá Fernandes) a qual visava aprovar a adjudicação da Empreitada n.º 25/DMAU/DAEP/DCEVGEP/12 - “Parque urbano do Vale da Ameixoeira”; a ratificação da decisão sobre a lista de erros e omissões, bem como a aprovação da assunção de compromisso plurianual, com a consequente repartição de encargos, nos termos da proposta;

Para que conste teve o seguinte resultado de votação:

Aprovada por maioria (6 votos PS, 2 votos de independentes, 1 voto do PCP e 5 abstenções 1 do CDS e 4 do PSD)

 

Casa da Cultura da Ameixoeira,parece ter encontrado uso adequado

 

Finalmente, é inaugurada, esta segunda feira, dia 09 do corrente, (mais uma vez!) a Casa da Cultura da Ameixoeira agora como utilização de cantina social para apoio à comunidade local.

Depois das mais variadas tropelias, degradação e abandono, uma obra que custou cerca de um milhão de euros e que para trocar uma lâmpada é preciso uma grua, após ter sido (também em campanha eleitoral de Santana Lopes/ Carmona rodrigues), parece ter encontrado uso adequado, conforme (Proposta 258/2013 - Cedência da Casa da Cultura da Ameixoeira) aprovada por unanimidade.

Conforme o protocolo de cedência precária a junta de freguesia assume agora o seu uso e gestão.

 

Coincidências eleitorais ou receio de rastilho fogueteiro (em fim de época estia)? Em mais de 40 anos, é a primeira vez que vejo a limpeza da encosta perto onde moro, apesar de quase todos os anos pegar fogo. Há quem exclame haja Deus. Cá por mim digo Haja eleições! Porque não anuais?



Publicado por Zurc às 15:55 | link do post | comentar

Sexta-feira, 6 de Setembro de 2013

O Marcos tem 16 anos e anda na escola há 10 anos. Não aprendeu a escrever nem a ler nem a contar. Só sabe escrever o seu nome e mal. Não sabe a sua data de nascimento. Anda no 8.º ano... vejam o video ecomentem!



Publicado por [FV] às 11:39 | link do post | comentar

Quinta-feira, 5 de Setembro de 2013

A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.


Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas. 
Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos: 
1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica? 
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências? 
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair? 
Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis? 
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo? 
2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios... 
3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei. 
4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre. 
5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade. 
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime... 
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal? 
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país. 
Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime. 
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer: 
1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar. 
2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas). 
3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores 
4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei. 
5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível. 
6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios. 
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo. 
José Gomes Ferreira


Publicado por [FV] às 19:32 | link do post | comentar | comentários (1)

       ---- Aguenta, aguenta a bancarrotocracia  (- por João Rodrigues)

Em Tesouros do Sul: descubra as diferenças, Pedro Lains apela a que se descubra a diferença entre a nova Secretária de Estado do Tesouro e as/os colegas de Espanha, Itália e França. Tendo em conta os percursos, é caso para dizer que uma carreira feita na banca, mais concretamente no BPI, faz toda a diferença. Embora não deva levar a pensar, creio, em qualquer especificidade nacional em matéria de poder dos bancos, esta nomeação não deixa de ser reveladora da base social de apoio do governo. Do Citigroup de Joaquim Paes Jorge ao BPI de Isabel Castelo Branco, é toda uma economia política com múltiplas escalas.
        ----   A debilidade do pensar  (- N.Serra)
«"Sobe e desce", do Diário Económico:
                 Constitucional bloqueia a reforma do Estado: O Tribunal Constitucional,
                 liderado por Joaquim Sousa Ribeiro, chumbou a possibilidade de
                 despedimentos na Função Pública para quem entrou para o Estado antes
                 de 2008. Mais do que um problema para o Governo, o Tribunal criou um
                 problema para o País, uma vez que bloqueou a reforma do Estado.
Deve ler-se assim:
1. Constitucional bloqueia [não é a lei, nem a Constituição, é o Tribunal, e o uso do verbo "bloquear" também não é neutro, é valorativo]
2. a reforma do Estado [rótulo governamental para despedimentos na função pública reproduzido acriticamente pelos jornalistas pelo seu valor facial, ou seja, manipulatório]:
3. O Tribunal Constitucional, liderado por Joaquim Sousa Ribeiro, [convém apontar o nome à turba, para a coisa ser bem pessoalizada]
4. chumbou a possibilidade de despedimentos na Função Pública para quem entrou para o Estado antes de 2008.
5. Mais do que um problema para o Governo, o Tribunal criou um problema para o País, uma vez que bloqueou a reforma do Estado. [ideologia pura e repetição de propaganda governamental]
        In a nutshell, (eles gostam de inglês), está cá tudo. Como de costume, uma das forças do poder em Portugal é impor as ideias, a linguagem, "mensagens" e manipulações, usando a debilidade do pensar da comunicação social.» - José Pacheco Pereira, O navio fantasma (35)
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Por razões de estupidez, Damasco usou o gás sarin para facilitar a invasão do país

 Fotos fazem crer numa revolta de militares americanos ... Estava anunciado há muito que, se o regime sírio usasse armas químicas contra os rebeldes, os EUA não tinham outro remédio senão intervir militarmente, derrubar, o actual governo,  em defesa dos da liberdade e da democracia.

      O governo de Damasco, sabendo isto, e estando desde há meses na mó de cima na luta contra os insurgentes sírios, decidiu por razões de estupidez, atacar um bairro dos arredores da capital com gás sarin e assassinar indiscriminadamente 1300 civis, incluído muitas crianças que a imprensa, TVs e Internetes de todo o mundo mostraram revoltando contra Damasco a humanidade (que lê ou vê estas notícias) ... Veio mesmo a calhar porque a decisão de intervir já estava em preparação mas era necessário ter o apoio da massa ignara que dá os votos de vez em quando.
     Talvez, talvez, talvez, que daqui por uns anos, quando a administração norte-americana, vencidos os prazos, abrir à consulta a sua documentação secreta, lá venha a informação que hoje nos escapa :  os serviços secretos israelitas, a pedido da CIA, forneceram a uma célula da Al Qaeda X (ou dos opositores ao regime) doses de gás sarin para ajudar os nossos amigos, democratas e amantes da liberdade, a verem-se livres do horrível ditador Bashar Al-Assad eliminando uns 1300 desgraçados, nos arredores de Damasco. Infelizmente havia muitas crianças mas paciência. Ou tanto melhor, dado que uma muito bem conseguida  campanha de informação atribuiu a responsabilidade do crime ao presidente da Síria.
    Talvez. Talvez. Não é que o campo oposto não fosse capaz de um crime daquele jaez mas os ideais do imperialismo apenas se medem em dólares ou euros, petróleo ou outras riquezas naturais. É claro que já não vivemos tempos tão propícios aos mandantes e poderosos como aqueles em que aniquilaram milhões de seres humanos para lhes roubarem tudo, como sucedeu, por exemplo, na conquista das Américas, ao ponto de povos e civilizações inteiras terem sido destruidos na totalidade. Depois a ”nobreza do dinheiro” teve  de se ir conformando com as conquistas da plebe, consequência de grandes e vitoriosas lutas do “terceiro estado”  e tem de lidar com essa chatice das eleições e dos votos. Mas conseguiram, controlando a educação, a comunicação social, corrompendo, mentindo, falsificando, por vezes de forma tão monstruosa que ninguém de boa consciência pode sequer admitir que se trate de falsidades.
    Na realidade não sei quem cometeu o crime monstruoso nos arredores de Damasco.  É certo que já em Maio passado, a ex-Procuradora do Tribunal Penal Internacional e membro da comissão de inquérito da ONU sobre as violações dos Direitos Humanos na Síria, Carla del Ponte dissera, numa entrevista à Rádio Suíça italiana que: "De acordo com as provas que recolhemos, os rebeldes utilizaram armas químicas, fazendo uso do gás sarin" [Link].”  Mas se ele só aproveitaria a quem quer a intervenção militar, admitindo que Damasco não é um manicómio, tudo parece apontar para uma operação montada para justificar a intervenção armada na Síria. Mas seriam as potências ocidentais, cristãs, democratas, paladinas da defesa dos direitos humanos, capazes de uma monstruosidade destas, numa atitude de os fins justificam todos os meios?
    O que se passou com o Iraque, as provas forjadas, ou apenas enunciadas das armas nucleares que o Iraque tinha, provas tão evidentes que até Durão Barroso as viu nas mãos de W. Bush deixa qualquer pessoa no seu juízo de pé atrás com as políticas dos imperialistas (e das multinacionais 'atrás da cortina').    Afinal o truque, se é que esta chacina é de facto uma armadilha, é velho. Em 1939 Hitler vestiu uma fardas polacas a militares alemães despejou-os do outro lado da fronteira, na Polónia, eles dispararam uns tiros para o lado de cá, contra a pátria sagrada dos nazis e Hitler cheio de razão e apoiado por muitos alemães, justamente indignados com o traiçoeiro ataque dos polacos, invadiu a Polónia e foi por aí fora acabando a suicidar-se 6 anos e 50 milhões de mortos depois, no Reichstag. Já antes Hitler tinha mandado incendiar o Reischtag (o Parlamento) para acusar do crime os comunistas alemães e assim, com a moral do seu lado, ilegalizar o PC alemão e de caminho os socialistas.
    ...
    As guerras de rapina por vezes, no curto prazo, dão prejuízo financeiro. Mas é ao país! Os custos são pagos pelo contribuinte e os grandes, os gigantescos, os inimagináveis lucros são de quem investiu… na guerra.
    Não sei se a realidade da Síria é esta que aqui apresento. Mas não me espantaria. Não é nada que não possa ser feito por quem apoiou a criação do exército taliban no Afeganistão, protetor e apoiante da Al Qaeda (parceria EUA/Arábia Saudita/Paquistão). Era para combater o regime meio comunista lá instalado, que deu liberdade a metade do país – as mulheres, que passaram a poder ir à escola, a poder andar na rua sem a trela de um homem, etc, mas era uma regime que só conseguiu o poder com o apoio da União Soviética. Para o derrubar valia tudo. O pior foi que a hidra virou-se contra o seu criador.
Petróleo, negócio de armas (que convém tirar aos russos possuidores do mercado da Síria), geoestratégia. Direitos humanos, petróleo, liberdade, negócio de armas, democracia, petróleo, oleodutos, petróleo, petróleo.


Publicado por Xa2 às 12:41 | link do post | comentar | comentários (19)

 

 “Mande-se para a fogueira esse herege livro que dá pelo nome de Constituição da República que nenhum emprego consegue, para um só que seja dos mais de 900 mil desempregados portugueses”. Palavras de Passos Coelho. Não foi isso que ele disse? Tem a certeza?

Ora vejamos, há pouco mais de ano e meio a constituição era um empecilho à governação e era uma necessidade absoluta reve-la, daí o namoro (assédio mesmo) junto do Partido Socialista para garantir os dois terços necessários à respectiva revisão.

Como a ala mais à esquerda conseguiu impor à direção socialista o não acordo (seria a sua provável morte política) o PSD/Coelho e C.ª deixou cair tais, venenosas, pretensões.

De cambalhota em cambalhota, de mentira em trapalhada, o Pedrito agora decidiu-se (sabe-se lá porque hábeis e sábios conselhos) atacar os juízes do Tribunal Constitucional (mesmo os propostos por si mesmo, visto que a votação no chumbo foi unânime) afirmando que o problema não está na Constituição mas sim na falta de bom senso dos juízos (certamente também de quem pediu a fiscalização à famigerada lei, Cavaco Silva) os primeiros por terem ratificado as dúvidas constitucionais levantadas pelo segundo.

Sua parda eminência, nas aleivosias proclamadas junto do rebanho seguidor, tipo boys de Chicago, não se coibiu de lançar a imbecil pergunta “já alguém se lembrou de perguntar aos mais de 900 mil desempregados no país do que lhe valeu a Constituição até hoje”. Creio que o sujeito tem em conta os portugueses como uma cambada de imbecis capazes de formular tais perguntas. Só pode!

Ora, se a Constituição não vale de nada aos desempregados não vale de nada a ninguém. Queime-se!

Aposto em como não demorará meio ano, (pelos vistos a falta de bom senso de Cavaco permite que a legislatura se conclua) para ouvirmos Passos pedir a suspensão da democracia e a anulação da Constituição.

 



Publicado por Zé Pessoa às 11:05 | link do post | comentar

Quarta-feira, 4 de Setembro de 2013

São os negócios estúpido!

Todos os anos é o corrupio do costume mais a Norte ou mais a Sul (o negocio tem mobilidade mais que suficiente) surgem os costumeiros incendiários.

A Ministra da justiça diz que não há necessidade de agravar as penas punitivas a aplicar aos incendiários. Tem razão, é pena que não tenha a coragem suficiente de ir ao fundo da questão, de tocar na raiz do problema.

Quem tem responsabilidades sobre a gestão dos recursos naturais e não o faz é que deveria ser sancionado. Quem está por traz dos negócios corruptos que envolvem os meios de combate aos incêndios é que deveria ser sancionado, julgado e preso.

Muito se fala em ordenamento do território, conservação e defesa do ambiente, contudo, são as próprias autarquias e o Estado os primeiros e descaradamente a não respeitar a legislação e a não respeitar a conservação da natureza.

É o caso do Município lisboeta e a respectiva freguesia do Lumiar que numa das principais entradas da cidade, a Calçada da Carriche, permite a existência de um vergonhoso amontoado de lixo mesmo junto a uma nina de água que já foi usada para matar a cede a forasteiros e de regadio a hortas.

A placa foi ali colocada em 1992, no tempo da presidência municipal de Jorge Sampaio. O parque nunca viu a luz do dia, a placa já perdeu grande parte das letras e os autarcas assim como os munícipes perderam a memória. O tempo quando não aproveitado torna-se muito degradante, não há duvida.

Incêndios, eleições e outras correlações chupam-nos aos milhões.



Publicado por Zé Pessoa às 11:35 | link do post | comentar

Terça-feira, 3 de Setembro de 2013

Serge Latouche: “Hay que trabajar menos horas para que trabajemos todos

         Joseba Elola, El País (-via F. Cuadra, 21/8/2013)
    Serge Latouche, el precursor de la teoría del decrecimiento, aboga por una sociedad que produzca menos y consuma menos.  Corría el año 2001 cuando al economista Serge Latouche le tocó moderar un debate organizado por la Unesco. En la mesa, a su izquierda, recuerda, estaba sentado el activista antiglobalización José Bové; y más allá, el pensador austriaco Ivan Illich. Por aquel entonces, Latouche ya había podido comprobar sobre el terreno, en el continente africano, los efectos que la occidentalización producía sobre el llamado Tercer Mundo.
    Lo que estaba de moda en aquellos años era hablar de desarrollo sostenible (desenvolvimento sustentável). Pero para los que disentían de este concepto, lo que conseguía el desarrollo era de todo menos sostenibilidad. Fue en ese coloquio cuando empezó a tomar vuelo la teoría del decrecimiento, concepto que un grupo de mentes con inquietudes ecológicas rescataron del título de una colección de ensayos del matemático rumano Nicholas Georgescu-Roegen.
    Se escogió la palabra decrecimiento para provocar. Para despertar conciencias. “Había que salir de la religión del crecimiento”, evoca el profesor Latouche en su estudio parisiense, ubicado cerca del mítico Boulevard Saint Germain. “En un mundo dominado por los medios”, explica, “no se puede uno limitar a construir una teoría sólida, seria y racional; hay que tener un eslogan, hay que lanzar una teoría como se lanza un nuevo lavavajillas”.
    Así nació esta línea de pensamiento, de la que este profesor emérito de la Universidad París-Sur es uno de los más activos precursores. Un movimiento que se podría encuadrar dentro de un cierto tipo de ecosocialismo, y en el que confluyen la crítica ecológica y la crítica de la sociedad de consumo para clamar contra la cultura de usar y tirar, la obsolescencia programada, el crédito sin ton ni son y los atropellos que amenazan el futuro del planeta.
    El viejo profesor Latouche, nacido en 1940 en la localidad bretona de Vannes, aparece por la esquina del Boulevard Saint Germain con su gorra negra y un bastón de madera para ayudarse a caminar. Hace calor.
- Estamos inmersos en plena crisis, ¿hacia dónde cree usted que se dirige el mundo?
La crisis que estamos viviendo actualmente se viene a sumar a muchas otras, y todas se mezclan. Ya no se trata solo de una crisis económica y financiera, sino que es una crisis ecológica, social, cultural… o sea, una crisis de civilización. Algunos hablan de crisis antropológica…
-¿Es una crisis del capitalismo?
Sí, bueno, el capitalismo siempre ha estado en crisis. Es un sistema cuyo equilibrio es como el del ciclista, que nunca puede dejar de pedalear porque si no se cae al suelo. El capitalismo siempre debe estar en crecimiento, si no es la catástrofe. Desde hace treinta años no hay crecimiento, desde la primera crisis del petróleo; desde entonces hemos pedaleado en el vacío. No ha habido un crecimiento real, sino un crecimiento de la especulación inmobiliaria, bursátil. Y ahora ese crecimiento también está en crisis.
    Latouche aboga por una sociedad que produzca menos y consuma menos. Sostiene que es la única manera de frenar el deterioro del medioambiente, que amenaza seriamente el futuro de la humanidad. “Es necesaria una revolución. Pero eso no quiere decir que haya que masacrar y colgar a gente. Hace falta un cambio radical de orientación”. En su último libro, La sociedad de la abundancia frugal, editado por Icaria, explica que hay que aspirar a una mejor calidad de vida y no a un crecimiento ilimitado del producto interior bruto. No se trata de abogar por el crecimiento negativo, sino por un reordenamiento de prioridades. La apuesta por el decrecimiento es la apuesta por la salida de la sociedad de consumo.
-¿Y cómo sería un Estado que apostase por el decrecimiento?
El decrecimiento no es una alternativa, sino una matriz de alternativa. No es un programa. Y sería muy distinto cómo construir la sociedad en Texas o en Chiapas.
-Pero usted explica en su libro algunas medidas concretas, como los impuestos sobre los consumos excesivos o la limitación de los créditos que se conceden. También dice que hay que trabajar menos, ¿hay que trabajar menos?
      Hay que trabajar menos para ganar más, porque cuanto más se trabaja, menos se gana. Es la ley del mercado. Si trabajas más, incrementas la oferta de trabajo, y como la demanda no aumenta, los salarios bajan. Cuanto más se trabaja más se hace descender los salarios. Hay que trabajar menos horas para que trabajemos todos, pero, sobre todo, trabajar menos para vivir mejor. Esto es más importante y más subversivo. Nos hemos convertido en enfermos, toxicodependientes del trabajo. ¿Y qué hace la gente cuando le reducen el tiempo de trabajo? Ver la tele. La tele es el veneno por excelencia, el vehículo para la colonización del imaginario.
-¿Trabajar menos ayudaría a reducir el paro (desemprego)?
Por supuesto. Hay que reducir los horarios de trabajo y hay que relocalizar. Es preciso hacer una reconversión ecológica de la agricultura, por ejemplo. Hay que pasar de la agricultura productivista a la agricultura ecológica campesina.
-Le dirán que eso significaría una vuelta atrás en la Historia…
Para nada. Y en cualquier caso, no tendría por qué ser obligatoriamente malo. No es una vuelta atrás, ya hay gente que hace permacultura y eso no tiene nada que ver con cómo era la agricultura antaño. Este tipo de agricultura requiere de mucha mano de obra, y justamente de eso se trata, de encontrar empleos para la gente. Hay que comer mejor, consumir productos sanos y respetar los ciclos naturales. Para todo ello es preciso un cambio de mentalidad. Si se consiguen los apoyos suficientes, se podrán tomar medidas concretas para provocar un cambio.
-Dice usted que la teoría del decrecimiento no es tecnófoba, pero a la vez propone una moratoria de las innovaciones tecnológicas. ¿Cómo casa eso?
Esto ha sido mal entendido. Queremos una moratoria, una reevaluación para ver con qué innovaciones hay que proseguir y qué otras no tienen gran interés. Hoy en día se abandonan importantísimas líneas de investigación, como las de la biología del suelo, porque no tienen una salida económica. Hay que elegir. ¿Y quién elige?: las empresas multinacionales.
    Latouche considera que las democracias, en la actualidad, están amenazadas por el poder de los mercados. “Ya no tenemos democracia”, proclama. Y evoca la teoría del politólogo británico Colin Crouch, que sostiene que nos hallamos en una fase de posdemocracia. Hubo una predemocracia, en la lucha contra el feudalismo y el absolutismo; una democracia máxima, como la que hemos conocido tras la Segunda Guerra Mundial, con el apogeo del Estado social; y ahora hemos llegado a la posdemocracia. “Estamos dominados por una oligarquía económica y financiera que tiene a su servicio a toda una serie de funcionarios que son los (governos e) jefes de Estado de los países”. Y sostiene que la prueba más obvia está en lo que Europa ha hecho con Grecia, sometiéndola a estrictos programas de austeridad. “Yo soy europeísta convencido, había que construir una Europa, pero no así. Tendríamos que haber construido una Europa cultural y política primero, y al final, tal vez, un par de siglos más tarde, adoptar una moneda única”. Latouche sostiene que Grecia debería declararse en suspensión de pagos, como hacen las empresas. “En España, su rey Carlos V quebró dos veces y el país no murió, al contrario. Argentina lo hizo tras el hundimiento del peso. El presidente de Islandia, y esto no se ha contado suficientemente, dijo el año pasado en Davos que la solución a la crisis es fácil: se anula la deuda (dívida) y luego la recuperación viene muy rápido”.
-¿Y esa sería también una solución para otros países como España?
Es la solución para todos, y se acabará haciendo, no hay otra. Se hace como que se intenta pagar la deuda, con lo que se aplasta a las poblaciones, y se dice que de este modo se liberan excedentes que permiten devolver la deuda, pero en realidad se entra en un círculo infernal en el que cada vez hay que liberar más excedentes. La oligarquía financiera intenta prologar su vida el máximo tiempo posible, es fácil de comprender, pero es en detrimento del pueblo.  


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