Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015

Com o Syriza, a política regressa à Europa

 Excertos do texto de Patrícia Vieira no Público
    «Se a tecnocracia (neoliberal) nos quer fazer crer que não há alternativas, a política abre os horizontes de um futuro em construção.
    Mais do que um grito de protesto contra a austeridade, mais do que uma revolução nacional, mais do que um manguito aos credores, a eleição do Syriza na Grécia por uma confortável maioria foi, para todos os europeus, uma lufada de ar fresco. Porque, até agora, a União Europeia não tem poupado esforços para nos fazer crer que não há alternativas ao statu quo, que, se não estamos bem assim, poderíamos certamente estar pior, e que, afinal, a troika é nossa amiga.
    Entre a espada e a parede, ou seja, entre governos de centro-direita e de centro-esquerda, temos aceitado, com mais ou menos celeuma, cortes nos serviços públicos, aumentos de impostos, e um empobrecimento generalizado da população. A tecnocracia (académicos, comentadores, economistas, gestores e políticos neoliberais) tem vindo nos últimos anos a substituir a política, os ditames económicos a verdadeira democracia, e os eleitores, desencantados, apenas esperam mais do mesmo.
    Mas eis que a Grécia elege o Syriza. Incrédulos perante tal ousadia, os líderes europeus proferem algumas breves banalidades sobre o respeito por escolhas democráticas, para logo se pronunciarem severamente sobre a necessidade de os gregos honrarem os seus compromissos, vulgo, continuarem a pagar empréstimos insustentáveis. (...)
    O que a eleição do Syriza nos devolveu foi um horizonte de diferentes possibilidades, que é o sine qua non de qualquer democracia. (...) Qualquer democracia digna deste nome tem por obrigação abrir-se a um futuro que não seja mais do mesmo. A Grécia, berço da democracia ocidental, deu-nos assim mais uma lição política com a eleição do Syriza. Será este um feito dos deuses do Olimpo, cansados de tanta insensatez humana?           Seja como for, permanece por agora na mente dos europeus a pergunta:    “E agora ?”     Resta-nos apenas acrescentar-lhe um clamoroso:   “Força, Syriza!” » 
              Na Grécia, a esquerda é que virou à esquerda     (- A. Bagão Felix)
 .  «A grande alteração tem a ver com o princípio de vasos comunicantes entre o PASOK e o SYRISA. O primeiro passa de 43,9% para a insignificância de 4,7%. Curiosamente o SYRISA parte, em 2009, praticamente dos mesmos 4,7% para 36,3%. Esta é a principal novidade de 2015, já fortemente indiciada nas primeiras eleições pós-troika (2012).
     Em conclusão: a Grécia não virou à esquerda. A esquerda é que virou à esquerda (por isso, não percebo o entusiasmo do PS…).» (a não ser que também vá virar à esquerda, rapidamente.)
                 Grécia:  dia  um  da  mudança        (- J.Castro Caldas)
 «A Grécia renasceu hoje. O medo falou e perdeu. Ganhou a democracia. Ganhou a esperança. A Grécia mostra hoje o caminho que pode ser de todos: deter a austeridade, renegociar a dívida, garantir a saúde, a educação, as pensões e o emprego, desenvolver.
      Esse é o programa comum de recuperação da esperança. Na Grécia e também em Portugal. Este é o momento de saudar o povo grego e o partido Syriza e exprimir solidariedade. É também o momento de lembrar que entre nós há ainda um caminho longo a percorrer. Um caminho que deve ser feito de empenhamento político, participação, organização, unidade na pluralidade das forças da mudança.
    É tempo de avançar por aqui para fazer renascer a esperança também em Portugal.»
              «A Grécia e a Europa» - R.Paes Mamede, no Prós e Contras
   «Não é pôr os gregos a pagar impostos. É pôr todas as multinacionais na Europa a pagar impostos. Esta ideia de que fugir aos impostos é uma coisa dos cidadãos que recebem 350€ por mês está ao nível daquela ideia de que Portugal entrou em crise porque as pessoas andavam a comprar écrans LCD. É absurdo. Portugal não entrou em crise porque as famílias compraram écrans LCD e os gregos não têm pouca receita fiscal porque são vagabundos e fogem aos impostos.
     A Europa vive uma situação em que permite offshores e em que - como vimos no caso português, no caso do BES e em todos os casos de grandes empresas internacionais (nós sabemos que existem 18 empresas do PSI20 que não têm sede registada em Portugal) - as empresas declaram a sua sede na Holanda para pagarem muito menos impostos. E outras, mesmo declarando sede na Holanda, não só pagam poucos impostos na Holanda como conseguem, através de offshores, assegurar que não pagam os impostos que devem.    Isso é uma responsabilidade da Grécia? As empresas alemãs fazem exactamente a mesma coisa. Há uma diferença fundamental na Alemanha, que tem que ver com o modelo de governação interna das empresas alemãs e que é um aspecto extremamente positivo: na Alemanha os conselhos de trabalhadores têm assento na administração das empresas, o que permite um muito maior controlo daquilo que é a sua actividade e a gestão interna (que leva por exemplo a que o valor bolsista de uma empresa alemã tenda a ser muito mais baixo que o valor bolsista de uma empresa equivalente americana).»  -  A ver na íntegra este excerto (do Sítio com vista sobre a cidade).

        Para onde foi o dinheiro do "resgate" grego?

 .
F. Coppola: «Tsipras has been proved correct on both counts. As this graphic from the FT shows, all but about 11% of the bailout money went straight back to the holders of Greek debt by one route or another».    Novo 1ºMin. Grego tem razão:
(excepto 11%, €bn 27)   o dinheiro do "resgate" foi para os credores e bancos.


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Governar para números ou governar para pessoas?

        O filósofo Slavoj Zizek citou T. S. Elliot num comício da Syriza para dizer que “há momentos em que a única escolha é entre a heresia e a descrença”. E clarificou a ideia afirmando que “só uma nova heresia, representada hoje pela Syriza, pode salvar o que vale a pena salvar do legado europeu: democracia, confiança nas pessoas, igualdade e solidariedade”.

     O estado em que a política educativa dos dois últimos governos colocou escolas e professores faz-me suspirar por um “momento Syriza” na Educação. Por uma nova heresia, que coloque cooperação onde hoje está competição. Porque a cooperação aproxima-nos e sedimenta-nos enquanto grupo e a competição, ampliando as diferenças, afasta-nos, isolados por egoísmos. Porque a cooperação serve as pessoas e harmoniza-as, tal como a competição, hoje sacralizada na nossa cultura, serve os números e os conflitos.

     Informação constante de um novo portal do Ministério da Educação e Ciência veio dizer-nos que há 24 escolas onde são dadas todos os anos notas internas significativamente mais favoráveis do que as conseguidas nos exames nacionais. Daí a mais um lance na competição público versus privado foi um passo, sem espaço para assumir que se comparam coisas diferentes: num caso o conhecimento científico demonstrado num só teste; no outro caso o percurso de um ano de desempenho num ambiente pluridisciplinar e multifactorial, sendo que alguns desses factores de classificação são bem relevantes para a formação integral do aluno e para a sua maturidade cívica.

     Os exames nacionais e os testes estandardizados internacionais têm vindo a assumir uma dominância evidente na concepção das políticas para a Educação definidas pelos dois últimos governos. E essa dominância tem a sua génese na nossa intestina tendência para importar modismos alheios. Com efeito, quando a Escola se manifestou em crise um pouco por todo o mundo ocidental e alguns teóricos começaram a clamar contra determinados métodos pedagógicos e o que consideravam autonomia excessiva dos professores, primeiro, e emergiram as primeiras tendências para encarar a Educação como serviço passível de ser submetido a regras de mercado (com o concomitante discurso da liberdade de escolha por parte das famílias), depois, logo surgiram as pressões para introduzir nos sistemas de ensino instrumentos que tudo medissem, particularmente resultados.

     Recorde-se, a propósito, duas referências incontornáveis, que continuam a produzir efeitos retardados entre nós e que nos levam aos ventos que sopraram de Inglaterra em 1976 e dos EUA em 1983. Refiro-me à iniciativa reformista de James Callagahan sobre Educação, que ficaria conhecida por “The Great Debate”, em que o primeiro-ministro de então do Reino Unido lamenta a falta de rentabilidade dos professores e das escolas, pede maior controlo da qualidade dos docentes e clama pela reorientação precoce da educação para os aspectos vocacionais, qual discurso profético que seria retomado pelo nosso ministro da Educação, 43 anos mais tarde. E refiro-me ao relatório A Nation at Risk: The Imperative for Educational Reform, produzido a pedido de Ronald Reagan, cuja violência classificativa do trabalho dos professores e da escola americana está bem traduzida nesta frase, que o integra, a qual, fora ela do conhecimento do nosso primeiro-ministro e certamente teria substituído, 32 anos volvidos, a metáfora da salsicha educativa: “Se um poder estrangeiro tivesse tentado impor à América a mediocridade do desempenho educacional que hoje existe, deveríamos ter encarado esse acto como um acto de guerra.

     Não é, portanto, de modo solitário no contexto internacional que a novilíngua classificativa portuguesa em matéria de Educação se tem desenvolvido centrada em metas, testes e exames, apesar de todos sabermos que nenhum sistema sério de prestação de contas em Educação se esgota no despejo sistemático sobre a sociedade dos resultados de testes, mesmo que estandardizados, e de exames nacionais. Tanto pior quando esses resultados de alunos são o critério primeiro para avaliar escolas e professores. Mais: mostra-nos a história recente que os governos que assim procederam acabaram, por via das ideologias neoliberais que adoptaram, a utilizar os resultados como estratégia para induzir medidas de privatização e promoção de lógicas de educação como serviço sujeito a regras de mercado.

    É tempo, pois, de procedermos a uma reflexão despida de preconceitos ideológicos sobre o seu contributo técnico para a decantada “accountability” educacional. Porque muito do que deve contar em Educação não pode ser medido e é de comparação difícil. Porque, no dizer de Licínio Lima, “enquanto orientação política, a educação contábil evidencia uma alta capacidade de discriminação da educação que conta e da educação que não conta, ou conta menos”.

-- (em comentários: críticas à Prova de Avaliação e ao desAcordo Ortográfico,...) 



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Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015

Passos C. aplaude decisão do BCE de comprar dívida, mas já foi contra

 ESTE É O MAIOR ALDRABÃO DA HISTÓRIA DA DEMOCRACIA !!!

A Renascença recupera dois momentos em que o primeiro-ministro foi contrário à medida tomada esta quinta-feira pelo Banco Central Europeu.

23-01-2015, por P.R.Pinto e M.Coelho

     Pedro Passos Coelho aplaudiu a decisão do Banco Central Europeu de injectar milhões na economia da Zona Euro. O primeiro-ministro disse acreditar que a decisão anunciada pelo BCE vai evitar a deflação nos países da moeda única.

     Esta sexta-feira, em Montalegre, garantiu que, ao contrário do que foi acusado por António Costa, nunca foi contra este tipo de programas.       "Nunca me manifestei contra o programa do Banco Central Europeu, antes pelo contrário. Esta intervenção era uma intervenção aguardada que está a ocorrer dentro daquilo que é o estatuto e o mandato do BCE e esta intervenção era aguardada na medida em que a Europa de modo geral, mas sobretudo o euro, está a correr riscos de deflação. É uma operação bem-vinda por parte de toda a gente. Esperemos que ela seja tão eficaz quanto se deseja e o que se espera é que esta intervenção do BCE possa ajudar que a inflação se situe em perto de 2%".

    No entanto, a 16 de Maio de 2014, Passos Coelho tinha dito em entrevista à CNBC, por altura da saída da troika, que apesar do importante papel do Banco Central Europeu (BCE), “não era partidário de um mandato diferente” para esta instituição, que “contribuiu para a frágil, mas ainda assim recuperação na Europa”. 
     Explicou que discordava da compra de obrigações: “Este tipo de política não é normal para o BCE, que já dispõe, por exemplo, de mecanismos de intervenção para evitar a fragmentação financeira”.

     Contudo, “se necessário, o BCE poderia era comprar carteiras de crédito às pequenas e médias empresas da Zona Euro, o que seria, com certeza, uma medida bem recebida”.

    Já em Junho de 2012, no Parlamento, em resposta ao então líder do PS António José Seguro, Passos Coelho opôs-se à compra de dívida por parte do BCE e explicava porquê.

    “Se o senhor deputado entende que o BCE deve actuar em mercado secundário com programas mais intensos de compra de títulos de dívida soberana dos diversos países; se é isto que o senhor deputado entende deixe-me dizer-lhe: não concordo e não preciso de pedir licença a ninguém - nem em Portugal, nem na Europa – para lhe dizer aquilo que penso. Não aceito essa visão porque em primeiro lugar não cabe ao BCE em circunstância nenhuma exercer um papel de monetização dos défices europeus”.

       Mais uns quantos "novos e espontâneos DRAGHISTAS" 

 Aceitam-se sugestões... Quem mais querem aqui colocar????

 (: o Medina C., o Camilo L., o ...  ...  - apareciam/em  em imensos programas de opinião/comentadores nas TV, na rádio e até escrevem 'livros' sobre governação e economia para Portugal ...)

    Achei piada, momentos antes de começar a Quadratura do Círculo tinha partilhado um comentário parecido acerca da decisão do BCE, em que dizia: "Quanto sofrimento, quanta destruição??? podia ter sido evitada se tal decisão tivesse  sido tomada há quatro anos???"

    São ás paletes os vira casacas no CDS e PSD, mais outro com a mesma falta de vergonha do Passos e do "irrevogável" Portas!  Frase da semana, de um "Draghista" renascido: "foram quatro anos de destruição de valor" (sic Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo, SICN)"

 Vamos à saúde e à dignidade humana e os princípios da religião católica.

 (Lagarde, FMI: «a longevidade é um risco financeiro»; Em Portugal já morrem por dia mais de 500;  «Faço o melhor que posso... »- Min. P.Macedo)

     Assustadora é a ligeireza com que o pseudo-Ministro da competência na saúde fala da morte e dos que morrem. Assustador mas na linha de respeito pela dignidade humana. Há mínimos. Este governo não sabe o que é isso.

 700 mortos nada tem de assustador     Ministro Paulo Macedo diz que, em todo o mundo, registo de mais óbitos em hospitais é na urgência.

     As medidas do Governo de contenção da despesa no sector da saúde fizeram com que Portugal acabasse por cortar o dobro do que era exigido no memorando de entendimento com a troika, diz um relatório da OCDE.

 OCDE diz que Portugal cortou na Saúde o dobro do que negociou com a troika

     Relatório destaca cortes nas despesas com o pessoal e “concentração e racionalização” da oferta em centros de saúde e hospitais como principais...

 Ordem dos Médicos denuncia mais casos de cirurgias fictícias em hospitais - Portugal - DN      Centro Hospitalar do Baixo Vouga não será caso único no reagendamento fictício de cirurgias para manter doentes em lista de espera, evitando o pagamento das...

   Mais uma de autoria deste  desGoverno !

 Altice diz que não há compromisso para manter empregos na PT - Economia - DN

     Grupo francês só vai pagar em dinheiro 5,6 mil milhões pela dona do Meo. Negócio pago com emissão de junk bonds.

         JN:  Acesso ao ensino superior :      Colégios inflacionam notas e dão 90% de vantagem a alunos (seus, da privada) !

 'Rankings' das escolas são isentos ?!!   As 'privadas' é que são boas...   Uma educação exemplar ?!

      UNS TÊM PROVAS E NÃO PRENDEM E OUTROS NÃO TÊM PROVAS E PRENDEM. A CORRUPÇÃO NESTE PAÍS COMEÇA POR ONDE NÃO HAVIA DE COMEÇAR

 José Guilherme devia dezenas de milhões ao BES quando deu €14 milhões a Salgado

     Ricardo Salgado disse no Parlamento que "José Guilherme era mais credor do BES do que devedor". Mas em 2013, quando o Banco de Portugal compilou os maiores credores da banca, relacionou o construtor a dívidas ao BES de 223,5 milhões. Desses, 83 milhões estavam em seu nome pessoal.  

    Salgado. Antigo presidente executivo do BES recebeu 14 milhões de José Guilherme /  Alberto Frias.          Em abril de 2013, o Banco de Portugal listou dívidas de €223,5 milhões relacionadas com José Guilherme. Essas dívidas referiam-se a 25 entidades diferentes relacionadas com o empresário, a maioria delas empresas de construção e imobiliário. Daquele valor, 83 milhões estavam mesmo em nome de José Guilherme. Estes dados, apurados pelo Expresso, põem em causa a afirmação de Ricardo Salgado de que José Guilherme, que lhe deu €14 milhões, "nunca precisou do Grupo Espírito Santo para nada". 



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Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2015

Syrisa.Supporters of Alexis Tsipras, leader of Syriza left-wing party, cheer during a rally outside Athens University Headquarters in Athens 



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Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2015

Congresso Democrático das Alternativas

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A "Ordem dos Cidadãos" tem a honra de convidar todos os cidadãos para a tertúlia:

            Tema:   A Reforma do Sistema Eleitoral

            Local:  Auditório da Assembleia da República

            Data/ hora:  22/ Jan / 2015 – 5ª feira, às 19h30m          

- O orador será o Prof. Campos e Cunha  

- Compareça e divulgue.

 

     A Ordem dos Cidadãos é uma associação apartidária sem fins lucrativos, que tem como objectivos divulgar os valores da cidadania entre os portugueses, estimular a responsabilidade social individual e colectiva dos cidadãos através do reconhecimento e pleno exercício dos seus deveres e direitos e dinamizar a participação cívica no desenvolvimento de Portugal.

     Os temas abordados nas anteriores tertúlias da Ordem dos Cidadãos foram:

"A Universidade dos Valores: a Literacia Social na Escola da Cidadania" - Lourenço Xavier de Carvalho;    ​"Participar Contra A Indiferença" - Mendo Henriques Prof. da Católica;    "China: Ignorância e Preconceito" - Guilherme Valente;    "Caçador de Anjos" (tráfico de raparigas) - Isabel Medina;    "Convenção de Istambul" - Mendes Bota;    "Justiça e Corrupção" - Maria José Morgado;   "Serão os Portugueses Menos Felizes que os demais Europeus?" - Rui Brites;   " O Papel da A.R. e dos Deputados na Sociedade Portuguesa" - Joaquim Ponte;    " Corrupção, obstáculo ao Desenvolvimento" - Paulo Morais;    "Funcionamento e Participação no Parlamento Europeu" - Marisa Matias.

      ordemdoscidadaos@gmail.com  ;  http://ordemdoscidadaos.weebly.com  

Ordem dos Cidadãos

Rua António Maria Pais, nº 6, 2º Dto ;   1885-001 Moscavide



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Na Grécia como na Europa, deixem-nos decidir!

 
       Carta subscrita por 222 pessoas (em que me incluo), entregue hoje na Representação da Comissão Europeia em Portugal (Centro Jean Monnet).
       «No próximo dia 25 de Janeiro realizam-se eleições na Grécia, país que vive uma gravíssima crise humanitária provocada por um programa de austeridade. O desemprego e a pobreza aumentaram para níveis insustentáveis e assiste-se ao colapso das instituições fundamentais do seu Estado Social. O programa previa uma estabilização da dívida em 2012, seguida de um decréscimo sustentado, mas a dívida pública em percentagem do PIB em 2014 estava mais de 30 pontos percentuais acima do inicialmente previsto e continua a subir.
      Portugal e outros países da União Europeia também sofreram as consequências desastrosas de políticas de austeridade, que falharam em toda a Europa. No entanto, a Comissão Europeia nunca realizou um balanço crítico das políticas que impôs. Na Grécia, como em Portugal ou em Espanha, 2015 será o ano em que esta política pode ser julgada em eleições legislativas. A democracia coloca aos cidadãos o direito e o dever de fazer escolhas livres e aos partidos políticos a missão de apresentarem programas com caminhos alternativos.
      É inadmissível que, ao longo dos últimos meses, se venham multiplicando declarações de responsáveis das instituições europeias, incluindo comissários europeus, sobre o processo eleitoral na Grécia, carregadas de ameaças mais ou menos veladas, com as quais procuram condicionar as escolhas que só os gregos podem tomar. Tais declarações violam o dever de neutralidade a que estão vinculadas todas as instituições europeias e respectivos titulares, dever esse consagrado no direito comunitário. Estas tentativas de ingerência agravam a crise de legitimidade democrática e o descrédito dessas instituições.
      Nós, cidadãos portugueses e europeus abaixo-assinados, repudiamos qualquer tentativa de chantagem ou condicionamento das escolhas da democracia. Exigimos respeito pelas opções dos cidadãos gregos, como exigiremos respeito pelas nossas. Porque sem democracia não haverá saída para a crise, dizemos: DEIXEM-NOS DECIDIR!»
         Tratou-se de uma iniciativa do Congresso Democrático das Alternativas e a lista completa dos subscritores pode ser consultada AQUI.   (via Entre as brumas da m.)


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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015

Humor  português

humorvamosbateronossoredorddadívidapública.humor40anosde25deabril.humorfiscalidadeverde.

 

 

Potugalândia 

 

      Porquê este privilégio para procuradores e juízes ?

E nas carreiras 'especialíssimas' das finanças, diplomática, etc ?

Funcionários públicos das carreiras gerais iguais aos demais ?

     Porquê o luxo e mordomias de deputados e governantes ?

O que têm os portugueses a dizer a isto ?

Acham que há Justiça e Democracia em Portugal ?!

    Se os políticos e os ricos que os compram nunca vão para o xadrez ?   !!!

 e dizem que ainda querem a «regionalização» do continente, i.e. mais 5 governos, parlamentos e administrações, aquisições de bens e serviços, burocracia, caciquismo, ...  a  fazer  mais  me....  ?!!    vão ...



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Hino aos ajustes directos   (e à opacidade, nepotismo, corrupção, incompetência, ...)

 
     Somos o país dos ajustes directos. Dos ajustes directos aos amigos, às comadres, aos sócios, aos parceiros, aos boys, às amantes e aos incompetentes. Em Portugal é possível que a presidente de uma junta de freguesia contrate por ajuste directo a pessoa que lhe sucedeu na associação onde ela era antes presidente. É possível que uma instituição cultural municipal trabalhe com uma empresa que tem sede na casa da directora dessa mesma instituição. É possível que uma junta de freguesia arrende apartamentos do presidente da própria junta. Ou então que uns Serviços Municipalizados contratem uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas antes desta mesma sociedade ter sido criada. Tudo por ajuste directo.
    Não pode haver maior incentivo ao empreendedorismo que este. Ministérios, direcções-gerais, universidades e autarquias já contrataram empresas mesmo antes de elas existirem legalmente. Somos o país dos boys, girls, filhos e filhas (e netos, sobrinhos, primos, ...) que enlameiam as nossas câmaras, as juntas, os institutos públicos. Perante este cenário, a minha solidariedade com o ex-secretário de Estado Paulo Júlio, que foi agora (o único) condenado a dois anos e meio de pena suspensa por beneficiar num concurso interno um primo, quando era presidente de câmara de Penela. Imaginem como ficariam os tribunais deste país, caso todos os casos de contratação e promoção de boys dessem azo a uma investigação judicial.
     Somos o país do ajuste directo político. Já escrevia Salazar que não tinha outra alternativa que não assumir o cargo de ministro das Finanças. Mas ao longo da nossa democracia multiplicaram-se os messias, os melhores entre os melhores e os mais bem preparados. Foi assim com Cavaco Silva, o homem predestinado. Agora parece que é a vez de António Costa. Está escrito nas estrelas. Inevitável. Incontornável. Mais um ajuste directo da nossa democracia. O mesmo mecanismo que manteve Alberto João Jardim no poder. Deixou a Madeira afogada em dívidas e em obras faraónicas. Mesmo assim, terá direito a um museu pago pela fundação que recebe dinheiro desse mesmo governo regional. Tudo legal e tudo normal.
     Somos o país do ajuste directo à megalomania. É a junta de freguesia que contrata por ajuste directo uma empresa para gerir queixas dos cidadãos. É o TGV porque sim. É o Metro de Coimbra que 20 anos depois, repito, 20 anos depois e 100 milhões gastos continua a não sair do papel. Aliás, o Tribunal de Contas disse que o projecto avançou sem qualquer estudo de viabilidade técnica, económica e financeira. Somos o país que constrói em vez de estudar. E muitas vezes, quando estuda, as conclusões parece que são escritas à medida do promotor. A Expo’98 teve 9,7 milhões de visitantes. Segundo os estudos, devia ter recebido 14 milhões de pessoas. Ou seja, todo o projecto foi pensado para uma escala que não teve. Por isso, estamos a pagar agora as contas da Parque Expo e temos um Pavilhão de Portugal fechado.
     Outro exemplo de megalomania: o aeroporto de Beja. As obras custaram 33 milhões e neste momento o aeroporto não tem qualquer voo comercial. Segundo os estudos, este ano, 2015, devia já estar a receber um milhão de passageiros... Para a ilha de São Miguel foram planeados dois museus de arte contemporânea. Um lançado pelo governo regional PS e outro pela Câmara de Ponta Delgada PSD. Depois há Lisboa, que parece ser a capital dos projectos milionários que não saem do papel. A EPUL, a empresa municipal que devia construir casas para jovens e a preços baixos, gastou 1,6 milhões por um estudo encomendado ao arquitecto Jean Nouvel para a zona de Alcântara. Por sua vez, a Câmara pagou 1,9 milhões a Frank Gehry por projecto para o Parque Mayer que não passou do papel. Agora é a Câmara Municipal de Oeiras que vai construir o novo edifício para albergar os serviços municipais. Vai ser uma torre de 15 andares e vai custar 28 milhões de euros. Tudo legal e tudo normal.
     Tão normal como comprar a cidadania portuguesa. Deixo três sugestões para as imobiliárias especializadas em vistos gold. No Porto, a Casa do Cinema, que era para ser inaugurada aquando do Porto 2001 e só foi terminada dois anos depois, está à venda por 1,5 milhões de euros. Segunda sugestão: estádio de Leiria. Está à venda por 63 milhões. Está como novo. É que o estádio, com 30 mil lugares, tinha uma ocupação média de apenas mil espectadores, e está agora fechado. Terceira sugestão: Pavilhão de Portugal.
     Para onde nos podemos voltar? Para a Presidência da República? A mesma que garantiu que ia começar a publicar os contratos e os ajustes directos e que até hoje não cumpriu? Para o Banco de Portugal? O mesmo que comprou uns 30 automóveis topo de gama por ajuste directo? Para a polícia? A mesma que que teve de anular um concurso por duas vezes porque na primeira prova os agentes foram apanhados a copiar e na segunda um em cada cinco candidatos teve 20 valores porque o enunciado estava disponível em fóruns online? Parece que a única solução é contratar e promover os polícias por ajuste directo.
     Segundo o Relatório de Contratação Pública em Portugal, em 2012, 63 por cento da aquisição de bens e serviços por parte de entidades públicas era feita através de ajustes directos. Os restantes 37 por cento dizem respeito a concursos públicos. E é graças aos ajustes directos que temos empresas criadas à pressa. Nãoconcorrência, transparência e mérito nestes processos. (mas...) Tudo legal e tudo normal. No fim pagamos todos nós.
     Texto de Rui Oliveira Marques, co-autor do Má Despesa Pública, lido durante o encontro Portugal, Quem És Tu?, organizado por Fernando Alvim, esta sexta e sábado em Lisboa .   (-
      Há quase um ano que no Má Despesa Pública vínhamos a denunciar esta situação. Uma parte das juntas de freguesia de Lisboa parece viver à margem da lei. Sucederam-se os nossos posts, sem grandes resultados, a não ser umas breves no Correio da Manhã e na revista Sábado. Agora, com esta investigação do Público, com a devida referência ao Má Despesa, pode ser que a situação mude – pelo menos ao nível da publicação dos contratos no Base.   Seguem alguns excertos do trabalho do jornalista J.A. Cerejo, incluindo os casos revelados em primeira mão pelo Má Despesa sobre Arroios.
     1. É obrigatório mas não cumprem. “Um terço das 24 freguesias de Lisboa não publicitou um único contrato no Portal dos Contratos Públicos entre a posse dos respectivos executivos, em Outubro de 2013, e as vésperas deste Natal. A publicitação naquele portal (base.gov.pt) de todos os contratos de valor superior a cinco mil euros, sejam eles de prestação de serviços, de empreitadas, ou de aquisição de bens e serviços, é obrigatória desde 2008. Sem ela, os contratos não tem eficácia nem pode ser legalmente feito qualquer pagamento relativo a eles.”
     2. Até a junta do professor de Direito não cumpre a lei. “Na quinta-feira passada eram sete — Ajuda, Belém, Carnide, Estrela, Lumiar. Santa Clara, e Santo António — as freguesias que tinham o contador dos contratos deste mandato a zero. A do Lumiar, todavia, inseriu no portal os seus primeiros quatro nesta sexta-feira, horas depois de o PÚBLICO ter falado sobre o assunto com o seu presidente, Pedro Delgado Alves (PS), um professor de direito e antigo director-adjunto do Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros.”
     3. Os boys das juntas. “Daniel Gonçalves, o social-democrata que foi eleito como primeiro presidente desta freguesia, já empregou pelo menos 10 pessoas ligadas à máquina autárquica do PSD de Lisboa. Esta autarquia é no entanto uma das que mais contratos tornou públicos e das que mais cedo começou a cumprir essa obrigação legal. A seguir às Avenidas Novas, as freguesias criadas em 2013 que têm boys facilmente identificáveis, entre as nove que já estão a divulgar os contratos, são a Misericórdia (3), Arroios (2), Santa Maria Maior (2), Alvalade (1) e Areeiro (1).”
     4. Exemplo de boy das Avenidas Novas. “Na lista dos avençados das Avenidas Novas está também Ismael Ferreira, um conhecido dirigente do PSD de Lisboa e José Cal Gonçalves, candidato na lista de Fernando Seara à Câmara de Lisboa em 2013 e secretário da Comissão Política do PSD de Lisboa”.
     5. A super Guia d'Escolhas. “Quem também se transferiu de São Domingos para as Avenidas Novas foi a Guia d’Escolhas, uma sociedade unipessoal que trabalha na área da psicologia e que tinha sido contratada por Rodrigo Gonçalves no mesmo dia em que este contratara a CSDO. Em Janeiro de 2014 assinou um contrato de 72 mil euros com Daniel Gonçalves e uma semana depois foi a vez de o marido da
proprietária da Guia d’Escolhas, Marques de Melo, ser contratado para as Avenidas Novas, por 59.400 euros, como coordenador de projectos da área social.”
     6. Vogal numa freguesia, avençado noutra. “No caso da Misericórdia, a socialista Carla Madeira atribuiu uma avença mensal de 1300 euros a Nuno Dias, um colega de partido que é vogal da Junta de Freguesia de Bobadela.
     7. Misericórdia, a junta que contrata quem é eleito. “Igualmente contratada como assessora — por mil euros mensais e, como sempre acontece nestes casos, sem horário de trabalho e sem dependência hierárquica e disciplinar — foi Eunice Gonçalves, eleita no actual mandato, na lista do PS, para a Assembleia da freguesia que a contratou.”
     8. O troca-troca das juntas. “Em Alvalade, também de maioria PS, foi escolido António Beja Pereira para assessor político do presidente André Caldas, por 2.075 euros mensais. António Beja Pereira foi candidato pelo PS à Freguesia das Avenidas Novas nas últimas eleições. Logo ao lado, no Areeiro, Fernando Braancamp (PSD) atribuiu uma avença mensal de 1600 euros a Diogo da Silva Cunha. Este advogado social-democrata foi presidente da assembleia da antiga freguesia do Alto do Pina, quando Braancamp presida à respectiva junta.”
     9. Os boys que acumulam salários graças ao partido. “No Beato, o contemplado pelo socialista Hugo Xambre foi Joel Galvão, que passou a acumular 1300 euros por mês com os 2 mil que já recebia como assessor do PS na Assembleia Municipal de Lisboa. Em São Domingos de Benfica, o também socialista José Cardoso contratou como consultor o arquitecto Rui Filipe Carvalho, deputado do seu partido na Assembleia de Freguesia de Carnide. O contrato foi feito através da empresa Metrikstage e tem um contrapartida mensal de 2.500 euros.”
     10. O longo Abraço de Margarida Martins. “No caso da nova freguesia de Arroios um dos seus avençados é Gonçalo Lobo, um psicólogo que ocupou o lugar de Margarida Martins na presidência da associação Abraço, precisamente quando esta foi eleita presidente da junta, à frente da lista do PS. Gonçalo Lobo é agora seu assessor para a área social e recebe 700 euros mensais. Outro avençado é João Valente Pires, um funcionário da Câmara de Lisboa, a tempo inteiro, que é casado com a socialista que preside à assembleia da mesma freguesia de Arroios e recebe mil euros por mês como consultor da freguesia.”
----- ... mas há mais, muito mais: em tantas autarquias, órgãos, serviços, institutos, ... - clic o Má Despesa Pública   e revolte-se ao carregar nas etiquetas e ler os 'posts'.
-----  e dizem que ainda querem a «regionalização» do continente, i.e. mais 5 governos, parlamentos e administrações, aquisições de bens e serviços, burocracia, ... e a fazer mais m....  ?!!   vão ...


Publicado por Xa2 às 07:40 | link do post | comentar | comentários (1)

Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015

É bom lembrar     Critério dos salários é curto     (-por V.Dias, tempo das cerejas2)
 

Não é que estes dados só por si, já não digam muito mas, perante eles, convém lembrar que o que verdadeiramente dá a medida da situação criada aos trabalhadores portugueses não são apenas a queda nos salários mas sim a queda do rendimento disponível como resultado designadamente dos agravamentos fiscais.


Publicado por Xa2 às 07:51 | link do post | comentar | comentários (5)

Por uma vitória da Grécia e dos povos da Europa   (14/1/2015, entre as brumas)

  A catástrofe humanitária em curso na Grécia terá um ponto de viragem no dia 25. Nesse dia, se se confirmarem as sondagens que dão a vitória ao SYRIZA, as eleições podem colocar o país, destroçado pela austeridade da troika e de sucessivos governos neoliberais, no caminho da soberania democrática. Será um momento decisivo para todas as pessoas que vivem na Grécia.

     Também será um momento importante para quem vive em Portugal, na Irlanda e em todas as sociedades sufocadas por uma farsa económica. Os programas de ajustamento estrutural fabricaram sociedades divididas. Se não lutarmos contra isto, essas sociedades entrarão num colapso definitivo e irreversível. Este não é o único caminho. A política pertence ao domínio dos seres humanos e não ao domínio da física.

     A chantagem exercida pelas instituições europeias e pelo governo de coligação sobre quem tem o direito de exercer o voto livremente é inaceitável, mas tem uma vantagem: mostra-nos que temos o dever de assumir uma posição. Essa posição é clara: só um governo de esquerda pode destruir o bloqueio da dívida e da destruição social. O direito soberano de decidir sobre o destino colectivo pertence a quem vive na Grécia; o dever solidário de dizer o que pensamos e queremos pertence a quem vê estas eleições como mecanismo de desbloqueio.

     Se a esquerda vencer, a dívida deixará de ser sagrada. Se a esquerda vencer, o euro e o Tratado Orçamental deixarão de ser sagrados. Se a esquerda vencer, o destino colectivo deixará as mãos de quem só gosta de eleições e liberdade quando as decisões são tomadas em gabinetes fechados por peritos convencidos da sua superioridade e oferecidas, com um laço em cima, a quem persiste numa luta ingrata pela sobrevivência.

     Esse destino colectivo voltará às mãos a que nunca deixou de pertencer: a quem vive na Grécia. Uma vitória da esquerda significará a vitória sobre os tabus que nos impõem a partir do eixo Bruxelas-Frankfurt-Berlim. E, se a esquerda vencer, uma frente internacionalista unida ganhará força para questionar as verdades adquiridas dos mercados, das finanças e da especulação. As mesmas verdades adquiridas que nos impõem todos os dias.

     Se a direita vencer, essa terá sido a decisão da maioria dos eleitores gregos. Mas não terá sido uma decisão livre de condicionamentos. A Comissão de Juncker não se manifesta acerca do escândalo Luxleaks, mas vai a Atenas para amedrontar pessoas e famílias que, ao longo de anos, têm resistido ao novo europeísmo, autoritário e gerador de miséria. O BCE de Draghi resgata bancos privados, mas promete apertar o garrote sobre um futuro governo de esquerda. O FMI de Lagarde reconhece não saber como ajudar a Grécia a recuperar, mas sabe que não quer a esquerda no poder.

     Estão com medo. Ainda bem. Quer dizer que, afinal, há alternativas. Sabemos que essas alternativas podem não ir tão longe como alguns gostariam e irão mais longe que o desejado por alguns aliados de circunstância. É bom que assim seja. A política foi feita para definirmos, em conjunto, o nosso destino colectivo. Não foi feita para aumentar os lucros de empresas transnacionais e fundos de investimento. Depois destas eleições, os aliados de circunstância podem inventar as acrobacias que quiserem: se a esquerda vencer, a dívida e o euro já não serão ícones sagrados.

    Quem vive na Grécia decidirá. Nós já decidimos de que lado estamos.

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Alexis Tsipras  (SYRIZA): 
«El 25 de enero Grecia cerrará la puerta al pasado. La victoria de Syriza es la esperanza del cambio para el mundo del trabajo y de la cultura europeos. Desde la oscuridad de la austeridad y el autoritarismo a la luz de la democracia, la solidaridad y el desarrollo sostenible. Pero Grecia es solamente el inicio del cambio que viene por el Sur de Europa.»      Na íntegra AQUI.

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"O verdadeiro risco está dentro da Zona Euro. Estagnação, deflação, desemprego elevado, esforços inúteis do Banco Central Europeu (BCE). E não está tanto na Grécia como se julga, mas na Itália e em Espanha", diz Daniel Stelter, ex-consultor do The Boston Consulting Group, e atual fundador e presidente do think tank alemão Beyond the Obvious (além do óbvio) de Berlim.

    Os políticos europeus não querem dizer a verdade aos europeus e, por isso, fizeram como que uma externalização, um outsourcing, para o BCE gerir a crise - é a imagem usada por este especialista alemão. "Mas o problema é que a política monetária pode estabilizar, mas não cura", avisa o autor de "A bomba de um bilião de dívida" e "Dívida no século XXI", a poucos dias da reunião do BCE mais esperada dos últimos anos.

    Stelter falou ao Expresso em cima de um tsunami provocado pelo Banco Nacional da Suíça:   "A decisão dos suíços não foi o primeiro cisne cinzento do ano, mas o primeiro canário dentro da mina de carvão. Coisas bem maiores virão junto". Guerra de divisas, recaída na recessão mundial, esgotamento da atuação do BCE são cenários que ele não descarta.     ...  -por  

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Dívida pública. Irlanda a favor de conferência conjunta com Portugal, Grécia e Espanha

     Riqueza dos mais abastados (1%) vai superar a da restante população em 2016
"A escala da desigualdade global é simplesmente estarrecedora", afirmou Winnie Byanyima, alertando para o rápido aumento do diferencial entre os mais ricos e o resto do mundo.  ...



Publicado por Xa2 às 07:41 | link do post | comentar | comentários (4)

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