Pela democracia, nós tomamos partido
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Vivemos tempos que impõem uma tomada de posição. O que se está a passar em Portugal representa uma completa subversão do regime democrático. Os sinais avolumam-se diariamente e procuram criar as condições para impor ao país uma solução rejeitada nas urnas pelos portugueses.
Com base numa suposta preocupação com a «liberdade de expressão», que não está nem nunca esteve em causa, um conjunto de pessoas tem fomentado a prática de actos nada dignos, ao mesmo tempo que pulverizam direitos, liberdades e garantias. É preciso recordar: à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política.
Num País, como o nosso, em que os meios de comunicação social são livres e independentes, parte da imprensa desencadeou uma campanha brutal contra um Primeiro-Ministro eleito, violando a deontologia jornalística, as regras do equilíbrio democrático e as bases em que assenta um Estado de Direito, em particular o sistema de justiça. Reconhecemos, e verifica-se, uma campanha diária, sistemática e devidamente organizada, que corresponde a uma agenda política contrária ao PS e que se dissolve tacticamente na defesa de uma suposta liberdade cujos autores são os primeiros a desrespeitar.
Não aceitamos ser instrumentalizados por quem pretende que um Primeiro-Ministro seja constituído arguido nas páginas dos jornais, tal como já aconteceu noutras ocasiões num passado recente, alimentado um chocante julgamento popular que tem por base a violação dos direitos individuais e a construção de uma tese baseada em factos aleatórios, suspeições e vinganças pessoais.
Defendemos o interesse público e o sistema democrático para lá de qualquer agenda partidária. Os primeiros signatários são militantes do PS mas redigem este manifesto na qualidade de democratas sem reservas, abrindo-o a todos os portugueses que queiram associar-se a um repúdio público pelo que se está a passar. Recusamos esta progressiva degenerescência das regras do Estado de Direito e não aceitamos que se procure derrotar por meios nada lícitos um Governo eleito pelos portugueses, nem tão pouco que se procure substituir o sistema de Justiça por um sistema de julgamento mediático.
Pela democracia e pelo respeito da vontade popular, nós tomamos partido.
Os primeiros signatários,
Tiago Barbosa Ribeiro e Carlos Manuel Castro
Porto e Lisboa, 13 de Fevereiro de 2010
De Memória curta?? a 14 de Fevereiro de 2010 às 15:10
“Os sinais avolumam-se diariamente e procuram criar as condições para impor ao país uma solução rejeitada nas urnas pelos portugueses.”
O que está a acontecer actualmente é uma “reprise” do que aconteceu em 2004/2005
Estão esquecidos? Não foi assim há tantos anos. E até com um governo de maioria absoluta.
Onde andavam os subscritores da petição nessa altura?
De Loucura colectiva a 14 de Fevereiro de 2010 às 19:36
Que grande confusão
Onde estão as semelhanças de “reprise”?
O comentador poderá ter alguma razão na falta de coerência de certas tomadas de posição, como já vai sendo habitual em todos os quadrantes políticos. Mas, daí a afirmar que existem semelhanças sem dizer quais são é demagogia barata, alem de desonestidade política e pessoal.
De Memória Curta?? a 14 de Fevereiro de 2010 às 21:59
Diz o povo e com razão, que não há pior cego do que aquele que não quer ver.
onde estão as semelhanças? Vou então repetir:
“Os sinais avolumam-se diariamente e procuram criar as condições para impor ao país uma solução rejeitada nas urnas pelos portugueses”
Este é parte do texto actual do “Manifesto”, mas poderia muito bem ser utilizado, sem qualquer modificação, aquando da queda do governo de Santana Lopes.
Porque não emigra para a Coreia do Norte, seguramente que o Grande Líder apreciaria extremosamente a sua cega fidelidade.
De
DD a 14 de Fevereiro de 2010 às 20:26
Muito bem, eu subscrevo inteiramente este Manifesto e não vejo nenhuma confusão com outros ataques a Sócrates.
De ...Levar a mal tudo isto ( avacalhado) ! a 17 de Fevereiro de 2010 às 16:12
Insensatez
Depois de meia dúzia de jovens empolgados terem convocado uma manif de bota-a-abaixo que não chegou a encher um triângulo de passeio, vêm agora outros tantos pretender coisa de sinal contrário e recolhem assinaturas que mais não são do que registos anónimos e sem qualquer controlo, para provarem que "o povo unido, não está arrependido".
Portugal continua a ser a galhofa da Europa que já só não ri a bandeiras despregadas, como antes, porque se começa a assustar com tanta falta de bom senso. Uma democracia virtual, não baseada na cidadania mas nos bits e nos teclados de meia-dúzia de telelés que pretendem valer mais do que "um homem, um voto".
Uns e outros fingem esquecer que há preceitos e formas constitucionais válidas para medir a censura e a confiança e chamam cidadania a tretas da NET que são viciadas por definição. Entretanto as regras da Constituição ficam guardadas para melhores dias, bem como a democracia parlamentar que por elas se rege.
Nós sabemos que é Carnaval mas as pessoas, mais dia, menos dia, vão mesmo começar a levar tudo isto a mal.
LNT , [0.071/2010] A Barbearia
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Alguns comentários:
Anónimo:
Façam o exercício de ir ao país real, senhores de Lisboa e riam, riam até mais rir
Pézinhos N' Areia disse...
tem uma certa razão Caro Barbeiro
a palavra certa é:
- AVACALHAR.
Tudo !!!
E este TUDO começa a dar-me náuseas.
Mas o que me preocupa deveras são os desempregados sobretudo, os de longa duração, os que têm mais idade, e ... os idosos solitários que morrem de frio em Lisboa, ou em incêndios nos prédios centenários de Lisboa.
Anônimo disse...
Não sou PS, mas votei PS!
Assinei a petição, acho que se devia colocar o nº de BI.
Não percebo a sua "raiva" (limitação minha!).
Uma petição não é nenhum atentado à Democracia, seja ela qual for!
Duarte
Kruzes Kanhoto disse...
Gostamos de mentirosos e toleramos corruptos. Invocamos as decisões da justiça quando nos servem mas desdenhamos delas quando solta criminosos. A credibilidade é coisa que, de facto. não nos falta. A todos.
Luis Novaes Tito disse...
Duarte
Eu sou PS e votei PS. Não assino este tipo de coisas porque não lhes reconheço qualquer tipo de credibilidade.
Aliás, como sabe, ninguém assina coisa nenhuma. Aquilo é só uma lista de nomes sem qualquer certificação, feita sabe-se lá por quem e em nome de quem.
Não existe nenhuma raiva, o que existe é, como diz a "Pezinhos na Areia" lá mais para cima, o "avacalhamento" total da democracia.
Como não gosto que me passem atestados de estupidez recuso-me a participar na feitura deles.
É tudo.
16 de fevereiro de 2010
nice muito obrgado! ler isto é extremamente belíssimo. aquela entrada é mesmo fantástico.. paxei a ser seguidor aqui do website.. abrçs
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