Carta do Embaixador de Espanha em Portugal – interceptada pela Directoria Anti-PS dos serviços de escuta e intercepção de e.mails da PIDE da Rua Gomes Freire na passada Primavera.
Estimado Sr. Ministro
Excelência e Camarada
O ministro português com o pelouro da segurança interna declarou ontem à imprensa que não há elementos da ETA a operarem em Portugal.
Esta afirmação deixou-me estupefacto, pois dias antes tive uma entrevista confidencial com o ministro e disse-lhe que os nossos serviços secretos têm indícios e, mesmo dados, sobre a presença de operacionais da ETA em Portugal e até sabemos que estão em vias de instalarem verdadeiras fábricas de explosivos que poderão produzir toneladas dos mesmos para grandes atentados em Espanha e recordei os nossos laços de amizade e que o governo do Sr. Zapatero, sendo socialista, é um governo irmão.
Logo à entrada, o Ministro foi bastante seco. Não foi malcriado, mas limitou-se a um simples bom dia e como está V. Excelência e depois da minha intervenção, deixou-me estupefacto ao dizer que isso são calúnias dos órgãos da comunicação social e que o SIS não detectou nada. Ainda acrescentou algo que não percebi ao dizer: isso de artilharia civil em Portugal foi nos tempos da Carbonária, já não se fabrica nem se pratica no País.
Verdadeiramente não percebi o que queria o ministro dizer, mas ao consultar na Wikipedia o tema Carbonária verifiquei que se tratavam de explosivos e bombas de mão de fabrico artesanal, muito utilizadas por uma milícia secreta republicana.
O ministro, ao contrário do que era antes habitual, não entabulou muito mais conversa, mas disse que há outras bombas que não as de dinamite e há bombas espanholas lançadas em Portugal que visam abater o Governo PS.
Ainda perguntei que bombas eram essas, mas o Ministro disse: não vale a pena falar ou pensar no assunto, é mau para nós, mas deixá-lo, temos que viver com essas bombas como vocês têm de viver com a ETA.
Antes de me despedir, insisti em saber o que queria dizer e disse que fiquei preocupado, mesmo muito preocupado, mas o Ministro limitou-se a estender-me a mão e dizer adeus e passe bem.
Isso foi numa quinta-feira e informei o staff para tentar descortinar a chave do enigma e ninguém conseguiu arranjar uma explicação.
No dia seguinte, sexta-feira, liguei para o nosso canal de televisão e então fez-se luz na minha cabeça. Vi uma senhora atacar o PM Sócrates com uma violência verdadeiramente BOMBISTA, nunca tinha visto tal numa televisão e compreendi o sentido das palavras do Ministro.
Por isso, aconselho a que actuemos no nosso canal televisivo em Portugal, pois não temos interesse em ver as relações entre os nossos países perturbadas por uma verdadeira louca com a cara cheia de botox, tanto mais que somos nós que temos muito mais a perder e não devemos esquecer que essa televisão é nossa. Sim, uma louca não pode colocar em pé de guerra cinquenta milhões de ibéricos.
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