Por vezes, Portugal resvala para a política e põe-se a discutir assuntos como se eu fosse um dos donos disto. Isto é, como se eu fosse um cidadão. Falo do caso Inês de Medeiros, um caso político. Agarro-o antes que voltemos a telefonemas escutados, conversa sem valor acrescentado. Inês de Medeiros é deputada por Lisboa e mora em Paris. Uma sorte! Falo da nossa sorte: podia dar-se o caso de ela ser deputada por Lisboa e morar em Aukland (Nova Zelândia). Sendo o que é, Lisboa e Paris, a coisa fica-nos por 4500 euros/mês (todas as semanas, em executiva). Tudo começou porque, generosos, os serviços parlamentares quiseram transformá-la em deputada eleita pelo círculo da Europa para efeitos de pagamento. Eu pensava que um deputado era só para efeitos de deputar. Por exemplo, sendo do círculo da Europa é natural que se lhe pague para ir falar semanalmente com os seus eleitores. Todas as semanas? Seja, o Parlamento é que decide o seu ritmo. Em executiva? Aí, já discutia um pouco, mas dou de barato. Agora, que Inês de Medeiros queira regalia por aquilo que não trabalha, não. Eu também disse ao meu patrão que queria uma viagem semanal Lisboa- Key West, na Florida (uma mania minha). "Não", disse-me ele. É, Inês de Medeiros, o que eu, dono disto, lhe digo. Adoro discussões políticas.
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