De incrédulo a 5 de Maio de 2010 às 00:03
E o amigo "Zé Povinho" acredita que não vai ser paga de outra maneira?
Seguramente que a cúpula do PS encontrou alguma forma de "engenharia financeira" capaz de subsidiar tão ilustre e profícua deputada. Ela sempre afirmou” eu é que não pago”.
Aliás, o insigne socialista Francisco Assis (FA), veio a terreiro, através do Jornal Público defender a sua dama, e à boa maneira socialista, muitas palavras mas pouca obra. Diz nomeadamente que, e passo a transcrever:"Acedeu a participar activamente na vida política portuguesa. Fê-lo em nome de causas, de um projecto e de uma esperança. Trouxe consigo o seu percurso..."
Quantos militantes do PS, anónimos, não participaram e participam activamente na vida política portuguesa. Mais, fazem-no em nome de uma causa socialista, bem identificada. No entanto nunca foram convidados pelas estruturas de topo do PS para ocuparem lugares de deputados. E seguramente que não iriam exigir despesas suplementares da AR em seu benefício.
Mas diz mais FA :” Antes de ser deputada, Inês de Medeiros tinha uma história, quer no plano profissional, quer no âmbito da intervenção pública. Foi essa história que a conduziu à Assembleia da República. A sua biografia tem densidade e significado. No cinema e no mundo da cultura em geral, Inês de Medeiros percorreu um caminho, construiu o seu próprio percurso. Que é, aliás, conhecido e respeitado”
Também aqui, a agora deputada independente tem uma história, que FA omite, mas que passa sobretudo por trabalhos subsidiados pelo Estado, ou seja, pelos impostos que muitos portugueses pagam. Como exemplo do que afirmo estou a lembrar-me de um filme, integralmente subsidiado, sobre o 25 de Abril, cuja adesão da população foi mínima. Da sua biografia, talvez o que sobressaia mais seja o facto de ser filha de Vitorino de Almeida. Mas nós não vivemos em Monarquia, ou vivemos?
Seria interessante que FA esclarecesse um pouco o que entende por “biografia com densidade e significado” e poderá mesmo ir mais longe e dizer-nos com que suporte financeiro foi construído o seu caminho. È que estou convencido que com os mesmos apoios financeiros que Inês de Medeiros tem recebido, haverá muitos portugueses capazes de construírem caminhos bem melhores.
Mas vai mais longe FA, mostrando o que pensa do papel de deputado, quando diz “Como deputada ela é herdeira da sua própria vida”. Ou seja, alcançado o estatuto de deputado, acabam-se as ligações com o partido político pelo qual foi eleito (como se fosse possível concorrer sem ser através de um partido político a deputado), e com isso as obrigações que se assumiram com o partido político e com os eleitores, valendo apenas aquilo que o seu interesse pessoal determina. E é este sr. líder parlamentar de uma bancada de um partido ainda denominado socialista.
Não haverá no espectro político partidos onde FA se enquadraria mais espontaneamente, ou será que o actual PS está ainda muito mais á direita do que eu penso?


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