Numa análise que fiz ao Post “Outra economia e alteração da zona euro” apresentei como uma das soluções (não a única) para a redução do défice orçamental, a redução substancial de desperdícios. Hoje, ao ler uma crónica de Helena Matos publicada no jornal Público de 27 do corrente encontrei um apoio a esta solução.
Entre outras coisas, diz ela: ” Mas não existem impostos capazes de sustentar uma administração pública, a portuguesa, que gasta o que não tem no que não deve. Consulte-se, por exemplo, o portal disponibilizado pela Associação Nacional para o Software Livre que dá conta do universo dos ajustes directos. É um mundo que pode ir dos 784 mil euros gastos em agendas por municípios, empresas públicas e institutos, nos anos de 2008 e 2009, aos 123 mil euros gastos pela EPAL em cabazes de Natal…”
Mais adiante: “Os ajustes directos do Estado são os trocos da despesa feita com o dinheiro dos contribuintes. Mas são trocos que já nos levam 1,2 por cento do PIB…”
Sobre os brindes diz: “o município de Loulé é um caso digno de estudo em matéria de brindes: em Outubro de 2009, o dito município achou oportuno despender 54.965 euros em brindes, sendo certo que já em Julho do mesmo ano afectara quase 19 mil euros à mesma rubrica. Mas não acaba aqui a relação de Loulé com os brindes: tudo somado, durante 2009 o município de Loulé gastou 122 mil euros em brindes. Convenhamos que é muito brinde!
Multipliquem pelas autarquias do país e verificarão que não é tão desprezível assim.
Mas não se fica pelos brindes. Aborda também o carnaval em Loulé. Sobre este diz, e ainda não foi desmentida, que: “Note-se que esta contabilidade dos brindes não inclui o Carnaval, festividade que deixa de ter qualquer graça quando se percebe que, entre 2008 e 2010, nos custou mais de dois milhões de euros. A parte do leão das despesas carnavalescas, ou seja, um milhão, vai para os carros alegóricos, mas a despesa carnavalesca de que não me consigo libertar são os 73 mil euros gastos em "saquinhos (almofadas anti-stress) de arremesso" que o município de Loulé comprou no ano de 2009. Menos entendo que a Contratação dos serviços do actor Angélico Vieira, para Rei do Carnaval (desfile), em Vila Real de Santo António nos tenha ficado em mais de 16 mil euros.
Termina a crónica dizendo: “Exemplos não faltam. Basta ir procurá-los a http://transparencia-pt.org/Meia hora de pesquisa é suficiente para concluir que ou conseguimos que a administração pública ganhe juízo ou então só nos resta dedicarmo-nos ao espiritismo e colocarmos o Alves dos Reis na Casa da Moeda. Creio que já estivemos mais longe.
Os romanos davam circo e pão para manterem a população alienada. O que nos separa são cerca de 2000 anos.
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