11 comentários:
De Zé T. a 22 de Junho de 2010 às 14:18

Chumbos estão a diminuir devido a limpeza nas estatísticas

Os alunos com mais dificuldades deixaram de entrar nas contas do ensino regular, onde estão incluídas as taxas de retenção
[Clara Viana, Público.pt, 13-06-2010, via MIC ]

É uma relação de causa e efeito que está patente nas estatísticas dos últimos anos divulgadas pelo Ministério da Educação:
(ainda) mais do que a um alegado (real) maior facilitismo dos exames,
a queda abrupta de chumbos entre os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário tem ficado a dever-se sobretudo ao número crescente de jovens "desviados" para as vias profissionalizantes,
na sequência de uma reforma aprovada em 2004 pelo ministro do PSD, David Justino, e que foi concretizada e ampliada nos anos seguintes pela ministra socialista Maria de Lurdes Rodrigues


"Indirectamente, induziu-se assim uma melhoria dos resultados que, infelizmente, não tem a ver com uma melhoria da qualidade do ensino ou dos alunos. Trata-se tão-só de um efeito estatístico", frisa ao PÚBLICO Joaquim Azevedo, membro do Conselho Nacional de Educação e investigador da Universidade Católica do Porto.

Muitos dos jovens que estão nas vias profissionalizantes eram alunos com dificuldades. Agora podem concluir os seus estudos sem realizar exames nacionais e com processos de avaliação interna nas escolas menos exigentes do que aqueles em vigor para os alunos do chamado ensino regular.
A sua prestação deixou também de contar para o cálculo das taxas de retenção e de transição, já que estes são indicadores que apenas expressam a situação no ensino regular, onde geralmente estão os alunos que tencionam prosseguir estudos.

Entre 2006 e 2009, o número de estudantes nas vias profissionalizantes do secundário subiu mais de 50 por cento, enquanto o número de jovens no ensino regular desceu quase 11 pontos.

Em consequência deste duplo movimento, no ano lectivo passado a percentagem de alunos nos cursos profissionais representava já 36,6 por cento do total.
Neste período de tempo, a taxa de retenção no secundário, ou seja, a relação percentual entre o número de alunos que não puderam transitar para o ano seguinte e o número de matriculados nesses anos lectivos, desceu quase 12 pontos, passando de 30,6 para 18,7.

No 3.º ciclo, a taxa de retenção passou de 19,1 em 2006 para 13,7 em 2008. Em 2009 ficou-se nos 13,8.
Este grande trambolhão nos chumbos dá-se no final do ano lectivo que foi também o da primeira grande expansão dos chamados Cursos de Educação e Formação (CEF).

Estes cursos CEF são destinados aos jovens com mais de 15 anos que têm um historial de retenções.
O número de inscritos nos CEF representa cerca de 10 por cento dos matriculados no 3.º ciclo.
De 18.224 inscritos em 2006 passou-se para 43.984, um suplemento de quase mais 26 mil alunos. Que são quase tantos como os que o 3.º ciclo do ensino regular perdeu durante esse período.

Há quatro anos, estes alunos entravam para as estatísticas do ensino regular, o que agora não acontece.
"Isso tem um efeito nos resultados porque estes 10 por cento são os estudantes que, à partida, tinham mais dificuldades, são os piores alunos", sublinha Joaquim Azevedo.
Nas escolas, o processo está em curso agora, antes das reuniões finais de avaliação. Os directores de turma e os serviços de psicologia e orientação chamam os encarregados de educação dos alunos repetentes que se encontram em risco de chumbar de novo para propor a transferência para cursos profissionalizantes.
...


De CEF, Novas Oportunidades e Rev.Estatísti a 22 de Junho de 2010 às 14:21
Maioria sem exames

Em muitos casos, a passagem do aluno é decidida em função da aceitação desta alternativa - poderá transitar de ano, no mesmo nível, se trocar o ensino regular por um curso profissionalizante, que lhe dará a equivalência ao 6.º, 9.º ou ao 12.º ano, consoante as habilitações que já possuir no acto de transferência.

Já esta semana, o Ministério da Educação deu por concluída outra revolução estatística:
incluiu, pela primeira vez, os adultos das Novas Oportunidades, abrangidos pelos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), entre a população inscrita no 3.º ciclo e no secundário no ano lectivo de 2008/09, que é o último de referência.

O Ministério da Educação justifica a alteração com o facto de, nos últimos anos, esta modalidade ter vindo a substituir gradualmente o ensino recorrente, também procurado por adultos, mas não só, e que era, e continua a ser, contabilizado para o número de matriculados.
Através dos adultos em RVCC, cerca de 20 por cento do total, o número de matriculados que é apresentado no secundário ultrapassou os 470 mil, o que representa um acréscimo de mais 130 mil por comparação a 2005/06.

Como o número de alunos do ensino regular continua em retracção e o dos cursos profissionais se mantém em expansão, a soma dos adultos das Novas Oportunidades significa também que quase 60 por cento da população que o Ministério da Educação apresenta agora como estando no ensino secundário não precisará de realizar exames nacionais para concluir o 12.º ano ou equivalente.

O mesmo se passa, mas com os exames do 9.º ano, com cerca de 40 por cento das 500 mil pessoas que o ME dá também como inscritas no 3.º ciclo.



De DD a 22 de Junho de 2010 às 23:01
Durante anos a fio lamentou-se o fim das escolas industriais e comerciais, mas no meu tempo de jovem eram criticadas como sendo escolas para as classes mais baixas e para o exercício de profissões manuais ou para pequenos empregados de comércio, se bem que o único Nobel da Literatura em língua portuguesa tenha tirado apenas o curso da escola industrial.
Para um ensino dito mais justo sem classes sociais acabaram com as escolas profissionais, o que representou um erro, pois o ensino profissionalizante deveria ter sido alterado e não começar aos 10 anos de idade, mas bem mais tarde como acontece agora e integrar o exercício da profissão como acontece com as "novas oportunidades".
O modelo actual não é mau e fundamentalmente cria uma ligação entre estudo e profissão, mesmo que não seja muito estudo.
Há muitos alunos que não gostam de estudar. Por isso é útil fazê-los entrar numa via profissionalizante e levá-los a pensar no que poderão a fazer a chumbá-los indiscriminadamente e deixá-los abandonar o sistema como frustrados sem qualquer linha de rumo para as suas vidas e ir para a rua à procura de qualquer coisa que nem sabem o que deverá ser. Assim, têm o apoio de psicólogos e professores que os procuram orientar em função das suas capacidades.
A crítica de se estar a trabalhar para as estatísticas é absurda e de uma profunda má fé e anti-social. Todos têm direito a uma profissão e compete ao sistema escolar procurar, pelo menos, uma solução para os alunos que não querem continuar os seus estudos e não atirá-los fora como trapos sujos.
Ninguém percebe a essência socialista do nosso sistema escolar que é humanista e pretende estar ao serviço de todos os alunos e não apenas de alguns. Claro, a maior parte dos professores não foram educados e treinados para serem professores sociais e, menos ainda, socialistas, mas lentamente não podem deixar de se adequarem ao sistema duplo de ensino livresco e profissionalizante
Há tempos estive a ler na Net a estrutura de cursos profissionalizantes e vi que em Sines pode tirar-se um excelente 12º ano adequado às indústrias químicas e petrolíferas e em Torres Novas há um curso adequado à indústria do papel e assim sucessivamente.
Os alunos das vias profissionalizantes podem prosseguir os estudos e tirar uma licenciatura especializada
Num oftalmologista onde compro óculos e lentes trabalha uma rapariga que tirou o 12º ano profissionalizante de oculista e o patrão disse-me que estava mito bem preparada. Antes, metia um aprendiz e ele tinha de ensinar tudo, hoje há pessoal já preparada que com um pouco de prática se tornam perfeitos profissionais
A situação em Portugal é a seguinte: se os alunos chumbam e são obrigados a sair das escolas critica-se o governo por isso; se não acontece, mas seguem vias profissionalizantes critica-se o governo como estando a falsear os estudos e a dar diplomas profissionalizantes com equivalência ao 12º ano.
Enfim, para os inimigos do povo, tudo é mau, mas não apresentam alternativas e a de que todos devem ter uma licenciatura é excessiva e desnecessária como é a de deitar fora para a rua os maus alunos sem qualquer diploma ou conhecimento.


De não qualidade da educação e ensino a 23 de Junho de 2010 às 23:36
Ontem, o Público, ouviu vários docentes universitários sobre a preparação dos alunos à entrada da Universidade. O que eles disseram:

Sem hábitos de trabalho
Sem capacidade de sacrifício
Conhecimentos superficiais
Não sabem quanto é um meio mais um meio
Contam pelos dedos
Chegam infantilizados
Entram com a preparação da antiga 4ª classe


De Educarrota a 23 de Junho de 2010 às 23:49
O "GADGETISMO"
Por Santana Castilho *

Com esta desumana fórmula de gerir escolas, ...

A dúvida assalta-me a cada nova acometida:
a sucessão das etapas desagregadoras da educação nacional foi planeada à distância? Olho para os protagonistas e logo rejeito.
Mesmo para urdir estrategicamente a maldade mais odiosa é necessária uma inteligência que não possuem. Actuam à bolina e move-os um só desígnio:
embaratecer o custo do trabalho honesto de muitos para enriquecer uns tantos, protegidos pela burqa da legalidade podre que corrói o país.
Anima-os uma cultura: o "gadgetismo" bacoco. Suporta-os o sonambulismo cívico da nação.

Aos Magalhães, aos quadros interactivos e a toda a corte de gadgets electrónicos, enganosos salvadores da ignorância que floresce, acrescentam-se agora os gadgets pedagógicos e organizacionais do momento:
a learning street e os megagrupamentos de escolas.

Sob os auspícios da Parque Oculta, dizem-me que José Trocado executa o comando de José Trocas-Te:
um megagrupamento de escolas por concelho.

Exagero ou não, tanto faz. Facto é que as direcções regionais iniciaram a fusão dos agrupamentos existentes.
Trata-se de arrebanhar crianças de tenra idade, retirá-las do seio familiar contra a vontade dos progenitores e abandoná-las numa comunidade de milhares de alunos com idades que vão até aos 18 anos (apontam os 3000 como limite, mas com a credibilidade que lhe conhecemos, só eles sabem onde a loucura os pode deter).

Perfilam-se surreais ligações administrativas e pedagógicas de escolas separadas por dezenas de quilómetros, com projectos educativos tão idênticos como a velocidade e o toucinho.
Adivinham-se os inerentes megagrupamentos de docentes e a megamobilidade dos ditos, com o primeiro tempo da tarde a quilómetros do local onde leccionaram de manhã.
Tudo caucionado pela crise económica, pela grilheta limitativa do calendário das presidenciais e pelo jogo dos pequenos interesses dum bloco central envergonhado.

Com esta desumana fórmula de gerir escolas, a decantada qualidade do ensino deteriorar-se-á ainda mais.
Desaparecerá a gestão de proximidade que o acto educativo não pode dispensar. O que restava da pedagogia cederá passo ao centralismo administrativo que, sendo já mau, agora fica gigantescamente deplorável.
O caciquismo vai refinar-se, a burocracia expandir-se e a indisciplina aumentar.
Não esperem que se aprenda mais ou que o abandono e o insucesso escolar diminuam.
Só florescerá a aldrabice das estatísticas e a crista dos galos que permanecerem nos poleiros.

Toda a lógica gestionária, entronada há apenas um ano como a (e sublinho o artigo definido) solução, já vai de arrasto, directores às urtigas, órgãos dos agrupamentos às malvas.
Não é exequível qualquer projecto educativo com tais loucos ao leme.
Não são criminosos no sentido penal do termo. Mas são hediondos criminosos pedagógicos.

Não só escaqueiraram o que encontraram, como deixam armadilhado o caminho dos que se seguirem, que outra alternativa não terão senão voltar a virar tudo do avesso, salvo se forem tão insanos como eles.

O sistema educativo não aguenta tamanha instabilidade. Tudo o que possa ser sério e válido é visceralmente incompatível com este tumulto.
Para fazer o que a nação reclama que seja feito, quem se seguir tem que se alicerçar num diálogo social e num pacto político que gere estabilidade à volta do que é estruturante. Doutra forma o sistema soçobra.
Percebo bem que os portugueses se preocupem com a bancarrota.
Não entendo que não reajam à "educaçãorrota". Depois de lhes sacrificarem os filhos, ainda não se dispõem a defender os netos?

O ano lectivo vai terminar de forma grotesca.
...


De gadgetismo, eduquês e irresponsáveis a 23 de Junho de 2010 às 23:53
O "GADGETISMO"
Por Santana Castilho *

...
De fanfarronada em fanfarronada, os sindicatos foram ao tapete:
cederam na aberração da avaliação do desempenho;
aguardam com a paciência dos desistentes um estatuto de carreira por promulgar que, em boa verdade, só muda as moscas;
assistiram ao sacrifício dos contratados e ao adiamento de tudo o que libertasse os professores da escravidão em que caíram.
Pactuaram quando tinham que ser firmes.
Persistiram no erro quando puderam reconhecê-lo.
E, não contentes, espadeiraram contra os que estavam do seu lado, cegos pela ganância de não partilharem o protagonismo das negociações eternas.

Cabe aos professores rejeitarem vigorosamente o papel de simples sujeitos-mercadoria que o "gadgetismo" irresponsável lhes reserva, impondo-lhes, como se desejo seu fosse, toda a sorte de porcaria perniciosa.

Mas não cabe só aos professores.
É tempo do novo responsável do PSD dizer ao que vem.
Dizer claramente se sustenta a dissimulada mas escandalosa privatização do Ministério da Educação, que o polvo da Parque Escolar vai sorvendo;

dizer, com urgência, se acompanha ou não a subalternização da sala de aula e a substituição do ensino pelo entretenimento atrevido e ignorante do "eduquês" pós-moderno de Teresa Heitor;

dizer, sem dar espaço às habituais tergiversações do PSD, se, uma vez no Governo, porá fim à terraplanagem selvagem da identidade e da cultura das escolas portuguesas;

mais que dizer, mostrar, numa palavra, ele que tanto se detém nos labirintos da economia e da globalização, que interiorizou as razões pelas quais as multinacionais do Ocidente procuram os alunos da China, da Coreia do Sul e da Índia.

*Professor do ensino superior. s.castilho@netcabo.pt


De polvo eduquês a 23 de Junho de 2010 às 23:56
É assustador mas infelizmente é a cruel realidade.

E não sei se há volta a dar, a não ser quando acontecer um desgraça a um ou dois dos canalhas que ditatorialmente nos impõem situações barbaramente cruéis e indecentes.
....


De titularite a 24 de Junho de 2010 às 00:00
ACABOU_SE * A SITUAÇÂO MAIS INJUSTA QUE CONHECI NOS MEUS 31 ANOS DE SERVIÇO :
A ''TITULARITE''

POSSO FICAR ETERNAMENTE CONGELADA NO ESCALÂO ONDE ESTOU - MAS DEIXO DE VER ULTRATASSAGENS SEM NENHUM FUNDAMENTO - COMO AS QUE ESTAVAM A ACONTECER E EU A VER SEM NADA PODER FAZER !!!!

* com a publicação do novo ECD e Aval. desempenho


De governos e Famílias: CULPADOS !! a 24 de Junho de 2010 às 14:05
Um estudo vem agora revelar que os Portugueses não gostam do estudo.

Trata-se de uma entrada no blog do Venerando Matos ("Vedrografias") que comenta números muito interessantes (divulgados hoje no Público) no que respeita ao "interesse" escolar dos alunos portugueses .

... parece que, afinal, não são propriamente os professores os culpados do insucesso deles!!

Mas claro, a divulgação que é dada a estes contributos para a explicação do insucesso escolar em Portugal, é escassa porque não convêm...

"São marcas que continuam a acompanhar os portugueses. Cá dentro, Portugal tem a segunda taxa mais elevada de abandono escolar precoce da União Europeia.

Lá fora, os filhos dos emigrantes portugueses continuam a desistir. No Luxemburgo, um em cada quatro alunos que abandona a escola secundária é português, dá conta um estudo do Ministério da Educação luxemburguês, ontem divulgado pela agência Lusa.

"Entre os estudantes estrangeiros que frequentam o ensino secundário naquele país, os portugueses são os que apresentam a maior taxa de abandono escolar.

No último ano lectivo, estavam inscritos nas escolas públicas 7046 portugueses. Desistiram 454, o que representou um aumento de cinco por cento em relação ao ano anterior. Os alunos portugueses representam 19,1 por cento da população estudantil do Luxemburgo. São o maior grupo entre os estrangeiros que estudam naquele país.

"A outra face da mesma moeda: dados recentes mostram que, nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha e Suíça, os filhos dos emigrantes portugueses estão também entre os que obtêm resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras. ( !!! )

Para Hermano Sanches Ruivo, responsável pela primeira associação de luso-descendentes criada na Europa, a Cap Magellan, a reprodução desta situação deve-se em grande parte ao facto de muitas famílias continuarem a não valorizar o papel da educação.

"Para muitos, educação é os filhos fazerem o que eles fizeram", comenta ao PÚBLICO.

"Não têm tempo para acompanhar os filhos, não gastam dinheiros em aulas suplementares para compensar atrasos. Os jovens, por seu lado, têm como preocupação começar a trabalhar o mais rapidamente possível."

"Também o organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP) apontou, em 2007, o dedo às famílias. Os fracos resultados escolares das crianças portuguesas devem-se "ao desinteresse total dos pais em acompanhar" a educação dos filhos e à "origem sócio-cultural modesta" destes, afirmava-se num documento que suscitou a indignação dos representantes portugueses naquele país.

"Sanches Ruivo, que foi o primeiro luso-descendente a ser eleito para a Câmara de Paris, considera que a responsabilidade desta performance negativa recai também sobre os sucessivos governos portugueses. Tem sido feito muito pouco para promover a língua portuguesa, constata. Um resultado: em França, apenas 30 mil pessoas estão a aprender português, os estudantes de italiano são quase 300 mil, os de espanhol três milhões.

SÃO COINCIDÊNCIAS A MAIS. Os sistemas educativos do Luxemburgo, Canadá, Reino Unido, Suíça, França e Portugal, sendo muito diferentes - e alguns deles muito prestigiados internacionalmente - apresentam os mesmos dois problemas com os alunos portugueses: Abandono escolar e insucesso...
Não seria de explorar a possibilidade de estarmos perante um problema cultural de fundo, dos portugueses em relação à escola e à necessidade do estudo ?

Andou o Ministério da Educação, nos últimos anos, sob a liderança de Maria de Lurdes Rodrigues, com o beneplácito de um agradecido José Sócrates, com o apoio propagandístico de alguns "opinadores", como Emídio Rangel ou Miguel Sousa Tavares, a despejar sobre a opinião pública a ideia de que os professores portugueses eram uma espécie de crápulas, responsáveis pelo abandono escolar e pelos maus resultados dos alunos, para vir agora um estudo do Ministério da Educação do Luxemburgo revelar que são os estudantes portugueses naquele país os que registam mais abandono escolar e piores resultados.

Afinal, ...


De . a 24 de Junho de 2010 às 14:11
Portugueses não gostam do estudo, não valorizam o ESTUDO, nem o Ensino e nem a Educação !!!.

nem valorizam o conhecimento, aprendizagem, nem os docentes.

...
Afinal, como prova esse estudo, reforçado por situação idêntica noutros países, como os Estados Unidos, o Canadá, a Grã-Bretanha e a Suiça, o facto das famílias portuguesas emigrantes não valorizarem o estudo e o ensino, está na origem do abandono escolar e dos maus resultados.

Ou seja, em sistemas de ensino diferentes, com condições de trabalho e formação dos professores diversos, o resultado é sempre o mesmo em relação aos estudantes portugueses: alto índice de abandono e fracos resultados escolares.

Apontam ainda aqueles estudos como principais responsáveis pela situação as famílias que não valorizam os estudos. Obviamente que em Portugal a razão é a mesma.

Depois da divulgação desta notícia, só por má-fé, ignorância e/ou inveja social é que o "bando" de Maria de Lurdes , os "opinadores" do costume e o "paizinho" Albino Almeida, podem continuar a despejar sobre a opinião pública a ideia da "culpa dos docentes" pelo estado do ensino indígena.

De facto existe na sociedade portuguesa uma tendência generalizada para desvalorizar o estudo, o esforço intelectual e a responsabilidade das famílias na educação dos filhos.

O ataque desferido nos últimos anos à classe docente tem contribuído para agravar ainda mais essa situação.

Num país onde "opinadores", economistas e políticos transmitem como imagem de valorização pessoal e económica, actividades como:
a especulação financeira e imobiliária,
o futebol e os concursos de fama efémera,
não é de admirar que se desvalorize socialmente o conhecimento e a aprendizagem.

Basta olhar para os escaparates dos quiosques para percebermos isso:
existe uma imensidão de publicações dedicadas ao futebol, à vida cor-de-rosa de famosos por serem famosos, ou à divulgação de truques financeiros para enriquecer rapidamente.

Por exemplo, se alguém quiser encontrar uma revista de Cultura, de Arte ou de História, de edição regular, só recorrendo à imensidão de publicações espanholas ou francesas de boa qualidade.
...


De Ressaca a 27 de Junho de 2010 às 18:11
Este comentário parece ser de um professor... Elitista. E pedante.


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