6 comentários:
De obscena educatriz a 12 de Julho de 2010 às 13:57
Uma obscenidade política

A política portuguesa teve hoje mais um episódio obsceno.
Lamentavelmente já não causa admiração. Foi apenas mais um a somar a tantos outros.
Hoje foi publicado, com ruído mediático, um livro intitulado ''A Escola Pública Pode Fazer a Diferença''. A autora é Lurdes Rodrigues, a anterior ministra da Educação de José Sócrates.
Dificilmente se encontrarão palavras adequadas que possam, com propriedade e objectividade, caracterizar este acto. Todavia, há, neste episódio, três fenómenos que não posso deixar de referir.

1. Uma ministra política e tecnicamente incompetente, cuja incompetência não tem paralelo na história portuguesa dos últimos 36 anos, considerou razoável, aceitável e normal escrever e publicar um livro sobre a sua desastrada e desastrosa obra à frente do Ministério da Educação.
Este acto de escrever e publicar um livro para tentar desenodoar a sua degradada e humilhada imagem confirma, pela enésima vez, que uma de duas situações é infelizmente verdadeira:
Lurdes Rodrigues ou sofre de absoluta inconsciência política ou sofre de total falta de pudor, isto é, em linguagem chã, como ela tanto apreciava utilizar: ou não sabe o que fez ou não tem vergonha do que fez. Ou, uma última hipótese, tem vergonha, mas, seguindo o exemplo do seu ex-chefe de governo, comporta-se como as personagens mais púrrias do jet set nacional: um comportamento quanto mais censurável for mais exposição e mais espavento social exige para poder ser ultrapassado.

2. Os elogios dirigidos à autora, pelos intervenientes neste evento, mostram como muitos dos nossos políticos são medíocres.

Em Portugal, faz-se política à base do «bitaite», isto é, à base do palpite, à base
de umas ideias gerais, muito gerais, muitíssimos gerais a partir das quais se acha possível poder opinar substantivamente.
Em Portugal, faz-se política considerando-se que não é preciso saber do que se está a falar. O paradigma desta forma de fazer política foi, e ainda é, Mário Soares, que nunca estudou qualquer dossiê, mas que se considera, e sempre considerou, preparado para falar de tudo e sobre tudo — por isso, ele estava lá, e falou e elogiou...

Esta é a forma mais cómoda e fácil de fazer política, porque não obriga ao estudo rigoroso de nada, e até permite que se elaborem discursos belíssimos ainda que repletos de gravíssimos dislates ou de absolutas inutilidades.
É a forma mais fácil e mais cómoda de fazer política, mas também é a mais irresponsável.

Algum dos políticos que falou, ou que esteve presente, na cerimónia, a que se juntou, lamentavelmente, o prof. Sobrinho Simões, se deu ao
trabalho de ler a legislação produzida por Lurdes Rodrigues?

Algum deles leu, por exemplo, as enormidades técnicas existentes na primeira versão do Estatuto do Aluno, de tal forma que teve de ser revisto à pressa e a um domingo?

Algum deles se deu ao trabalho de ler a monstruosidade técnica do sistema de avaliação do desempenho docente, que, quando foi publicado,
previa ser aplicado em 15 dias?

Algum deles leu a vergonha técnica que é a legislação sobre o modelo de gestão de Lurdes Rodrigues?
Onde, por exemplo, se faz coexistir um processo concursal e um processo eleitoral na escolha do director, processos objectivamente de natureza incompatível?
Onde, por exemplo, se plasmam situações de clara incompatibilidade:
como é possível
efectivar-se o livre exercício da crítica ao director, por parte, por exemplo, do representante dos funcionários, no Conselho Geral, se esse funcionário sabe que, no dia seguinte, pode sofrer retaliações desse mesmo director, que é seu superior hierárquico?
Alguém leu isto?

Alguém dos elogiantes leu a vergonhosa e incompetente legislação sobre a avaliação do desempenho dos membros dos Conselho Executivos, no ano lectivo anterior, que não avaliou nenhum desempenho, mas apenas, e absurdamente, currículos?

Algum dos presentes se deu ao trabalho de ler os despachos que saíam num dia e que, semanas depois, eram corrigidos por circulares?
Repare-se que estou a referir-me apenas à objectiva incompetência de Lurdes Rodrigues, que nem capaz era de sustentar tecnicamente as barbaridades políticas que defendia.

3. ...
http://oestadodaeducacao.blogspot.com/2010/07/uma-obscenidade-politi


De 'livro macaco' não tira nódoas... a 12 de Julho de 2010 às 14:01
3. Alguém se informou, estudou ou leu o que quer seja sobre a verdadeira obra realizada por Lurdes Rodrigues?

Por exemplo, alguém se deu ao trabalho de saber, junto dos professores, a que corresponde, de facto, o famoso programa das Novas Oportunidades?

Alguém se deu ao trabalho de saber o que significa um
aluno com o 6.º ano de escolaridade obter em três meses o certificado do 9.º ano?

Alguém se preocupou em saber o que isso representa? Não perguntem aos
alunos, que esses, ilusoriamente, ficam felizes e contentes; perguntem aos professores que, depois, os recebem no 10.º ano. E recebem muitos destes alunos sem que estes saibam ler nem escrever, nem sequer ao nível de um mediano aluno que tenha somente o 4.º ano.

Querem saber situações reais, querem dados concretas?
Perguntem aos professores.
Perguntem-me, que eu dou-vos de imediato uma lista de situações reais. E depois de terdes conhecimento dos factos, perguntar-vos-ei se ainda considerais uma maravilha o programa das Novas Oportunidades.

Esta é apenas uma parte da horribilis realidade criada por Lurdes Rodrigues.
Aquela que agora escreveu um livro para tentar branquear o crime de quase ter destruído a Educação em Portugal.
A política está cada vez mais obscena.


http://oestadodaeducacao.blogspot.com/2010/07/uma-obscenidade-politica.html


De futuros cidadãos? assim ... a 12 de Julho de 2010 às 14:15
Eu, pecadora, me confesso

Pergunto-me muitas vezes como é que é possível um professor não ter o controlo da sala de aula.
Como é que é possível? Se fosse eu...
A minha experiência com crianças e na qualidade de "professora" é diminuta e feita em circunstâncias muito especiais, de maneira que me parece que se eu
consigo, qualquer pessoa consegue!

Muito enganada. Há dias lia sobre uma professora de uma determinada escola de Lisboa que desistiu de dar aulas quando um aluno se dirigiu a ela e espetou um murro com imensa força contra o quadro, mesmo ao lado da sua cabeça.
Nem de propósito, nesse mesmo dia passei à porta dessa escola e vivi uma situação que me recordou a docente, a diferença é que os murros foram dados no meu carro e eu estava dentro dele.

Os miúdos vinham descontraidamente no meio da estrada, com dois passeios vazios, de um lado e do outro e eles calmamente, vagarosamente, e eu, de
frente para eles, cautelosa não fosse atropelar algum porque nenhum se desviava. Com o desafio nos olhos e a boca num meio sorriso lá vinham eles na minha direcção e eu já com o carro completamente parado, à espera que passassem de uma vez. Eram uma dezena, todos rapazes, alguns pequenotes, mas
a maioria enormes.

Eis que, quando passam começam a bater no capot e nos vidros, imediatamente apito-lhes e começo a andar, com cautela para não os atropelar, mas o meu
cérebro envia-me mensagens diferentes: de um lado diz-me "calma, Bárbara, calma, eles são maiores do que tu mas são menores, não atropeles nenhum"; do
outro a indignação verbalizada com uns "estúpidos, não têm educação, não merecem nada, não percebem nada, não se ajudam a si próprios e depois
espantam-se quando tomamos a parte pelo todo e chamam-nos racistas e sentem-se vítimas da sociedade, idiotas", ok, mentalmente também os mandei para uns sítios impróprios.

Mais à frente, um grupo de miúdas, com o mesmo desafio no rosto. Há uma que dança no meio da estrada, virada de costas para o carro, rodopiando e rindo, outra que espeta a perna em direcção ao veículo, desvio-me como posso, não lhes toco.
"Anormais", murmuro entre dentes, com as janelas fechadas e um calor de morrer.

E voltei a lembrar-me da professora daquela escola, dos professores que aturam estes miúdos diariamente.
Dos que têm sorte ou jeito e conseguem estabelecer pontes com eles; dos que passam mais de metade da aula a tentar sentá-los e acalmá-los, dos que têm esperança de contribuir para a diferença, dos que já entregaram as armas e só querem que o dia acabe, dos que também se passam e agridem os alunos.

Tento pôr-me no lugar destes professores, não consigo.
Em muitos destes casos, os professores perderam, a escola perdeu, a sociedade perdeu.
Os miúdos são os que mais perderam mas não sabem, nem querem saber.
O que fazer com eles?

Bárbara Wong, jornalista do Público


De Professor e o «eduquês»... a 23 de Julho de 2010 às 11:51
Ser professor de Matemática no reino do eduquês. Um testemunho
Publicada por Ramiro Marques

É um testemunho vibrante sobre o que é ser professor do 3º CEB e do ensino secundário no reino eduquês. Tudo o que João Torgal relata é
realidade cristalina. Leiam,por favor, o texto que João Torgal publicou no blogue ''A Mesa do café'' e digam se não se identificam com quase tudo o que ele diz.

Andámos quase trinta anos a dar pancada no ensino directivo, nos métodos expositivos, nos exames e no uso da memória no processo de aprendizagem. A memória, palavra proibida, deu lugar à aprendizagem
significativa. O esforço, palavra proibida, foi substituído por actividades lúdicas. O aluno deu lugar ao aprendente. Os conteúdos passaram a chamar-se competências. E o resultado está à vista.

A retórica do eduquês tomou conta da Inspecção Geral do Ensino e da DGIDC e todos os órgãos e intervenientes de controlo pedagógico estão
contaminados por ela. Resultado: há palavras proibidas no léxico da Pedagogia.
E as escolas e os professores têm de fingir que acreditam na retórica do eduquês, plasmando-a nos relatórios de prestação de contas. A consequência foi a generalização da mentira. Do faz-de-conta. Quanto mais uma escola interioriza a retórica do
eduquês, maior é a probabilidade de obter menções de Muito Bom nas avaliações externas. E as menções de Muito Bom na avaliação externa dão quotas mais generosas de Excelente e de Muito Bom para os
funcionários e os professores. E a mentira continua contaminando todos domínios da escola.

Mais especificamente, ser professor de matemática do ensino básico (8ºe 9º anos) é essencialmente:

1. Deparar com alunos com imensas dificuldades e com uma enorme falta de bases matemáticas. Só para se ter uma noção, poucos são aqueles que sabem calcular a área de um rectângulo, quanto é “quatro ao cubo”, somar duas fracções, dizer inequivocamente quanto é 5 – 12, resolver um problema simples que envolva apenas uma subtracção ou a tabuada (o
resultado das pedagogias científicas que dizem que nada pode ser decorado e que tudo tem de ser aprendido de forma lúdica é perguntar quanto é 8×4 e dificilmente obter a resposta certa). No entanto, fruto
das medidas educativas que evitam os chumbos a todo o custo e de um facilitismo avaliativo de muitos professores que autenticamente oferecem notas para não se chatear, estes alunos vão passando de ano,
mesmo que dotados de uma ignorância profunda (só mais tarde, estes alunos irão perceber que são eles as principais vítimas deste sistema educativo facilitista e perverso). Isto está de tal forma que há exemplos na minha escola de alunos que chegam ao 5º ano sem
praticamente saberem ler nem escrever (!!!).

2. Gerir uma multiplicidade de conflitos no seio da turma, com uma quantidade grande de alunos desmotivados, desinteressados e que não
percepcionam na escola uma verdadeira utilidade prática.

3.


De Professor e o «eduquês»... a 23 de Julho de 2010 às 12:00
Ser professor de Matemática no reino do eduquês.
...( é essencialmente: )
...
3. Sempre que necessário, agir disciplinarmente, sabendo (professores e alunos) que a consequência prática e correctiva destas medidas é praticamente nula.
Isto porque por mais faltas disciplinares que um
aluno tenha, pouco mais pode acontecer do que efectuar trabalho comunitário durante uns dias (se os pais deixarem, senão o menino fica apenas suspenso, ou seja, férias antecipadas) dado que medidas como a expulsão estão completamente fora dos regulamentos (talvez aí os alunos pensassem duas vezes antes de pisarem o risco, mas não pode ser porque, como diria Eduardo Sá de forma mais eloquente, seria uma experiência verdadeiramente humilhante e traumática, que desrespeitaria o direito fundamental da criança).

Tenho o maior respeito e consideração por alunos com casos familares conturbados e provenientes de um meio social muito complicado (só uma pessoa fria e cruel não teria).
Mas, mesmos alunos nessas condições, têm de perceber, a bem ou a mal, que a escola é uma oportunidade que não pode ser desaproveitada, que há regras a cumprir e que há (deveria haver)
medidas verdadeiramente severas para quem prevarica.
Sob pena de, como acontece, o conceito de “escola inclusiva” ser uma farsa. Que raio de
“escola inclusiva” é esta que premeia e dá múltiplas oportunidades aos alunos mais indisciplinados, enquanto aqueles que cumprem, se esforçam
e se empenham são dia após dia prejudicados pelo comportamento perturbador e recorrente dos primeiros?
É o que dá quando certas leis são elaboradas por gente que não faz a mínima ideia do que é a realidade escolar no seu quotidiano, muito menos do que é o fenómeno da turma e das múltiplas variáveis que lhe estão associadas.

4. Preparar provas de recuperação para um aluno que falte permanentemente, sabendo que, mesmo que ele reprove uma ou duas vezes, a possibilidade de, nestas circunstâncias, chumbar por faltas está sujeita a um longo processo burocrático (que mesmo assim pode não conduzir a nada, pois há sempre pressões fortes para que este não se concretize, nomeadamente algumas usando “falhas” na lei).
Ou seja, foi a forma genial encontrada pelo Ministério de ninguém chumbar por faltas, mesmo dando a ideia de que isso supostamente acontece, encarregando os professores de todo o procedimento legal em redor
deste embuste.

5. Preparar e pôr em prática criteriosamente planos de acompanhamento e de recuperação, respectivamente para alunos repetentes e/ou em risco de chumbar pelo número elevado de negativas.
Há casos onde se percebe essa necessidade, por serem casos com reais dificuldades, que precisam e merecem um acompanhamento mais directo, mas, em muitas situações, este insucesso deve-se muito a falta de estudo, de atenção nas aulas e de esforço (sim, porque aprender exige esforço e sacrifício – essa ideia de que tudo tem de ser aprendido de forma divertida e natural é mais uma das grandes falácias da “escola moderna”) e, nesses casos, estes planos de acompanhamento são mais um exemplo que demonstra a importância excessiva que se dá a quem não dá valor à escola e ao conhecimento, enquanto se despreza os bons alunos que, à custa de
mérito próprio, vão tendo verdadeiro sucesso educativo (mas que ficam com a sua evolução limitada pelas prioridades da escola actual – Ken Robinson tem toda a razão: a escola anda mesmo a matar a criatividade e o desenvolvimento de muito boa gente)

6. Tentar encontrar mecanismos diferenciados de avaliar e/ou abordar os conteúdos programáticos a alunos com Necessidades Educativas Especiais ou em Currículos Alternativos.

7. Dar aulas de Área Projecto (a importância desta e de outras Actividades Curriculares Não Disciplinares daria uma análise interessante, mas demasiado longa para se enquadrar neste texto).

8. Participar em múltiplas reuniões, muitas vezes inócuas, mas obrigatórias perante a lei, onde se analisam mil e um aspectos de natureza burocrática referidos anteriormente.
...


De Professor e o «eduquês»... a 23 de Julho de 2010 às 12:07
...
É tudo isto (escapei a aulas de substituição, mas, ainda assim, devo-me ter esquecido de outras coisas) e não sou director de turma.
Porque se fosse, teria ainda de, para além de ter uma proximidade maior com a turma e contactar e receber os pais (uma missão interessante, pois permite-nos ter um conhecimento maior do percurso individual dos alunos e o seu enquadramento familiar e socio-cultural, ajudando a perceber certas coisas e a tentar ser útil na orientação do seu futuro), coordenar administrativamente todo o procedimento atrás descrito, no que se refere à assiduidade, ao comportamento, à disciplina e ao aproveitamento, para além de orientar outros aspectos diversos (o dossier respectivo, o Projecto Curricular, as reuniões de
conselho de turma, etc).
Para todo esse trabalho de direcção de turma, o professor tem no seu horário, para desempenhar esta função, a módica quantia de… 90 minutos semanais (!!!).

Ah!!! Já me esquecia.
Quando tenho tempo, quando as minhas missões de educador de infância, psicólogo ou funcionário administrativo me permitem, também consigo, em cerca de 10% do meu trabalho, preparar minimamente as aulas e ensinar matemática do 8º e do 9º anos (para além, naturalmente, de me preocupar com os instrumentos de avaliação).
Mas tenho que dizer isto baixinho para que os peritos do eduquês não me ouçam. É que palavras como “ensinar”, “explicar” ou “expor” são para eles termos quase criminosos.
Porque, qualquer dia, na forma como as coisas têm evoluído, escola e conhecimento serão conceitos que só tenuamente se interceptam.
Porque a escola deixará definitivamente de ser um local onde se aprende e onde se ensina, para ser apenas um espaço de motivação e de vivência.

Com estes pressupostos e com o anunciado e vergonhoso aumento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, não é preciso ser grande visionário para que se preveja que, cada vez mais, cheguem às universidades verdadeiros analfabetos.
Mesmo que não no sentido literal, pelo menos do ponto de vista cultural, formativo, comportamental ou cognitivo.

Assim sendo, atendendo aos factores que referi anteriormente e ao ordenado relativamente reduzido que se recebe (têm razão os críticos quando dizem que os professores têm um ordenado chorudo: 950€ limpos numa primeira fase é, de facto, uma verdadeira fortuna), parece-me que só pode ser professor do ensino básico quem tem uma vocação absolutamente única para a multiplicidade de tarefas em redor da
profissão, capaz de contornar e de superar com facilidade todos estes obstáculos profundos, quem não tem habilitações ou capacidade de desempenhar outra função na sociedade ou quem é estúpido.
Como, apesar de ter gosto em ensinar, não tenho essa capacidade de ignorar e me conformar alegremente com toda esta situação e, felizmente, tenho habilitações e capacidade para desempenhar outras tarefas profissionais, não me parece que faça muito sentido continuar a ser professor do ensino básico. A não ser que seja estúpido…

P.S. Escrevo este texto numa altura em que acabo de corrigir 74 testes, tendo havido 8 positivas.
Tenho perfeita noção que, à luz do sistema e independentemente da falta de bases e métodos de estudo dos alunos e da sua falta de atenção, esforço e empenho, a responsabilidade destes resultados é minha e só minha, por não os ter motivado convenientemente.
Mas, claro, é fácil obter a redenção. Basta que assuma o meu pecado e premeie o fraco desempenho com óptimas notas, contribuindo para o “sucesso” educativo português .
Nesse instante, tudo me será perdoado e passarei de imediato a ser… um “bom professor”.


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