No dia 5 de Outubro comemoram-se duas datas essenciais para Portugal: a bem conhecida implantação da República e a certidão de nascimento de Portugal por via do Tratado de Zamora celebrado a 5 de Outubro de 1143 entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela.
Nesse dia, Afonso VII reconhece o seu primo português como “rex” do Reino de Portugal, mas seu vassalo por o Rei de Castelo se considerar Imperador de toda a “Hispânia”. Claro está que D. Afonso Henriques nunca prestou qualquer vassalagem ao Rei de Castela depois da extraordinária vitória na Batalha de Ourique em 1139, mas sim ao distante Papado, a quem remetia anualmente uma remissória (dinheiro).
O nosso rei foi o único dos monarcas peninsulares a nunca prestar vassalagem a um Imperador de Espanha na base de que não se podia ser vassalo de dois senhores e Afonso Henriques já o era do Papa. Apesar disso, só em 1179 é que o Papa Alexandre III reconheceu a soberania Portugal e a vassalagem dos monarcas lusos que seriam sempre obrigados a pagar um censo anual.
A data da independência de uma nação é quase sempre comemorada como a data fundamental da Pátria, mas há muito que não é festejada por cá, se é que o foi alguma vez.
Portugal não a comemora pela já descrita razão e por outra: Em 1582, o Papa Gregório XIII alterou o então vigente calendário Juliano e, curiosamente, omitiu dez dias, precisamente os que vão de 5 a 14 de Outubro de 1582, além de introduzir os anos bissextos para corrigir o fato de o ano não ter 365 dias certos, mas sim 365,2425 dias solares ou 365 dias, 49 minutos e 12 segundos. Da quarta-feira 4 de Outubro passou-se à quinta-feira 15 de Outubro de 1582.
Portugal foi um dos primeiros países a adotar o calendário gregoriano que estava mais de acordo com o sol.
A Rússia só adotou o novo calendário em 1918. Por isso, a Revolução Bolchevique é uma Revolução de Outubro que aconteceu em Novembro de 1917 segundo o nosso calendário..
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