19 comentários:
De B.estar no trabalho a 30 de Setembro de 2010 às 15:02
GREVE GERAL NO HORIZONTE !

Não tenho dúvidas de que a situação merece uma greve geral! Existem condições graves para a vida da população trabalhadora e desempregada!
A crise em Portugal é profunda e afecta em especial os mais pobres com os cortes sociais e congelamento salarial e de pensões!
Estamos pior do que os trabalhadores da vizinha Espanha que ontem fizeram uma greve geral .

Todavia, as condições para uma greve geral ainda não estão preenchidas, mesmo no sector da administração pública.
É necessário um grande trabalho informativo e de sensibilização dos trabalhadores que estão perante despedimentos diários e um desemprego enorme!
Uma greve geral do aparelho sindical e mais os de sempre não será difícil de organizar.
Uma greve geral exige uma ampla adesão dos trabalhadores!
Assím é necessário consultar os trabalhadores nos locais de trabalho sobre uma decisão deste género!Não pode ser decretada de cima para baixo.

Outro passo essencial será a construção da unidade para uma greve geral que não se fique apenas pela participação de uma Central Sindical !


De . a 30 de Setembro de 2010 às 15:12
Europa na rua.
Um dia de protestos contra as medidas de austeridade
por Sara Pereira, jornal I, 30.9.2010

.O dia de ontem foi marcado por greves e manifestações por toda a Europa, incluindo Lisboa e Porto (ver pág. 7). Da Península Ibérica ao Leste europeu, cerca de 30 países aderiram à paralisação convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES). Os trabalhadores contestam as medidas de austeridade adoptadas contra a crise financeira e apelaram à criação de mais e melhor emprego.

Espanha foi dos países mais afectados, com o abastecimento dos principais mercados de Madrid e Barcelona bloqueado, os motoristas da principal central de autocarros da capital espanhola impedidos de sair, voos cancelados (só a TAP foi obrigada a cancelar 24 ligações) e quase todos os transportes ferroviários e rodoviários parados, excepção feita aos serviços mínimos. Apesar de dizer entender a função dos piquetes de greve, "há outro direito igualmente importante: todos os cidadãos têm direito a ir para o emprego normalmente", defendeu o ministro do Trabalho, Celestino Corbacho Chaves.

Com uma adesão que os sindicatos garantem ter chegado aos 70% - apesar de o governo espanhol apontar para 7,48% -, o dia de protesto ficou marcado por alguns episódios de violência entre as forças de segurança e elementos dos piquetes, registando-se cerca de 30 feridos e 60 detenções. Uma mulher ficou mesmo ferida com gravidade, atropelada por uma carrinha de distribuição que tentava impedir de sair de uma gráfica.

O pior Barcelona foi a cidade mais caótica, com cerca de uma centena de activistas de extrema-esquerda a aproveitar a multidão nas ruas da capital catalã para invadir e destruir a livraria de Pedro Varela - preso por difundir obras de ideologia neonazi. Os radicais construíram barricadas nas ruas e atacaram a polícia, chegando a incendiar um carro da Guardia Urbana - os agentes conseguiram escapar.

De Bruxelas à Grécia - Em Bruxelas, o protesto organizado pela Confederação Europeia de Sindicatos juntou mais de 100 mil pessoas, vindas de toda a União Europeia, em frente à estação dos comboios da cidade, antes de se dirigirem à sede da Comissão Europeia. Entre os trabalhadores, desfilou um grupo de manifestantes vestidos de executivos, com máscaras negras, em silêncio e com cartazes onde pediam "não toquem nos nossos lucros, protejam os nossos privilégios". O grupo identificava-se como "Associação Europeia das Empresas Fraudulentas" - uma chamada de atenção para o facto de a crise ser paga pelos trabalhadores, enquanto aqueles que a causaram continuam a ter lucros.

Na capital irlandesa, uma betoneira, pintada com mensagens contra as instituições bancárias, abalroou os portões do Parlamento. O gradeamento de ferro não ficou danificado e o condutor foi detido pela polícia.

Na capital da Lituânia, quarto centenas de trabalhadores exigiram a outras medidas de austeridade além dos cortes salariais, e na Eslovénia os funcionários públicos manifestaram-se contra a decisão de congelar salários durante dois anos ou até que a economia atinja um ritmo de crescimento de 3%.

Na Grécia, até os médicos aderiram à greve durante 24 horas. Os transportes de mercadorias estão parados há duas semanas dificultando o abastecimento de alimentos, e o serviço de metros foi interrompido em Atenas, onde também não circulam autocarros, eléctricos ou comboios.

UGT atribuiu confrontos em Barcelona a "agitadores e não trabalhadores"


De . a 30 de Setembro de 2010 às 15:17
O esquema montado na UE está a dar o berro... políticas completamente erradas de facilitismo, ilusão de desenvolvimento, desregulamentação, engorda dos grandes grupos e dos países já antes ricos...

Tudo isto está a resultar no descalabro, agora que as pessoas chegam à conclusão que andaram alguns anos enganadas...
A filosofia até podia ser boa, mas foi gerida (como temos os exemplos recentes em Portugal) de forma danosa, com a cartelização dos ricos e poderosos para assegurarem o seu enriquecimento desmedido...

Agora aparecem as contas para pagar e o povo pergunta-se, licitamente, para onde foi o dinheiro??

Esperemos que as manifestações alastrem e, principalmente, que tenham consequências!
Que quem tem capacidade de gestão e sabe como podemos evoluir para uma situação sustentável, apareça à frente dos destinos das nações e tenha a coragem de chamar os bois pelos nomes e destronar o banditismo que tem delapidado a europa!.

***
Assistimos ao principio do fim...
A «união» europeia, essa farsa sem fundamentos culturais ou outros que não os de natureza económica, está a desconjuntar-se lentamente.
Cá estaremos todos para arcar com as consequências do esquema engendrado para engordar as já astronómicas contas dos arquitetos desta palhaçada toda.
Bem podemos protestar. Estou solidário com quem se manifesta porque isto já ultrapassou mesmo todos os limites.
Todavia... De pouco ou nada vão adiantar «os cães ladram e a caravana passa» e «eles» sabem-no bem. Nada disto é por acaso.
Ainda a procissão vai no adro. May the show begin. Cá estamos de camarote para assistir (e protagonizar, quiçás, por vezes)... Ninguém pense no retorno ao estado anterior à crise.
Esse sentimento colectivo é apenas alimentado para manter o status quo dos galifões do costume.

O modelo económico global está obsoleto; desgastado; em bom inglês FUBAR... em que BAR é Beyond All Repair (google it if you don't know what I mean).
Democracia? Queriam-na? Pois bem; contemplai os resultados...
Isto está tudo maquinado para que as massas abracem qualquer regime totalitário que venha pegar em tudo para alegadamente «salvar a honra do convento»


De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 30 de Setembro de 2010 às 15:19
Greve? Greve geral? De que serve? Muda alguma coisa? Faz cair o governo? Não estará já ele demitido a prazo certo perante as minuências constitucionais?
Mudar de partido governamental não chega. Reclamar não chega. Mostar o descontentamento, já não chega. O que é preciso é outra coisa...
Perante a conjuntura nacional (e internacional) mostrar a revolta já não chega. É preciso mesmo é revoltarmo-nos contra este sistema de 'democratica' justiça legal que traz tanta injustiça moral e social.
Encontremos pois maneira de pôr os culpados a cumprir a pena de tão más governações, mas com que tão bem se governaram.


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