Há um mistério que sempre me ultrapassou.
Por exemplo, no Brasil, quando se faz uma compra, não há mais nenhum talão de despesa que nos seja passado para a mão que não seja a "nota fiscal" (recibo). Em França passa-se o mesmo.
Em Portugal, no comércio, ao adquirir-se algo, dão-nos, na maioria dos casos, um papelinho que regista o valor despendido e, depois, perguntam (quando perguntam): "quer recibo?" É claro que, muita gente, por inércia, acaba por não pedir recibo, o que faz com que o comerciante embolse o valor do imposto incluído na conta que acabámos de pagar. Por que razão não passa a ser obrigatória, em Portugal, a emissão automática de recibo e proibida a emissão de qualquer outro comprovante de despesa?
Se queremos caminhar no sentido de evitar, cada vez mais, a evasão fiscal, parece-me que esta seria uma medida óbvia. Mas, se não é praticada, então devo ser eu que estou a ver mal o problema...
Francisco Seixas da Costa – duas ou três coisas
De Zé T. a 1 de Outubro de 2010 às 09:46
o óbvio para a gente comum é 'inatingível' pelos nossos governantes/deputados... e os interesses que representam !
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 1 de Outubro de 2010 às 13:35
A culpa da fuga aos impostos e da evasão fiscal quer do grande capital quer no pequeno comércio tradicional e nas chamadas micro-empresas e similares que não passam recibo, conforme aqui referido e de simples solução é sem sombra de dúvidas da"China capitalista-comunista-esclavagista e da p_ta da chanceler alemã".
(Onde é que eu já li isto?)
De
DD a 1 de Outubro de 2010 às 22:33
Todas as lojas têm de conservar os rolos com as cópias dos registos das máquinas registadoras ou manter todos os registos em sequeência de tempo e data na memória da máquina. Se faltar uma parte da sequência há uma multa extremamente grave. Os registos têm de mostrar a totalidade das vendas do ano e a loja terá de contabilizá-las juntamente com as compras e as despesas em ordenados, electricidade, etc.
Em teoria não há como fugir ao fisco e, portanto, ao imposto. Na prática há muita gente que arrisca porque o Fisco não tem fiscais em quantidade suficiente e a contabilidade é cada vez mais entregue pela via informática, mas continuam a haver fiscalizações, tanto informáticas em que se pedem mais documentos como por parte de fiscais.
Quem não paga é o indivíduo que vai a casa de alguma pessoa arranjar qualquer coisa ou até fazer obras e com a porta fechada ninguém vai investigar e se o for, o homem não completou a obra, pelo que não emitiu factura. De qualquer forma esses pequenos mestres-de-obra pagam IVA nas aquisições de material e o cliente paga o material com esse IVA, só não paga é o IVA do trabalho que pode ser muito no arranbjo de uma torneira, por exemplo, e porcentualmente pouco na pintura com tintas boas ou arranjos de persianas, janelas, marquises de alumínio, etc.
De
Izanagi a 1 de Outubro de 2010 às 16:27
escrevi como comenta´rio no posr infra:
"E ninguém é culpado por essa má gestão? MÁ GESTÃO OU CONIVÊNCIA COM O ROUBO, porque são muitas as situações, que por omissão ou negligência (como eu goto de eufemismos) dos Ministros respectivos, a Administração Pública, que para os que estão esquecidos é suportada com impostos de alguns portugueses, não de todos (a propósito, leram a Resolução do Conselho de Ministros º 51? há mais assim) é roubada com frequência, "
Serve perfeiatmente para este post.
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