Foi no ano de 1988 que a UGT e CGTP uniram esforços para levarem por diante uma greve conjunta, já lá vão 22 anos.
Os desvarios que levaram ao estado de coisas actuais e à situação calamitosa em que vivemos começaram há, pelo menos, 15 anos a quando do 1º governo de Cavaco Silva no tempo das “Vacas Gordas” que permitiram os surgimentos de empresas e institutos criadas pelo Estado central, pelas autarquias e pelas próprias Empresas do Sector Empresarial do Estado, que surgiram que nem cogumelos, alem das famigeradas PPP (parcerias publico privadas). Os banqueiros tinham dinheiro barato, na banca internacional, além dos fundos de Bruxelas a chegar diariamente. Ninguém recusou tanta fartura, já pouca gente se lembra do discurso no Pontal em que Cavaco Silva se insurge contra “os barões do PSD” que, todavia, acabaram por lhe dar a volta e se vergou ao peso do aparelho partidária sem que fosse capaz de fazer qualquer alteração estrutural do país de que agora tanto fala.
É claro que também os trabalhadores e as forças que os representam foram incapazes de impor alguma coisa de significativa que impedisse tal evolução e desmando de hábitos e vícios de consumismo, assim como de partilha desigual da sempre diminuta riqueza produzida.
Os desempregados acomodaram-se aos subsídios tal qual como aqueles que nunca tiveram hábitos de trabalhar. Os usurários e especuladores nunca tiveram uma vida tão facilitada e liberdade de fugir a impostos.
Agora que as circunstancias nos levaram a um ponto de quase ruptura e em que a “mão do fisco” entra na carteira de cada um, mais ou menos injustamente, parecem criadas as condições para se promover a dita greve geral, facto que levou os secretários-gerais da UGT e da CGTP, a entregar o respectivo pré-aviso de greve geral no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social ontem, pelas 12h30.
João Proença, da União Geral dos Trabalhadores, e Carvalho da Silva, da CGTP, chegaram à Praça de Londres, em Lisboa, assinando em conjunto à porta do Ministério o documento que foi entregue na recepção do edifício e que oficializa a greve geral marcada para 24 de Novembro.
Há já quem afirme que ira ser a maior greve alguma vez realizada em Portugal. O caso não será para menos tais são injustas e desiguais as medidas propostas pelos políticos.
O que se pergunta é se bastara uma greve sem que dirigentes e dirigidos sejam capazes de alterar os seus comportamentos, dando uns os exemplos de rigor e ética e outros os seguirem.
Quem acredita em tal evolução?
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