De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 27 de Outubro de 2010 às 10:22
Portagens para as ciclovias, já!
Na óptica deste (des)governo devem ser imputados os custos ao utilizador, portanto exijo que se portagem desde já as ciclovias, tal como sabem fazer às autoestradas e SCUTs.
Até porque à sem sombra de dúvidas alternativas pedonais a esta e a outras das inúmeras ciclovias deste (pobre?) país, existem com certeza.

Não, não quero nem sequer pensar que esta súbita vocação ciclovicista que deu aos autarcas e empresas públicas nacionais, esconde outros interesses economicistas pessoais de ou lavagem de dinheiros de todos nós, em nome da natureza (?) e de quase nenhuns contribuintes utilizadores...


De Zé T. a 27 de Outubro de 2010 às 10:55
CICLOVIAS ...
pois... eu até sou a favor de andarmos menos de automóvel na cidade e de protegermos o ambiente... porém ...

1- As vias devem ser devidamente planeadas e serem largas para permitirem trânsito rodoviário (várias faixas), paragens e estacionamentos, passeios pedonais, árvores e ajardinamentos, ...

2- Adaptar vias existentes (geralmente saturadas ou quase) para ciclovias é mais caro, é mais problemático e requer muito bom senso (para decidir «Não», «Sim» e «Como?»)... para além de fanatismos ou populismos e de eventuais 'desvios/aproveitamentos' manhosos de dinheiros públicos.

3- Há ciclovias (bem e mal feitas, simples e caras) ... e há faixas (na rodovia ou no passeio) para uso Exclusivo ou PRIORITÁRIO de bicicletas/velocípedes (em vez de separadores usam linha contínua amarela, descontínua e linha zigzag) - esta/s opção/s, usada/s em vários países europeus, é muito mais barata, rápida de concretizar, reversível, flexível, melhor aproveitada/eficiente ... racional, equilibrada e ecológica.

As opções existem... os cidadãos exercem ou não a sua cidadania e controlo sobre a Res Pública (uma questão de valores e cultura) ... os autarcas e governantes ...são os que temos/escolhemos e aquilo que permitimos !


De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 27 de Outubro de 2010 às 11:11
Certo. Tudo o que diz é certo.
Mas é tudo teoria. Na prática tudo o que diz é treta.
Triste? É. Mas não deixa de ser verdade.
Os nossos governantes são os que escolhemos?
A sério? Acha mesmo que os escolhemos?
Ou são apenas uns dos que, no meio de meia dúzia, nos deram hipóteses de escolher?
Acha mesmo que qualquer um de nós pode ser livremente uma hipótese a atingir um alto cargo na nação? Eu perguntei livremente. Sem fazer pecadilhos de compromissos de percurso? Sem se conspurcar? Sem ser o 'pior' dos 'piores'? Ou acha que tem alguma chance se tiver um pensamento político e um objectivo para o pais? Sem fazer os fretes e entrar nos jogos dos corredores para o poder?
Acha mesmo que isso da Res Publica funciona na prática? Em que mundo o amigo vive?


De Zé T. a 27 de Outubro de 2010 às 12:33
Dúvidas sobre Cidadania e Política

1- Acha mesmo que escolhemos (os nossos governantes)? Ou são apenas uns dos que, no meio de meia dúzia, nos deram hipóteses de escolher?

R:1- Sim, acho que fomos NÓS que os 'escolhemos'... mesmo que eu ou você não tenha votado ou tenha votado noutros candidatos/partidos, pois em política democrática (...) funciona a regra da maioria (mesmo que relativa), i.e. fomos NÓS (os que têm capacidade eleitoral) que os escolhemos (pela negativa ou pela afirmativa).

Numa análise simplista, concordo que as ''Hipóteses de Escolha são limitadas'' ou condicionadas, demasiado...
Mas a análise também tem de passar por: ''...que nos deram... '' . E aqui não temos desculpa. Tendo nós o estatuto (direito e deveres) de cidadãos eleitores e elegíveis não é aceitável esperar que os outros (partidos, candidatos, militantes, cidadãos, vizinhos, ...) nos venham dar ou fazer por nós próprios.
Se queremos algo diferente... temos de ser nós próprios a fazê-lo, a juntarmo-nos a outros, a apresentar candidaturas e propostas, a denunciar o que está mal, protestar e exigir mudanças !

2- Acha mesmo que qualquer um de nós pode ter livremente uma hipótese de atingir um alto cargo na nação? Sem fazer os fretes e entrar nos jogos dos corredores para o poder?

R:2- Qualquer um, realmente, Não.
Embora todos sejamos cidadãos, de facto somos diferentes e não temos iguais competências, recursos, possibilidade de acesso e vontades.
...''sem fazer os fretes ou entrar nos jogos de poder'' as probabilidades são próximas de Zero.
Mas acredito que bastantes podem chegar ao poder político mais elevado sem cometer crimes ... nem graves atropelos à Justiça.

3- Acha mesmo que isso da Res Publica funciona na prática? Em que mundo o amigo vive?

R:3- Sim, acho que a RES PÚBLICA existe mas funciona com deficiências ... há que melhorá-la, sempre... e também acho que muitos se aproveitam da ''coisa pública'', usando 'esquemas' e meios eticamente reprováveis, seja como forma de sobrevivência ou como forma de obter mais recursos (e poder), mesmo 'pisando'/'pilhando' o que é da comunidade (ou de outros mais fracos ou descuidados) mas não está suficientemente salvaguardado.

Eu / nós vivemos num MUNDO imperfeito e dinâmico, com 'estados, regiões e nichos' muito diversos, uns mais ricos/pobres do que outros e melhor ou pior geridos ... seja por 'ditaduras', 'democracias', 'ditamoles', 'oligarquias', 'monarquias', 'autarcias', ... ou por 'carteis', 'monopolistas', 'banqueiros', 'gangsters', 'feiticeiros', 'clérigos', ... e seja em paz ou em guerra, à força bruta, à força de votos de discursos ou de dinheiro.
Mas este é o Nosso Mundo e não temos outro... logo, se não gostamos de algo... há que tentar mudá-lo para melhor, enquanto cá estamos.


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