Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
Além de Hugo Chaves, da Venezuela, também, a china vem dar “uma mãozinha” a Portugal.
Segundo a Lusa, o Embaixador português em Pequim afirmou que visita a Portugal do Presidente chinês, Hu Jintao, a 06 e 07 de Novembro, deverá ficar marcada por vários "acordos" e "contratos de investimento", nomeadamente na área do turismo, disseram hoje à agência Lusa fontes diplomáticas.
Isto talvez não seja suficiente para calar a boca a certos detractores que acusam de ser responsabilidade (quase exclusiva) da China a situação de crise e de desgoverno que por cá se vive, inclusivé da sem vergonhice que tem sido a corrupção partidária, económica e financeira.
Até porque a china não é, efectivamente, um exemplo de guardanapo a que alguém se possa limpar!
De Em vez do FMI venha o Brasil a 28 de Outubro de 2010 às 12:05
Portugal viveu muitas décadas à custa do ouro, mais recentemente serviu-se da mão-de-obra barata, tanto na construção civil como hotelaria, agora deveríamos pedir ao Brasil que em vez de emprestar dinheiro ao FMI com o qual nos irá financiar, a taxa de juros bastante superior, Sócrates deveria falar com o Lula da Silva para este lhe dar “as duas mãos” e emprestar directamente o crédito que tem no FMI.
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 28 de Outubro de 2010 às 14:53
Foge...
É Lula, não é 'pargo'...
Quando Lula empresta ao FMI, sabe que vai receber.
Mas se emprestar a Portugal, o mais certo é ficar a árder'.
E Portugal não serve de penhore, não tem ouro...
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 28 de Outubro de 2010 às 14:56
Agora são os chineses... Foge DD, «vade retro»...
Não bastava o Chavez agora estes...
Só falta o Irão. Irão-nos aonde? Foge que esta é a doer...
De
DD a 29 de Outubro de 2010 às 00:08
Os chineses têm a consciência pesada e fizeram também uma oferta de aquisição de dívida pública à Grécia.
A China sabe que a Grécia, Portugal e outros países europeus não são fabricantes de carros Mercedes, BMW, aparelhagem de ressonância magnética, máquinas industriais, etc. como os alemães.
Tal como os gregos e os portugueses fabricam ou fabricavam aquilo que os chineses exportam e que são fabricados com trabalhadores explorados a ganharem 10% do que ganha um português ou grego.
Por isso, os chineses sabem melhor que ninguém que a única solução para estes países e quase toda a Europa é levantar barreiras aduaneiras e fazer com outros produtos o que se faz com os automóveis que são contigentados.
A União Europeia com 501 milhões de habitantes é um mercado para vinte milhões de automóveis por ano e só deixa entrar 800 mil. Se tivesse feito o mesmo com o calçado e todos os artigos de consumo, a indústria portuguesa estaria florescente, pois o mercado europeu é de tal maneira grande que não depende de produtos vindos da China.
Não se fez o mesmo para outros produtos porque a Europa vive sob a ditadura dos alemães, nomeadamente daquela bruxa que dá pelo nome de Angela Merkel que prefere bens de consumo baratos vindos da China, enquanto lhes vende máquinas caras. O trabalhador fabril alemão com 2.500 a 3.000 euros mensais veste-se e consome produtos feitos por trabalhadores que ganham 80 euros por mês. Isso faz do trabalhador alemão uma espécie de capitalista.
À China não interessa a falência grega, portuguesa, irlandesa e espanhola e também não lhes interessa um enfraquecimento do euro que tornaria os seus produtos mais caros. Eles fortaleceram sempre o dólar ao comprarem os "bonds" americanos e agora querem fazer o mesmo com os "bonds" do euro, em que os que vencem juros mais altos são os da Grécia, Portugal e Irlanda.
Para Portugal, o problema da dívida soberana é o drama do momento, mas a questão verdadeira é a falta de crescimento em consequência do excesso de importações em relação às exportações e, portanto, é o da falta de crescimento económico por incapacidade de concorrer com outros países e pelo facto de os fabricantes estrangeiros terem saído com a excepção honrosa da Auto-Europa.
Muita gente fala dos banqueiros e banca que andou de um lado para o outro para que o PSD viabilize o orçamento. Os bancos têm a totalidade do nosso dinheiro com excepão dos vinte euros com que andamos na carteira e devem muito ao estrangeiro, pois permitiram que milhões de famílias portuguesas adquirissem casas a preços muitas vezes inferiores ao que pagariam de aluguer, se é que alguma vez viesse a haver habitações em número suficiente para alugar. Se faltar a massa monetária, a banca deixa de poder honrar os seus compromissos com o
Não devemos esquecer que os grandes bairros de Lisboa e Porto desde o fim do Século XIX foram feitos com o dinheiro dos emigrantes que foram para o Brasil e depois pelos africanistas que ganharam dinheiro nas roças do cacau e café e em outros negócios nas colónias, portanto, dinheiro vindo de fora e gerado por economias externas ao rectângulo europeu. Quando as fortunas deixaram de vir, deixou de haver prédios para alugar e apenas uma ou outra poupança vinda da Europa era aplicada nalguns andares para alugar.
Estamos tesos, é certo, mas temos o país renovado desde o extremo sul - via Formosa - até Caminha e temos Institutos Politécnicos e Hospitais por toda a parte e "excesso de autoestradas", metros, comboios em linhas suburbanas quadruplicadas, etc e, principalmente, realojámos todas as fam.
Há o segundo problema que é o da totalidade da receita fiscal ser destinada a pagar salários e prestações sociais. Pode o PCP e as centrais sindicais organizarem todas as greves, mas a realidade é que não há dinheiro para benesses e o défice tem de ser reduzido para um valor ainda alto como o que está previsto pelo OE.
O Estado não procura lucros à custa dos funcionários, necessita é de pagar as suas despesas.. Não pode ir mais longe e também não pode esvaziar as contas das grandes empresas como a EDP, PT, Galp, Cimpor, Portucel/Soporcel, etc. que, felizmente, são lucrativas e pagam os salários dos trabalhadores mais os descontos sociais e os impostos como o IRC.
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