Quarta-feira, 17 de Novembro de 2010

Depois de classificar o SNS como algo "impossível" de manter, dado que "entre médicos e pacientes, exames e receitas", ao ministro das Finanças só chegam as contas para pagar, Bessa apontou algumas soluções. Desde logo a possibilidade de acabar com o IRC, ou mesmo uma isenção do pagamento por parte das empresas da Segurança Social, possível à custa de uma "taxa de IVA a 23%, mas sem isenções".

 

Para quem tem a memória curta lembro que Daniel Bessa foi ministro "independente" da Economia num governo de Guterres. Constou-se na altura  em que foi demitido por Guterres, se proponha alterar a lei que regulava os horários de abertura das grandes superfícies, permitindo que estas funcionassem os sete dias na semana. A esta decisão que prejudicava o comércio tradiconal mas beneficiava as grandes superfícies, algumas a quem Daniel Bessa prestava a sua colaboração como economista a troco de  compensações financeiras, opôs-se Manuel dos Santos, Secretário de Estado e militante socialista, tendo ambos sido demitidos  por Guterres.


Qual foi o contributo de Daniel Bessa para o desenvolvimento da economia nacional ? Quer como ministro, quer depois?

Seria também interessante conhecer a evolução patrimonial de Daniel Bessa antes de chegar ao Governo e depois de ter saído deste. 

Está recentemente em cartaz, um filme "Inside job - A Verdade da Crise" que aconselho aos leitores, o qual, para além de outras coisas, mostra a falta de ética de muitos professores universitários de Economia.

 

A 12 do corrente, o Público trazia a informação que Daniel Bessa, "independente" próximo dos socialistas na liderança de Guterres, agora integra a comissão de honra da recandidatura de Cavaco Silva a Belém. A mesma é também integrada por outro "independente", que até muito recentemente estava muito próximo dos socialistas de Lisboa, refiro-me a José Miguel Júdice.

 

Talvez esteja na altura dos militantes do PS que defendem uma sociedade mais justa e livre de "epizoários" debaterem o futuro do Partido e a "abertura aos independentes(?)",  e pugnarem pela utilização primeira dos recursos caseiros.



Publicado por Izanagi às 09:41 | link do post | comentar

10 comentários:
De Zé T. a 17 de Novembro de 2010 às 11:22
Gostei do 'post'.

Mais um caso demonstrativo das ligações e dependências dos (ex-)políticos (e 'eminentes economistas e universitários') ao poder económico ('nacional', multinacional ou apátrido),
seja da Banca, das grandes empresas de distribuição, comunicações, energia, ... ou de fundações e 'think tanks'...

E mais um exemplo de que os ''independentes'' são um grande EMBUSTE !
Estes 'independentes' até podem ser políticos (todos os Cidadãos SÂO Políticos) sem partido, ... mas não são independentes do poder económico, ideológico, mídia, ...).
Estes só se auto-atribuem o ''isento'' rótulo de ''independente'' ...para melhor se aproveitarem de todos os ventos, oportunidades, infuências, cunhas, tachos, negociatas e nepotismos que os possam beneficiar... em troca de uma 'aura de seriedade' que os políticos com partido já não têm, na sua maioria.



De Cartão, desValores e Nepotismo a 17 de Novembro de 2010 às 11:46
Este é um problema do PS... mais ainda 'deste' PS em que muitos Socialistas não se revêem.

No CDS/PP, no PCP, e (menos) no PSD ... os militantes são considerados VALORES para aquém e além eleições...

Neste PS de 'meias tintas' (sem valores nem princípios) e muitos oportunistas, vale tudo, ... mas há uma condição:
SÓ se for parente amante ou sócio (de 'antes' ou depois, na partilha de dividendos) ... de chefinho, chefe, ou chefão na Secção, na Concelhia, na Assembleia, no Executivo, na direcção, no serviço ou empresa pública, ...

o CARTÃO do Partido, só por si, há muito que já não vale NADA ... só atrapalha e dá desgostos.

Neste aspecto, a verdade é que a 'filiação' no PS ou no PSD, ou na loja maçónica, ou ... também já não vale nem chega ...
foram/são tantos os interessados em obter alguma coisa (dum simples emprego até um tacho) que se DESVALORIZOU o cartão/filiação.


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