Sexta-feira, 24 de Dezembro de 2010

"Imagine que era gente muito próxima de Sócrates envolvida no caso BPN. Imagine que as suas ligações ao banco pareciam evidentes. O que se investigaria e se escreveria?
Imagine que um homem próximo de José Sócrates estava envolvido na gestão criminosa de um banco e que isso custava cinco mil milhões ao Estado. Imagine que um outro homem ainda mais próximo de Sócrates (Armando Vara, por exemplo) também estava envolvido no caso. E que Sócrates, como primeiro-ministro, vinha a publicamente defender a sua permanência num cargo político.
Imagine que se suspeitava que o banco em causa, quase exclusivamente composto por pessoas do círculo político próximo de José Sócrates, tinha contribuído financeiramente para a sua campanha anterior. Imagine que Sócrates e familiares seus tinham comprado ações desse grupo financeiro e vendido a tempo.
Imagine que, sabendo-se tudo isto, Sócrates apoiava a nacionalização dos prejuízos deste banco. E imagine que essa nacionalização ajudaria a explicar a situação calamitosa do país.
Imagina o que se escreveria sobre o assunto? A quantidade de vezes que o primeiro-ministro teria de explicar as suas ligações ao banco? Os esclarecimentos que teria de dar? As declarações que teria de fazer ao País? Como tudo seria investigado até ao mais ínfimo pormenor? Como todos os documentos seriam vasculhados? Não foi assim nos casos da licenciatura, das casas projectadas, da Face Oculta, do Freeport, da TVI? E muito bem.
Não se percebe porque é que, num caso muitíssimo mais grave nas suas consequências para o país, parece dispensar-se qualquer tipo de vigilância democrática quando a pessoa que está em causa é, em vez do primeiro-ministro, o Presidente da República."

http://aeiou.expresso.pt/imagine-se-fosse-socrates=f622528

  

PS. O caso BPN é o maior roubo praticado desde o 25 de Abril ou desde sempre em PortugaL e os autores foram tratados como vítimas inocentes pela Assembleia da República e ao chefe, Anibal Cavaco Silva, a comunicação social e os partidos não apontam o dedo e ninguém diz que a sede de candidatura dele esteve instalada nos escritórios do Banco Insular em Lisboa e trata-se do banco mais criminoso que apareceu em Portugal desde o célebre Banco de Angola fundado por Alves dos Reis que em 1925 conseguiu mandar fazer uma emissão de notas de 500 escudos com assinaturas falsas do goernador do Banco de Portugal.

roubo do BPN custa uma fortuna aos contribuintes e há mesmo o desplante de acusar Sócrates e o Governo de não ter atuado devidamente quando não conheciam o montante do roubo praticado pelos amigos de Anibal Cavaco Silva e, obviamente, pelo próprio Anibal.

Quando ao caso de corrupção dos submarinos e o desaparecimento do contrato, este foi feito pelo ex-secretário-geral do Ministério da Defesa nos tempos do Portas, um tal Bernardo Carnel que desapareceu da circulação e dizem mesmo que está no estrangeiro, parece que num paraíso fiscal inacessível e desconhecido e levou consigo o contrato. Da casa dele ninguém responde e os vizinhos dizem que não está habitada há vários anos. Claro, ninguém fala disso porque não tem o cartão do PS, mas sim do CDS, e este partido, como o PSD, está acima de quaisquer suspeitas por parte da magistratura portuguesa, por mais milhares de milhões de euros que tenha roubado.

O gang do BPN está a ser tratado pela Justiça como foi o gang das caixas do Multibanco, só que estes últimos apenas roubaram dois milhões de euros em mais de 100 caixas e saíram em liberdade e o gang do Cavaco roubou bem mais de 5 mil milhões de euros que eram dos depositantes no banco.



Publicado por DD às 11:32 | link do post | comentar

6 comentários:
De Izanagi a 24 de Dezembro de 2010 às 15:27
Ao contrário do que o articulista afirma, Sócrates, está e muito envolvido no caso BPN. Foi Sócrates que decidiu nacionalizar os PREJUÍZOS do BNP, penalizando assim todos os portugueses que pagam impostos e benficiando os criminosos. Sócrates, enquanto primeiro-ministro é co-responsável pela pasta da JUSTIÇA. O que aconteceu aos bens dos "criminosos"?


De DD a 24 de Dezembro de 2010 às 17:39
Acho estranho que um jurista pretenda que o Ministério da Justiça, Governo, possa interferir em processos judiciais ou arrestar bens seja de quem for.
O Governo limitou-se a enviar as queixas que elaborou para a Procuradoria Geral da Justiça e compete a esta iniciar a investigação e levar o caso a um juiz de instrução criminal.
Sócrates não está envolvido, como disse anteriormente, no roubo perpetrado pelos CAVAQUISTAS e pelo próprio CAVACO e, felizmente, não havia ninguém próximo do Sócrates no BPN nem na Sociedade Lusa de Negócios e, menos ainda, relacionado com o Governo.
É isso que causa uma profunda raiva aos inimigos do Partido Socialista. Não podem acusar uma figura qualquer do partido e daí descer ao grau mais baixo da estupidez com as suas calúnias ocas de sentido e de qualquer matéria credível.
Agora, os inimigos do Sócrates começaram a dizer que há escutas do caso Face Oculta que não foram destruídas. Trata-se de uma falsa chantagem para evitar que no dia 11 de Janeiro seja divulgado algo de muito sério contra os Cavaquistas a propósito do BPN.


De Izanagi a 24 de Dezembro de 2010 às 18:03
Esperava exactamente por essa resposta. Interferência. De quem depende o Ministério Público? Não há um Ministério da Justiça? Pode discutir-se se há ou não ministro, mas ministério Há. Não é da competência do Governo encontrar soluções para que a Justiça funcione com um mínimo de eficiência e eficácia? ou serve apenas para colocar boys principescamente remunerados. Não pode o governo sacudir a água do capote no caso BPN, em que parte dos meus impostos presentes e futuros são para suportar a privatização dos Prejuízos.


De DD a 26 de Dezembro de 2010 às 16:12
O Governo não sacudiu a água do capote, o processo contra Oliveira e Costa está em curso, o homem está a responder em tribunal e a seguir virão outros. Se for necessário, nem Cavaco fica de fora..
Saliente-se o caso da Irlanda, os seus bancos muito sólidos aguentaram os dois primeiros anos da crise para de reprente desmoronarem-se como um castelo de cartas, levando um Governo/Estado bem comportado financeiramente a registar este ano um défice superior a 30%, o mais alto do Mundo e, mesmo, da história económica.
Ataquem o Sócrates com sentido de justiça, não por tudo e nada e, menos ainda, por uma crise que veio de fora. Leiam o Expresso Economia desta semana.


De DD a 24 de Dezembro de 2010 às 16:18
A nacionalização do banco só implica o Sócrates para os ESTÚPIDOS, pois foi feita, como em diversos países da Europa e até nos EUA, para evitar uma corrida aos depósitos bancários numa altura em que se julgava que a crise seria mais alargada do que foi no primeiro semestre, se bem que parece que vai ser muito mais prolongada no tempo.
Uma coisa é tirar milhões e milhões, outra coisa é tomar uma medida que à posteriori pode ser considerada errada, mas que NUNCA IMPLICOU ROUBAR para proveito próprio.

De resto, o problema do BPN não resulta apenas dos roubos feitos pelos CAVAQUISTAS, mas sim do fato de os depositantes terem corrido ao banco levantar os seus dinheiros. Mesmo sem roubo, sucederia a mesma coisa a qualquer banco do País e do Mundo se os depositantes fossem levantar o seu dinheiro.
Sucede que quase todos os depositantes transferiram as suas contas para a CGD que, assim, ganhou, milhares de novos clientes que depositaram praticamente mais dinheiro que a CGD colocou no BPN.

Antes da nacionalização, o Cadilhe pediu 600 milhões de euros ao Estado/CGD e quando começou a ver que aquilo não dava para nada, o banco foi nacionalizado para evitar a tal corrida ao BPN e a todos os bancos.

Se o Governo tivesse deixado falir o BPN, ninguém sabe o que aconteceria, nem se por precaução quase toda a gente iria tirar uma parte ou todo o dinheiro que tinha na banca. Claro, os ESTÚPIDOS sabiam o que iria acontecer, pois é caracaterística dos ESTÚPIDOS saber tudo depois dos acontecimentos terem passado..


De Izanagi a 24 de Dezembro de 2010 às 18:14
Como sempre afirmou o Governador do BP, ex-secretario geral do PS, a banca em Portugal , não se confrontava com problemas. Era uma banca solida, robusta. Mas DD descobriu que se o BPN falisse, era o Apocalipse, da restante banca e do País. Como se a falência de um banco fosse uma situação inédita. Assim, pelo sim pelo não, é preferível , numa perspectiva socialista(a qual não compartilho) ROUBAR os trabalhadores, que são aqueles que ainda pagam impostos, para não prejudicar a "alta finança".
Se o actual PS não fosse o que é , recomendava-lhe que se transferisse para o CDS.


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