"Imagine que era gente muito próxima de Sócrates envolvida no caso BPN. Imagine que as suas ligações ao banco pareciam evidentes. O que se investigaria e se escreveria?
Imagine que um homem próximo de José Sócrates estava envolvido na gestão criminosa de um banco e que isso custava cinco mil milhões ao Estado. Imagine que um outro homem ainda mais próximo de Sócrates (Armando Vara, por exemplo) também estava envolvido no caso. E que Sócrates, como primeiro-ministro, vinha a publicamente defender a sua permanência num cargo político.
Imagine que se suspeitava que o banco em causa, quase exclusivamente composto por pessoas do círculo político próximo de José Sócrates, tinha contribuído financeiramente para a sua campanha anterior. Imagine que Sócrates e familiares seus tinham comprado ações desse grupo financeiro e vendido a tempo.
Imagine que, sabendo-se tudo isto, Sócrates apoiava a nacionalização dos prejuízos deste banco. E imagine que essa nacionalização ajudaria a explicar a situação calamitosa do país.
Imagina o que se escreveria sobre o assunto? A quantidade de vezes que o primeiro-ministro teria de explicar as suas ligações ao banco? Os esclarecimentos que teria de dar? As declarações que teria de fazer ao País? Como tudo seria investigado até ao mais ínfimo pormenor? Como todos os documentos seriam vasculhados? Não foi assim nos casos da licenciatura, das casas projectadas, da Face Oculta, do Freeport, da TVI? E muito bem.
Não se percebe porque é que, num caso muitíssimo mais grave nas suas consequências para o país, parece dispensar-se qualquer tipo de vigilância democrática quando a pessoa que está em causa é, em vez do primeiro-ministro, o Presidente da República."
http://aeiou.expresso.pt/imagine-se-fosse-socrates=f622528
PS. O caso BPN é o maior roubo praticado desde o 25 de Abril ou desde sempre em PortugaL e os autores foram tratados como vítimas inocentes pela Assembleia da República e ao chefe, Anibal Cavaco Silva, a comunicação social e os partidos não apontam o dedo e ninguém diz que a sede de candidatura dele esteve instalada nos escritórios do Banco Insular em Lisboa e trata-se do banco mais criminoso que apareceu em Portugal desde o célebre Banco de Angola fundado por Alves dos Reis que em 1925 conseguiu mandar fazer uma emissão de notas de 500 escudos com assinaturas falsas do goernador do Banco de Portugal.
O roubo do BPN custa uma fortuna aos contribuintes e há mesmo o desplante de acusar Sócrates e o Governo de não ter atuado devidamente quando não conheciam o montante do roubo praticado pelos amigos de Anibal Cavaco Silva e, obviamente, pelo próprio Anibal.
Quando ao caso de corrupção dos submarinos e o desaparecimento do contrato, este foi feito pelo ex-secretário-geral do Ministério da Defesa nos tempos do Portas, um tal Bernardo Carnel que desapareceu da circulação e dizem mesmo que está no estrangeiro, parece que num paraíso fiscal inacessível e desconhecido e levou consigo o contrato. Da casa dele ninguém responde e os vizinhos dizem que não está habitada há vários anos. Claro, ninguém fala disso porque não tem o cartão do PS, mas sim do CDS, e este partido, como o PSD, está acima de quaisquer suspeitas por parte da magistratura portuguesa, por mais milhares de milhões de euros que tenha roubado.
O gang do BPN está a ser tratado pela Justiça como foi o gang das caixas do Multibanco, só que estes últimos apenas roubaram dois milhões de euros em mais de 100 caixas e saíram em liberdade e o gang do Cavaco roubou bem mais de 5 mil milhões de euros que eram dos depositantes no banco.
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