Quarta-feira, 5 de Janeiro de 2011

Princípio da igualdade constitucional ou são outras as razões destes tratamentos discriminatórios?

Para agarrar os milhões do fundo de pensões dos bancários o governo fez acordo, com os bancos e sindicatos respectivos, para transferir a responsabilidade social desses trabalhadores para o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem.

Depois de firmado o acordo foi necessário fazer o respectivo enquadramento legal e para isso se aproveito a Lei 55-A/2010 de 12 de Dezembro, que aprovou o Orçamento Estado de 2011, onde foram introduzidos, alguns, novos artigos, no caso o artigo 3º-A que dispõe nomeadamente:

“...

2 - Os trabalhadores referidos no número anterior mantêm a protecção social...

3 – A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% ao trabalhador, sem prejuízo no disposto no número seguinte.

4 – No caso da entidade sem fins lucrativos a taxa contributiva é de 25,45, cabendo 22,4% à entidade empregadora e 3% ao trabalhador.

...”

As regras gerais que determinam as contribuições para o sistema previdencial de segurança social são definidas no respectivo código dos regimes contributivos aprovado pela Lei nº 110/2009 de 16 de Setembro cuja tabela é sinteticamente a seguinte:

Sem prejuízo de maior e mais profunda analise convenhamos que a dispersão é grande deixando, sem duvidas, muitas das dita e que se pode colocar, pelo menos, a interrogação sobre se o preceituado na Constituição em vigor não estará a ser, fortemente, defraudado e se estamos (é de duvidar) perante discriminações positivas ou cedências a interesses particularizados.

As maiores e mais profundas desigualdades numa sociedade começam e acabam nos respectivos regimes fiscais e na sua concomitante aplicação. Um assunto que deveria ser mais debatido e aprofundado pelos cidadãos e respectivo movimento associativo, qualquer que seja a sua natureza e composição.



Publicado por Zé Pessoa às 00:06 | link do post | comentar

4 comentários:
De Pardoxos de 1 socialismo enviesado a 5 de Janeiro de 2011 às 13:07
Segundo a agenciafinanceira.IOL, Instituto da Segurança Social decidiu reduzir os prémios de desempenho para os trabalhadores e aumentar a verba destinada aos cargos dirigentes.
Comparando-a com dados de 2009 com os agora publicados, é possível determinar que no ano passado a dotação orçamental para cargos dirigentes chegou aos €78.402,06, quase mais 16 mil euros do que há dois anos.
Mas em compensação, no item relativo a «restantes trabalhadores», a verba para prémios de desempenho caiu mais de 186 mil euros.
Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos, ficou «surpreendido» com esta informação: «Quando se discriminam os operacionais do serviço e se valorizam só os dirigentes, mal vão as organizações».
O Instituto da Segurança Social tem 11 720 trabalhadores e, destes, 425 dirigentes e 462 com funções de chefia [num total de 887 que estão inseridos no item de cargos dirigentes], optando assim por atribuir a 7,57% dos funcionários prémios de desempenho no valor de €78 402,60 e aos restantes trabalhadores, que são 92%, €399 043,76.
Para o STE, não há dúvida de que esta é «uma visão gestionária distorcida, que não aponta para bons resultados com a necessária motivação de todos os trabalhadores e não só dos dirigentes».
A «clivagem» entre dirigentes e funcionários é penalizadora sobretudo porque o objectivo dos prémios é «valorar o desempenho, algo que é além da função», sublinha Picanço. Ou seja, a ideia não é aumentar o gap entre diferentes funções: «Todas devem ser devidamente compensadas».
Questionado o Ministério do Trabalho e Segurança Social, e tendo esperado um mês para obter um comentário do Governo, a Agência Financeira viu-se forçada a optar pela publicação desta notícia sem incluir as respostas do ministério.


De Abaixo SIADAP e 'novo regime da FP/ AP a 5 de Janeiro de 2011 às 13:55
Estas alterações de regras, tabelas e regimes na FP (feitas por governos que se dizem ''de socialistas'') e no Código de Trabalho, só vieram
** piorar a situação dos trabalhadores em geral,
** criar mau ambiente entre colegas,
** aumentar os abusos e assédios por parte de chefias e dirigentes,
** introduzir incompetência redundância dolo e fraude na AP, e
** acabar com os procedimentos de isenção e defesa do interesse público exercido pelos funcionários da Administração Pública.

Agora na AP, com excepção de alguns 'ultrapassados', só existe ''público'' no nome, pois tudo é tratado como interesse privado ou a privatizar/ 'embolsar',
** só existe individualismo segredismo amiguismo nepotismo, juntamente com
** muita 'falsa e falaciosa' ''negociação'' ''competitividade'' e ''objectivos'' para enganar papalvos (trabalhadores e cidadãos-contribuintes-eleitores),
** em caríssimos ''estudos e relatórios'' da treta com ''conclusões encomendadas''.


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS