De Compromisso claro vs Não esclarecer a 7 de Janeiro de 2011 às 12:06
Campanha presidencial: quem teme esclarecer?
[Publicado por AG, CausaNossa]
... seguir na TV os programas de comentário político em que participam espectadores. Inevitavelmente o tema era a incidência BPN na campanha presidencial. Curiosamente, os defensores do Presidente Cavaco Silva afanavam-se a rejeitar a “campanha negra”, dizendo que o que era preciso era debater os desafios políticos e económicos que se colocam ao país.
Ora, não faltam oportunidades para os candidatos esclarecerem as suas posições sobre esses desafios. Como o “Inquérito do PUBLICO aos candidatos presidenciais”, que aquele jornal vem publicando.
No de hoje, pergunta-se:
“O Servico Nacional de Saude tem um défice estrutural crónico. Promulgaria um diploma que propusesse a abolição da expressão “tendencialmente gratuito” quanto aa prestação de cuidados de saúde?”
Manuel Alegre responde:
“A Constituicao da Republica consagra o direito a protecção da saúde ‘através de um serviço universal e geral e, tendo em conta as condições economicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito’.
O combate ao défice do SNS tem de se fazer pelos ganhos de eficacia, pela inovação, pelo combate ao desperdício e pelo rigor na gestão (…) Usarei todos os poderes presidenciais para impedir a descaracterização do SNS.(…) E se algum governo, seja ele qual for, ou alguma maioria parlamentar, seja de quem for, puser em causa o SNS, tal como esta consagrado na Constituicao, eu veto”.
O ainda Presidente e recandidato Cavaco Silva responde assim:
“O Presidente da Republica não deve pronunciar-se antecipadamente sobre propostas legislativas, nomeadamente de alteração constitucional, pois so assim estará acima das lutas partidárias e so assim impedira ser dado como parte no combate político”.
Ora, bolas, Senhor Presidente Cavaco Silva!
Quem esclarece e quem não esclarece, afinal?
Quem quer esclarecer os portugueses e quem teme esclarecê-los sobre esse tema fundamental que ee o financiamento do SNS?
De
Izanagi a 7 de Janeiro de 2011 às 19:04
Que Manuel Alegre seja um ignorante em questões legais ainda se poderia aceitar. Mas já não a Ana Gomes.
Mas… Alegre enquanto candidato a Presidente da República, deveria conhecer a Constituição da República Portuguesa, tanto mais que se for eleito Presidente terá que jurar respeitar a CRP.
Acontece que a garantia do SNS ser tendencialmente gratuito, está expresso na CRP e a sua alteração implica uma revisão constitucional aprovada por dois terços dos deputados e quando isso acontece o PR não tem poderes para vetar a alteração. Manuel Alegre não poderia nunca vetar a alteração, porque em Portugal ainda não se vive num regime ditatorial.
Esta é a qualidade dos políticos que temos. Lamentavelmente também uma grande fatia de militantes de partidos políticos ( alguns até insuspeitos) perderam a capacidade de raciocinar, logo de criticar e converteram-se em FUNDAMENTALISTAS, onde a adoração do dogma a tudo se sobrepõe
De Ladrões à porta... a 7 de Janeiro de 2011 às 12:09
A raposa a guardar as galinhas...
[Publicado por AG, CausaNossa]
Está tudo maluco e não apenas o PSD que propôs, mas também o PS que concordou?
Que credibilidade terá a certificação das contas publicas se a presidência do Grupo de Trabalho encarregue de as fiscalizar estiver entregue a quem presidiu durante dez anos ao conselho fiscal do caso de polícia que é o BPP?
Ai, o Prof. António Pinto Barbosa é um homem sério, impoluto, dizem-me!
Será.
Mas também comprometedoramente cego, surdo e mudo.
----------------------------------
Banca desgovernada?
Se um dos principais estrangulamentos que a crise provoca na nossa economia resulta das restrições de financiamento por parte da Banca às PMEs portuguesas, que são as que mais emprego asseguram,
se as empresas a privilegiar no crédito que ainda é concedido deviam ser as empresas (com as PMEs à cabeça) que produzem bens exportáveis,
como admitir que um consórcio liderado pelo banco público CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, vá financiar em mais de 250 milhões de euros projectos imobiliários de Luis Filipe Vieira, segundo noticia o PUBLICO de hoje?.
De .juristas/barões/negociantes/comentadors a 7 de Janeiro de 2011 às 12:19
António Vitorino com pista própria
António Vitorino está incomodado com o caso BPN marcar a campanha eleitoral.
É próprio destes grandes quadros políticos terem ideias muito próprias, sobretudo quando lhes trazem benefícios á pista própria em que correm sobretudo no domínio dos negócios
(como administradores/ consultores/ juristas de grandes empresas, como 'empresários' e intermediadores de grandes negócios públicos e como grandes lóbistas no parlamento, no governo, ...).
É o caso.
Não há que hostilizar o bloco central, pois sem ele há negócios prejudicados.
António Vitorino poderia ter sido mais transparente e dizer claramente que não apoia Alegre.
O que disse na SIC notícias é claro mas as pessoas nem sempre atingem. Onde pretendeu Vitorino chegar ao dizer: "esta eleição poderia ter sido mais disputada - com outro candidato nomeadamente do PS?
Etiquetas: António Vitorino, Desencontros, Manuel Alegre
# posted by Joao Abel de Freitas, PuxaPalavra
De
Izanagi a 8 de Janeiro de 2011 às 13:45
Escreve Vasco Pulido Valente no Público:
"António Vitorino lamenta que o PS não tenha escolhido um candidato melhor; quer ele dizer na dele, mais moderado.
Concordo inteiramente com esta previsão de Vitorino, um homem que é, pelo menos, muito esperto e muitíssimo amigo dos seus interesses."
O 2º parágrafo de Vasco Pulido Valente vem de encontro ao retrato que faço de Vitorino, retrato que é partilhado por muitos militantes do PS. Contudo, muitos desses militantes, acéfalos, mudam de opinião desde que seja coincidente com a da Direcção do PS. Em muitos momentos Vitorino mostrou que o seu interesse se sobrepõe ao interesse do PS, e contudo há militantes que continuam a venerá-lo.
Vá lá saber-se porquê?
Comentar post