Domingo, 16 de Janeiro de 2011

O lobby das escolas privadas que são financiadas pelo Estado não desarma: onde estiverem Cavaco ou Alegre, lá estarão manifestações de criancinhas, devidamente industriadas, gritando "SOS", ou os respectivos paizinhos empunhando cartazes com palavras de ordem.

Aprendeu bem a Direita a lição com o PCP.

Há só um aspecto que me faz confusão: mantendo-se o financiamento das escolas privadas instaladas em áreas em que não há oferta pública (financiamento limitado - claro - a valor igual ao que é entregue às escolas públicas), por que razão os cartazes parentais ostentam palavras de ordem como "tenho o direito de escolher a escola do meu filho"?

É que, obviamente, se eu escolher colocar as minhas filhas numa escola privada, sei que terei de pagar o valor real de propinas que permitem a escola funcionar. Mas porque raio deverão ser os restantes contribuintes a pagar a minha escolha?

É que aquelas manifestações não defendem a instituição do cheque-ensino com a possibilidade de escolha universal por parte de todas as famílias portuguesas.

Nada disso.

Defendem apenas a sua possibilidade de escolher.

Como qualquer corporação.

Nuno Santos Silva [Arcádia]



Publicado por JL às 20:04 | link do post | comentar

2 comentários:
De DD a 16 de Janeiro de 2011 às 22:19
Portugal é um país em que todos querem mamar na teta do Estado, desde instituições de ensino, agricultores, juízes, administradores, bancos, etc.
Há dias um industrial exportador criticava Sócrates de ainda não ter dado ajudas aos exportadores, leia-se dinheiro. Ora o Estado apoia as empresas na participação em feiras internacionais e nalgum marketing e quer que as embaixadas ajudem, fornecendo a possíveis interessados listas de empresas portuguesas e produtos susceptíveis de serem exportados e fornecem aos exportadores listas de importadores, etc., estabelecendo contactos.
Mas, dar dinheiro não. A venda é um negócio que deve dar lucro, muito ou pouco, e não se justifica que o exportador possa com dinheiros públicos vender a um preço inferior ao custo ou então ganhar excessivamente.


De Politica essa grande vaca a 16 de Janeiro de 2011 às 22:34
Quem pede o impossivel acaba por receber pouco mais que nada.
E, numa sociedade de pedintes ainda menos se poderá receber visto que são muitos a mamar e poucos a tratar da vaca.
Há, ainda, aqueles que muito mamam sem querer tratar da mérda que a vaca (da politica) produz. Estão, sentem-se, muito acima disso, como é o caso de um certo senhor Silva.



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