As bancas de droga não se fixam ao acaso, fixa-se por várias razões estruturais.
Um dos aspectos terá a ver com a recruta de mão-de-obra, nada mais fácil, encontrar nos Bairros Sociais, pessoas que não conseguem entrar no mercado de trabalho, nem tem grandes expectativas de lá entrar.
Depois para muitos dos nossos jovens, consideram a escola como um destino que abre para parte nenhuma.
Os bairros sociais continuam a ser sítios de margem, a manter um certo aspecto de fortificações onde é mais fácil desenvolver este tipo de actividades.
Com a crise a bater à porta, com a perda económica das famílias, algumas pessoas não olham a meios e lançam mãos as economias paralelas.
O tráfico instala-se nos bairros sociais, em primeiro lugar, porque há uma clientela disposta a comprar, depois em segundo lugar, os mercados ilícitos necessitam de quem opere ao nível da rua sem grande medo da polícia, com mecanismos de protecção perante as invasões, em terceiro faz-se normalmente em terrenos urbanos de mais difícil acesso.
E então a polícia vai aos bairros sociais? Sim, vai, muitos bairros até têm esquadras, com 41 efectivos, mas de nada vale e como brincar ao jogo do rato e do gato.
Como se resolve o problema do tráfico? Possivelmente como é que se resolver a divida do país? Possivelmente como é que se resolve os problemas dos fechos das fábricas em Portugal? Possivelmente como é que se resolve o problema do desemprego em Portugal?
Texto de opinião de João Carlos B. Antunes também publicado em AMBCVLumiar blog
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