6 comentários:
De . a 24 de Janeiro de 2011 às 15:16
O meu voto
por Daniel Oliveira

A razão do meu voto no domingo resume-se depressa:
votarei no único candidato que, podendo disputar uma segunda volta para a vencer, tem posições claras sobre o que realmente vai estar em causa nos próximos cinco anos.

A saber:
gratuitidade e universalidade do Serviço Nacional de Saúde; centralidade da Escola Pública no nosso sistema educativo; defesa de uma segurança social pública; oposição a leis laborais que deixem os trabalhadores entregues aos humores do empregador; e defesa dos poderes eleitos como os únicos com legitimidade democrática para determinar as nossas escolhas colectivas. Não é pouco. É, neste momento, tudo.

** Defensor de Moura e Francisco Lopes têm posições claras sobre estas matérias, mas, como sabemos, não estariam em condições de disputar com Cavaco Silva uma vitória. E representam mais as suas bandeira partidária do que a vontade de unir o povo de esquerda num combate que marcará os próximos anos da nossa política.

** Fernando Nobre nunca é claro sobre estas clivagens fundamentais, apostando no aproveitamento do descontentamento dos portugueses sem lhe querer dar qualquer rumo que não seja o do ódio estéril aos políticos e apresentando-se como homem providencial. Nunca candidatos com este discurso contaram com o meu voto. Não passariam a contar agora. José Manuel Coelho é entretenimento. Levo o meu voto a sério.

** Cavaco Silva representa tudo o que a esquerda terá de combater nos próximos anos.

** O voto em branco, o voto nulo e a abstenção são, nestas eleições, uma ajuda a Cavaco Silva.

** O meu voto em Manuel Alegre é um voto coerente, racional e determinado. Mesmo que Cavaco fosse honesto, e ficámos com a certeza de que não o é. Mesmo que Cavaco tivesse um espírito democrático, e sempre soubemos que não o tem. Votarei Manuel Alegre porque não desisto de nenhum combate. Muito menos dos combates que determinarão muito do que será a vida concreta de cada um de nós nos próximos anos.

** Vote em quem votar, se a esquerda ficar em casa no domingo não se poderá queixar das derrotas que se seguirão.

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Há coisas que se mantêm tão actuais
por Daniel Oliveira

O que fará o doutor Cavaco em Belém, segundo Paulo Portas (em Outubro de 1995):

"A candidatura do doutor Cavaco destina-se, pura e simplesmente, a convocar novas eleições e a devolver o poder ao PSD".
Diferença que explica a evolução de Portas:
e a devolver o poder também ao CDS.


De . a 24 de Janeiro de 2011 às 15:24
De:
Democracia? Não: plutocracia, CLEPTOcracia, oligarquia, ...


Ganhou a ABSTENÇÃO (mais ainda do que em eleições anteriores).
Cavaco foi eleito por apenas UM QUARTO ( 25% ) !! dos Eleitores Portugueses !!

Não haja mais dúvidas:
a maioria dos portugueses NÃO MERECE a sua Cidadania nem os seus direitos Políticos ! está certo que sejam (mal)tratados como SERVOS e estúpidos pelos 'Palhaços' da OLIGARQUIA que nos desGoverna.

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De : Zé T. - a 21.01.2011

É esse mesmo um grande problema de falta de Cidadania.
Depois CULPAM os governantes (que, porque não votaram ou se abstiveram, Deixaram OUTROS escolher por VÓS ) !!!

E não venham desculpar-se dizendo que os candidatos não prestam !! que não têm escolha !!

1- Estamos em Democracia (ainda), e qualquer Cidadão pode livremente candidatar-se !

2- Há vários candidatos, uns 'melhores outros piores' outros 'menos maus', mas há Livre Escolha !

Sejam cidadãos plenos e responsáveis: VOTEM !


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De: Ó mente confusa...

Não votar Não é impedimento de ter opinião... - (independentemente de a ter ou não...).
E pode não ser 'sócio' de um ''clube'' (ou sê-lo de qualquer um... quiçá até de vários!!) ou não ir à ''bola'' com nenhum !

Mas «...querer essa actividade lícita e desenvolvida perante regras correctas de mercado? » sem ser agente/accionista pleno é incoerente...

Não Votar (quando o pode fazer) é Cidadania não assumida, é direito de Cidadania Política desprezada, é não querer assumir-se como Cidadão, como Político, como Democrata.


De . a 24 de Janeiro de 2011 às 15:48
De: Izanagi , a 24 de Janeiro de 2011 às 13:43

A opção de não votar (e quando há opção é porque se podem fazer escolhas, o que implica haver várias hipóteses e liberdade de escolher)
é aceitar aquilo que os outros escolheram e
ao fazer essa opção, perde toda a autoridade para reclamar das eventuais más escolhas dos outros.

A opção de não votar ou não participar, amputa-o da autoridade de criticar.


De Politica da punheta a 24 de Janeiro de 2011 às 23:38
Estas eleições presidenciais revelaram uma grande novidade. Vivemos uma situação de politica democrática da punheta . Cavaco Silva revelou no seu discurso de vitoria que a campanha foi desonesta visto que eram cinco contra um.


De Izanagi a 25 de Janeiro de 2011 às 01:23
Incompreensivelmente o "post" perdeu o "timing". Mas, independentemente do atraso com que surge, é vesgo. E porque é que é vesgo? Porque só vê com um olho. Senão vejamos com os dois: …”Cavaco colocou "amigos e apaniguados” em lugares de destaque em organismos públicos, fundando empresas que bebiam da teta estatal, criando grupos económicos tão poderosos que se tornaram imunes ao poder político. E claro, os amigos mais próximos, os do coração, entretiveram-se a fundar um banco, o BPN, que serviu sobretudo para o rápido enriquecimento deles próprios…”
Nos últimos 15 anos de governo, onde Cavaco não esteve, doze foram do PS, que não só permitiu que os amigos e apaniguados de Cavaco se mantivessem nesses organismos públicos, como permitiu que durante o seu governo o BPN crescesse á custa de uma gestão que é um caso de polícia. A má gestão do BPN teve o conluio não só do governo como do Governador do Banco de Portugal, também ele militante socialista. Mas não só o governo e o Banco de Portugal foram responsáveis, também os DEPUTADOS com assento na ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA são co-responsáveis por estas situações, nomeadamente a ocupação de lugares em organismos públicos e a existência de bancos como o BNP e o BPP, que alguns mesmo publicitaram.
Esta miopia que o autor do post, e de demais autores que bebem na mesma fonte, contribuiu fortemente para o fiasco que foram os resultado do principal opositor a Cavaco Silva, ou seja , Manuel Alegre.
Mas a sua miopia não se centra só em Cavaco. Vá mais longe. Procura enganar os leitores com a revisão da constituição. Mas os leitores estão atentos e sabem que para haver revisão é necessário o apoio de 2/3 dos deputados, ou seja, sem a anuência do PS não haverá alterações que prejudiquem os trabalhadores ou acabem com o SNS, ou outros direitos adquiridos. È necessário, que o PS concorde. E o autor do post sabe disso. E ao escrever o que escreve, fá-lo de má fé, na tentativa, LAMENTÀVEL, de amedrontar e condicionar os votos de quem o lê.
Com estas atitudes e estas pessoas, o País não recupera.


De Zé T. a 25 de Janeiro de 2011 às 09:55
Discordo de Izanagi, pois o 'post' é principalmente sobre VOTAR (mantendo actual a sua pertinência) e apenas parcialmente sobre as passadas eleições presidenciais
(mas reconheço que se fosse postado antes teria ainda mais pertinência).


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