Fomos visitar o Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, em Lisboa. Um gueto, bem dentro da malha da cidade.
Esta zona em tempos foi uma imensidão de barracas que agora deu lugar a prédios de habitação social e de venda Livre. Morreram as Musgueiras, para dar lugar ao nome Alta de Lisboa. Se antes se vendia droga nas barracas, agora vende-se nos prédios, por vezes ombro a ombro com polícias ali destacados para fazerem serviço na 41 ª esquadra.
Este bairro é com frequência notícia, mas raramente pelas melhores razões, está associado ao tráfico e consumo de droga e a outro tipo de crimes que geram sentimentos de medo, até naqueles que lá nasceram.
Fez agora no dia 22 de Janeiro, dois anos, pouco passava das 21H00 e José António Tavares Barreto, o "Santos", como era conhecido na zona, estaria a conversar com um grupo de rapazes à entrada deste bairro de habitação social. Segundo o pai, terá havido um "desentendimento" e um deles disparou um primeiro tiro. O filho ainda terá fugido, "a correr", mas decidiu voltar atrás e foi recebido com quatro tiros no peito. José Barreto caiu, inanimado, no chão, num terreno baldio localizado nas traseiras da Escola Básica nº 91. Quando o INEM chegou, já nada havia a fazer. O óbito foi declarado no local. A vítima tinha já vários antecedentes criminais relacionados com tráfico de droga e saíra da prisão há pouco tempo, segundo fonte da Polícia Judiciária (PJ) à data. Por isso, os investigadores acreditam que um ajuste de contas nesta área possa estar na origem do crime.
A 3ª Divisão de Polícia desenvolveu durante o ano 2010 algumas operações que resultaram na detenção e apreensão de material relacionado com o tráfico de estupefacientes, armas de fogo entre outros objectos para aquisição da droga, nomeadamente, ouro, prata, relógios, telemóveis.
A presença de clientela disposta a comprar e uma constante, gente que está operar na rua e não tem medo da polícia, são alguns, acreditam nos seus sistemas de segurança, mão-de-obra não falta, possivelmente alguns aguardam a sua oportunidade.
Alguém tem que abrir os olhos para esta realidade dramática, triste e lamentável, que se está a passar no bairro da Cruz Vermelha no Lumiar, O movimento de drogas no bairro é um problema que está a tornar-se crónico.
Com a demolição dos edifícios degradados, nomeadamente o antigo Castanheira de Moura, vários moradores referem que se sentem ainda mais inseguros, os toxicodependentes que frequentavam o respectivo barracão, estão a entrar para dentro do bairro e utilizar esquinas e recantos para consumir.
Espaços como cafés e colectividades, estão a ser invadidos por este tipo de população.
Resolveu-se uma situação grave mas entretanto outros fenómenos daí advêm e o problema mantém-se ou até se agrava.
Gonçalo
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