Segundo escreve a Lusa, o presidente do PS, Almeida Santos, considerou este domingo que Cavaco Silva foi «cruel» na hora da sua vitória ao mesmo tempo que lamentou ver Manuel Maria Carrilho zangado por ter sido «apeado» de embaixador de Portugal na UNESCO,.
«Neste momento, o dr. Carrilho é quase um adversário do PS, porque está agastado por ter sido apeado do lugar que tinha [embaixador de Portugal na UNESCO, em Paris]. Está zangado connosco, compreendo isso, mas não é bem o exemplo típico do indivíduo que se possa citar como característica da situação interna do partido», sustentou o presidente do PS, terá afirmado, Almeida Santos, aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, que confirmou as datas da eleição do Secretario Geral e da realização do próximo congresso nacional, no PORTO.
Parece que, quem critica o partido, com razão ou sem ela, para o núcleo duro socialista “está zangado connosco”. Mal vai o PS quando as suas principais figuras assim se posicionam publicamente. Mesmo que tais criticas tiverem como razão a reacção ao desapeamento deveria ser questão de debate interno, para se averiguar da justeza ou não desse facto, e de igual modo também deveriam ser debatidas certas colocações em Governos Civis e outros lugares de nomeação.
Como querem que haja debate se quando se levanta uma voz a segregam de imediato?
Promovam o debate interno e desvalorizem o que é feito na comunicação social não se pondo a jeito para dar razão a tais quezílias.
De
DD a 1 de Fevereiro de 2011 às 00:21
Um embaixador é um funcionário de um dado Estado com um Governo e quando recebe ordem para votar em determinada pessoa para um posto na Unesco, ONU, UE, etc. tem de cumprir essa ordem.
Carrilho achou que estava como embaixador a título privado para tomar pessoalmente as decisões que queria em nome de Portugal.
Por isso, Carrilho foi posto de lado, até porque se tratava de um embaixador de nomeação política e não da carreira diplomática.
Sempre que saiu de um posto, e já tinha saído de Ministro da Cultura, passou a atacar o PS. Ninguém é obrigado a estar no PS ou noutro partido e a militância é estar fundamentalmente de acordo com o que faz o partido. Se não gosta sai.
Eu não sou militante do PS para arranjar tachos pois vivi praticamente toda a vida do meu trabalho privado. Estive na AR e quando saí continuei a ser o mesmo militante.
De A culpa é do partido a 1 de Fevereiro de 2011 às 09:19
Cá está DD a branquear a realidade dos factos. Se andam tantos e, toda a gente sabe que andam, só com a intenção de arranjar tachos é porque não são militantes de verdade e a culpa é do Partido e de quem dá cobertura a tais situações. Quase todos iguais, realidade que apodrece os partidos, estraga a democracia e adoece a sociedade através dessa doença cancerígena que é a corrupção.
Nisso o PS também não é diferente do PSD, assim como na privatização de empresas publicas.
De Resposta a DD, perdão a Socrates a 3 de Fevereiro de 2011 às 12:37
Insinuar agora que o que eu penso e digo se deve a qualquer ressentimento ou episódio recente, como há dias fizeram Almeida Santos e o "comité" de recandidatura de José Sócrates à chefia do PS, é, na verdade, indigno. E só refiro esse episódio porque é curioso recordar que, se o meu afastamento da UNESCO teve por motivo próximo a publicação do meu livro E agora? e a entrevista que então dei ao Expresso, o motivo de fundo foi o de eu ter argumentado até ao limite, nas eleições para a liderança daquela organização, contra o apoio do nosso país à candidatura de uma figura de proa da ditadura egípcia, cujos méritos, então muito elogiados por José Sócrates, todos temos nestes últimos dias observado em directo...
Lêr DN de 03.02.11
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