O “camarada” Jerónimo, secretário-geral do PCP, dá ânimo às pretensões do Passos de Coelho e seus comparsas populistas e especuladores quando declarou esta sexta-feira que uma moção de censura ao governo “está em aberto” e “não é uma questão excluída”, salientando, no entanto, que o Comité Central não discutiu nem decidiu sobre esta matéria.
Para o PC, enquanto atitude política do “quanto pior melhor”, parece mais interessar um governo de Passos/Portas com toda a “camarilha de abutres” em torno do que ainda é público e possa torna-se privado do que, ainda que muito criticável, governo de Sócrates. A ver vamos,
O desafio que se adivinha é saber quem chegará primeiro com tão importante e enriquecedor documento garantistico de um futuro risonho para os portugueses.
Será Passos, será Jerónimo, será Louçã ou será o Paulinho da feiras?
Aceitam-se apostas !
Jerónimo só pode ter uma certeza absoluta: o PCP não sairá das eleições de Abril, Maio ou Junho como o primeiro partido e, principalmente, com maioria para governar. Não há dúvidas que será o PSD ou PSD/CDS a saírem maioritários e Jerónimo um simples lacaio dessa direita a incentivá-los e a apoiá-los.
O problema para Jerónimo é servir a esquerda democrática do PS ou a direita muito extremada de Passos Coelho/Portas.
Acredito que servir a direita extremada não lhe dará um voto a mais e, talvez, até venha a perder muitos.
O PCP nunca teve dirigentes capazes de levarem o seu partidos a conseguir o voto de 45% do eleitorado. E contra isso nada feito para os comunistas.
[Publicado por Vital Moreira, CausaNossa]
«PCP nunca hesitou em tentar derrubar os governos do PS» - afirma Vitalino Canas.
Tenho de contestar esta afirmação.
Nunca um governo do PS caiu por efeito de uma moção de censura apresentada pelo PCP.
Em 1978, o PCP ajudou a rejeitar uma moção de confiança apresentada por Mário Soares, mas não saiu dele nem da direita a iniciativa de derrubar o Governo.
Depois disso o PCP apresentou moções de censura a governos do PS, mas sempre formuladas de tal modo que a Direita não podia votá-las.
E nunca votou uma moção de censura apresentada pela Direita.
Não vejo razão para pensar que o PCP tenha alterado a sua posição histórica nesta matéria.
Uma coisa é condenar os governos PS, outra coisa é associar-se à Direita, ou deixar que esta se associe a ele, para derrubar um governo PS.
Tal significaria uma mudança história na relação do PCP com a Direita.
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