Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011

Sou da geração sem-remuneração
e nem me incomoda esta condição...
Que parva que eu sou...

Porque isto está mau e vai continuar
já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou....

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

Sou da geração casinha-dos-pais
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou...

Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou...

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

Sou da geração vou-queixar-me-pra-quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou...

Sou da geração eu-já-não-posso-mais-Que-esta-situação-d­ura-há-tempo-de-mais!
e parva eu não sou!!!

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

 

Música e letra: Pedro da Silva Martins

 

Alguem compre o Disco e o Mande a Socrates, Passos e a outros devassos...



Publicado por Zurc às 09:13 | link do post | comentar

7 comentários:
De Fazer o quê ? UNIR e LUTAR !! a 8 de Fevereiro de 2011 às 09:43
«...Sou da geração eu-já-não-posso-mais-
Que-esta-situação-d­ura-há-tempo-de-mais!
e parva eu não sou !!!
...»
... e vou fazer o quê ? ?!! ???

Queixar-me, protestar, manifestar, LUTAR ...
até derrubar quem defende esta situação de INJUSTIÇA e de iniquidade,
esta discrepante aberração de rendimentos,
estas políticas neoliberais,
este centrão de interesses enfeudado à vontade ''dos mercados'' capitalistas-especulativos neoliberais e escravizadores de jovens e trabalhadores.

Vamos arranjar ALIADOS, vamos UNIR-nos, vamos LUTAR ... na rua e na TV, blogs, jornais, ... nos partidos e nos sindicatos.... nas associações e nos clubes, ...


De Socratinices a 8 de Fevereiro de 2011 às 16:51
José Sócrates

Há um ano atrás o falecido Ernâni Lopes foi às jornadas parlamentares propor um corte de 20% nos vencimentos dos funcionários públicos a que Sócrates respondeu repetidamente que o seu governo não cortaria nos vencimentos.
Nas jornadas parlamentares, do PSD, realizadas na semana passada, José Manuel Fernandes fez de lebre foi PROPOR DESPEDIMENTOS na Função Público, a que Sócrates responde prontamente que não o faria.

Ao responder a uma proposta de José Manuel Fernandes o que José Sócrates fez não foi tranquilizar os funcionários públicos mas sim colocar a questão em debate em cima da mesa.

Uns dirão que sim, outros que não, alguns que apenas em certas circunstâncias, no final teremos uma medida que já terá sido aceite por muito boa gente,
uma medida impensável à um ano que passa a ser uma medida razoável e bastará o governo pensar que os juros baixarão ou que a Merkel ficará contente para avançar com ela.

Se o PSD não propôs a medida porque razão Sócrates a introduziu no discurso pondo uma boa parte do país a discuti-la?
Como é que os portugueses conseguirão distinguir as garantias de que não haverão despedimentos das que há um ano deu de que não haveriam cortes nos vencimentos? Sócrates que o explique.

«José Sócrates garantiu ontem que a função pública não vai sofrer despedimentos.
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado critica as declarações, dizendo que os trabalhadores "não ficam descansados, antes pelo contrário".

A garantia dada pelo primeiro-ministro de que não vão existir despedimentos na função pública foi recebida com criticas pelo sindicalista Bettencourt Picanço, que referiu que os trabalhadores "não ficam descansados, antes pelo contrário".» [Expresso]



De ..Despedimentos na FP ?!!... a 9 de Fevereiro de 2011 às 15:17

"Não haverá despedimentos na função pública"
,diz José Sócrates - Lisboa, 05 fev (Lusa)

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que "não haverá despedimentos na função pública", alegando que essa medida e as privatizações são a base da "agenda liberal" do PSD.

No encerramento de uma Convenção da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, num hotel de Lisboa, na qualidade de secretário-geral dos socialistas, José Sócrates referiu-se às jornadas parlamentares do PSD que se realizaram na segunda e terça-feira.

"O que é que se ouve? Sempre as mesmas duas coisas. Por um lado, a ideia de despedimentos na função pública. É esta a agenda deles. Claro, depois passam toda a semana a explicar que não é bem assim porque temem essa impopularidade, mas é isso que está na cabeça deles, é a ideia de que deve haver despedimentos na função pública", alegou José Sócrates.

"Pois não haverá despedimentos na função pública e o Governo fará o seu dever pondo as contas públicas em ordem sem recorrer a essa agenda liberal de despedir pessoas na Administração Pública", afirmou.

Segundo José Sócrates, a agenda do PSD inclui uma segunda ideia, "a ideia de que se deve privatizar".

"Eu acho até que é um programa de uma nota só, como na canção brasileira 'Samba de uma nota só'. A qualquer problema responde-se com um verbo: pri-va-ti-zar", disse pausadamente, acusando o PSD de querer privatizar os setores da Saúde e da Educação.

"E também as empresas de transporte. E até devemos acabar com os passes sociais. Esta é a agenda da direita portuguesa, é a agenda liberal, de radicalismo liberal que é próprio do FMI", reforçou.

IEL/Lusa
------------------
Despedimentos na FP ?
1º dão-lhe suporte legal (feito), depois negam a hipótese (agora), ... até que a praticam! (este ou o próximo governo) - por várias formas: não renovação de contratos; extinção ou alteração de nome da entidade pública; avaliação negativa e processo disciplinar; mobilidade especial e progressiva e forte redução de vencimento; ...


De . a 9 de Fevereiro de 2011 às 15:14
Como morrer da cura?

Mais um debate sobre o FMI, desta vez organizado pelos Precários Inflexíveis, no próximo Sábado às 21h30m na Lx Factory em Lisboa.
Apareçam. Defenderei o que já defendi na conferência do IDEFF.
As conclusões do último conselho europeu só reforçam a ideia de que o FMI já aterrou na Portela, mas com escala em Bruxelas.

As políticas de austeridade consolidam um capitalismo medíocre, mas com poder para transferir todos os custos sociais para os trabalhadores, sob a forma de desemprego e de precariedade.

A desregulamentação das relações laborais, sob a capa do combate a um mercado de trabalho dito dual, alastrará a insegurança laboral, ainda para mais num contexto de cortes nos apoios sociais.

Trata-se sempre de fazer do trabalho, dos salários directos e indirectos, a variável de ajustamento. Assim não se criam os empregos de que necessitamos.
A União Europeia está construída para favorecer esta regressão. A sua reforma urge, mas está bloqueada...

----------------------------
Aprender sempre:
« ESTADO MÍNIMO; CRISE MÁXIMA »

-por João Rodrigues às 7.2.11 3 Ladrões de Bicicletas
----------------------
Classe

Enquanto a direita intransigente anda entretida a inventar lutas de gerações, mais um estudo, desta vez sobre determinantes sociais da saúde, indica que a questão social é fundamentalmente uma questão de classes sociais e das suas desigualdades: “a classe é mais importante que a geografia para explicar desigualdades em saúde (…) todas as medidas que combatem desigualdades nos rendimentos têm efeitos na saúde" (Público). Um resumo do estudo de Ricardo Antunes pode ser encontrado no observatório das desigualdades. A injustiça social faz mesmo mal à saúde.

Publicado no Arrastão
Postado por João Rodrigues


De magellan a 8 de Fevereiro de 2011 às 15:55
As licenciaturas de "aviário" é no que dá.
De "aviário", leia-se Bolonha.


De os DEOLINDA a 9 de Fevereiro de 2011 às 12:03
«Depois de uma sessão sobre "jovens e política" numa escola secundária em Almada, o líder do Bloco de Esquerda invocou a música dos portugueses Deolinda e apelou ao fim de uma "economia parva, onde para ser escravo é preciso estudar". »


De Linguajar moderno sem sms k e acordo ort a 9 de Fevereiro de 2011 às 18:09
NOVA LÍNGUA PORTUGUESA

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!

As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico' .

De igual modo, extinguiram-se nas escolas os 'contínuos' que passaram todos a 'auxiliares da acção educativa'.

Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por 'delegados de informação médica'.

E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas '.

O aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez';

Os gangs étnicos são 'grupos de jovens'

Os operários fizeram-se de repente 'colaboradores';

As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas'e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais'.

O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à 'iliteracia' galopante.

Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística'.

A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa:
«Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia:
«Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.

Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»;
diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo'

Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação' , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.

Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)

As putas passaram a ser 'senhoras de alterne'.

Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em 'implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes' e outros barbarismos da linguagem.

E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.

Estamos lixados com este 'novo português'; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress.

Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma 'politicamente correcta'.


E falta ainda esclarecer que os tradicionais "anões" estão em vias de passar a "cidadãos verticalmente desfavorecidos"...

Os idiotas e imbecis passam a designar-se por "indivíduos com atitude não vinculativa"

Os pretos passaram a ser pessoas de cor.

O mongolismo passou a designar-se síndroma do cromossoma 21.

Os gordos e os magros passaram a ser pessoas com disfunção alimentar.

Os mentirosos passam a ser "pessoas com muita imaginação"

Os que fazem desfalques nas empresas e são descobertos são "pessoas com grande visão empresarial mas que estão rodeados de invejosos"

Para autarcas e políticos, afirmar que "eu tenho impunidade judicial", foi substituído por "estar de consciência tranquila".

O conceito de corrupção organizada foi substituído pela palavra "sistema".

Difícil, dramático, desastroso, congestionado, problemático, etc., passou a ser sinónimo de complicado.


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS