Dizer que quem foi alistado para a guerra de África o fez com 'desprendimento' , 'determinação' e 'coragem' e que essa guerra foi, por analogia, 'uma missão ou causa essencial ao futuro do país' ultrapassa tudo o que devíamos estar dispostos a ouvir de um presidente da república em democracia.
Não está obviamente em causa discutir o sentido de homenagear quem combateu e morreu numa guerra estúpida e criminosa, ainda que com a noção de que muito de pavoroso se fez em nome da ditosa pátria bem-amada, mas pedir aos jovens de hoje que sigam o exemplo dos que foram obrigados a combater, a matar e a morrer numa guerra sem sentido ecoa, sem distância, o 'para Angola e em força' do Presidente do Conselho no Terreiro do Paço.
Isto é inaceitável e insulta a memória de todos os mortos e estropiados desta guerra. Nada, mesmo nada do que até hoje ouvi a Cavaco chega perto desta enormidade. Este homem não está, definitivamente, à altura do cargo que ocupa.
f. [Jugular]
Cavaco está mesmo doente. Treme. Está senil. Diz baboseiras. Fala daquilo que desconhece porque não soube o que foi passar pelo teatro de guerra no Ultramar. Ultraja não só a memórias das pessoas cujos familiares morreram naquela guerra injusta como aqueles que ainda hoje muito sofrem pelas situações horrorosas que por lá passaram e pelos problemas motores que ficaram para o resto das suas vidas.
Fui para o Ultramar forçado/obrigado, borrado/com medo e com uma única preocupação: regressar são e salvo, tudo fazer para salvar a minha pele. Esta era a minha determinação.
Recordo um dos actos dominicais, o içar da bandeira nacional portuguesa com toda a companhia perfilada. Uma cerimónia de um enorme simbolismo e respeito. Sabíamos que naquela terra a bandeira nacional era a única coisa que nos ligava à Pátria (Portugal).
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