Apesar da crise, em 2010, o 'rei' da cortiça ficou 800 milhões de euros mais rico, enquanto o patrão da Jerónimo Martins viu os seus bens reforçados em 635 milhões, o que lhe deu entrada directa no pódio dos mais ricos em Portugal.
O capitalismo de supermercado, de rendas fundiárias e de privatizações contra o interesse público vai de vento em popa – Amorim é o ‘rei’ na Galp, graças à participação adquirida a preço de saldo.
E que tal um imposto sobre as grandes fortunas? Nem pensar. O que é preciso é tentar fugir aos impostos como se faz no sítio do costume: tribunal dá razão ao fisco e considera que o grupo Jerónimo Martins tentou fugir ao IRC.
Acompanhemos então Cavaco Silva e António Barreto e demos vivas ao empreendedorismo e à responsabilidade social da nossa elite económica. Esta aguarda ansiosamente a entrega de novos serviços e infra-estruturas públicas ainda por capturar e isso exige, como é sabido, pesados investimentos na luta das ideias.